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sexta-feira, dezembro 26, 2025

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Cassiano Elek Machado é o novo diretor editorial do Grupo Editorial Record

Cassiano Elek Machado é o novo diretor editorial do Grupo Editorial Record

Sonia Machado Jardim, presidente do Grupo Editorial Record, anunciou que Cassiano Elek Machado é o novo diretor editorial da empresa. Ele terá a missão de coordenar o trabalho dos cinco editores executivos do grupo, visando a ampliar o plano de crescimento da Record.

Cassiano foi diretor editorial da Planeta Brasil por oito anos e da Cosac Naify por outros quatro. Trabalhou por mais de 12 anos na Folha de S. Paulo, foi redator-chefe da revista Trip e fez parte da primeira equipe de redação da revista piauí. Foi ainda curador da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

Em seu perfil no LinkedIn, Cassiano comentou a nova oportunidade: “A sensação é a de criança entrando numa enorme loja de brinquedos: alegria extrema. Poderia passar 800 linhas aqui louvando a história da editora, relembrando os inúmeros autores da casa que eu admiro e que me emocionaram ao longo da vida, elencando os selos que integram o grupo e que marcaram profundamente a história do livro no Brasil”.

O Grupo Editorial Record, que completa 80 anos neste 2022, tem em seu portifólio Record, Bertrand Brasil, BestSeller, BestBusiness, Civilização Brasileira, Difel, Galera Record, Galera Júnior, Galerinha, José Olympio, Paz & Terra, Rosa dos Tempos e Verus. O grupo tem mais de oito mil títulos ativos em seu catálogo, e entre os autores estão Colleen Hoover e o poeta Carlos Drummond de Andrade.

Aplicativo Scruff adquire Gay Blog BR, maior portal de notícias LGBTQIA+ no Brasil

Aplicativo Scruff adquire Gay Blog BR, maior portal de notícias LGBTQIA+ no Brasil

O portal de notícias Gay Blog BR, maior site de notícias LGBTQIA+ do Brasil, que tem em média 2 milhões de visualizações por mês, foi adquirido pelo aplicativo Scruff, destinado a gays e bissexuais, que foi fundado e continua sendo gerido por pessoas LGBTQIA+.

Branding e naming rights serão importantes pilares de marketing do Scruff para o Gay Blog BR. A ideia é seguir com a estrutura operacional e editorial já existente do portal, dando independência aos jornalistas e editores do site para estabelecerem linhas editoriais, pautas e matérias. O nome do portal será alterado para Gay Blog by Scruff.

Para Camilo Restrepo, gerente de comunicações da América Latina da Perry Street Software, empresa responsável pelo app Scruff, “informação é essencial para combater preconceitos e, com a produção de notícias diárias, propomos à sociedade uma grande ferramenta de empoderamento para a comunidade LGBTQIA+. O Brasil possui uma diversidade bastante relevante e precisamos dar voz, através das notícias, aos segmentos de entretenimento, cultura, saúde, diretos e sexualidade”.

Sobre o Gay Blog BR, criado em 2017, Vinícius Yamada, editor-chefe do portal, explica que a missão do site “sempre foi organizar e tornar informações acessíveis com uma linha editorial otimista, positivista e, quando possível, humorada. Produzir notícias que empoderam e entretêm é criar um espaço seguro para uma população historicamente minorizada. Não é apenas em junho, no Mês do Orgulho, que a população LGBTQIA+ precisa ser valorizada, é diariamente, o ano todo”.

Levantamento da Abraji registra 37 ataques a jornalistas após segundo turno

Levantamento da Abraji registra 37 ataques a jornalistas após segundo turno

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em parceria com outras organizações defensoras das liberdades de imprensa e expressão, registrou 37 ataques à imprensa brasileira após o resultado do segundo turno das eleições.

“A mobilização para atacar profissionais de imprensa por parte da base mais radical do presidente derrotado nas urnas saiu do campo digital e foi às ruas”, destaca a entidade. Os ataques incluem xingamentos, declarações racistas e até luta corporal, realizados durantes atos a favor do derrotado presidente Jair Bolsonaro e em bloqueios de estradas.

