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Redações latino-americanas adotam mais home office na jornada de trabalho

Redações latino-americanas adotam mais home office na jornada de trabalho
Redações latino-americanas adotam mais home office na jornada de trabalho

Artigo da Rede de Jornalistas Internacionais (IJNet) mostrou que o home office está cada vez mais presente no cotidiano de profissionais de imprensa latino-americanos, com uma combinação de trabalho virtual e presencial, e, em alguns casos, a maior parte remotamente, com oportunidades ocasionais de reuniões presenciais.

O jornal uruguaio El Salvador, por exemplo, adotou escritórios muito menores e um sistema de trabalho coworking. Antes da pandemia, todos os repórteres iam à redação todos os dias. Agora, eles vão apenas algumas vezes por semana, e este modelo, adotado em dezembro, será utilizado daqui para a frente.

“Planejando a longo prazo, a ideia é ser o mais flexível possível com nosso modelo de trabalho, lembrando que o trabalho presencial é útil e necessário, mas não todos os dias”, declarou Ignacio Chans, editor-chefe adjunto do El Salvador.

Outro exemplo é o do colombiano El Espectador, que passa por mudança semelhante ao El Salvador. A maioria dos funcionários está trabalhando de casa e deve seguir operando dessa forma. A ideia de um modelo que mistura trabalho presencial com home office vinha sendo discutida há seis anos. A pandemia apenas acelerou o processo.

O jornal bilíngue La Voz de Guanacaste, da Costa Rica, cujo foco é jornalismo investigativo, teve que encerrar sua produção impressa e fechar o escritório físico em Guanacaste por causa dos impactos econômicos da pandemia. Gabriela Brenes, diretora executiva da publicação, acha que os repórteres vão continuar a trabalhar à distância, com um encontro físico por semana.

A importância de empresas e ONGs na manutenção do jornalismo

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Parece roteiro de filme. Um senhor de 85 anos, dono de uma fortuna de mais de US$ 5 bilhões, sai da zona de conforto para disputar a compra de um jornal lendário e salvá-lo das garras de um fundo de hedge notório por ceifar cabeças nas empresas que adquire.

A história está acontecendo nos Estados Unidos. O jornal é o Chicago Tribune, do grupo Tribune Publishing, também dono de uma lista de títulos regionais importantes. O bilionário é o suíço Hansjörg Wyss, que vendeu em 2012 sua empresa de produtos médicos para a J&J e passou a se dedicar a causas sociais.

Romantismo à parte, o que está em jogo é mais do que o destino do Tribune ou uma vitória do bem contra o mal. Até porque, embora os funcionários do grupo sejam contra a compra da empresa pelo Alden Global Capital, isso não significa que fundos de investimento ou de private equity sejam predadores por essência.

O Brasil tem casos de aquisições que salvaram marcas e empresas da falência e geraram empregos ao invés de eliminá-los.

Procurando distanciamento das paixões envolvidas na história do Tribune, a disputa chama a atenção para como o setor privado, os filantropos e as ONGs, incluindo fundações criadas por empresas ou famílias, podem ser parte da solução para o desafio de manter vivo o jornalismo de qualidade.

Gerir uma companhia ou uma fundação é coisa para profissionais. Empresários, administradores de ONGs e seus conselheiros sabem como fazer isso.

Experiência empresarial, ideias novas e recursos financeiros podem ser a tábua de salvação para uma indústria que se vê confrontada pelas mudanças tecnológicas e pelas transformações no modelo de propaganda da era pré-digital – e que nem sempre acha a saída.

Nos debates globais sobre o futuro da mídia, analistas e acadêmicos apontam a entrada do setor privado e das fundações como caminho promissor para garantir a sobrevivência de organizações jornalísticas centenárias. E para impulsionar as emergentes.

Porque empresários se engajariam? Alguns podem vislumbrar a possibilidade de ganhar dinheiro. Outros, de ganhar prestígio. Os idealistas podem querer salvaguardar empresas de mídia que funcionem como baluarte da democracia.

Parece ser esse o caso de Wyss. As declarações que fez sobre a motivação para colocar US$ 100 milhões sobre a mesa de negociações denotam a nobreza do homem que dedicou parte de sua fortuna a causas ambientais.

Para além do idealismo, nunca é demais lembrar que negócios precisam de um ambiente democrático para prosperar. Um ambiente em que as instituições sejam respeitadas, em que leis sejam contemporâneas e claras. Um imprensa sólida e de qualidade é parte dessa engrenagem.

