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sexta-feira, julho 4, 2025

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Cogna reestrutura área de RP

A Cogna Educação ampliou o time de Relações Públicas com a internalização de parte da estrutura que até então era atendida por uma agência. Com a mudança, 11 profissionais passam a compor o time, sendo seis deles recém-chegados.

“Estamos dando um importante passo com a consolidação de uma robusta estrutura corporativa de Relações Públicas na Cogna”, explica a sócia e gerente sênior Deborah Rodrigues. “Com um time de profissionais com experiências multidisciplinares, nosso objetivo é fortalecer ainda mais a holding, permitindo uma exposição continuamente assertiva das marcas que integram a companhia, por meio de diferentes frentes, como ações de Brand PR, influenciadores, assessoria de imprensa, redes sociais e comunicação interna”.

A área de negócio é responsável pela construção do awareness e da reputação da holding e suas 60 marcas, que estão presentes na jornada educacional de crianças e adultos, impactando mais de 22 milhões de estudantes em todo o País.

A estrutura de PR da companhia atua em duas frentes: a Corporativa, com foco nas marcas da holding Cogna e nas marcas Somos e Saber, sob a liderança da gerente Rafaella Bezerra, com quatro profissionais; e a Regional, que responde especificamente pela marca Anhanguera, com sete pessoas, lideradas pela coordenadora Carolina Pinho.

 

Aberje Trends 2023 será em 19/6, no Masp

O Auditório do Masp, em São Paulo, recepciona em 19/6, das 9h às 20h, o Aberje Trends 2023, evento que debaterá A nova economia da comunicação corporativa: tecnologias e competências que vão moldar um time vencedor.

Serão sete painéis, com pouco mais de 30 convidados, entre eles Eduardo Vieira (Softbank), Elisa Prado (consultora em gestão de reputação), Guilherme Magalhães (Meta), Maria Tereza Gomes (Jatuticaba) e Viviane Mansi (Toyota).

A programação terá, pela manhã, as seguintes mesas:

  • Mesa de CEOs comunicadores – Agenda ESG e o papel do CEO na sua comunicação
  • Comunicação Interna como estratégia de gestão: tendências e tecnologias para a criação de equipes engajadas
  • Diversidade como compromisso institucional: o que as empresas estão fazendo para incluir de verdade?

E pela tarde:

  • Memória e futuro: como histórias bem contadas contribuem para a perpetuidade das marcas
  • Influência, mídia e prevenção de crise: os desafios e riscos das marcas que querem inovar no relacionamento com o público
  • Public affairs, relações institucionais e governamentais: Brasília na agenda dos comunicadores
  • ESG para comunicadores: como a transparência das empresas pode contribuir com a sociedade

As inscrições podem ser feitas até 15/6 e custam R$ 1.150 para associados da Aberje e R$ 1.600 para outros interessados. Informações e inscrições aqui.

Graciela Selaimen e Ronilso Pacheco passam a integrar o conselho da Agência Pública

A Agência Pública renovou seu Conselho Consultivo com as recentes chegadas de Graciela Selaimen e Ronilso Pacheco. Formado por dez renomados jornalistas e profissionais do Terceiro Setor, o grupo reúne-se duas vezes por ano para discutir o jornalismo no Brasil, analisar a situação política do País e trazer novas ideias sobre temas que a plataforma deve abordar.

Os novos conselheiros, que entram nas vagas de Ana Toni e Eliane Brum, vão apoiar o trabalho da Pública com ideias e debates sobre jornalismo e conjuntura política. Eles se juntam ao grupo composto por Cecília Olliveira, Dorrit Harazim, Eugênio Bucci, Fabiana Moraes, Jan Rocha, Paula Cesarino Costa, Ricardo Kotscho e Rosental Calmon Alves.

