Para qualificar o uso da comunicação digital por instituições públicas, a Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública) está lançando o documento Diretrizes para a Comunicação Pública Digital. O guia apresenta 10 condutas essenciais para um uso responsável das plataformas digitais no setor público.
“As Diretrizes para a Comunicação Pública Digital são um chamado para que gestores e comunicadores do setor público fortaleçam a informação de qualidade, a confiança nas fontes oficiais e o diálogo. Em um tempo em que a informação se torna um ativo cada vez mais relevante, propomos um conjunto de diretrizes para consolidar a comunicação digital como um serviço essencial à cidadania”, destaca Jorge Duarte, presidente da ABCPública.
Na visão de Jorge Duarte, é fundamental que as organizações públicas garantam protagonismo nos processos de informação de qualidade na sociedade, pelo menos nos temas em que atuam diretamente. “As instituições precisam estabelecer estratégias de comunicação que estabeleçam uma presença ativa e confiável no debate público, combatendo a desinformação e promovendo o acesso à informação de interesse coletivo”, acrescenta.
Adotar essas diretrizes no dia a dia da comunicação pública significa atuar para fortalecer um ambiente comunicacional ético, inclusivo e comprometido com a verdade factual e os valores democráticos. Isso inclui combater a desinformação, ampliar a transparência e promover a participação cidadã.
Em síntese, as 10 diretrizes abordam os seguintes temas:
1 – Construir presença digital;
2 – Planejar;
3 – Promover a confiança e a transparência;
4 – Educar;
5 – Compreender o funcionamento das plataformas e ouvir os públicos;
6 – Considerar o patrocínio de conteúdos;
7 – Atuar com colaboração institucional;
8 – Responder com agilidade;
9 – Estimular o engajamento; e
10 – Integrar canais digitais e não digitais.
O documento foi produzido com a contribuição de associados, que puderam participar com sugestões realizadas por meio de consulta pública. “Este é um guia orientativo para profissionais de comunicação de todo o país, que leva em conta os principais desafios de atuar em ambientes digitais baseado em algoritmos e sem regulação específica. Cada instituição deve adaptá-lo às suas realidades e limitações, mas ele serve como uma referência essencial para a construção de estratégias de comunicação pública digital“, explica Érica Abe, coordenadora do Comitê Digital, que ficou responsável por conduzir o processo e elaborar o documento.
O lançamento do guia marca um passo importante na busca por uma comunicação pública mais estratégica, transparente e comprometida com o interesse coletivo. A expectativa dos dirigentes da ABCPública é que as diretrizes funcionem como referência para aprimorar o diálogo entre governo e sociedade, reforçando o papel da comunicação digital como ferramenta fundamental para a democracia e a cidadania.
Thalys Alcântara é o mais novo contratado do Intercept Brasil para reforçar o time de repórteres em Brasília. Com dez anos de experiência em jornalismo investigativo, ele diz chegar empolgado para novas descobertas: “A ideia de fazer jornalismo para mudar o mundo não é ingenuidade. É realmente possível fazer investigações que alterem o rumo das coisas – e o Intercept é a prova disso”.
Thalys cobriu Segurança Pública e Direitos Humanos em Goiás pelo jornal O Popular, onde revelou a maior chacina de Goiânia, inicialmente ocultada pelas autoridades. No Metrópoles, em Brasília, destacou-se ao expor uma fraude em contratos milionários na área da Saúde, além de ter desvendado um grupo religioso que levava adolescentes indígenas para a Turquia. Foi vencedor dos prêmios de Jornalismo Investigativo da União Europeia e Dom Tomás Balduíno de Direitos Humanos. Colaborou ainda com Estadão e Ponte Jornalismo.
Após 17 anos na tela da TV Aratu (SBT), Casemiro Neto deixa a emissora, onde apresentou os programas Que Venha o Povo, Cidade Aratu e Bom Dia Bahia. Depois de um período de férias, vai focar as atenções em seu site de notícias Portal do Casé, que lançou em 2023. O Jornal da Manhã, que ele apresentava na Aratu, saiu do ar. A emissora ainda não tem a data do retorno do programa.
Casemiro atuou também na cobertura de carnavais e em debates políticos, nos períodos eleitorais. Em comum acordo, ele e a emissora decidiram pelo fim do contrato. O apresentador também esteve por 20 anos na TV Bahia, além das passagens pela TVE e TV Itapoan.