Aos 85 anos, Wyss pode não estar planejando novas empreitadas comerciais. Mas para empresários e executivos que ainda estão na ativa, comandando ou dirigindo companhias, vale a reflexão. Será que as corporações estão fazendo o que está ao seu alcance para garantir a saúde do jornalismo de qualidade, tão importante para os seus negócios?

Combatendo a desinformação

A contribuição das ONGs para a sociedade pode não estar apenas no apoio direto à indústria de mídia, mas também no combate a uma de suas maiores ameaças: a desinformação que mina a confiança.

Na semana passada, o Instituto Aspen, fundado por um empresário americano na década de 1950, anunciou a criação de um Comitê de Desordem da Informação, formado por 15 notáveis de jornalismo, tecnologia, academia, justiça e filantropia.

A notícia ganhou as manchetes porque o príncipe Harry, crítico feroz das fake news e do bullying nas redes sociais, é um dos membros. O grupo vai formular um plano com propostas para conter o flagelo da desinformação. Pelos nomes recrutados, deve vir coisa boa.

E quem está pagando a conta de US$ 3,5 milhões é a Craig Newmark Philanthropies, criada por Craig Newmark, fundador da plataforma de anúncios classificados Craiglist. Mais um exemplo inspirador a ser observado.

Leia mais sobre a negociação envolvendo o Chicago Tribune e sobre a nova comissão de combate à desinformação em MediaTalks by J&Cia.

Inscreva-se em mediatalks@jornalistasecia.com.br para receber as newsletters MediaTalks trazendo notícias, pesquisas e tendências globais em jornalismo e mídias sociais.

Campanha denuncia cultura do feminicídio e número alarmante de mortes no Brasil

Ainda que o crime de feminicídio conste no Código Penal desde 2015, cresce no País o número de mulheres mortas apenas por serem mulheres
Ainda que o crime de feminicídio conste no Código Penal desde 2015, cresce no País o número de mulheres mortas apenas por serem mulheres

Ainda que o crime de feminicídio conste no Código Penal desde 2015, cresce no País o número de mulheres mortas apenas por serem mulheres. No primeiro semestre de 2020, ano do início da pandemia, foi registrado aumento de 1,9% dos crimes: foram mortas 648 brasileiras, a maioria negras e vivendo em desigualdade social.

Com o objetivo de denunciar a omissão do Estado e exigir a proteção da vida das mulheres, nasce o Levante Feminista contra o Feminicídio – frente suprapartidária lançada em 25/2, por meio da campanha Nem Pense em Me Matar, apoiada na ideia Quem mata uma mulher mata a humanidade!.

Com apoio da Fenaj, a iniciativa partiu de Vilma Reis, socióloga, referência dos movimentos negros no País, integrante da Coalizão Negra Por Direitos; Marcia Tiburi, filósofa, escritora e artista; e Tania Palma, pesquisadora e assistente social.

O Levante, que rapidamente ganhou corpo, é formado por cerca de 200 pessoas que se articulam remotamente para a construção de uma ação conjunta pela vida das mulheres. Entre elas, estão mulheres negras, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, das águas, das florestas, antiproibicionistas, parlamentares, dos movimentos LBTQIA+ e de outros segmentos das organizações populares e da sociedade civil.

O manifesto, tornado público em 12/3, já reúne mais de 20 mil assinaturas. A campanha, presente nas redes sociais, terá ações pontuais em cada estado, organizadas pelas mulheres que vivem e conhecem a realidade específica do feminicídio em cada lugar.

Para isso, estão sendo criados materiais de comunicação, exaltando a imagem dos girassóis amarelos, símbolo do Levante, que figura como sinal de esperança e celebração da vida. Com a hashtag #NemPenseEmMeMatar, a frente busca atingir um público amplo e disseminar a ideia de que a violência contra a mulher é um problema que afeta não só as famílias, mas a sociedade inteira.

Siga a campanha nas redes sociais: TwitterFacebook e Instagram.

Princípio de incêndio atinge prédio da Folha de S.Paulo

Um princípio de incêndio atingiu o prédio do jornal Folha de S.Paulo na tarde desta terça-feira (30/3), na Alameda Barão de Limeira, Centro de São Paulo. O edifício foi evacuado, o fogo controlado, e não houve vítimas, segundo o Corpo de Bombeiros.