A Abraji destaca alguns dos episódios mais recentes de agressões. Na semana passada, Yuri Macri e outros colegas da TV Record foram agredidos por apoiadores de Bolsonaro durante a cobertura do caso do motorista preso por atropelar 17 pessoas ao tentar furar o bloqueio em Mirassol (SP). Os jornalistas receberam socos, chutes e joelhadas. No Boletim de Ocorrência, Yuri declarou que os policiais militares presentes no local não agiram para impedir a violência contra eles.

Também na semana passada, Diogo Meira, da Rádio Cidade de Araxá, afiliada da Jovem Pan no interior de Minas Gerais, foi agredido por um caminhoneiro que bloqueava o trevo de acesso às BRs 262 e 452. O repórter usava um uniforme vermelho da Rádio Cidade/Jovem Pan. Ele foi hostilizado pelos manifestantes por “contar mentiras” e pouco tempo depois, já sem a camisa da emissora, entra em uma luta corporal com o caminhoneiro.

“Ser tachado de petista e comunista por usar uma roupa vermelha tornou-se um problema real para as equipes de televisão, as mais vulneráveis por geralmente entrarem ao vivo ou falarem o texto em voz alta com o público ao redor (práticas conhecidas como passagens e stand-ups)”, explica a Abraji.

Na eleição de 2018, a entidade já havia apontado aumento no número de ataques a jornalistas após a eleição, com nove casos, cenário que piorou em 2022. Ao longo deste ano, a Abraji registrou 487 episódios de violência contra jornalistas, sendo 28% deles casos de ameaças, intimidações, agressões físicas e/ou destruição de equipamentos.

Confira mais informações aqui.

Morre Ricardo Gontijo, que fez amizades por onde passou

Ricardo Gontijo morreu nessa segunda-feira (7/11), aos 78 anos, na cidade de Resende, no Estado do Rio, onde residia. Após longa internação, não resistiu a uma insuficiência respiratória. Deixou quatro filhos. O velório será nesta terça-feira (8/11), a partir das 13h30, na Capela 5 do Crematório da Penitência (no Caju, Rio). Cremação às 16h30.

Mineiro de Belo Horizonte, mudou-se para São Paulo na década de 1960 e esteve em revista Manchete, jornal Diário da Noite e Jornal da Tarde; foi secretário de redação da Folha da Tarde e editor-assistente da revista Exame. Paralelamente, iniciou carreira na televisão, no programa Globo Rural.

Nos anos seguintes, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou em jornais emblemáticos como O Sol e Opinião. Passou ainda por Jornal do Commercio, O Globo, sucursal da Folha de S.Paulo, jornais Tribuna da Imprensa e Última Hora. Na década de 1970, na TV, foi editor de Internacional da TV Globo, um dos pioneiros da Educativa, e TV Rio. Em revista, esteve em Exame e Manchete. Teve passagem pelo jornal Panorama, em Londrina, no Paraná, e pela Comunicação da CVM, no Rio.

Entre diversos prêmios, recebeu dois Esso de Jornalismo quando esteve na Folha da Tarde. Premiado também por vídeos, mereceu o Fundação Ford, nos Estados Unidos; Festival de Sorrento, na Itália; e Festival de Barcelona, na Espanha.

Ricardo Gontijo publicou dois livros-reportagem, Transamazônica e Sem vergonha da utopia, este sobre o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. Ainda os romances Prisioneiro do círculo, autobiográfico, e A correnteza e Pai morto, vivo. Deixou dois inéditos, um de contos e outro de poesia.

Suspeito de assassinar Leo Veras é absolvido no Paraguai

Leo Veras
* Texto publicado originalmente pela Abraji

 

Depois de três dias de julgamento, o Tribunal de Sentença da cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, absolveu Waldemar Pereira Rivas, o principal suspeito do assassinato do jornalista Leo Veras, 52 anos.

A alegação principal foi de que não havia provas suficientes para condenar Rivas, também conhecido como Cachorrão, pela autoria do crime. Durante o júri, a testemunha-chave disse em plenário que não podia contar muita coisa, já que não teria visto nem a fisionomia dos autores na noite do assassinato.

