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domingo, dezembro 28, 2025

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Justiça condena um e absolve outro pela morte do cinegrafista Santiago Andrade

Da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

A Justiça absolveu Fábio Raposo Barbosa e condenou Caio Silva de Souza pela morte de Santiago Andrade, cinegrafista da TV Bandeirantes, atingido por um rojão durante um protesto no Centro do Rio de Janeiro, em 2014. A sentença foi proferida no último dia 13 de dezembro.

Fábio e Caio foram acusados pelo crime de homicídio doloso qualificado por emprego de explosivo. Fábio foi absolvido das acusações, enquanto Caio foi condenado por lesão corporal seguida de morte. A pena de Caio foi de 12 anos em regime fechado. No entanto, ele poderá responder em liberdade.

O Ministério Público afirmou que vai recorrer da decisão. A família do cinegrafista Santiago Andrade disse que também vai recorrer da decisão que absolveu Fábio. Ainda será avaliada a possibilidade de um recurso contra a sentença de Caio.

“Não há como aceitar a inocência de alguém que pega uma arma do chão e concorda em fazer uso dela no meio de uma multidão. Vamos esgotar a fase de recursos em busca de uma pena adequada”, afirmou Vanessa Andrade, filha de Santiago.

Os advogados Antonio Melchior, Leonardo Rivera e Rodrigo Faucz que representam Caio Silva de Souza disseram que vão recorrer da decisão devido ao tempo de pena estabelecido ao réu.

“O Conselho de Sentença reconheceu que não havia quaisquer provas de que Caio tinha a intenção ou assumiu o risco de matar o cinegrafista Santiago. Infelizmente haverá necessidade de recorrer em relação à pena, eis que desbordou as normas legais em uma tentativa de dar uma resposta para a família”, disseram em nota.

Wallace Martins Paiva, que representou Fábio Raposo Barbosa, disse que a justiça foi feita. “Os jurados, soberanamente, entenderam pela tese da não participação de Fabio. A defesa sustenta esse argumento desde 2014”, explicou.

 

Família emocionada

Na chegada ao Tribunal de Justiça, a viúva de Santiago, Arlita, se emocionou. “A emoção é muito grande, queria que o dia de hoje mudasse tudo isso porque é um sofrimento muito grande para a família toda. Nossa felicidade é que ele pôde salvar cinco pessoas através dos órgãos”, disse a viúva.

“O que fizeram com ele foi uma covardia, eles queriam atingir um policial e atingiram o Santiago. Mesmo depois de cair, ele não soltou a câmera, que era companheira dele.”

“Não dá para a gente aceitar nesses 10 anos que isso fique impune. É uma dor que a gente não consegue mensurar, que a gente consiga com a Justiça tirar esse nó da garganta. A gente quer encerrar essa página”, destacou a filha Vanessa Andrade.

“Eles são assassinos. Eles estão soltos enquanto na verdade nós é que estamos presos. Eles têm a oportunidade de refazer a vida, mas e a família? Quando vamos ter essa chance? Espero que seja amanhã”, completou Vanessa.

 

Agradecimento à imprensa

Antes da audiência, a família de Santiago fez um agradecimento emocionado à imprensa. Com lágrimas nos olhos, Vanessa falou especialmente com os cinegrafistas presentes, alguns colegas de trabalho de Santiago Andrade.

“Tenho muito respeito pela profissão, até porque eu sei que meu pai certamente seria um de vocês aqui. Muito obrigado a todos vocês”, comentou Vanessa.

Inter TV RJ expande-se no interior fluminense

Monica Chagas comanda o Bom Dia, da Inter TV
* Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro

A Inter TV RJ, afiliada Globo no interior do Estado do Rio de Janeiro, contabiliza a expansão ocorrida este ano e se prepara para a cobertura das eleições municipais, em 2024, em 50 dos 92 municípios fluminenses.

No final de novembro, estreou o programa Bom Dia, apresentado por Mônica Chagas, às 8h, ocupando a última meia hora do Bom Dia Rio. Com isso, são quatro telejornais diários, pois conta com o RJ1, voltado para Campos dos Goytacazes e municípios vizinhos, e dois RJ2, para as regiões dos Lagos, Serrana, Norte, Noroeste e parte da Região Metropolitana. Produz ainda boletins durante a programação ao longo do dia, e o já tradicional Inter TV Rural nas manhãs de domingo. Somados, representam 20 horas de programação semanal, e mais de 80% do conteúdo é transmitido ao vivo.

