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sexta-feira, julho 4, 2025

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Hamilton Mourão ataca Agência Pública após reportagem sobre combate ao garimpo

Hamilton Mourão ataca Agência Pública após reportagem sobre combate ao garimpo

O senador Hamilton Mourão atacou a Agência Pública após a publicação de uma reportagem sobre reunião realizada pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal, no ano passado. A matéria mostra que o ex-vice-presidente, que comandou o conselho de 2020 até o fim do governo Bolsonaro, admitiu a necessidade de combater o garimpo em Terra Yanomami, mas não agiu.

A reportagem teve acesso a documentos, obtidos via Lei de Acesso à Informação, sobre uma reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal em 30 de agosto de 2022. Nela, Mourão admitiu que garimpeiros seguiam “invadindo a área Yanomami” e que havia a “necessidade de ser deflagrada uma operação de grande envergadura” na região, o que não ocorreu durante o governo Bolsonaro.

Em reunião anterior, de novembro de 2021, Mourão afirmou que o caso dos Yanomami estava “sendo explorado de forma totalmente inverídica pela mídia”. A Pública entrou em contato com o senador e com sua assessoria antes da publicação da reportagem, nas não obteve retorno.

Após a publicação do texto, Mourão publicou nas redes sociais que as informações veiculadas na Pública são “inverídicas” e fruto de “parcialidade característica do jornalismo de baixa qualidade”.

Em nota, a Pública comentou o ataque: “Investigamos com independência todos os níveis da administração pública e também o setor privado, pautados pela defesa intransigente dos direitos humanos. (…) É lamentável que em vez de responder aos questionamentos que foram feitos pela nossa reportagem, o senador do partido Republicanos tenha decidido usar as redes sociais para atacar o trabalho sério do jornalismo profissional”.

Jovem Pan reformula equipe de jornalismo

Jovem Pan reformula equipe de jornalismo

A Jovem Pan promoveu nos últimos dias uma série de mudanças na sua equipe de jornalismo. Diversos profissionais foram demitidos, e a emissora já anunciou reforços.

As apresentadoras Claudia Barthel e Kallyna Sabino, âncoras do telejornal noturno Fast News, além da comentarista Camila Abdelmalack, deixaram a empresa. Claudia estava na Jovem Pan desde março de 2022, e passou anteriormente por RedeTV e Globo. Kallyna fazia parte da emissora desde 2019 e participou de programas como Jornal da Manhã e Pânico. E Camila foi comentarista de economia no programa Prós e Contras por cerca um de ano.

Entre os reforços anunciados estão Marcelo Favalli, Luiz Felipe d’Ávila e Evandro Cini. Este último deve apresentar um jornal em horário nobre, em substituição a Claudia Barthel e Kallyna Sabino. Já Favalli e D’Ávilla farão parte dos debates dos programas Três em Um e Os Pingos nos Is.

Novos programas devem entrar na grade de programação nos próximos dias. Direto ao Ponto volta a ser exibido, sob o comando de Adalberto Piotto, às segundas-feiras. E Tá na Roda, sobre entretenimento e variedades, vai ao ar nas tardes de domingo, com apresentação de Thiago Asmar.

Alexandre Barsoti, ex-Band, assume como novo diretor comercial, e André Ramos, ex-CNN Brasil, chega para assumir a Diretoria de Jornalismo.

Essas mudanças fazem parte de um processo de reformulação da Jovem Pan, que pretende estrear uma nova programação em breve. O objetivo é fazer com que a emissora deixe de ter a imagem ligada à extrema-direita e ao bolsonarismo.

Inscrições para bolsas de reportagem sobre primeira infância vão até 20/3

O Dart Center, da Escola de Jornalismo da Columbia University, está lançando a terceira edição da fellowship virtual sobre questões relacionadas à primeira infância no Brasil. O programa apoiará 15 jornalistas brasileiros com bolsas de reportagem, mentoria, treinamento e orientação para a produção das matérias.

A fellowship, que será realizada de maio a novembro de 2023, abordará questões relacionadas ao desenvolvimento e crescimento de crianças de até 6 anos, além do bem-estar de seus cuidadores.

O programa será liderado por Fábio Takahashi, ex-editor da Folha de S.Paulo, onde dirigia a equipe de jornalismo de dados. Também fazem parte da equipe de mentoria Mariana Kotscho, Paula Perim e Daniela Tófoli.

Podem se inscrever jornalistas brasileiros interessados no tema, que trabalhem em mídia impressa, online, áudio, vídeo e multimídia. As reportagens devem ser publicadas até 15 de novembro. Os participantes precisam concordar em participar de pelo menos quatro webinars mensais (do total de seis) durante o período da bolsa e concordar em manter contato regular com seu story coach.