Katia Brembatti, presidente da Abraji, lembrou que na última quarta-feira (2.nov.2022) foi celebrado o Dia Internacional Pelo Fim da Impunidade dos Crimes Contra Jornalistas. “Isso é inaceitável. Não há dúvidas de que ele foi assassinado. Então, espera-se que as autoridades tomem as medidas necessárias para punir os responsáveis pelo crime. A memória de Leo Veras e todo o trabalho que prestou precisam ser respeitados, com uma ação condizente por parte das autoridades”, comentou Brembatti.

O Sindicato dos Jornalistas do Paraguai divulgou uma nota criticando o resultado do julgamento presidido pelas juízas Carmen Silva, Mirna Soto González e Ana Aguirre. Segundo o comunicado, este resultado “agride gravemente o direito da liberdade de expressão e a democracia, assim como os compromissos do estado paraguaio em matéria de direitos humanos”. O sindicato também critica o trabalho de investigação do Ministério Público e a atitude do tribunal em absolver o suspeito.

Monitoramento de ataques a jornalistas realizado pela Abraji com apoio da rede Voces del Sur já registrou mais de 450 ataques somente em 2022. Segundo Leticia Kleim, assistente jurídica da Abraji que coordena o monitoramento no Brasil, “para frear a escalada de violência, é urgente que as autoridades públicas atuem para investigar e tomar as medidas cabíveis para combater a impunidade das agressões e garantir a segurança dos trabalhadores da imprensa”.

O crime

Leo Veras

Em 12.fev.2020, na noite do crime, os assassinos surpreenderam Leo Veras enquanto ele jantava com a família. Pouco depois das 20h, dois homens invadiram a casa do jornalista. O barulho do destrave da pistola chamou a atenção do jornalista, que correu para o quintal. Os pistoleiros o seguiram e atiraram doze vezes.

A força tarefa montada para apurar o caso trabalhou em cinco linhas de investigação que poderiam ter motivado o crime. Segundo a equipe da Abraji que esteve no local do assassinato, oito horas antes da execução do jornalista, ele estava empenhado em buscar mais informações sobre duas mortes atribuídas a um pistoleiro do PCC: a de Adolfo Gonçalves Camargo, de 31 anos, em 16.ago.2019; e o desaparecimento do comerciante Roney Fernandes Romeiro, de 35 anos, dois dias depois da morte de Camargo.

Cachorrão foi preso como suspeito no dia 1.mai.2020 em Pedro Juan Caballero. Ele estava foragido desde fevereiro daquele ano e, segundo informações, integra a quadrilha de traficantes do PCC, que atua na fronteira do Brasil com o Paraguai. Cachorrão foi detido após ser reconhecido por policiais paraguaios, depois de causar um acidente de trânsito. O suspeito morava a poucas quadras da casa do jornalista assassinado e é o proprietário de um Jeep Renegade branco, que teria sido usado para transportar os três homens que estiveram na casa de Veras na noite de sua execução. Na época, Cachorrão negou o crime.

No mesmo ano, foram presos ainda mais quatro homens e uma mulher, todos suspeitos de ter ligação com o crime. Os tiros contra Veras foram disparados por uma pistola Glock 9mm, o mesmo modelo usado em execuções de outras pessoas na cidade de Pedro Juan Caballero.

Leo Veras era dono do Ponta Porã News, que produzia notícias da região da fronteira e fazia cobertura policial envolvendo também os crimes ligados ao PCC. O jornalista tinha dupla cidadania, era paraguaio e brasileiro, e assim, foi o terceiro caso a ser incluído no Programa Tim Lopes.

Artur Romeu é o primeiro brasileiro a comandar a RSF na América Latina

O jornalista brasileiro Artur Romeu assumiu a direção do escritório da Repórteres Sem Fronteiras para América Latina. Baseado no Rio de Janeiro, sua principal missão será desenvolver a presença da entidade e fortalecer o impacto de suas campanhas na região.

