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O adeus a Susana Naspolini

Susana Naspolini (Foto: Renato Velasco)
* Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro

Susana Naspolini morreu nessa terça-feira (25/10), aos 49 anos, de câncer. Estava internada em um hospital em São Paulo desde março deste ano, para tratamento. Enfrentava o câncer pela quinta vez. Sobre suas experiências, publicou dois livros, Eu escolho ser feliz e Terapia com Deus.

Catarinense de Criciúma, cursou Jornalismo em Florianópolis na UFSC. Mudou-se para o Rio quando obteve uma vaga no curso de teatro do Tablado, para tentar a carreira de atriz. Em 2002, foi contratada temporariamente como repórter da GloboNews e não mais deixou o grupo Globo. Passou ainda pelo canal Futura, pela produção da Editoria Rio, da TV Globo, e pela equipe de reportagem dos telejornais Bom Dia Rio RJTV.

A carreira dela decolou quando foi escalada para o quadro RJ Móvel, do RJ 1ª Edição, de jornalismo comunitário. Nas regiões em que o poder público não resolvia os problemas da população, Naspolini ia conferir as reclamações, cobrava das autoridades, e voltava para ver os resultados, sempre de maneira divertida e bem-humorada. A enorme empatia com o povo nas ruas fez dela uma das jornalistas mais populares do Rio. Os apresentadores de todos os telejornais da Globo no Rio deram a notícia com emoção.

Susana foi casada com o também jornalista Maurício Torres, falecido em 2014 após uma arritimia cardíaca que evoluiu para falência múltipla de órgãos decorrente de quadro infeccioso.

Jabuti tem Lula x FHC e autores multipremiados entre finalistas

A Câmara Brasileira do Livro divulgou os finalistas do 64º Prêmio Jabuti, principal reconhecimento literário do Brasil. O concurso contou nesta edição com 4.290 trabalhos inscritos, em 20 categorias e trouxe dez finalistas em cada uma delas.

Destaque para Biografia e Reportagem, que trouxe trabalhos de alguns dos mais premiados jornalistas brasileiros, além de uma curiosa disputa entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.

Um dos maiores vencedores da história do Jabuti, Laurentino Gomes volta a concorrer neste ano com Escravidão – Volume II (Editora Globo). Ele, que com Escravidão – Volume I já havia vencido esta mesma categoria em 2020, tenta agora repetir o sucesso da trilogia 1808, 1822 e 1889, campeãs nos anos em que concorreram ao prêmio de Livro-Reportagem. A diferença é que naquela época o Jabuti contava também com uma categoria especial de Melhor Livro do Ano – Não Ficção, sempre vencidas por ele.

Destaque também para Eliane Brum, jornalista mais premiada no ano passado e na história brasileira, segundo o Ranking dos +Premiados da Imprensa, que tenta seu segundo troféu com Banzeiro òkòtó: uma viagem à Amazônia Centro do Mundo (Companhia das Letras). Ela já havia conquistado a categoria Livro-Reportagem em 2007, com A vida que ninguém vê.

Outra disputa interessante envolve indiretamente dois antigos adversários políticos. Vencedor em Livro do Ano de Não Ficção de 2001 com Corações Sujos, Fernando Morais é autor der Lula: Biografia – Volume I (Companhia das Letras), enquanto Fernando Henrique Cardoso concorre com sua autobiografia Um intelectual na política: Memórias (Companhia das Letras).

Disputam ainda a categoria Biografia e Reportagem Anjo mutilado (Companhia da Letras), de Marcelo Bortoloti; João Cabral de Melo Neto: Uma biografia (Todavia), de Ivan Marques; Memórias Sangradas: vida e morte nos tempos do cangaço (Olhares), de Daniel Brito e Ricardo Beliel; Ney Matogrosso: A biografia (Companhia das Letras), de Julio Maria; O ar que me falta (Companhia das Letras e Penguin), de Luiz Schwarcz; e O vento mudou de direção: o Onze de Setembro que o mundo não viu (Fósforo), de Simone Duarte.

Confira a relação completa dos finalistas.

Repórter cinematográfico agredido durante operação da PF recebe alta do hospital

Agredido no último domingo (23) enquanto fazia a cobertura a resistência armada do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) a um mandado de prisão, Rogério de Paula, repórter cinematográfico da Inter TV, emissora afiliada da Globo, recebeu alta do hospital e voltou para casa.