Quem são os novos conselheiros:

Graciela Selaimen é mestre em Comunicação e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como diretora de Programas da Fundação Ford, desenvolveu estratégias e programas nas áreas de Tecnologia e Sociedade, Criatividade e Liberdade de Expressão e Engajamento Cívico e Governança, transversais às perspectivas de gênero e raça. Seu trabalho tem contribuído para consolidar o campo dos direitos digitais no Brasil e fortalecer o ecossistema do jornalismo investigativo independente. Foi uma das fundadoras e coordenadora do Instituto Nupef e editora da revista poliTICs, primeira publicação dedicada a política e direitos digitais no Brasil. Atualmente é Lead de América Latina na organização IRIS e membro do Conselho Diretor da Oxfam Brasil. No ano passado, foi mentora do lançamento do #diversifica, hub para Diversidade, Equidade e Inclusão da Jornalistas Editora, que publica este Portal dos Jornalistas.

Ronilso Pacheco é graduado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e atua como pastor auxiliar na Comunidade Batista em São Gonçalo (RJ). Ativista, escritor, pesquisador e teólogo, atualmente é mestrando no Union Theological Seminary, da Columbia University, em Nova York. É fellow da Ford Foundation Global Fellowship e autor de diversos livros sobre teologia negra, religião e sociedade.

Autoo/Motoo têm mudanças em seu comando

César Tizo está deixando a sociedade que mantinha desde 2016 com Ricardo Meier no comando dos sites Autoo e Motoo. Segundo ele, a decisão foi tomada em comum acordo e tem como objetivo atender a um desejo antigo de César, o de se dedicar integralmente ao Guru dos Carros e às suas redes sociais. Criada em 2014, a página vinha sendo mantida dentro do próprio Autoo e a partir de agora ganhará vida própria.

Com a saída dele, Rafael Miotto, ex-G1 e que há um ano e meio vinha atuando como editor do Motoo, passa a fazer parte da sociedade das duas publicações ao lado de Ricardo, atualmente vivendo na Inglaterra.

César diz que não estará completamente desvinculado do Autoo, “uma vez que, também de comum acordo com Ricardo e Rafael, seguirei representando o site quando necessário em coletivas, lançamentos e testes, aproveitando também eventuais conteúdos para minhas novas atividades profissionais”.

Com as mudanças, a equipe do Autoo/Motoo deverá ser reforçada nas próximas semanas, como explica Ricardo.

Especial Direito Autoral: Lucas Tavares e a defesa do direito autoral na fotografia

Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro

O repórter fotográfico Lucas Tavares conversou conosco sobre suas preocupações profissionais. Com a redução do mercado de trabalho e a difusão desordenada na internet, os profissionais procuram se apoiar nos direitos autorais.

Lucas Tavares

Formado em Jornalismo pela Candido Mendes, do Rio de Janeiro, Lucas fotografa profissionalmente desde 2011. No ano seguinte, começou na Agência Globo e lá esteve por sete anos. Teve passagem pela agência de fotojornalismo Zimel Press, e foi recontratado em 2022 pelo Globo, onde está até hoje. Atende a todas as editorias, mas especializou-se na cobertura de shows musicais.

Entre suas coberturas marcantes estão o Lollapalooza Brasil, por três anos, e o Rock in Rio 2022. Teve fotografias publicadas na coleção O melhor do fotojornalismo brasileiro, da Editora Europa, e fotos escolhidas para a galeria virtual Imagens da Pandemia, com curadoria da Arfoc Brasil. Atualmente cursa mestrado em Mídia e Cotidiano na UFF.

Jornalistas&Cia − Como vê a atividade dos repórteres fotográficos na atualidade e a evolução da categoria?

Lucas Tavares − Dentro do universo da grande mídia, o fotojornalismo é uma profissão que, cada vez mais, tem diminuído a colocação no mercado. Por outro lado, crescem iniciativas como a criação de coletivos de fotojornalistas e de pequenas agências. Isso também acontece com os fotodocumentaristas.

Foto: Lucas Tavares

J&Cia – Qual a sua opinião sobre a questão da proliferação de amadores, o impacto na fotografia profissional e no próprio jornalismo?

Lucas − Vejo que hoje muitas matérias são ilustradas com imagens feitas pelo chamado fotojornalista cidadão. A perda da centralidade das mídias corporativas, do poder comercial dos grandes conglomerados, resultou numa diminuição editorial. As redações foram impactadas, o que respingou na editoria de Fotografia, que, em redações menores, foi até extinta. Perdendo recursos para as mídias alternativas, os jornais procuram se manter, mas têm investido menos no fotojornalista profissional, aquele trabalho com equipamento de ponta, até mesmo na figura do repórter.