A rádio CBN anunciou nessa segunda-feira (24/2) mudanças na programação e na sua sede em São Paulo. A rádio agora ocupa o mesmo espaço que todas as marcas da Editora Globo, como sucursal de O Globo, Valor, Pequenas Empresas, Grandes Negócios e Marie Claire. O prédio moderno fica localizado à beira da Marginal Pinheiros, no Butantã.
O CBN São Paulo ganhou uma nova dupla de âncoras nas manhãs, com Rafael Colombo e Marcella Lourenzetto. O programa ampliará a voz da população, abordando urbanismo, mobilidade e segurança pública, com especialistas analisando problemas e propondo soluções para a cidade.
No fim da tarde, Débora Freitas assume o Ponto Final CBN, ao lado de Carolina Morand. O Viva-Voz, com Vera Magalhães, continuará das 18h às 19h, com análises e opiniões que oferecem contexto e bastidores sobre temas que moldam o País, e contará com a participação de Bruno Carazza como comentarista de economia às quartas-feiras.
Além disso, a nova estrutura conta com um estúdio exclusivo para a produção de podcasts, permitindo a ampliação de produções como A Ditadura Recontada. A direção da emissora aposta que esse ambiente integrado contribuirá para maior inovação e qualidade na produção jornalística.
O canal Times Brasil – CNBC anunciou nesta semana as chegada de Fernanda Câmara e Bessie Cavalcanti ao seu time de jornalistas em São Paulo, e Fernanda Sette, em Brasília. Elas chegam para reforçar a cobertura política e econômica do canal.
Com mais de 20 anos de carreira no telejornalismo, Fernanda Câmara acumula passagens por Record TV, SBT e quatro afiliadas da TV Globo (TV TEM, TV Fronteira, TV Centro América e EPTV Central).
Bessie Cavalcanti possui 14 anos de experiência no telejornalismo, com atuação destacada em Brasília como editora de conteúdo para Política, Economia e Internacional. Além disso, foi repórter e analista na cobertura política, atuando como setorista no Palácio do Planalto.
Fernanda Sette também possui quase duas décadas de experiência no jornalismo televisivo, com foco especialmente na cobertura política e de agronegócio, e passagens por Record, SBT, Band, TV Justiça, TV Brasília, Agro Mais e Jornal de Brasília.
Se acordo com o comunicado enviado pela emissora, “a chegada de Fernanda Câmara, Fernanda Sette e Bessie Cavalcanti reforça o compromisso do canal em oferecer uma cobertura ainda mais qualificada e ampla, conectando o Brasil aos principais debates sobre negócios, política e mercados globais”.
A música continua sendo a grande protagonista do consumo de áudio nos Estados Unidos, segundo a pesquisa trimestral Share of Ear, realizada pela Edison Research. O estudo revelou que aproximadamente 74% do tempo médio diário dos ouvintes é dedicado à música, reforçando sua relevância no cenário auditivo, apesar do crescimento dos podcasts e outras formas de conteúdo falado.
Os dados da pesquisa indicam que a principal fonte de música para os americanos com 13 anos ou mais ainda é a rádio AM/FM, incluindo destaques tradicionais e streaming, representando 32% do tempo total de escuta musical. Isso demonstra a força e a resiliência do rádio mesmo diante da ascensão dos serviços digitais.
Os serviços de streaming, como Spotify, Apple Music, Amazon Music, Pandora e YouTube Music, aparecem logo em seguida, com 28% do tempo de audição. Já o YouTube, utilizado tanto para ouvir músicas quanto para assistir a videoclipes, representa 18% do consumo musical.
Outras fontes também desempenham papel significativo no consumo de música. A rádio por satélite SiriusXM, por exemplo, representa 9% do tempo de escuta, assim como a música própria – que inclui vinis, CDs e arquivos digitais baixados. Já os canais de música na TV, como Music Choice e Stingray, cobrem a 3% do tempo total de audição.
A pesquisa revela diferenças importantes ao analisar as variações por faixa etária. Para o público entre 13 e 34 anos, os serviços de streaming ultrapassaram a rádio AM/FM como principal fonte de música, com 31% do tempo de audição, contra 30% da rádio. Essa mudança reflete o impacto das novas tecnologias e a preferência dos mais jovens por plataformas digitais, que oferecem acesso sob demanda e maior personalização da experiência musical.