Em nota, a Folha escreveu que o incidente ocorreu na retirada de um tanque de tinta, durante operação de desmontagem da antiga gráfica do jornal, mas sem provocar vítimas: “A operação jornalística da Folha não sofreu interrupção, e o jornal agradece as manifestações de apoio dos leitores”.

Brasil teve 150 violações à liberdade de imprensa em 2020, diz Abert

Brasil teve 150 violações à liberdade de imprensa em 2020, diz Abert
Brasil teve 150 violações à liberdade de imprensa em 2020, diz Abert

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) divulgou nesta terça-feira (30/03) o Relatório Abert sobre Violações à Liberdade de Expressão. O estudo indicou 150 casos de violência não letal, envolvendo pelo menos 189 profissionais e veículos de comunicação no Brasil. O número de ataques é 167% maior em comparação a 2019.

Entre os casos registrados, quase 40% (59 dos 150) foram classificados como ofensas. Os dados indicaram também 39 agressões físicas (26% do total) e 25 intimidações (aproximadamente 17%). O relatório foi divulgado por Flávio Lara Resende, presidente da Abert, em evento virtual que contou com a participação de representantes de instituições parceiras e de profissionais de imprensa.

O estudo reiterou que os ataques foram feitos durante um ano de pandemia, com ataques de todos os lados e até acusações de provocar pânico ao divulgar dados sobre infectados e mortos pela Covid-19. Mas, diz o relatório, “nem mesmo as constantes tentativas de intimidação, ameaças e até agressões físicas, além do linchamento virtual, foram capazes de parar o jornalismo profissional, considerado serviço essencial no combate à pandemia, e que continua nas ruas, para levar à população brasileira, ainda em isolamento social, sua melhor produção: conteúdo de credibilidade”.

O relatório destaca também um estudo encomendado no ano passado pela Abert à Bites, empresa de análise de dados para decisões estratégicas, que registrou 2,9 milhões de posts negativos contra a mídia em geral. O levantamento apontou que a imprensa sofreu, em média, 7.945 ataques virtuais por dia, ou quase seis agressões por minuto.

Em abril do ano passado, a Repórteres Sem Fronteiras publicou o Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa. O Brasil ficou em 107º lugar entre os 180 países participantes da pesquisa, atrás de nações vizinhas como Chile (51º), Argentina (64º) e Paraguai (100º).

Leia o Relatório Abert sobre Violações à Liberdade de Expressão na íntegra.

Fox News é processada em US$ 4,3 bilhões por fake news

Fox News é processada em US$ 4,3 bilhões por fake news
Fox News é processada em US$ 4,3 bilhões por fake news

A Fox News está sendo processada pelas empresas Smartmatic e Dominion por veicular, sem questionamentos, entrevistas de apoiadores de Donald Trump que as acusaram de envolvimento em fraudes durante as últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Somadas, as indenizações totalizam US$ 4,3 bilhões.

A Smartmatic, cujos donos são venezuelanos, foi associada a Hugo Chávez. Segundo a empresa, o ocorrido causou grande dano à sua imagem. Leia em MediaTalks by J&Cia quais podem ser os impactos do processo.

Copa do Nordeste terá primeiro jogo na história transmitido pelo TikTok

Uma parceria inédita no mundo entre o TikTok e a organização da Copa do Nordeste fará com que a partida entre Ceará e CSA, marcada para as 19h30 desta quarta-feira (31/3), em Fortaleza, seja o primeiro jogo de futebol transmitido pelo TikTok na história da plataforma. A partida será transmitida exclusivamente na rede social.

O perfil do Ceará no TikTok tem 195 mil seguidores e o do CSA, 47,5 mil. Já a Copa do Nordeste acumula quase 28 mil seguidores no TikTok. De acordo com levantamento da GlobalWebIndex, a rede social tem atualmente mais de sete milhões de brasileiros cadastrados.

Segundo dados levantados pelo aplicativo, o conteúdo sobre futebol tem crescido muito no TikTok, com mais de 40 bilhões de visualizações em hashtags como #soccer e quase 7 bilhões de visualizações da hashtag #futebol. A plataforma é agora patrocinadora oficial da Copa do Nordeste. Em 2020, o TikTok anunciou uma parceria com a Copa do Brasil e, no começo do ano, com a UEFA Euro 2020.

A Copa do Nordeste também é transmitida por SBT (no Nordeste), Fox Sports, Twitch, pay-per-view de operadoras de televisão e Nordeste FC, serviço de assinatura da própria competição.