Imagens divulgadas na internet mostram o momento em que o agressor Diogo Resende, assessor do vereador Robson Souza (PSDB), agride o repórter, que cai. Na queda, a câmera que segurava atingiu-o na cabeça.

Diogo apresentou-se em uma delegacia na segunda-feira (24/10) e vai responder em liberdade por lesão corporal. A Câmara Municipal de Três Rios exonerou-o do cargo de assessor parlamentar.

Duda Teixeira lança livro que reúne textos e reportagens de Gareth Jones

Duda Teixeira, editor da revista Crusoé, lançou o seu mais novo livro Fome na Ucrânia: Os relatos do front do Holodomor.
Duda Teixeira, editor da revista Crusoé, lançou o seu mais novo livro Fome na Ucrânia: Os relatos do front do Holodomor.

Duda Teixeira, editor da revista Crusoé, lançou o seu mais novo livro Fome na Ucrânia: Os relatos do front do Holodomor, uma seleção de 40 textos e reportagens do jornalista galês Gareth Jones. Essa é a primeira tradução de obras dele para o português.

Gareth niciou a primeira de suas três viagens para a União das Republicas Socialistas Soviéticas, a URSS, aos 24 anos, para documentar a evolução do Plano Quinquenal, anunciado pelo então ditador Josef Stalin. Na terceira viagem, em 1933, testemunhou o Holodomor, termo criado pela união das palavras ucranianas holod (fome) e mor (extermínio).

O livro reúne textos escritos por Gareth nesse período, em que narra a tragédia causada pela coletivização das terras e pelo confisco de grãos, que resultou na morte de cerca de 4 milhões de ucranianos. Ele foi assassinado em 1935, provavelmente pela polícia secreta soviética.

Justiça nega pedido de indenização de Oscar Fakhoury contra o Projeto Comprova

O TJ-SP acatou recurso do Aos Fatos contra a Revista Oeste, que pedia censura e indenização à plataforma de checagem.
O TJ-SP acatou recurso do Aos Fatos contra a Revista Oeste, que pedia censura e indenização à plataforma de checagem.

O juiz Henrique Dada Paiva, da 8ª Vara Cível do Foro Central Cível de São Paulo, negou pedido de indenização contra o Projeto Comprova em ação movida por Otávio Oscar Fakhoury, presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Fakhoury solicitava a condenação dos veículos e da organização ao pagamento de indenização por danos morais, retratação e direito de resposta em razão de uma verificação de fatos de agosto do ano passado, publicada pelo projeto.

O Comprova havia analisado uma thread (ou fio) feita por Fakhoury em sua conta no Twitter, onde, na sequência de postagens, o empresário linkou matéria desatualizada, veiculada quatro meses antes da thread, sobre a suspensão da aplicação de um tipo de imunizante nos Estados Unidos.

No julgamento, que ocorreu em 16/10, o magistrado relembrou a proteção constitucional que a liberdade de expressão recebe no País. Ele avaliou que, nesse caso, tais princípios foram respeitados.

Para a Justiça, a informação veiculada na postagem tinha o potencial de levar os leitores o erro, e as matérias jornalísticas que trataram da verificação foram objetivas e fundamentadas em documentos públicos e oficiais. Ao contrário do que Fakhoury buscou sustentar, as matérias não estão centradas em juízos subjetivos sobre ele, tendo como objeto a vacinação da população contra a Covid-19, assunto de interesse público.

Otávio Fakhoury ainda pode recorrer da decisão levando o caso para o Tribunal de Justiça de São Paulo.

Jornalistas lançam manifesto em apoio à democracia, ao TSE e à chapa Lula-Alckmin

Ajor: Como o jornalismo inova para combater a desinformação eleitoral

Jornalistas de todo o Brasil publicaram nesta segunda-feira (24/10) um manifesto de apoio ao trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a proliferação de fake news na campanha eleitoral.

O documento, aberto para receber novas adesões online, faz menção aos inúmeros ataques sofridos pela imprensa ao longo do mandato do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), e à recente polêmica envolvendo a Jovem Pan, acusada pelo TSE de tratar os presidenciáveis de forma desigual, além de reproduzir desinformações e notícias falsas contra o ex-presidente e candidato pelo PT, Luís Inácio Lula da Silva.

Confira a íntegra do documento:

 

“Manifesto de apoio à democracia, ao TSE e à chapa Lula-Alckmin

Como jornalistas com o compromisso ético de perseguir e publicar a verdade, estamos indignados com o grande fluxo de notícias falsas produzidas com o objetivo deliberado de fraudar a decisão livre do eleitor neste segundo turno da disputa presidencial.