Embora a rádio tradicional tenha perdido parte do público mais jovem, ela ainda se mantém relevante em determinados contextos, especialmente no consumo dentro dos automóveis. Dados da Edison Research mostram que a rádio AM/FM domina a audiência de áudio com suporte publicitário nos carros, representando 86% do tempo total de escuta. Mesmo entre os ouvintes mais jovens (18 a 34 anos), a rádio detém 82% da audiência nos veículos, consolidando sua importância nesse ambiente.
O estudo também destaca o crescimento significativo dos podcasts no cenário do áudio. Desde 2014, a participação desse formato no tempo total de escuta aumentou cinco vezes, alcançando 10% do consumo auditivo geral. Entre os hispânicos de 18 a 34 anos, os podcasts já superam a rádio AM/FM como principal plataforma de áudio com suporte publicitário, o que demonstra uma mudança importante nos hábitos desse público.
Por outro lado, entre os afro-americanos, a rádio AM/FM continua sendo a principal fonte de conteúdo de áudio, com os podcasts tendo uma participação menor em relação à mídia geral. Esse dado sugere que a adoção de novas tecnologias no consumo de áudio pode variar de acordo com fatores culturais e demográficos.
A pesquisa Share of Ear evidencia que, mesmo diante da transformação digital e do crescimento das plataformas de streaming e podcasts, a música segue sendo o conteúdo mais consumido pelos ouvintes americanos. A rádio tradicional, apesar das mudanças, continua desempenhando um papel fundamental, especialmente em momentos específicos, como a escuta no carro.
Com a evolução das tendências do público e da concorrência cada vez maior entre plataformas, entender essas dinâmicas é essencial para profissionais da indústria musical, publicitários e produtores de conteúdo. O futuro do consumo de áudio será moldado pelas novas tecnologias, mas a música – em todas as suas formas de distribuição – continuará sendo o coração da experiência auditiva dos ouvintes.
Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.
Álvaro Bufarah
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.
Foto de mulher pelada existe desde quando foi inventada a máquina fotográfica. Faz tempo. Coisa de franceses, trazida ao Brasil pelas mãos do imperador Pedro II.
Como o pai, Pedro I, Pedro II era doido por mulher.
São raras as primeiras fotos de mulher pelada publicadas na imprensa. Isso não quer dizer que já no século 19 não existissem publicações dirigidas aos onanistas de plantão.
Escritores que o tempo tornaria famosos enchiam páginas de jornais com histórias picantes assinadas com o próprio nome ou pseudônimos, casos de Coelho Neto e Olavo Bilac.
O jornalista português Joaquim Alfredo Gallis, o Rabelais, também fez muito sucesso na sua terrinha e cá no Brasil. Entre os inúmeros títulos que publicou acham-se O Marido Virgem; Devassidão de Pompeia e As Mártires da Virgindade, entre outros.
Esses autores eram classificados pelos conservadores como canalhas e pornográficos.
O tempo passou, até que, na passagem dos 40 para os 50 do século 20, surgiram Zéfiro e suas revistinhas “para homens”.
O tempo passou e chegou também a ditadura militar, quebrando o silêncio da madrugada perene de 1° de abril de 1964.
Em 1979, começou a abertura política. O governo era do general Geisel.
Foi por ali, por aquele tempo, que a Editora Três bancou uma editoria própria para revistas de conteúdo erótico, com fotos classificadas pelos conservadores de plantão como “ginecológicas”. E entre os cartunistas convidados para ilustrar as tarefas e dar mais vida às revistas se achavam Mariza (Mariza Dias Costa; 1952-2019) e Fausto.
Equipe da Editora 3
Mariza já está lá em cima.
O jornalista Leonel Prata foi chamado pela Três para editar as publicações dirigidas ao público masculino. Com prazer, fui ouvi-lo.
Aqui ele conta tudo e mais um pouco do esforço que fez para pôr nas bancas as revistas.
Não foi fácil a sua “convivência” com a censura. Confira:
Assis Ângelo − Você foi um dos editores de revistas eróticas mais badalados do Brasil. Sob a sua batuta foram às bancas Homem, Privé, Chic e várias outras. Pergunto: ainda há espaço para esse tipo de revista?
Leonel Prata − Infelizmente não há mais espaço, nem para revistas de mulher pelada nem para de assuntos gerais, a não ser publicações de grandes reportagens (piauí, por exemplo) ou crônicas.
Assis − Você acha que a internet acabou com as revistas de mulher pelada?