Ele substituiu a Emmanuel Colombié, que ocupava o cargo desde a criação do escritório, em 2015, e ficará responsável por monitorar as condições para o livre exercício do jornalismo em mais de 20 países da região, do México à Argentina, incluindo o Caribe de língua espanhola e o Haiti.

Em nome da organização internacional, Artur Romeu coordenará uma rede de 13 correspondentes, além de um representante e um parceiro oficial no México. Ele será responsável pelas operações de advocacy e assistência da organização, além de desenvolver as iniciativas sistêmicas lançadas pela RSF, como a Journalism Trust Initiative (JTI) e a Parceria para Informação e Democracia.

“Gostaríamos de agradecer a Emmanuel Colombié por ter desenvolvido o escritório e as atividades da RSF na América Latina com grande sucesso e campanhas marcantes, especialmente no México e no Brasil”, declarou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF. “Estamos felizes que Artur Romeu, cujas qualidades conhecemos bem, o substituirá. Sabemos que ele fará questão de conduzir a RSF em uma nova fase de seu desenvolvimento na região. Internacionalmente, a RSF consegue estar em campo, próxima aos jornalistas, e ao mesmo tempo lançar iniciativas estruturantes no mercado da informação e digital. Temos projetos muito ambiciosos na América Latina”.

Jornalista especializado em política internacional e mestre em Direitos Humanos e Ação Humanitária pela Sciences Po Paris, Artur Romeu, 34 anos, contribui para o desenvolvimento do escritório para a América Latina há sete anos. Em particular, colaborou com a implantação de grandes ações de advocacy, comunicação, pesquisa e capacitação da RSF no Brasil, na Colômbia e no México. Desde 2019, é responsável pela gestão de projetos, além da coordenação das áreas de assistência e de desenvolvimento institucional do escritório.

“É uma honra representar na América Latina uma organização internacionalmente reconhecida pela defesa da liberdade de imprensa”, declarou Artur. “Diante do recrudescimento da censura, da desinformação e da violência contra a imprensa, o escritório da RSF na América Latina estará totalmente mobilizado para atuar em defesa da liberdade, da independência e do pluralismo do jornalismo, e defender aqueles e aquelas que encarnam esses ideais: jornalistas e comunicadores que, apesar dos riscos e dos desafios, se recusam a permanecer em silêncio diante dos poderes constituídos. Lutaremos incansavelmente para defender o direito à informação”.

Fundada em 1985, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) é uma ONG sem fins lucrativos que promove a liberdade, a independência e o pluralismo do jornalismo. Reconhecida como de interesse público, tem status consultivo junto a ONU, Unesco, Conselho da Europa, Organização Internacional da Francofonia (OIF) e Comissão Africana de Direitos Humanos e dos Povos. Além de sua sede em Paris, a RSF possui 13 escritórios e seções. Realiza suas ações graças a uma rede de correspondentes em 130 países e cerca de 15 organizações parceiras locais.

Últimos dias para se inscrever no Festival 3i Nordeste

Festival 3i Nordeste
O Festival 3i Nordeste foi realizado no último sábado (19) na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no Recife.

Iniciativa reunirá estudantes e empreendedores para um dia de conversas sobre novos projetos e estratégias para a sustentabilidade do jornalismo

 

Jornalistas, estudantes e empreendedores têm até 18 de novembro para se inscreverem no Festival 3i Nordeste. O evento, realizado pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor), será no dia 19 de novembro, no campus da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), localizado no bairro Boa Vista, região central do Recife. Os ingressos estão à venda pelo Sympla.

A quarta edição regional do 3i representa um marco para a Ajor: é a primeira vez que um evento presencial é organizado pela entidade, fundada em maio de 2021. No primeiro semestre deste ano, a Associação realizou o 3i nacional, com uma programação 100% online e gratuita. Em 2018, o Festival já havia passado por Recife, bem como em Belo Horizonte e Porto Alegre, também em encontros locais. As outras edições nacionais foram realizadas no Rio de Janeiro, em 2017 e 2019.