Bilionário entra na briga pela compra do Chicago Tribune

A venda da Tribune Publishing, dona de jornais como o Chicago Tribune, para o fundo de hedge Alden já parecia estar acertada. Mas um bilionário suíço de 85 anos e um empresário americano do ramo de hotelaria ofereceram US$ 100 milhões cada para comprar a empresa.

Hansjörg Wyss, o bilionário suíço, declarou que não quer ver “indo pelo ralo” outro jornal que pode trazer verdades ao povo americano. A possibilidade de compra pode ser um alívio para os profissionais da empresa, que manifestaram descontentamento com a venda para o fundo Alden, conhecido por fazer cortes severos.

Confira os detalhes da história em MediaTalks by J&Cia.

Como combater o bloqueio de autoridades nas rede sociais?

Jair Bolsonaro está entre as autoridades que mais bloquearam jornalistas nas redes sociais
Jair Bolsonaro está entre as autoridades que mais bloquearam jornalistas nas redes sociais

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou uma série de ações judiciais e administrativas que podem ser tomadas por jornalistas que forem bloqueados por autoridades nas redes sociais. Segundo levantamento da entidade, de 2014 a 2021 foram registrados 174 casos, 83 deles apenas em 2020.

No total, foram 88 profissionais – alguns em mais de uma rede – com o acesso impedido a perfis do presidente, de ministros, deputados e senadores, entre outros funcionários públicos.

O presidente Jair Bolsonaro é líder entre as autoridades que bloquearam, com 50 casos. Em seguida, vêm os irmãos Abraham e Arthur Weintraub, que impediram o acesso de 22 e 15 jornalistas, respectivamente, quando ainda faziam parte do governo.

Jair Bolsonaro está entre as autoridades que mais bloquearam jornalistas nas redes sociais
Jair Bolsonaro está entre as autoridades que mais bloquearam jornalistas nas redes sociais

Ainda não há uma definição na legislação brasileira sobre bloqueios de jornalistas nas redes sociais por autoridades, mas a Abraji listou algumas medidas que podem ser tomadas nessas situações para tentar acessar o conteúdo de contas com informações oficiais. Dentre as orientações estão medidas administrativas, judiciais e até de tecnologia para burlar o bloqueio.

Vale lembrar que a versão aprovada pelo Senado do PL 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, classifica os perfis de pessoas em mandatos eletivos e ocupantes de cargos no Executivo como de interesse público. Isso proibiria os bloqueios. No entanto, o projeto ainda não foi aprovado em definitivo.

“Uma legislação específica sobre essa prática daria mais segurança aos jornalistas de que esse tipo de bloqueio não deve acontecer”, diz Letícia Kleim, assessora jurídica da Abraji. “A lei colocaria uma obrigação sobre as autoridades de não tomarem essas medidas e daria um parâmetro para quem for alvo de algum bloqueio ter assegurado seu direito por qualquer via, jurídica ou administrativa.”

O monitoramento da Abraji de jornalistas bloqueados por autoridades no Twitter tem apoio da Open Society Foundations. O objetivo do projeto é incentivar a discussão sobre a legalidade dessa prática. O formulário para registrar os bloqueios está aqui.

Marina Machado é a nova contratada da TV Brasil

A TV Brasil anunciou a contratação de Marina Machado para comandar o novo programa Sem Censura
A TV Brasil anunciou a contratação de Marina Machado para comandar o novo programa Sem Censura

A TV Brasil anunciou a contratação de Marina Machado para comandar o novo programa Sem Censura. A jornalista, que esteve por 22 anos no Grupo Bandeirantes, de onde se desligou em setembro do ano passado, assumirá a atração que volta às telas em abril com novo formato.

Além da nova apresentadora, o programa de debates e entrevistas deixará de ser diário e passará a ser transmito às segundas-feiras, ao vivo, a partir das 21h30, diretamente dos estúdios da emissora, em Brasília.

Com passagens por TV Globo, TV Record e Rede 21, Marina Machado também é autora do livro Noites ao som de Cazuza e Lobão, além de roteirista e diretora do longa-metragem Zé Mineiro, Zé Brasileiro. Foi também duas vezes finalista do Prêmio Esso: em 2010, pela série de reportagens Mulheres Reféns do Medo; e em 2014, pelo trabalho Salvas da Família.

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