Monica Chagas comanda o Bom Dia, da Inter TV

A emissora ampliou a equipe para ter um repórter residente em quase todas as cidades com mais de 100 mil habitantes. São notícias ao vivo, diariamente, de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana; de Cabo Frio e Araruama, na Região dos Lagos; de Maricá, na Região Metropolitana; de Itaperuna, no Noroeste Fluminense; e Campos e Macaé, no Norte Fluminense. A cobertura de qualquer fato de interesse nos municípios vizinhos ganha em agilidade.

Rolf Danziger, diretor de Jornalismo da Inter TV RJ, prefere contratar jornalistas locais, e explica: “Os profissionais não só conhecem bem a cidade onde moram como são rostos conhecidos de quem vive ali. A proximidade gera mais empatia”.

Pela primeira vez, a emissora tem repórteres no Rio e em Brasília. Fred D’Amato responde por Alerj, Governo do Estado e Tribunal de Justiça. Na Capital Federal, Larissa Alvarenga acompanha os deputados federais e senadores do Rio, as decisões dos tribunais superiores sobre o Estado, além das reivindicações de prefeitos que vão a Brasília.

Investimentos em interatividade nas mídias sociais geraram cerca de 250 mil seguidores, e o Whatsapp permite que os telespectadores enviem mensagens e imagens sobre os problemas de seus bairros. Uma resenha das principais notícias está no podcast diário Inter Cast RJ Resumo.

Em sinergia com o g1, João Vitor Brum apresenta o quadro Conexão g1 e Ariane Marques vem nas duas edições do RJ2. O QR Code na tela possibilita aos telespectadores acionar diretamente os serviços publicados nos três portais do g1 na Inter TV RJ: g1 Região Serrana, g1 Região dos Lagos e g1 Norte Fluminense.

Ana Beatriz Rangel é o novo reforço da equipe de Jornalismo em Cabo Frio. Esta será sua segunda passagem pela emissora, onde já havia atuado como aprendiz de 2021 a 2022. Recentemente esteve na Rádio Ondas.

Kelly Jorge troca FM O Dia pela Tupi FM

* Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro

A apresentadora Kelly Jorge deixa a rádio FM O Dia, em que esteve por dez anos, e estreia, nesta segunda-feira (18/12), na rádio Tupi FM.

Segundo Márcio Ehrlich, na Janela Publicitária, ela foi considerada um fenômeno de audiência, liderando o horário das 10h às 15h, de segundas às sextas-feiras, na FM O Dia. Conhecida como Boneka Amarela, Kelly tem 43 anos e foi rainha de bateria da Sereno de Campo Grande.

Para Tuffy Habib, diretor da Tupi, a emissora pretende rejuvenescer o perfil dos ouvintes, deixando Kelly seguir com seu estilo de radialismo.

Mauro Tagliaferri despede-se da Nova Brasil

Após quase quatro anos na Nova Brasil FM, período em que foi responsável pela criação do Departamento de Jornalismo da emissora e pela apresentação do programa Nova Manhã, Mauro Tagliaferri anunciou na última semana sua despedida da emissora.

Um dos principais motivos, segundo o profissional, foi o desejo de deixar a cobertura do período da madrugada. “Já são quase quatro anos acordando às 3h30, e isso cobra um preço na saúde, no foco, no rendimento, na vida social e familiar, na possibilidade de fazer cursos para desenvolver habilidades, na expansão de atividades profissionais e até no lazer”, explicou em seu perfil no Linkedin.

Ele segue como âncora e repórter especial do telejornal RedeTV News.

 

E mais…
Gabriela Lima

Gabriela Lima é a nova repórter da VTV, emissora afiliada ao SBT na Região Metropolitana de Campinas, Baixada Santista e Bragança Paulista. Ela já vinha atuando nos últimos meses como frila para o SBT, em São Paulo, e antes passou pelas tevês Arapuan, Tambaú e Cabo Branco, na Paraíba.

Rafael Ihara

Rafael Ihara anunciou em 8/12 sua saída do Grupo Globo. Contratado em 2017 como estagiário na produção de Jornal Hoje, Fantástico, SP1, Antena Paulista, da TV Globo, e na GloboNews, ele foi editor de cobertura em tempo real e redes sociais do g1, e desde 2019 era repórter na madrugada. Deverá anunciar seu novo destino profissional nos próximos dias.

Raphael Martins

Raphael Martins é o novo editor de economia do g1. Ele está no portal desde 2020, onde vinha atuando como repórter. Antes passou pela produtora Bufalos e pela revista Exame.