As inscrições vão até 20 de março. Os candidatos selecionados serão anunciados até 15 de abril, e o programa começará oficialmente com um webinar em meados de maio. Mais informações e inscrições aqui.

Givanildo Menezes é o novo diretor de Jornalismo da CNN Brasil

ivanildo Menezes é o novo diretor de Jornalismo da CNN Brasil

A CNN Brasil anunciou o retorno de Givanildo Menezes, que será diretor de Jornalismo da emissora. Ele substitui a Fabiano Falsi, e terá o desafio de fortalecer a cobertura de hard news e trazer mais opinião e debate para a tela.

Com passagens por portal iG e Record, Givanildo fez parte do time de criação da CNN Brasil. Foi responsável pela implantação dos escritórios de Brasília e Rio de Janeiro. Em São Paulo, atuou como diretor de Estratégia, cargo que ocupou até o início de 2022. Pouco tempo depois, deixou a CNN para ser chefe de Redação da Record TV, em São Paulo.

“Volto para a CNN Brasil para enfrentar um desafio tão grande quanto o que enfrentamos na estruturação e fundação da emissora no País. Estou ansioso e motivado para voltar a trabalhar com a equipe que ajudei a montar”, declarou Givanildo.

RSF pede a libertação de mulheres jornalistas presas

Para marcar o Dia Internacional dos Direitos da Mulher, RSF pediu a libertação imediata e incondicional de jornalistas presas em todo o mundo.
Para marcar o Dia Internacional dos Direitos da Mulher, RSF pediu a libertação imediata e incondicional de jornalistas presas em todo o mundo.

Para marcar o Dia Internacional dos Direitos da Mulher, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu a libertação imediata e incondicional de jornalistas presas em todo o mundo e alertou para o desaparecimento das jornalistas afegãs do cenário midiático.

De acordo com a entidade, dos 550 jornalistas e trabalhadores da mídia atualmente presos, mais de 13% são mulheres (73). Ainda segundo a RSF, cada vez mais numerosas em campo, cada vez mais visíveis nas redações, as profissionais da informação também são vítimas de uma repressão cada vez mais implacável em 14 países, com destaque para China, com 21 jornalistas presas; Irã, com 12; Birmânia, com 10; Bielorrússia, também com 10; e Vietnã e Turquia, ambos com 4.

ABI realiza a 1ª Semana Nacional de Jornalismo

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) realizará de 27 a 31/3 a 1ª Semana Nacional de Jornalismo ABI. As inscrições são feitas no site.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) realizará de 27 a 31/3 a 1ª Semana Nacional de Jornalismo ABI. As inscrições são feitas no site.

Em comemoração aos seus 115 anos de fundação, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) realizará de 27 a 31/3 a 1ª Semana Nacional de Jornalismo ABI. Em parceria com a Faculdade de Comunicação Social da UERJ, o projeto tem o objetivo de provocar uma ampla reflexão sobre o jornalismo, a partir de temas que vão desde o ensino nas universidades até as plataformas digitais.

Em busca de debater, com base em diferentes visões, o jornalismo contemporâneo no Brasil, o evento ocorrerá em dez mesas, com a participação de 76 profissionais, entre jornalistas e representantes da comunidade acadêmica, que participarão como palestrantes, mediadores ou homenageados.

Com inscrições gratuitas, a semana será realizada na sede da ABI, e os debates poderão ser acompanhados também pelo YouTube.

Especial #diversifica destaca práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão no Jornalismo

Especial #diversifica destaca práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão no Jornalismo

Circulou nesta quarta-feira (8/3) a edição especial com os principais destaques da segunda temporada do videocast #diversifica. Coordenada por Luana Ibelli, a publicação traz questionamentos sobre como o jornalismo e o mercado de comunicação estão se ajustando para se tornarem ambientes mais diversos e inclusivos.

O especial é resultado de uma série de entrevistas realizadas com profissionais do setor que estão enfrentando o desafio de criar ambientes de trabalho mais inclusivos e diversos. Participaram dos encontros, transmitidos pelo canal do Portal dos Jornalistas no YouTube, Elaíze Farias (Amazônia Real), Ellen Bileski (Ecomunica), Joana Suarez (Redação Virtual), Sanara Santos (Énois Conteúdo) e Sheila Farah (Grupo InPress).

Confira!