Leonel − Sim, não tenho a menor dúvida. Hoje em dia as mulheres peladas estão a um toque de dedo no celular para qualquer tipo de público – rico, pobre, infantil, juvenil, adulto, velho. E a pessoa ainda escolhe qual mulher quer ver nua.
Assis − Alguma comparação entre sites pornô e revistas masculinas?
Leonel − Não dá pra comparar. Os tempos eram outros, não havia sites.
Com a Homem, fomos os pioneiros em mostrar o sexo feminino em close – isso não existia e pouquíssima gente tinha acesso fácil a uma xereca na cara. A molecada punheteira era o nosso grande público, porque a maioria não via nem conhecia isso ao vivo, assim tão de perto.
Nas nossas revistas fazíamos jornalismo – entrevistas com artistas e personalidades, grandes reportagens, denúncias, seções etc, sempre com o tema voltado para o sexo. Isso também ajudava a vender. Inventamos a fotonovela erótica, que se aproximaria um pouco do site pornô de hoje, só que sem sexo explícito nem órgão genital masculino à mostra – uma das exigências de Brasília quando liberaram o pelo pubiano. Os filmes pornôs eram de difícil acesso. Hoje os sites dão de mil a zero em qualquer setor.
Assis − As revistas de mulher pelada para homem ocorreram no período da abertura política no Brasil, a partir de 1979, governo Geisel. Como você vê aquele período, o período da abertura?
Leonel − No começo, a censura ficava em cima, não podíamos mostrar pelo pubiano. Mandávamos as provas de fotolito para Brasília para aprovação da dona Solange Hernandes (1938-2013). Quando escapava um pelinho qualquer, colocavam tarja preta. E nos devolviam todo o material. Foram abrindo as pernas aos poucos.
Os editores de revistas masculinas foram chamados a Brasília para conversar com a censura – finalmente iam liberar o pelo pubiano nas nossas publicações. Essa reunião de Brasília não durou meia hora. O dr. Madeira, chefão da censura, entrou na sala todo perfumado e falou: a partir de agora está liberado o pelo pubiano nas revistas de vocês, só não pode órgão sexual masculino, cenas de sexo explícito, lesbianismo… E nos dispensou.
Fazíamos 28 títulos por mês, quase um por dia. Fizemos uma edição especial da Homem com uma bunda na capa e no miolo só mulheres com os pelos à mostra e a genitália escancarada. Vendeu 300 mil exemplares em um dia.
Apesar dessa “abertura”, sofremos vários processos por causa das nossas revistas. Minhas digitais estão em várias delegacias de polícia de São Paulo. Vivia “tocando piano”. Chegamos a prestar depoimento na Polícia Federal por causa de uma edição da revista Privé. Nesse dia, a chamada imprensa escrita, falada e televisada, curiosa, nos esperava na porta da sede da PF. Saímos pelos fundos.
Assis − Tudo ou quase tudo é comércio. O sexo também. Você vê hipocrisia na comercialização do sexo, da prostituição?
Leonel − A hipocrisia está em todos os lugares desde sempre na história da humanidade. Não seria diferente no sexo. Ainda mais que sexo vende muito.
Assis − O tema é abordado e discutido desde sempre. Tema sexo. Desde a antiguidade. Está na Bíblia e em todo canto. Você vê alguma normalidade na busca pelo sexo?
Leonel − Todo mundo tá sempre buscando sexo na vida, ou porque ainda não sabe como é na prática, apesar de ver no celular e no cinema, ou porque quer sempre mais – ver ou fazer. Sexo é matéria que não se esgota nunca, nem sai de moda.
Assis − O que você estaria publicando hoje nas revistas de putaria?
Leonel − Se ainda fosse vender nas bancas, evidentemente. Bancas de revistas agora vendem poucas revistas e jornais impressos (outro produto em desuso), brinquedos, cigarro, isqueiro, bonecas…
Mas se fosse pra fazer, publicaria o que sempre publicamos: fotos de mulheres lindíssimas, mais reportagens, entrevistas, curiosidades etc, de acordo com os dias de hoje. Sexo dá assunto e vende sempre.
Assis − O puritanismo invadiu todas as classes sociais, incluindo jovens. Que diabo é isso? Puritanismo tem cura?
Leonel − Puritanismo não tem cura. É foda. Aliás, é tudo foda.
