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quarta-feira, dezembro 10, 2025

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MPF abre investigação contra a Jovem Pan em atos antidemocráticos

Jovem Pan reformula equipe de jornalismo

O Ministério Público Federal (MPF) anunciou em 9/1 a instauração de um inquérito para apurar a conduta da Jovem Pan na incitação aos atos antidemocráticos e terroristas que ocorreram no último domingo (8/1), em Brasília.

A informação foi divulgada poucas horas após Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido Tutinha, deixar a presidência do grupo.

O MPF também avaliará se a Jovem Pan violou direitos fundamentais da população e incorreu em abusos à liberdade de radiodifusão ao veicular notícias falsas e atacar os Poderes constituídos e o processo democrático do País.

De acordo com o Portal Imprensa, no comunicado sobre a abertura do inquérito, o órgão informou que um levantamento realizado nos últimos meses detectou que a Jovem Pan tem “veiculado sistematicamente fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional”. A campanha da emissora, prossegue o comunicado, coincide com a “escalada de movimentos golpistas e violentos em todo o País”.

O ministério Público citou ainda Alexandre Garcia e outros comentaristas da Jovem Pan por terem minimizado o “teor de ruptura institucional” do movimento golpista e os crimes cometidos pelos radicais que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

Tutinha renuncia ao cargo de presidente da Jovem Pan

Tutinha renuncia ao cargo de presidente da Jovem Pan

Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, renunciou ao cargo de presidente do Grupo Jovem Pan nesta segunda-feira (9/1). Segundo a direção de Jornalismo da empresa, o novo presidente será Roberto Araújo, CEO do grupo e atual presidente da Rádio Jovem Pan.

A emissora deve divulgar nota ainda hoje anunciando a renúncia ao mercado de mídia. Tutinha segue, porém, no conselho executivo como o maior acionista da empresa.

A saída ocorre após uma série de denúncias contra a Jovem Pan de apoiar e incentivar os atos golpistas e vandalismo ocorridos nesse domingo (8/1), em Brasília. Durante a cobertura do caso, a emissora escalou o comentarista Paulo Figueiredo, que falou que as invasões eram resultado de uma insatisfação com o sistema eleitoral brasileiro e com ações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Durante a cobertura, milhares de denúncias contra a emissora e seus comentaristas foram enviadas ao Ministério da Justiça e ao STF.

Conhecida por apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Jovem Pan escalou nos últimos anos comentaristas que propagaram fake news e questionaram a eficácia da vacina contra a Covid-19, duvidaram do funcionamento do sistema eleitoral brasileiro e incentivaram ataques contra o STF e o Tribunal Superior Eleitoral. Paulo Figueiredo, inclusive, está entre os comunicadores bolsonaristas que tiveram suas contas suspensas nas redes sociais por disseminação de discurso de ódio, atos antidemocráticos e fake news.

Jornalistas são agredidos durante cobertura de atos golpistas no DF

Profissionais de imprensa foram atacados e agredidos durante a cobertura dos atos golpistas e de vandalismo ocorridos nesse domingo (8/1), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Segundo o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJPDF), ao menos 15 profissionais foram agredidos.

Relatos enviados ao Sindicato indicam diversos tipos de ataques a profissionais de O Tempo, Jovem Pan, Band, Metrópoles, Folha de S.Paulo, Poder 360, além de veículos internacionais como Agência France Presse, Reuters, revista New Yorker e Washington Post. As agressões incluem ataques físicos, socos, chutes, furto de celulares e equipamentos, e em casos extremos ameaças à mão armada, dentro do Congresso Nacional e da região da Esplanada dos Ministérios.

Marina Dias, ex-correspondente da Folha nos EUA e uma das agredidas, relatou o ocorrido em seu Twitter: “Fui cercada, chutada, empurrada, xingada. Quebraram meus óculos, puxaram meu cabelo, tentaram pegar meu celular. É preciso punir essas pessoas. Isso é crime”.