Repudiamos toda e qualquer forma de censura e não admitimos que a liberdade de expressão seja distorcida para permitir a prevalência de mentiras na campanha eleitoral. Também vemos com apreensão que concessões públicas de rádio e TV sejam usadas em favor de uma candidatura. Por isso apoiamos o esforço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para coibir a interferência danosa das fake news nas eleições, respeitados os limites da Constituição e da lei.

Bolsonaro tem uma trajetória associada à violência desde os anos 1980, com o plano de explodir bombas em quartéis que o levou à prisão. Ele e os filhos têm conexões com Adriano da Nóbrega, apontado como miliciano pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). O clã foi acusado por ex-funcionários de obrigar servidores a lhes entregar grande parte dos salários. Desde os anos 1990 a família comprou 107 imóveis e pagou quase a metade em dinheiro vivo.

Bolsonaro defende a ditadura, a tortura e o assassinato de opositores. Ofende as cidadãs e os cidadãos negros, indígenas, nordestinos e LGBTQIA+. Acha natural sentir atração sexual por meninas de 14 anos. Mostrou-se desumano diante da dor dos brasileiros na pandemia. Foi incompetente na economia e a fome voltou. Desprezou a ciência, o meio ambiente, a cultura e a educação.

Bolsonaro destruiu instrumentos de transparência e de combate à corrupção. Comprou o apoio do Congresso com o orçamento secreto, elevando a níveis inéditos o desvio de recursos públicos. Com o uso ilegal da máquina pública Bolsonaro ilude muitos, mas não os jornalistas dignos desse nome. Daí sua fúria contra nós, dirigida sobretudo às colegas mulheres.

É um presidente que prega abertamente a desobediência a decisões da Justiça e que incentiva a população a se armar, contribuindo assim para enfraquecer as instituições republicanas e estimular a violência.

Nós, jornalistas que defendemos uma comunicação democrática inclusiva e que respeite os valores da diversidade e da igualdade étnico-racial, recomendamos o voto em Lula e Alckmin nesta eleição em que a nossa democracia está em jogo.

Lula já demonstrou suas qualidades como gestor e provou sua inocência após injusto massacre judicial. Nada tem de comunista, como alardeiam seus inimigos. É um conciliador, que conta com o apoio de trabalhadores e da parcela mais lúcida do empresariado e da intelectualidade do país.

Reiteramos o apoio ao TSE e cobramos das grandes plataformas digitais maior empenho no combate às fake news para termos eleições limpas, livres e seguras. Com a ampla aliança conduzida por Lula e Alckmin, reencontraremos a paz, o desenvolvimento e, fundamental para a sobrevivência do jornalismo, teremos a garantia de que a democracia sobreviverá!

#FakeNewsNãoÉLiberdade
#FakeNewsÉCrime
#EuApoioTSE
#ManifestoDosJornalistas
#ForaBolsonaro
#LulaPresidente”

Flávio VM Costa é o novo editor-chefe do Intercept Brasil

Flávio VM Costa, um dos vencedores do Prêmio Vladimir Herzog deste ano é o novo editor-chefe do The Intercept Brasi
Flávio VM Costa, um dos vencedores do Prêmio Vladimir Herzog deste ano é o novo editor-chefe do The Intercept Brasi

Flávio VM Costa, um dos vencedores do Prêmio Vladimir Herzog deste ano, na categoria Produção Jornalística em Multimídia, é o novo editor-chefe do The Intercept Brasil. Em quase 20 anos de carreira, é o primeiro negro a ocupar esse cargo na entidade.

Baiano, estudou em escolas públicas de Salvador e formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, sendo o primeiro membro de sua família a concluir o ensino superior.

Antes de fazer parte do time do Intercept Brasil, Flávio dirigia o núcleo de jornalismo investigativo no UOL, área que ele mesmo criou. Também teve passagens por veículos como Correio e A Tarde, além de já ter atuado na produção de documentários investigativos.

Entidades sobem o tom contra a Jovem Pan

Mais de dez entidades de apoio ao jornalismo e à democracia publicaram na manhã desta segunda-feira (24/10) nota conjunta condenando a postura da Jovem Pan durante as últimas semanas de campanha eleitoral.

A emissora vem sofrendo uma série de sanções impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que considerou que, além de tratar os presidenciáveis de forma desigual, estaria reproduzindo desinformações e notícias falsas contra o ex-presidente e candidato pelo PT, Luís Inácio Lula da Silva.