Hospital Albert Einstein conquista prêmio inédito de Organização do Ano no Prêmio Aberje

Pedro Torres, da Gerdau, é novamente Comunicador do Ano pela Audiência

Com a presença de cerca de 350 convidados, no Patio Welucci, em São Paulo, a edição 2023 do Prêmio Aberje teve, entre seus destaques, a inédita conquista do Hospital Israelita Albert Einstein como Organização do Ano. A instituição também faturou outras duas categorias do concurso (Sociedade e Mídia Audiovisual) e um dos troféus de Comunicador do Ano para a diretora Debora Pratali.

Outro destaque foi o bicampeonato de Pedro Torres, diretor Global de Comunicação, Marca e Relações Institucionais da Gerdau, como Comunicador do Ano pela Audiência, na disputa com Debora e os outros oito executivos indicados pelo colegiado da Aberje – Alex Pereira de Morais (Sotreq), Brunna Lopes (Banco Mercantil), Elis Ramos (Vale), Jorge Görgen (Grupo Iveco), Mariana Viel (Portonave), Matheus Lombardi (XP Inc) e Pâmela Vaiano (Itaú Unibanco).

Além do Einstein, as demais organizações vencedoras da noite foram:

  • Diversidade e Inclusão – Museu do Holocausto de Curitiba
  • Ética, Integridade e Compliance – Unimed Rio
  • Gestão de Crises Organizacionais – Santa Casa de Belo Horizonte
  • Marca – PUCRS
  • Memória Organizacional – Banco Mercantil
  • Relacionamento Internacional – Valmet
  • Sustentabilidade Organizacional – Klabin
  • Consumidor / Cliente – Iveco
  • Imprensa – DM9
  • Influenciador – Enel Brasil
  • Multipúblicos – PTC Therapeutics/LLYC
  • Público Interno – Vale
  • Evento – TOTVS
  • Mídia Digital – Embratel
  • Mídia Impressa – Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo
  • Publicação Especial – Cemig Distribuição

 

Os prêmios especiais anunciados antecipadamente foram:

  • TelevisãoConexão Globonews
  • Jornal – Caderno Eu& (Valor Econômico)
  • Mídia Regional – Amazon Liberal (Grupo Liberal)
  • Mídia Especializada – Um Só Planeta (Editora Globo)
  • Produção de Conteúdo – Projeto Todas (Folha de S.Paulo)
  • Especial Comunicação da AmazôniaConferência Internacional Amazônia e Novas Economias (Instituto Brasileiro de Mineração − Ibram)
  • Especial Vozes Influentes da ComunicaçãoMarc Tawil
  • CEO Comunicador do AnoJerome Cadier (Latam Airlines Brasil)
  • ‘James Heffernan’ Educador do AnoJosé Vicente (Universidade Zumbi dos Palmares)
  • Trajetória de ComunicaçãoCristiana Xavier de Brito (Basf)

Carla Jimenez é a nova editora-chefe do UOL

Carla Jimenez - Arquivo Pessoal

O UOL anunciou a chegada de Carla Jimenez como nova editora-chefe. Com mais de 30 anos de carreira, grande parte em cargos de edição e gestão de equipes, Carla vinha de um período sabático na carreira, após anuncias no começo do ano sua saída da Sumaúma Jornalismo, plataforma dedicada à cobertura da Amazônia fundada por ela em 2022 em parceria com Eliane Brum e Jonathan Watts.

“Desafio enorme entrar para o UOL, portal referência de todo o Brasil desde os anos 1990, quando o assunto é jornalismo digital”, comentou Carla, que em seu novo desafio atuará sob a coordenação do gerente geral de Conteúdo Alexandre Gimenez. “Começo a trabalhar quando o ano está acabando. Ciente de que 2024 pode definir o futuro do país. Os meses sabáticos foram especiais, felizes e muito ricos. Fiz cursos, vivências, assisti a debates sobre o momento da nossa profissão. Conversei com muitos colegas da área para entender nosso momento”.

Apesar do sabático, ela vinha atuando como colunista na CartaCapital, e antes da Sumaúma foi diretora executiva do El País Brasil e editora de Economia da IstoÉ Dinheiro. Passou ainda por Estadão, The Intercept Brasil e pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

Carla Jimenez – Arquivo Pessoal

“Num mundo mais hostil, como o de 2023, nossa profissão ganha novos desafios, pensar o novo. O UOL chegou no meio desse debate interno. Não resisti à tentação de aprender essa cultura, nessa máquina de notícias que é o portal que fala com metade do Brasil. Frio na barriga define. Mas como diz o meu povo, ‘vai com medo mesmo’. E lá vamos nós. Axé”, concluiu.