O repórter fotográfico Pedro Ladeira, também agredido, teve seu equipamento furtado: “Enquanto me agrediam, diziam que eles estavam lá para tomar o Brasil, e que eu estava ali para ‘foder com eles’, porque eu era fotógrafo”, disse à Folha.

Um dos casos mais graves ocorreu com um repórter do jornal O Tempo, agredido e ameaçado com armas de fogo no Congresso Nacional: “O profissional chegou a ser mantido em cárcere por cerca de 30 minutos”, escreveu o jornal no Twitter. “Teve celular e mochila tomados, alguns itens roubados, levou tapa na cara, chute, socos, e foi ameaçado de morte com arma de fogo”.

Entidades defensoras da democracia e da liberdade de imprensa repudiaram as agressões. O SJPDF escreveu em nota que o ocorrido é fruto da “inoperância do Governo do Distrito Federal, de setores da segurança pública e Forças Armadas, que permitiram a escalada da violência e se mostraram coniventes com os grupos bolsonaristas, golpistas, que não respeitam o resultado das eleições, a Constituição e a democracia”.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) escreveu que a “liberdade de imprensa é inerente ao Estado democrático de direto, que não pode tolerar ou conviver com a baderna ou o vandalismo”.

A Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) repudiou as agressões, destacando os crescentes ataques a jornalistas nos últimos anos: “Os jornalistas brasileiros, no exercício de seu trabalho profissional, têm sido vítimas de intimidações e agressões por membros e apoiadores desse grupo político violento e antidemocrático. São centenas os casos registrados nos últimos anos, quase uma dezena apenas na primeira semana desse ano”.

Também repudiaram o ocorrido Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner).

Apresentador da Globo é vítima de racismo em Recife

Pedro Lins, apresentador do telejornal NE1, da TV Globo, foi vítima de racismo em uma loja do Shopping Recife, na Zona Sul da cidade.
Pedro Lins, apresentador do telejornal NE1, da TV Globo, foi vítima de racismo em uma loja do Shopping Recife, na Zona Sul da cidade.

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Pedro Lins, apresentador do telejornal NE1, da TV Globo, foi vítima de racismo em uma loja do Shopping Recife, na Zona Sul da cidade, na quarta-feira (4/1). Pedro relata que entrou em uma loja para comprar um presente para uma amiga e que foi confundido com um entregador de aplicativo por uma vendedora da loja.

Para o apresentador, não há problemas em ser confundido com um entregador de aplicativo, mas observou que a comparação faz parte de uma situação de racismo estrutural, que se configura quando se subtende que toda pessoa de cor de pele negra está em situação de vulnerabilidade.

Em nota a TV Globo lamentou o acontecido e disse “repudiar o racismo em todas as suas formas e manifestações e tem um firme compromisso com a diversidade e a inclusão”.

O Shopping Recife afirmou que o episódio “não condiz com os valores que defende e reafirmou seu compromisso de receber os clientes com respeito e igualdade”.


O #diversifica é um hub de conteúdo multiplataforma sobre Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) do Portal dos Jornalistas e da newsletter Jornalistas&Cia. Ele conta com os apoios institucionais da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), International Center for Journalists (ICFJ), Meta Journalism Project, Imagem Corporativa e Rádio Guarda–Chuva.

Repórter chinesa presa durante a pandemia revela como tem vivido

Repórter chinesa Zhang Zhan presa durante a pandemia revela como tem vivido

A jornalista chinesa Zhang Zhan, presa desde 2020 na China por cobrir de forma crítica o surto de Covid-19 e as condições do lockdown na cidade de Wuhan, enviou uma carta a familiares na qual detalha as condições de sua vida na cadeia.

Zhang foi condenada a quatro anos de prisão por “provocar brigas e problemas”. Segundo reportagem de William Yang, da Deutsche Welle (DW), esse tipo de acusação é frequentemente utilizado contra jornalistas e ativistas na China. Zhang criticou as medidas do governo para impedir a propagação do coronavírus e afirmou que as autoridades chinesas estavam sendo negligentes.