Dia da Mulher: o alerta da ONU sobre exclusão digital, assédio e falta de oportunidades em tecnologia

Por Luciana Gurgel 

Luciana Gurgel

O Dia Internacional da Mulher está sendo comemorado com eventos, campanhas, discursos sobre desigualdade de gênero, que resiste firme porque mudar mentalidades e quebrar estruturas de poder é mais difícil do que parece.

Uma fala de António Guterres, secretário-geral da ONU, quantificou a extensão do problema. Ele disse que a igualdade de gênero está a 300 anos de distância.

Pode ser mais, pode ser menos. Mas a frase repercutiu no mundo, alertando sobre as barreiras que bloqueiam ou atrasam avanços.

Há muitas áreas em que a igualdade de gênero parece um sonho distante. A mídia e a tecnologia estão entre elas. Mulheres seguem fora dos cargos de liderança de empresas jornalísticas em vários países, incluindo o Brasil, apesar de serem maioria nas redações. São sub-representadas na mídia, e sofrem mais ataques online.

Nas entrevistas e análises de correspondentes brasileiras para a edição especial sobre representação de mulheres na mídia que está sendo preparada pelo MediaTalks, vemos que os problemas se repetem em todos os países, apesar das diferenças sociais, econômicas e culturais.

Segundo a ONU, as mulheres são mais sujeitas à exclusão digital e têm menos oportunidades no mundo da tecnologia. O tema escolhido pela organização para celebrar a data este ano foi DigitALL: Inovação e tecnologia para a igualdade de gênero.

 

Os números justificam a escolha, com uma lista interminável de desigualdades destacadas na campanha. Nem a inteligência artificial  escapou: apenas 22% de mulheres no mundo trabalham na área. Pode ser coincidência, mas 44% dos sistemas de IA analisados em uma pesquisa citada pela ONU demonstraram preconceito de gênero.

Em tecnologia, as mulheres ocupam menos cargos e enfrentam diferença salarial de 21%, diz a ONU. E quase metade delas já enfrentou assédio no ambiente profissional.

Entrando no mundo das pessoas comuns, Sima Bahous, subsecretária-geral da ONU e diretora executiva da ONU Mulheres, apresentou um quadro sombrio da exclusão digital, apontada como um novo  e devastador tipo de pobreza. “As mulheres têm 18% menos probabilidade do que os homens de possuir um smartphone e muito menos probabilidade de acessar ou usar a internet. Em 2022, 259 milhões de homens a mais do que mulheres estavam online”, disse Bahous.

A chamada “pobreza digital” afeta desproporcionalmente meninas e mulheres de baixa escolaridade ou renda, que vivem em áreas rurais ou remotas, migrantes, com deficiência e mais velhas.

”A exclusão limita o acesso a informações que salvam vidas, a serviços financeiros e a serviços públicos. Isso influencia a capacidade de uma mulher concluir seus estudos, ter conta bancária, tomar decisões informadas sobre seu corpo, alimentar a família ou conseguir emprego”, disse a diretora da ONU Mulher.

A organização também abordou os riscos online para mulheres. Uma pesquisa mostrou que 80% das crianças em 25 países relataram sentir-se em perigo de abuso e exploração sexual ao usar a internet.

Outra, com mulheres jornalistas em 125 países, constatou que três quartos sofreram violência online durante seu trabalho e um terço praticou autocensura.

Há ainda a opressão digital, com grupo radicais e governos usando as mídias sociais para atingir mulheres que defendem direitos humanos. Um exemplo foi a repressão do Talibã às que se manifestaram pelo YouTube e tiveram as portas de suas casas marcadas pelo grupo extremista.

Sima Bahous (Crédito: Manuel Elías/UN Photo)

Na apresentação, Sima Bahous salientou a contribuição positiva das redes sociais, apontadas como “conectores” cruciais para  o  movimento de igualdade de gênero. E disse que “cabe a nós usar a oportunidade para construir um mundo melhor, sem deixar nenhuma mulher ou menina para trás na revolução digital”, uma responsabilidade de governos, plataformas, sociedade civil e setor privado.

É uma boa reflexão para lembrar que a busca por igualdade de gênero não se resume a aumentar a presença de mulheres como fontes na mídia e nas chefias das empresas.

A “pobreza digital” deve estar no radar de quem tem instrumentos − espaço na imprensa, verba para investir em projetos sociais, poder de decisão em empresas de tecnologia − capazes de ajudar a abreviar a projeção de 300 anos para acabar com a desigualdade.