O escritor e jornalista Marcelo Rubens Paiva foi vítima de agressão no último domingo (23/2), em São Paulo. Autor do livro Ainda Estou Aqui, que inspirou o filme concorrente ao Oscar, teve um desfile em sua homenagem promovido pelo bloco Acadêmicos do Baixo Augusta. Durante o evento, ele usava uma máscara de Fernanda Torres, atriz que interpreta sua mãe no filme; contudo, pouco antes de desfilar, um homem lançou uma lata de cerveja em sua direção e em seguida arremessou uma mochila que acertou seu rosto.
O homem estava do lado de fora das grades que cercavam o trio elétrico, enquanto Marcelo permanecia dentro da área isolada. Após os ataques, ele ainda fez um gesto obsceno com o dedo do meio. Diante da provocação, Paiva avançou com sua cadeira de rodas em direção ao autor da agressão para questioná-lo. Outros integrantes do bloco também tentaram confrontá-lo, mas a intervenção dos seguranças impediu que a situação se agravasse.
Em entrevista ao UOL, Paiva afirmou não compreender o motivo da agressão: “Apesar do susto, está tudo bem, não machucou. O cara jogou cerveja na cara. Eu não entendi por que fui atacado. Jogar uma mochila na cara de um porta-bandeira, cadeirante, que quer se divertir”.
* Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro
Márcio Ehrlich morreu na manhã desta segunda-feira (24/2), aos 74 anos, de choque séptico e falência de múltiplos órgãos. Deixa dois filhos e um neto, e viúva a também jornalista Renata Suter.
Carioca, médico psiquiatra de formação pela UFRJ, começou no jornalismo como desenhista, em 1969, publicando tiras e cartuns na Tribuna da Imprensa. Passou a escrever também, e assinava a coluna semanal Janela Publicitária na Tribuna. De 1977 em diante, especializou-se no noticiário de publicidade. Foi colaborador ativo da Editora Referência, onde dirigiu a sucursal Rio do site Propmarkaté o início dos anos 1990, quando se dedicou definitivamente ao seu próprio site Janela Publicitária, que manteve até agora.
Escreveu também sobre histórias em quadrinhos e vídeo games, na coluna Vídeo Guia do jornal O Globo. Na televisão, falou sobre publicidade no programa Intervalo da TVE, Programa de Domingo na TVS, Propaganda & Mercado na Bandeirantes. No rádio, teve o programa Marketing e Publicidade na Panorama FM e na Jornal do Brasil AM.
Era profissional multifunção. Filho de uma professora de música, teve uma banda na juventude. Fez cursos de teatro e participou de cerca de 30 novelas, começando com Pantanal na TV Manchete, seguida por dezenas na Globo. Na publicidade, na década de 80, foi atendimento e gerente de comunicação da V&S, e diretor de planejamento da Dinâmica Promoções, especializada em marketing promocional.
Participou ativamente do setor da publicidade como diretor das associações Brasileira de Propaganda (ABP) e de Marketing (ABM), e presidente da Apro-Rio, de marketing promocional. Foi um dos fundadores do GAP (Grupo de Atendimento e Planejamento). Por último, era vice-presidente da Abracomp, dos Colunistas de Marketing e Propaganda, e coordenador nacional do Prêmio Colunistas.
Foram anunciados os vencedores do Prêmio iBest, que reconhece os destaques da internet brasileira. Entre os ganhadores, estão alguns nomes da comunicação: ICL Notícias (Voto popular) e g1 (Academia) venceram a categoria Notícias e Jornalismo; e KimPaim (Voto popular) e ReinaldoAzevedo (Academia) foram os ganhadores em Jornalista Influenciador.
Também estão entre os vencedores Autoesporte (Voto popular) e Quatro Rodas (Academia) na categoria Canal Automotivo e de Transportes; Cazé TV em Canal de Esportes; Brasil 247 (Voto popular) e O Antagonista (Academia) na categoria Canal de Política; Canaltech em Canal de Tecnologia; Fernando de Borthole (Voto popular) na categoria Influenciador Automotivo/Transportes; CasimiroMiguel (Academia) nas categorias Influenciador de Esportes, Influenciador deOpinião e Streamer Influenciador; Nathalia Arcuri (Academia) em Influenciador de Investimentos; Andreia Sadi (Academia) na categoria Influenciador de Política; Tadeu Schmidt em InfluenciadorRio Grande do Norte; e André Trigueiro (Academia) em Meio Ambiente e Sustentabilidade.