Na carta enviada a familiares, Zhang pergunta como está a família, e conta que a polícia a aconselhou a “ser mais forte” e “parar de se preocupar demais”, pois isso não a ajudaria em seu caso ou nas condições na prisão.

O irmão de Zhang, Ju Zhang, compartilhou imagens de uma carta da jornalista. Segundo ele, nos últimos meses, ela tem desenhado no papel, o que pode representar uma melhora em sua saúde mental: “Nossa mãe acha que, se Zhang é capaz de desenhar nos envelopes ou nas cartas, parece sugerir que seu estado mental mudou. Em uma carta, ela desenhou muitos pinguins, o que representa o número de vezes que ela pensa na mãe”.

A mãe de Zhang acredita que o tom de voz da filha mostrou-se mais otimista nos últimos telefonemas. Ela só pode ligar para a jornalista uma vez por mês, em conversas que duram de cinco a dez minutos. Desde setembro, não consegue contatá-la via videochamada, apenas por telefonemas ou cartas.

Apesar do otimismo em relação à saúde mental de Zhang, ativistas que acompanham o caso de perto preocupam-se com a saúde física da jornalista. Segundo o advogado de direitos humanos Li Dawei, na última vez que a mãe de Zhang fez uma vídeochamada com ela a jornalista pesava cerca de 40 quilos ou menos, “peso ainda longe do ideal para alguém de 1,77 metro”, explica.

Vale lembrar que, desde que foi presa, Zhang tem feito greves de fome, o que pode ter causado sérios danos em seu corpo. Fontes ouvidas pela DW em agosto de 2021 afirmaram que o peso de Zhang caiu para menos de 40 quilos depois que ela fez greves de fome de meses na prisão. Em novembro daquele ano, seu irmão expressou preocupação no Twitter com a possibilidade de Zhang estar prestes a morrer na prisão.

A Anistia Internacional, organização defensora dos direitos humanos, pede a libertação imediata da jornalista. Leia a reportagem da DW na íntegra.

Bolsonaristas agridem jornalistas em desmonte de acampamento em BH

Manifestantes bolsonaristas agrediram uma equipe do jornal O Tempo nesta sexta-feira (6/12), durante ação de desmonte de um acampamento em Belo Horizonte.

Imagens publicadas nas redes sociais mostram que um repórter e um cinegrafista estavam conversando com manifestantes, quando uma mulher, com uma bandeira do Brasil enrolada no pescoço, jogou parte do equipamento da imprensa no chão. Um dos jornalistas segurou o braço da mulher, e então teve início uma briga generalizada. Os comunicadores foram golpeados por socos e chutes, e um terceiro jornalista, da 98 FM, chegou a ser jogado no chão.

Após intervenção da Guarda Municipal, a confusão terminou. A equipe disse ao g1 que iria registrar boletim de ocorrência. Até a publicação deste texto, ninguém havia sido preso.

Em nota, a Sempre Editora, responsável pelo jornal, disse que “repudia qualquer tipo de agressão aos profissionais de imprensa em quaisquer situações” e que está estudando medidas judiciais cabíveis contra os agressores.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também repudiou o ocorrido, destacando que “o ano de 2023 já começou com uma onda de violência contra os profissionais da mídia, com o registro de agressões a equipes de reportagem em pelo menos seis estados: Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e, agora, o segundo caso em Minas Gerais”.

Relatório de transição da área de comunicação revela desmonte do Governo Bolsonaro no setor

Relatório de transição da área de comunicação revela desmonte do Governo Bolsonaro no setor

O relatório de transição da área de comunicação revelou uma série de práticas do Governo Bolsonaro que incentivaram o desmonte do setor. Segundo informações do Congresso em Foco, o documento traz ainda indicações de medidas para recuperar o setor.

Uma das ideias, já colocada em prática, é a volta da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), um dos primeiros atos do presidente Lula após a posse. Outra proposta é a reformulação da política de publicidade.