O evento faz parte do esforço da organização em expandir sua atuação e o número de associadas fora do eixo Rio-São Paulo, assim como em descentralizar a discussão sobre inovação do jornalismo e atrair o olhar de financiadores para outros estados. O Festival conta com o apoio da Fundação Ford.

“Estamos muito felizes em poder realizar este espaço de networking e aprendizado entre nossas associadas, estudantes e jornalistas”, afirma Maia Fortes, secretária executiva da Associação. “Esperamos que o 3i ajude a inspirar uma nova geração de empreendedores da área no Nordeste e mostre caminhos para a sustentabilidade daqueles que já são parte do ecossistema de mídia da região”.

Serão oferecidos certificados de participação para todos os inscritos na versão presencial do evento.

Programação

Com programação ao longo de todo o dia 19, das 9h às 19h (horário de Brasília), o Festival 3i NE terá quatro mesas, que abordarão a descentralização dos investimentos no jornalismo digital, como empreender no setor, inovação na distribuição de conteúdos e estratégias para a produção de podcasts.

Esta edição também estreia um novo formato, que aproveita o espaço acolhedor da universidade: o Conversas no Jardim, momentos de encontro entre as sessões, voltados para a discussão de produção de tipos diversos de conteúdo e para a troca de experiências entre convidados especiais e participantes.

O evento será encerrado com um show do grupo Em Canto e Poesia, banda de  São José do Egito, sertão do Pajeú, em Pernambuco, terra conhecida como berço da cantoria de viola nordestina, dos poetas repentistas. É formado em seu núcleo por três netos de Lourival Batista, o Louro do Pajeú, um dos grandes nomes da cantoria brasileira – Greg Marinho, Miguel Marinho e Antonio Marinho.

Assim como a edição nacional do evento, em março deste ano, a programação do 3i NE foi construída com o apoio de um Grupo de Trabalho formado por organizações associadas à Ajor do Nordeste: Agência Tatu (AL)Agência Saiba Mais (RN), Eco Nordeste (CE), A Nossa Pegada (PE), Eficientes (PE), Info São Francisco (SE), Marco Zero Conteúdo (PE), Meus Sertões (BA), O Grito! (PE), Paraíba Feminina (PB), Piauí Negócios (PI), Revista Afirmativa (BA), Conquista Repórter (BA) e O Pedreirense (MA).

“Em todas as atividades desenvolvidas pela Ajor, a diversidade será sempre um dos principais focos, sobretudo a regional”, pontua Géssika Costa, coordenadora de projetos da Ajor. “Sabemos o quanto o jornalismo digital no Nordeste tem mostrado ainda mais sua força e relevância para contribuir com a democracia e, até mesmo, quebrar estigmas e preconceitos, por isso, vemos como relevante socializar o debate sobre o futuro do jornalismo para todos o Brasil”.

 

Bolsas

Para garantir um evento mais acessível e diverso, a Associação de Jornalismo Digital lançou um programa de bolsas exclusivo para estudantes e comunicadores populares do Nordeste. A organização recebeu 144 inscrições, de todos os estados da região. Ao todo, foram selecionadas 17 pessoas que receberão bolsas integrais para participar do evento, incluindo ingresso, transporte e hospedagem.

Outras 28 pessoas foram contempladas com ingressos gratuitos. Os participantes que não foram contemplados pelo programa receberam um desconto de 50% na compra do ingresso.

 

Sobre o Festival

O 3i é o primeiro evento do Brasil focado em questões essenciais para aquelas e aqueles que querem empreender, inovar e liderar iniciativas digitais de jornalismo. É organizado pela Associação de Jornalismo Digital – Ajor, que representa mais de 100 organizações de mídia no País.

 

Serviço

 

Quando: Sábado, 19 de novembro de 2022

Onde: Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) –  R. do Príncipe, 526 – Boa Vista, Recife – PE

Horário: 9h às 19h (horário de Brasília)

Inscrições: https://www.sympla.com.br/evento/festival-3i-nordeste/1724416

Valores dos ingressos: R$ 100 inteira – R$ 50 meia

WPP inicia construção de campus para suas agências no Brasil

Espaço ocupará antigo terreno de uma fábrica desativada na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo

O Grupo WPP iniciou a construção de sua nova sede no Brasil. Batizado de WPP Campus São Paulo, o espaço terá capacidade para reunir as 26 agências e empresas do grupo, que empregam atualmente cerca de sete mil colaboradores no País. O campus ocupará um terreno de aproximadamente 20 mil metros quadrados na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo, e a construção deve ser concluída até o início de 2025.