Paulo Andreoli reassume controle societário da MSL Andreoli

Paulo Andreoli reassume controle societário da MSL Andreoli
Crédito: Reprodução/MSL Andreoli/Facebook

Paulo Andreoli está reassumindo o controle societário da MSL Andreoli – nascida Paulo Andreoli – Corporate Affairs, em 1997 – após 20 anos no Publicis Groupe. A agência, conforme comunicado divulgado na tarde dessa terça-feira (12/12), passará por processo de rebranding e reestruturação estratégica. “As mudanças incluem a criação de nova marca, revisão de ofertas e nova estrutura organizacional e as novidades serão comunicadas ainda em janeiro do próximo ano”, destaca o informe.

Sócio-fundador da agência, Andreoli enfatiza: “A movimentação não impactará os atuais clientes e colaboradores da MSL Andreoli, que seguirão para a nova agência. Quanto à estrutura, seguiremos contando com os 18 escritórios espalhados pela América Latina, que compõem a rede exclusiva da agência na região há mais de 20 anos, e continuarão associados à Andreoli e atendendo à rede global da MSL.

Na troca de agradecimentos, Gabriela Onofre, CEO do Publicis Groupe Brasil, diz: “Paulo construiu e consolidou, com seu time, fortes laços de mais de duas décadas de parceria, os quais serão mantidos dentro da nova fase do seu negócio. Os clientes da nova agência continuarão a se beneficiar da expertise das agências do Publicis Groupe”. Paulo retribui: “Após 20 anos, posso assegurar que elegi o melhor parceiro de negócios. O Publicis Groupe sempre me apoiou, incentivou e contribuiu para meu crescimento profissional e pessoal. Esta operação traduz o respeito que eles têm com as decisões e iniciativas dos seus líderes. Certamente, continuaremos a trabalhar juntos”.

“A transação”, consensual, como frisa Gabriela, “está alinhada aos interesses estratégicos das duas partes e mantém em bons termos os mais de 20 anos de parceria entre os sócios: “O Publicis Groupe passa por importantes transformações globalmente. A partir de um novo direcionamento estratégico de negócios, acordamos a venda da nossa participação na MSL Andreoli para concentrar nossos esforços em criatividade, dados, tecnologia e mídia”.

Leia também: Pela primeira vez, Abraji elege diretoria majoritariamente de mulheres

Novo Especial do MediaTalks traz os impactos da COP28

Novo Especial do MediaTalks traz os impactos da COP28

Por Luciana Gurgel, editora executiva (*)

O MediaTalks, braço internacional do J&Cia, produziu um Especial sobre os impactos da COP28, que acaba de ser encerrada nesta quarta-feira (13/12). Ele apresenta um balanço da conferência e aborda como foi a repercussão em países como Estados Unidos, Reino Unido, Suécia, Itália e Argentina, graças à participação mais do que inestimável dos correspondentes Claudia Wallin, Eloá Orazem, Fernanda Massarotto, Márcia Carmo, Luciana Gurgel e Aldo de Luca. A edição tem apoio de GM, Banco BV, Suzano, Cummins, Anglo American, Itaú, GBR, BCW / Máquina, BRF e TekBond.

Entre os temas abordados estão os rumos do ativismo ambiental, a preferência cada vez maior dos funcionários em trabalhar para empresas preocupadas com o clima, o chamamento do Papa à “conversão ecológica”, o discurso do Rei Charles III pedindo transformações que são difíceis de acontecer em seu próprio reino, a ciência da atribuição que demonstra a conexão entre os eventos extremos e as mudanças climáticas.

Também são debatidos o preocupante movimento contra a avaliação das práticas de ESG, a necessidade de apoio às pequenas empresas na elaboração de relatórios de sustentabilidade para que elas possam saber o que fazer para mudar o quadro e o papel que se espera das grandes corporações e dos governos nesse grande esforço.

Tudo isso apoiado por pesquisas, como a da Universidade de Yale, que mostrou que os brasileiros estão entre os que mais se preocupam com os danos das mudanças climáticas às gerações futuras e entre os que mais acham que o tema deve ser uma prioridade do governo. O dado mais preocupante do estudo é o de que quatro em cada dez dos entrevistados nem conhecem o termo “mudanças climáticas”.

A conscientização, portanto, continua a ser essencial nesse esforço global, dependendo cada vez mais do papel decisivo de jornalistas, comunicadores corporativos, organizações de mídia, influenciadores das redes sociais, ONGs, celebridades, autoridades e lideranças governamentais.