Vale lembrar que a legislação brasileira prevê que candidatos não podem ser tratados de forma desigual por empresas com concessão pública, como é o caso da Jovem Pan, que além do canal na TV a cabo e no YouTube tem sua origem no rádio.

“Para nós, causa consternação o caminho seguido por um grande veículo, como a Jovem Pan, que utiliza uma outorga de rádio e outras plataformas de conteúdo para propagar produtos da indústria da desinformação, que não têm origem certa, apuração verificável ou qualquer referencial nos princípios básicos do bom jornalismo e, no fundo, buscam destruir a credibilidade das instituições democráticas”, afirma a nota.

Nas redes sociais e nos bastidores, a Jovem Pan e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro vêm denunciando o caso como se fosse censura, o que incomodou as entidades, historicamente reconhecidas por lutarem contra esse tipo de situação. “Lamentamos que, neste momento, esse conceito esteja sendo usado de forma tão deturpada por veículos de comunicação, principalmente concessionários públicos, na tentativa de levarem à frente uma espécie de vitimismo tacanho e obterem licença para continuarem a mentir, difamar e avariar os pilares do regime democrático”, completou o artigo.

Assinam o documento entidades de classe, como Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor/PA), e da sociedade civil, entre elas Instituto Vladimir Herzog, Intervozes, Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Observatório da Ética Jornalística (Objethos), Diracom (Direito à Comunicação e Democracia), Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), International Center for Information Ethics, Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e Artigo 19.

Confira a íntegra.

Intercept Brasil atinge meta e incentiva aumento de apoiadores mensais

Intercept Brasil é alvo de mentiras e difamação sobre doações ao PCC

O Intercept Brasil anunciou nesta sexta-feira (21/10) que conseguiu arrecadar os R$ 500 mil necessários para evitar seu fechamento imediato. Mas pede ajuda para aumentar em 500 o número de apoiadores mensais, com o objetivo de evitar que novamente corra o risco de fechar.

Cecília Olliveira, cofundadora do Intercept Brasil e uma das pessoas que liderará o site nesta nova etapa, ao lado de Andrew Fishman, publicou no Twitter que a meta foi atingida graças ao apoio de 6.687 pessoas.

“Fizemos história! Nossa comunidade se juntou para levantar R$ 500 mil em 7 dias. O Intercept continua!”, publicou o site. “Agora temos 72 horas para chegar a 10 mil apoiadores mensais para garantir que jamais vamos correr esse risco novamente. Só faltam 500 pessoas!”. Veja como apoiar.

Em 14/10, o Intercept Brasil anunciou que se separou da redação do Intercept nos Estados Unidos e que precisaria de doações para dar continuidade ao trabalho.

Abraji lista ferramentas para cobrir as eleições

A menos de dez dias do segundo turno, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) listou ferramentas úteis para auxiliar os jornalistas na cobertura das eleições. A ideia é aprofundar o debate sobre os candidatos nesta reta final.

O PinPoint, ferramenta gratuita do Google, permite que o usuário identifique automaticamente nomes de pessoas, instituições e locais mencionados em arquivos de áudio e texto. A plataforma também faz transcrições de áudios. Desde agosto de 2021, a Abraji, curadora do projeto no Brasil, disponibiliza documentos de interesse público na ferramenta.

O CruzaGrafos permite verificações cruzadas e investigações avançadas de dados. A ferramenta tem diferentes bases de dados públicas e possibilita visualizar ligações entre políticos, empresas, documentos e outras informações.

O Publique-se reúne mais de 7 mil processos judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e das justiças Estadual, Federal e do Trabalho. Na ferramenta, é possível verificar quais processos judiciais de interesse público citam políticos como partes.

O Ctrl-X, projeto criado em 2020 pela Abraji, mostra processos judiciais contra jornalistas e veículos, com o objetivo de identificar figuras públicas que estejam utilizando o Judiciário para atacar, perseguir e intimidar profissionais de imprensa. A ferramenta conta com mais de 5 mil ações.

E o Aleph, ferramenta criada pelo Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP), consórcio internacional de jornalismo investigativo, agrupa mais de 500 bases de dados que podem ser cruzadas entre si. A plataforma contém informações do tipo “follow the money”, ou seja, dados e documentos para rastrear ativos e propriedades corporativas, gastos governamentais e informações sobre indivíduos e grupos de interesse jornalístico.

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