Segundo comunicado, “o espaço foi projetado para oferecer um ambiente de convívio integrado, que atenda as novas necessidades dos talentos em relação a espaços de trabalho, propondo também uma nova relação desses espaços com a cidade”. O principal objetivo será potencializar a inovação e a criatividade, por meio de um lugar pensado para promover a colaboração e sinergia entre agências, clientes, parceiros e comunidade.

“O Campus da WPP em São Paulo fornecerá espaços inovadores para maior colaboração e atuará como um catalisador para o trabalho de classe mundial no Brasil”, afirma o CEO Mark Read. “Com pessoas e natureza integradas no coração de seu design, nosso objetivo é que o espaço seja o destino criativo dentro da cidade para nossos clientes e as pessoas mais talentosas do país”.

Para Stefano Zunino, country manager da WPP no Brasil, o novo campus será um marco para a operação da empresa no País: “O espaço foi concebido para promover mais sinergia e colaboração entre empresas, profissionais e comunidade, estimulando a criatividade e o desenvolvimento de soluções inovadoras para os clientes e para o mercado. O projeto arquitetônico incentiva a sustentabilidade, o bem-estar e um melhor equilíbrio de vida, atendendo assim às novas perspectivas de trabalho e favorecendo a diversidade e a inclusão”.

O projeto teve início em 2019, quando houve a abertura da concorrência para o mercado imobiliário. Desde então, foram iniciados os trabalhos de reabilitação do terreno, antigamente contaminado por resíduos de uma fábrica que ocupava o local.

De acordo com o projeto, o novo espaço contará com lajes de 11 mil m², cinco andares conectados por passeios e escadarias, espaços amplos de convívio e galerias repletas de áreas de trabalho com varandas e terraços.

Contará ainda com um auditório, enquanto o térreo, aberto ao público, terá lojas, cafés, restaurantes e área verde, além de serviços pensados para facilitar a vida dos colaboradores, como day care e academia de ginástica. O projeto paisagístico contará ainda com mais de 110 espécies de plantas e árvores da Mata Atlântica, em seus mais de 7.000m² de jardim.

O novo espaço em São Paulo fará parte da estratégia global da WPP, que terá mais de 65 campi em todo o mundo abertos até 2025. O primeiro campus da empresa no Brasil se juntará aos recém-inaugurados em Toronto, Praga, Milão, Detroit e Londres.

Jornalista processa CNN Brasil por racismo estrutural

O repórter Fernando Henrique de Oliveira, que trabalhou em 2020 como correspondente em Nova York para a CNN Brasil, está processando a emissora por racismo estrutural. O caso foi revelado pela revista piauí em uma reportagem baseada no processo que agora corre em segredo de Justiça. A ação não acusa nenhuma pessoa específica de discriminação racial, mas a emissora, que nega as alegações do jornalista.

Entre as acusações de Fernando Henrique, estão uma política de salários inferiores adotada para profissionais negros em relação aos brancos, e episódios em que ele teria sido exposto a tratamentos vexatórios, como um pedido para que atuasse como segurança da repórter Luiza Duarte em pautas noturnas em Nova York, e outro para que trouxesse 38 equipamentos de Nova York, mesmo depois de ser demitido.

O motivo da demissão, segundo a reportagem, ocorreu por divergência salarial. Ao pedir que o profissional voltasse para São Paulo, a emissora não quis manter no Brasil o salário de US$ 4.000, equivalentes a cerca de R$ 20 mil hoje, que ele recebia nos Estados Unidos.

