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segunda-feira, julho 14, 2025

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Organizações declaram apoio ao jornalista turco Erol Önderoğlu, que pode pegar 14 anos de prisão

Crédito: Repórteres Sem Fronteiras

Entidades defensoras da liberdade de imprensa declararam apoio ao jornalista turco Erol Önderoğlu, que pode pegar até 14 anos de prisão por seu trabalho de promoção do pluralismo na mídia do país. Ele é representante da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) na Turquia. Além da RSF, outras 16 organizações assinaram texto de apoio a Erol, denunciando o assédio judicial sofrido por jornalistas na Turquia.

Erol Önderoğlu, o físico e ativista de direitos humanos Şebnem Korur Fincancı e o escritor e jornalista Ahmet Nesin participaram da campanha Editores-chefes em alerta, organizada em solidariedade ao jornal diário Özgür Gündem, fechado em 2016. Por causa disso, foram intimados a comparecer diante da justiça, mas inicialmente absolvidos após um processo judicial que durou três anos.

Porém, em novembro do ano passado, a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Apelação de Istambul anulou a decisão de absolvição proferida em julho de 2019. Os três são acusados de “propaganda para uma organização terrorista”, “incitamento público à prática de crimes” e “apologia de crimes e criminosos”, e podem pegar 14 anos de prisão segundo a Lei Antiterror o Código Penal turco.

Em nota conjunta publicada no site da RSF, as entidades escreveram que o ocorrido é “um trágico retrato da caça às bruxas promovida pelo governo do presidente Erdogan contra os meios de comunicação. A Turquia é, atualmente, a maior prisão da Europa para jornalistas profissionais e os poucos meios de comunicação independentes que seguem funcionando sofrem continuamente com a perseguição e a marginalização. As redações que foram forçadas a fechar e os jornalistas detidos são privados de qualquer recurso legal efetivo. (…) Denunciamos a estratégia atual de deter e processar jornalistas na Turquia, uma tentativa autocrática de silenciar todas as vozes dissonantes e impedir que a imprensa independente faça o seu trabalho”.

Assinam a nota Artigo19, Associação Mundial de Jornais (World Association of News Publishers − Wan-Ifra), Centro Europeu para a Liberdade de Imprensa e dos Meios de Comunicação (European Centre for Press and Media Freedom − ECPMF), Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), Federação Europeia de Jornalistas (EFJ), Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), Global Forum for Media Development (GFMD), International Freedom of Expression Exchange (IFEX), IFEX-ALC, Index on Censorship, International Media Support (IMS), International Press Institute (IPI), Media Foundation for West Africa (MFWA), PEN America, PEN International e Repórteres sem Fronteiras (RSF).


Leia em MediaTalks by J&Cia mais sobre prisões de jornalistas:

Prêmio SEJ de Reportagem sobre Meio Ambiente abre inscrições

Prêmio SEJ reconhecerá reportagens sobre Meio Ambiente

A Sociedade de Jornalistas Ambientais (SEJ, em inglês), dos Estados Unidos, abriu inscrições para o Prêmio SEJ de Reportagem sobre Meio Ambiente. Profissionais de todo o mundo podem enviar matérias sobre temas ambientais.

Os primeiro e segundo colocados em cada categoria receberão, respectivamente, US$ 500 e US$ 250. O vencedor do Prêmio Nina Mason Pulliam pela “melhor das melhores” reportagens ambientais ganhará US$10.000. Ao todo, são dez categorias, incluindo reportagem investigativa, matéria em profundidade, fotografia e melhor livro ambiental.

A taxa de inscrição é de US$ 15 para os membros da SEJ e US$ 110 para não-membros. Jornalistas residentes em países de economia de baixa a média renda podem pagar US$ 10. As inscrições vão até 1º de março.

Facebook planeja lançar recurso para produção de newsletters

Facebook para Jornalistas

O Facebook deve lançar um recurso para produzir newsletters, segundo o jornal New York Times (NYT). A ferramenta possibilitará ao usuário produzir e compartilhar o material, além de gerenciar e-mails cadastrados e administrar quem pode acessar o conteúdo.

Campbell Brown, vice-presidente global de parcerias de notícias do Facebook, disse ao NYT que a empresa quer “fazer mais para apoiar os jornalistas independentes e especialistas que estão construindo negócios e públicos on-line”. A previsão é que a novidade estreie no meio de 2021.

Prisão de australiana e magnata de mídia na China mostram que país segue como pior carcereiro do mundo para jornalistas

Cheng Lei

A prisão da jornalista australiana Cheng Lei na China, que veio a público nesta segunda-feira (8/2), mostra que o país segue sendo o pior carcereiro do mundo para jornalistas, segundo levantamentos publicados no final do ano passado por Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ).