Mas as dificuldades para a ação do jornalismo ambiental persistem. Outra pesquisa apresentada no Especial aponta as barreiras para a cobertura ambiental na América Latina. Também é abordado um estudo apresentado na COP27 mostrando que 62% das 229 notícias ambientais latino-americanas pesquisadas tinham sido distribuídas por uma agência de notícias europeia.

Nesse sentido, é valioso um artigo do Especial escrito por Marina Amaral, cofundadora da Agência Pública. Do tempo em que os jornalistas que reportavam a Amazônia eram descritos pelos grandes jornais como aqueles que tinham se embrenhado no “Brasil profundo”, Marina exalta a importância do advento da mídia digital para colocar os problemas ambientais na pauta do País.

De Londres, Yula Rocha destaca o uso das manifestações culturais como instrumento de conscientização na luta contra as mudanças climáticas, que foi um legado deixado pela COP28. A ideia é usar a emoção de quem consome cultura para refletir sobre a causa, agir e cobrar ações, fazendo com que as manifestações artísticas ligadas à causa atuem como ferramenta de transformação das mentes.

Duas entrevistas publicadas no Especial discutem o tom correto para abordar o tema. De um lado, a diplomata costarriquenha Christiana Figueres, aclamada como arquiteta do Acordo de Paris, pede maior equilíbrio entre a indignação e o otimismo. Do outro lado, Erika Bjerström, uma das principais jornalistas ambientais da Suécia, diz que não é papel da imprensa manter a audiência de bom humor de maneira falsa.

Nesse cenário, o Especial mostra o poder do caminho do meio, representado pela rede SJN (Solutions Journalism Network). O jornalismo de soluções aborda temas como as mudanças climáticas mostrando sua gravidade, junto com exemplos de respostas ao problema, e o que se aprendeu com sucessos e fracassos.

Outro esforço importante é o da CCN (Covering Climate Now), da qual o MediaTalks faz parte, que compartilha pela rede as matérias produzidas por seus membros, de maneira a alcançar um impacto global para o conteúdo produzido em cada país.

O cenário é complexo, os desafios são muitos, mas boas iniciativas estão em andamento. O Especial busca mostrar caminhos para os profissionais, veículos e empresas que queiram se engajar nesse esforço. Vale a leitura!

Leia também: Pela primeira vez, Abraji elege diretoria majoritariamente de mulheres

Pela primeira vez, Abraji elege diretoria majoritariamente de mulheres

Associados e associadas da Abraji elegeram entre 1 e 4/12 a diretoria da organização para o biênio 2024-25, que tomará posse em janeiro. Foram 159 eleitores, entre 243 aptos a votar (65%). A chapa única foi eleita com 145 votos (91,2% do eleitorado). Houve 13 votos nulos e um voto em branco, representando 8,2% e 0,6% do total, respectivamente.

A nova diretoria, com Katia Brembatti na presidência e Maiá Menezes na vice, é composta majoritariamente por mulheres e conta com jornalistas de todas as regiões do País, sendo que 57% se declaram pessoas não brancas. Há também uma pluralidade etária e diferentes trajetórias profissionais, que podem contribuir para uma abordagem mais diversa das questões que dizem respeito ao jornalismo. (Saiba+)

STF derruba decisão que censurou reportagens do Estadão

STF derruba decisão que censurou reportagens do Estadão
Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin suspendeu em 8/12 uma decisão da Justiça do Maranhão que determinava a remoção das reportagens do Estadão sobre o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

As publicações denunciavam a concessão de retransmissão de TV por Juscelino a uma emissora ligada ao seu grupo político no Estado. A determinação foi imposta pelo juiz José Eulálio Figueiredo de Almeida, da 8ª Vara Cível de São Luís (MA). Além da retirada, era exigido que o jornal e os autores da publicação publicassem um texto de retratação afirmando que “noticiaram informações falsas”.

Segundo Zanin, não há argumentos concretos que impeçam a divulgação das informações no veículo: “Nota-se que, com o devido respeito, a decisão reclamada utiliza-se de argumentos genéricos, sem justificar suficientemente o motivo da restrição à liberdade de imprensa. Por ora, não há informação nos autos de que a notícia seja falsa ou sabidamente maliciosa”.

De acordo com o ministro do STF, a decisão configura “evidente obstrução ao trabalho investigativo inerente à imprensa livre, além de caracterizar embaraço ao repasse das informações à opinião pública”.

Zanin pediu informações à Justiça do Maranhão antes de tomar uma decisão definitiva sobre o tema.

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