Em sua defesa, a CNN negou todas as alegações e disse que o ex-funcionário agiu de maneira “leviana” por criar fatos que não existiram. Segundo o advogado da emissora, Marcelo Costa Mascaro Nascimento, caso o canal fosse racista não teria permitido que Oliveira expusesse no ar situações de preconceito pelas quais passou. Também não teria dado espaço para que outros profissionais negros se pronunciassem durante a cobertura do assassinato de George Floyd, fato que desencadeou uma onda mundial de protestos em prol de vidas negras.

Sobre a suposta disparidade de salários entre negros e brancos, a empresa não abriu sua folha de pagamentos para a Justiça, mas afirmou que a acusação é “infundada”. A respeito de ter pedido que Oliveira fosse segurança de Luiza Duarte em pautas noturnas, a defesa afirmou que queria apenas que o profissional desse suporte aos boletins da correspondente, se encarregando de questões técnicas, como a luz, por exemplo.

Além das acusações de racismo, o profissional afirma que a emissora deve a ele horas extras e adicionais noturnos. O montante pedido por ele como indenização é R$ 700 mil, dos quais R$ 50 mil seriam a reparação pelos atos racistas. Caso ele perca, terá de pagar o advogado da CNN e outros custos da Justiça. A ação tramita na 27ª Vara do Trabalho de São Paulo e, como está em segredo de Justiça, as partes não podem se manifestar publicamente.

Preso homem que agrediu equipe da Band RS em manifestações antidemocráticas

Apesar da prisão em flagrante, identidade do agressor nao foi divulgada

Um homem foi preso em flagrante por lesão corporal após agredir nesta quarta-feira (2/11) uma equipe de reportagem da TV Bandeirantes, em Porto Alegre. Os profissionais cobriam o bloqueio golpista de ruas do Centro Histórico da cidade por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contrários ao resultado das eleições.

Imagens divulgadas pela emissora mostram pessoas cercando os profissionais da Band e o indivíduo suspeito das agressões preso pela polícia. Ele foi identificado pela equipe da emissora.

Em nota, o Grupo Band RS diz estar prestando auxílio aos profissionais. “É inaceitável qualquer tipo de violência assim bem como o cerceamento ao exercício do trabalho jornalístico”.

Segundo a Brigada Militar, a equipe de reportagem gravava imagens do ato quando o cinegrafista Rogério Aguiar e o auxiliar foram agredidos por um homem. O suspeito desferiu socos contra os profissionais da Band e quebrou equipamentos de gravação.

Policiais da Força Tática do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) viram as agressões e prenderam o indivíduo. O homem não demonstrou resistência e apresentava sinais de embriaguez.

Apesar da prisão em flagrante, identidade do agressor nao foi divulgada

Os profissionais da Band foram conduzidos para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) para exames e, depois, para registro da ocorrência na Polícia Civil.

No mesmo ato, uma equipe do SBT foi hostilizada por apoiadores de Bolsonaro. Segundo a emissora, o repórter Lucas Abati e o cinegrafista Cristiano Mazoni foram cercados e obrigados a sair do local.

Uma equipe da Record TV também foi hostilizada. Segundo relato da repórter Daiane Dalle Tese, a emissora colocou seu departamento jurídico à disposição dos profissionais, que registraram ocorrência policial.

Em nota, a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) recordou que 2 de novembro é o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade de Crimes contra Jornalistas, estipulado pela ONU. “Nesse contexto, também manifestamos integral solidariedade aos profissionais e empresas atacados e proclamamos veemente repúdio aos atos de violência”, diz em nota.

Já o Sindicato dos Jornalistas do RS (Sindjors) afirmou que, “em hipótese alguma, vai admitir que agressões desse tipo sejam feitas contra os profissionais que estão exercendo seu direito ao trabalho, que é informar e levar as notícias à população”.

A Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT) e o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Rio Grande do Sul (SindiRádio) repudiaram as agressões contra os profissionais de imprensa. “De outra parte, manifestamos nossa solidariedade aos profissionais que diligentemente cumprem sua missão de bem informar. Meios de comunicação livres serão sempre um importante pilar do Estado Democrático de Direito”, afirmam as entidades.

(Com informações do G1 RS)

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