Cheng vinha sendo mantida desde agosto sob “vigilância residencial em local designado”, que poderia durar até seis meses sem acusação formal. Agora, autoridades chinesas declararam que ela é acusada de fornecer ou tentar fornecer ilegalmente segredos do Estado a uma organização ou indivíduo estrangeiro.

O caso mostra que a tensão diplomática entre China e Austrália atinge também o jornalismo. O governo australiano manifestou descontentamento com o ocorrido e preocupação com o bem-estar e condições de detenção de Cheng Lei.

Além disso, em 9/2,  o magnata de mídia Jimmy Lai, de 73 anos, dono de um patrimônio superior a US$ 1 bilhão, teve o pedido de fiança negado por um tribunal de Hong Kong. Crítico feroz do governo chinês, ele foi preso em agosto do ano passado, libertado sobre fiança e preso novamente em dezembro. A decisão é apoiada na nova lei de segurança nacional introduzida pela China em Hong Kong a fim de sufocar os protestos. Outro caso que mostra a repressão a jornalistas no país.

Entenda a história em MediaTalks by J&Cia.

GGN lança documentário Sergio Moro: a construção de um juiz acima da lei

Estreou nessa segunda-feira (8/2) o documentário Sergio Moro: a construção de um juiz acima da lei. Projeto comandado pelo site GGN, de Luis Nassif, em parceria com o repórter Marcelo Auler, o documentário denuncia uma série de violações a direitos e garantias constitucionais que acompanharam o magistrado ao longo de sua trajetória.

Ao longo de 74 minutos, o vídeo expõe alguns dos métodos usados pelo ex-juiz, considerados heterodoxos, a partir do depoimento de personagens que acompanharam alguns de seus casos de perto.

O posicionamento de Moro é colocado em xeque, principalmente em função dos julgamentos do ex-presidente Lula, mas também em outros casos considerados polêmicos, como as investigações do Escândalo do Banestado, no Paraná.

O documentário é fruto de uma campanha de financiamento coletivo que o GGN lançou no Catarse em meados de 2020. O material colhido ao longo de meses de apuração será publicado a partir deste mês em formato de texto nos sites do GGN e Blog do Marcelo Auler. Para marcar o lançamento, Nassif e Auler participaram de uma live, às 20h, no canal da TV GGN no Youtube.

Estadão, G1 e Agência Pública são premiados internacionalmente pela cobertura da Covid-19

O Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, na sigla em inglês) está homenageando mais de 50 jornalistas, em cinco idiomas, por reportagens publicadas sobre a Covid-19. Os trabalhos escolhidos foram destacados por abordar a pandemia a partir de três frentes: Ciência e Saúde; Transparência, Crime e Corrupção; e Desigualdade, Negócios e Economia.

Na categoria destinada a trabalhos produzidos em português, todos os trabalhos reconhecidos são brasileiros.

Em Ciência e Saúde o prêmio foi para Ludimila HonoratoBruno Ponceano e Augusto Conconi, do Estadão, com Cidade de São Paulo chega a 10 mil mortes por covid-19; conheça perfil das vítimas.

Na categoria Transparência, Crime e Corrupção, os vencedores foram Thiago Reis, Clara Velasco e Gabriela Caesar, do G1, pelo trabalho Estados compram 7 mil respiradores, mas menos da metade é entregue; valor de cada equipamento varia de R$ 40 mil a R$ 226 mil no país.

E em Desigualdade, Negócios e Economia, Naira Hofmeister, Fernanda Wenzel, José Cícero da Silva e Larissa Fernandes, da Agência Pública, foram os vencedores com a reportagem especial Uma morte a cada quatro dias: povo Xikrin é o mais afetado pela Covid-19 no Pará.

Todos os homenageados integram o Fórum de Relato de Crise de Saúde Global do ICFJ, iniciativa que conecta especialistas e jornalistas que cobrem a crise, favorecendo a troca de recursos entre os membros. O júri da premiação selecionou os vencedores entre 672 inscrições e os avaliou com base no rigor do relatório, no uso de dados e multimídia e na narrativa geral. Os jornalistas vencedores receberão prêmios em dinheiro.

“Este concurso de reportagem nos mostrou a amplitude da cobertura que os jornalistas da rede do ICFJ estão oferecendo às suas comunidades sobre a pandemia, uma crise que afetou a todos nós”, destacou Stella Roque, diretora de Envolvimento da Comunidade do ICFJ. “Apesar da desinformação, do declínio da receita da redação e até mesmo de ataques a jornalistas, repórteres de todo o mundo estão fornecendo informações precisas e que salvam vidas no Covid-19. Parabenizamos nossos vencedores por sua excelente cobertura”.

Confira a lista completa de reportagens homenageadas.