O relatório aponta também medidas de médio e curto prazo a serem realizadas pelo “fortalecimento da liberdade de expressão e de imprensa” e o “fomento à diversidade, em especial étnico-racial, de gênero e regional, na produção de comunicação e nas políticas de publicidade e patrocínio”. O documento sugere ainda a análise de todos os contratos vigentes na administração federal no campo da comunicação.

O relatório aponta “barbaridades” feitas pelo Governo Bolsonaro no que se refere à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O antigo governo ameaçou extinguir e privatizar a empresa, além de terem sido constantes as denúncias de abusos, casos de censura, assédio e perseguição registrados nas TVs e nas rádios.

“A EBC adotou uma série de práticas antissindicais e chegou a ser condenada judicialmente por assédio moral coletivo, com geração de passivo de R$ 200 mil”, diz o relatório.

O documento propõe a estruturação de dois sistemas separados de comunicação, ambos liderados pela Secom: o primeiro seria dedicado à EBC e seus órgãos de deliberação, com a sugestão de retomar os conselhos com participação de representantes da população; no segundo, denominado Sicom, serão integrados os órgãos de comunicação da administração direta e indireta para fazer a divulgação de interesse do governo, por meio de comunicação digital, serviços de imprensa e campanhas publicitárias, entre outras ações.

Confira o relatório na íntegra.

Com informações do Congresso em Foco.

Cartunistas homenageiam Pelé em exposição com mais de 100 obras

Cartunistas homenageiam Pelé em exposição com mais de 100 obras

A Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) lançou a exposição online LOVE: Pelé pelos craques do traço, que reúne mais de 100 obras de cartunistas em homenagem ao atleta, falecido em 29 de dezembro.

A exposição, abrigada no blog oficial do Troféu HQMIX, principal premiação de quadrinhos do Brasil, reúne obras de desenhistas como Dálcio, Mauricio de Sousa, Paffaro, Fernandes, Baptistão, Manga, entre outros. Sem data para terminar, será atualizada com mais obras em homenagem ao Rei.

Na abertura do livro Gol de Bico – Brasil nas Copas, publicado em 2013 por José Alberto Lovreto (JAL) e Gualberto Costa, Pelé fala sobre a importância das charges e caricaturas em sua carreira: “Um dia, já profissional e com um nome no Santos, ouvi um locutor dizer no rádio que eu desenhava bem as jogadas, os dribles e, principalmente, os gols. Então, de certa forma, cheguei à conclusão de que também sei desenhar. Só que com os pés. Isso só demonstra que as artes do futebol e do traço estão próximas. E que as caricaturas e charges que aparecem na imprensa, antes e depois dos jogos, são parte do espetáculo do futebol. Sem elas, ficaria tudo muito menos alegre e emocionante”.

Para JAL, curador da exposição e presidente da ACB, “a história do futebol passa pelas mãos desses cartunistas, e Pelé é um dos mais homenageados pelos artistas nesse esporte que é paixão entre os brasileiros”.

Confira a exposição aqui.

Sobe para 70 o número de ataques contra jornalistas

Ataques graves a jornalistas dobraram em 2022, diz monitoramento da Abraji
A comunicadora Lana Holanda entrou para o Programa de Proteção Legal para Jornalistas, da Associação de Jornalismo Investigativo (Abraji).

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), registrou, de 30/10/2022 a 1/1 deste ano, um aumento para 70 casos de agressões físicas, ofensas, impedimento de trabalho, assédio digital, entre outras modalidades de ataques a jornalistas. Os três estados que registram o maior número de casos são São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

O monitoramento, feito em parceria com a Federação Nacional de Jornalismo (Fenaj), evidenciou que a maioria desses ataques partiu de grupos bolsonaristas que, mesmo depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não se desmobilizaram totalmente no entorno de quartéis do Exército.

Para um melhor acompanhamento dos casos, as entidades mantém ativo um formulário online para que os jornalistas possam reportar situações de assédio, impedimento de trabalho e toda a violência política que tenham sofrido no exercício da profissão.

Leia também: STF manda tirar do ar redes de comunicadores que apoiaram discurso antidemocrático

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