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Roda Viva fará rodízio de cartunistas em substituição a Paulo Caruso

Roda Viva fará rodízio de cartunistas em substituição a Paulo Caruso

O programa Roda Viva, da TV Cultura, promoverá a partir da próxima segunda-feira (13/3) um rodízio de cartunistas a cada edição do programa. Os profissionais ocuparão a cadeira que era de Paulo Caruso, ícone do cartum brasileiro, falecido em 4 de março.

Caruso, que estava no Roda Viva desde 1987, fazia charges durante o programa, destacando frases marcantes ditas durante as entrevistas. A ideia do rodízio surgiu a partir de uma constatação da direção da emissora de que Caruso não é simplesmente substituível. Além disso, a iniciativa trará novos olhares para o programa, com diversidade de gênero e raça, diferentes traços de cartum, e uma mescla de nomes iniciantes e veteranos no ramo.

“O que o Caruso fazia no Roda é único e não é imitável. A agilidade com que ele traduzia as entrevistas em desenho, as conexões políticas que fazia, as referências históricas que brotavam instantaneamente no traço são características únicas, que ele eternizou como linguagem que foi a cara do programa nesses 36 anos”, diz a apresentadora Vera Magalhães.

O primeiro cartunista do rodízio será Jean Galvão, de 49 anos, chargista da Folha de S.Paulo e do Canal Um Brasil. Na segunda-feira, o Roda Viva entrevistará a desenhista Laerte Coutinho. A entrevista faz parte da programação especial da TV Cultura em homenagem ao Mês da Mulher.

Projor e Volt Data Lab anunciam sexta edição do Atlas da Notícia

O Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) anunciou nesta quarta-feira (8/3) o início da campanha para a sexta edição do Atlas da Notícia, censo que analisa a presença do jornalismo local no Brasil.

Com patrocínio da Meta, a nova edição visa a atualizar o mapa dos veículos jornalísticos nos 5.570 municípios brasileiros, obter informações sobre a atividade jornalística no país e registrar abertura e fechamento de empresas de comunicação.

Os dados coletados e atualizados pelo censo são uma base consistente para que pesquisadores de todo o Brasil possam orientar novas investigações sobre o jornalismo no país.

O último censo, cujos dados foram divulgados em fevereiro de 2022, registrou a presença de 13.734 veículos jornalísticos em atividade no país e apontou uma redução de 9,5% no número de municípios considerados desertos de notícias. Os desertos são municípios que não dispõem de informação jornalística local e hoje são 5 em cada 10 municípios brasileiros. Nessa condição estão 2.968 cidades e nelas vivem 29,3 milhões de pessoas.

A organização, análise e publicação dos dados coletados pelo censo será realizada pelo Volt Data Lab, liderado por Sérgio Spagnuolo. Já a coordenação da pesquisa nas cinco regiões brasileiras estará a cargo de Sérgio Lüdtke, que contará com o apoio dos pesquisadores regionais Angela Werdemberg (Centro-Oeste), Dubes Sônego (Sudeste), Jéssica Botelho (Norte), Mariama Correia (Nordeste) e Marcelo Fontoura (Sul).

O censo do jornalismo local brasileiro conta também com o apoio de professores e estudantes de escolas de jornalismo das cinco regiões do país e de voluntários que colaboram com a coleta dos dados. Na última edição, o Atlas da Notícia contou com 174 colaboradores voluntários. Pessoas interessadas em se somar ao esforço da equipe do Atlas e colaborar com a pesquisa devem preencher o formulário de adesão.

Este ano o projeto também vai contar com uma novidade para jornalistas e pesquisadores: uma ferramenta que permitirá o cruzamento de dados do Atlas com outras bases de dados, ampliando o conhecimento que pode ser gerado pelo mapeamento.

O presidente do Projor, Francisco Rolfsen Belda, ressalta a importância do projeto como fonte de conhecimento sobre o jornalismo brasileiro e aponta novas possibilidades de uso dos dados. “O Atlas da Notícia já está consolidado como um importante instrumento de pesquisa para a comunidade acadêmica e como uma fonte de dados valiosos para organizações interessadas em planejar sua atuação no mercado profissional. Agora, a partir de 2023, acreditamos que o Atlas da Notícia possa ajudar também na formulação de políticas públicas de fomento ao jornalismo local, sobretudo em regiões onde a presença de veículos comerciais é escassa”, afirma.

Inspirado no projeto America’s Growing News Deserts, da Columbia Journalism Review o Atlas da Notícia é uma iniciativa do Projor e conta com o apoio institucional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). A Meta é patrocinadora do Atlas da Notícia desde 2018, como parte das iniciativas para apoiar veículos de notícias locais.

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