Sandra Azedo assume área global de PR da David

Sandra Azedo retorna à David após um ano na AlmapBBDO / Crédito: Ricardo Barcellos

A David, rede de agências de publicidade do Grupo WPP, anunciou o retorno de Sandra Azedo como Global PR Director. Na nova função, terá a responsabilidade de trabalhar a área de relações públicas e comunicação da rede em todos os seus escritórios: São Paulo, Buenos Aires, Bogotá, Miami e Madri.

Esta é a segunda passagem dela pela agência. De 2011 a 2020, na época pelo Grupo Ogilvy, atuou como diretora de Comunicação das agências David e Ogilvy. Nesta nova fase, ficará baseada no escritório de Miami, respondendo diretamente ao sócio e fundador Fernando Musa, ao sócio e CCO Pancho Cassis e à CCO Global Sylvia Panico.

“É uma honra para mim poder retornar à David, agência da qual participei do lançamento, em 2011, e que hoje se tornou uma das mais marcas mais reconhecidas do mundo pelo excelente trabalho de criação e efetividade”, destaca Sandra. “Trata-se de um novo desafio internacional, até então inédito na minha carreira, que me enche de orgulho e alegria”.

Com passagens anteriores pelas agências AlmapBBDO, onde atuou no último ano como Head de PR, e Africa, a executiva também teve destacada carreira em redações. Foi por nove anos editora de Mídia & Marketing da Gazeta Mercantil, e passou por Folha de S.Paulo e algumas revistas da Editoria Abril.

Atelier de Imagem agora é Pridea Comunicação

Pridea Comunicação escrito no centro da imagem sobre um fundo azul

A Atelier de Imagem e Comunicação, com 15 anos de mercado, dirigida por Pedro Issa, mudou o nome para Pridea Comunicação e anuncia estar iniciando um processo de transformação nos processos internos, quadro de colaboradores e no perfil dos serviços prestados, que passam a contar mais intensivamente com tecnologia e inovação, mantendo o padrão na produção de conteúdo, marca que a agência considera sua grande expertise.

Issa diz que “buscou os principais desenvolvedores do País e iniciou, juntamente com os jornalistas da casa, a criação de um novo modelo de negócio, baseado na jornada do cliente e amparado em uma moderna metodologia de trabalho, com novos atributos, resultando na criação do content tech, que se baseia na análise de dados para a geração de insights e narrativas”

A agência tem hoje em carteira clientes como a Artesp – Agência de Transporte do Estado de São Paulo, Detran-SP, Embrapii, Amigos da Arte e Movimento Recicla Sampa.

Repórter do New York Times perde cargo após falas racistas

Crédito: Jakayla Toney/Unsplash

O New York Times anunciou em 5/2 a demissão de Donald McNeil Jr, renomado repórter de ciência, após falas racistas ditas durante uma viagem com estudantes ao Peru, organizada pelo próprio jornal. A decisão ocorreu após cerca de 150 funcionários do NYT enviarem carta à direção exigindo punição rigorosa para o repórter.

Mesmo sabendo da história, denunciada por pais de alunos que fizeram a viagem, o jornal alçou o profissional ao posto de principal nome de sua equipe durante a crise da Covid. E inscreveu seu trabalho para concorrer ao Prêmio Pulitzer. Mas na semana passada o The Daily Beast fez uma reportagem sobre o caso, baseada em relatos de alunos que participaram da excursão. Após a reportagem e pressão dos funcionários, o NYT optou por demitir Donald McNeil Jr.

Leia mais em MediaTalks by J&Cia.

MPF investiga narrador da Rádio Grenal por uso de termo racista

Haroldo de Souza (Crédito: Reprodução/Twitter)

Enrico Rodrigues de Freitas, procurador regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul, abriu nessa quinta-feira (4/2) investigação para contra o narrador Haroldo de Souza, da Rádio Grenal, pelo uso do termo racista “criolinho” no jogo entre Grêmio e Santos realizado em 3 de fevereiro.

Durante a partida, Haroldo perguntou a um repórter de campo: “Aquele crioulinho que está lá na ponta esquerda do time do Santos, quem é ele?”, referindo-se ao jogador Lucas Braga, atacante do time alvinegro. O MPF mandou ofícios à Rádio Grenal e ao narrador solicitando manifestação sobre o ocorrido.

Por meio de assessoria, Haroldo de Souza desculpou-se e reiterou que não houve intenção de racismo: “Minha vida pessoal e profissional é pautada pelo respeito a toda a sociedade, aos jogadores e torcedores que fazem desse esporte um grande espetáculo. Reitero minhas sinceras desculpas aos ouvintes que sempre nos acompanham e nos brindam com a sua audiência”.

A Rádio Grenal também se manifestou, dizendo que “não compactua com qualquer tipo de atitude discriminatória a quem quer que seja, pautando sua atuação através do respeito a todos, sem exceção. Salientamos nosso apreço à sociedade em geral, sem qualquer tipo de discriminação”.

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