J&Cia − E a questão dos direitos autorais no País, em especial para os fotógrafos?

Luca − Vejo uma relação complicada que o fotógrafo tem com a internet. As pessoas pensam que basta dar o crédito e tudo bem. Na verdade, muita gente não conhece a licença de uso, que é uma obrigação por lei. É preciso ter minimamente uma autorização – mesmo que a reprodução seja gratuita – ou por meio do fotógrafo ou da agência para a qual ele trabalha, ou banco de imagens. A maioria dos fotógrafos vê suas imagens utilizadas sem qualquer autorização. Entendo que é preciso falar com o fotógrafo, porque o direito autoral é inalienável. É uma relação conturbada, mas estabelecida com regras claras. A lei é boa, só precisa ser aplicada.

Foto: Lucas Tavares

J&Cia − Como vê a proteção efetiva das leis contra o uso indevido de imagens?

Lucas − Não conheço uma entidade que faça fiscalização de maneira ativa. Dependendo da magnitude, e do próprio fotógrafo, quando a gente vê procura um escritório de advocacia. Tenho visto muito fotógrafo fazendo assim. No meu caso, são muitas fotografias utilizadas, preciso de um escritório.

J&Cia − Que conselho dá para editores ou colegas que precisem usar imagens da internet?

Lucas – Sempre faça contato com o autor, ou com a empresa com a qual ele trabalha – ou trabalhava, dependendo da data. O melhor é fazer contato direto com o fotógrafo; sempre oriento buscar autorização. Pegar no Google e não botar o nome, acho muito arriscado; não peguem qualquer fotografia da internet. O direito do autor é protegido, independentemente de estar do domínio público ou não. É inalienável. Quando está vivo, precisa pedir autorização; se for falecido, a família tem direito de receber. No caso de divulgação, um release com foto, a autorização está implícita.

O trabalho do fotojornalista é importante porque documenta o cotidiano e deve ser valorizado. É feito com muito cuidado, sempre privilegia a questão da técnica e do olhar.

Foto: Lucas Tavares

Proteção a direitos autorais na área de fotografia

Marcelo Pretto

Jornalistas&Cia entrevistou o advogado e fotógrafo Marcelo Pretto, que já há alguns anos também tem atuado na proteção aos direitos autorais dos profissionais de imagem, com o escritório One Intelectual. Nessa conversa, ele conta um pouco desse trabalho e de como devem ser os procedimentos de quem utiliza imagens para fins editoriais e comerciais, sobretudo de imagens buscadas na internet.

Jornalistas&Cia – Há quanto tempo existe a One Intelectual e quais seus principais objetivos?

Marcelo Pretto – O escritório sempre levou meu nome, Marcelo Pretto. Porém, criei a marca One Intelectual em 2021 a fim de ingressar no mercado corporativo e para atender a bancos de imagem e agências de fotografia. Desde 2009, quando comecei a fotografar, tive uma demanda de colegas fotógrafos sobre contratos e direito autoral. De lá para cá, após uma especialização acadêmica na área e muita prática, advogo hoje em dia somente para fotógrafos, artistas, criadores de conteúdo e modelos.

Nossos objetivos são: proteger a obra fotográfica; gerar acordos extrajudiciais a fim de compensar o prejuízo pelo uso indevido das fotografias; e educar o consumidor de propriedade intelectual (seja texto, fotografia, logotipo, música etc.) para que o mercado atue de forma profissional e respeitosa com os criadores de conteúdo.

J&Cia – A luta por direitos autorais, no campo do jornalismo e, mais especificamente, da fotografia, é antiga, e protegida por lei. Você pode contextualizar essa legislação e o quanto ela de fato protege os direitos autorais nesse campo?

Marcelo – A Lei de Direito Autoral no Brasil, de 1998, recebe o nº 9.610. É uma lei que protege as criações artísticas e científicas de um autor, que são chamadas de obras protegidas. Protege tanto o fotógrafo quanto o jornalista. Mas também o arquiteto, o músico, o escritor, e por aí vai… Protege o autor/criador da obra, o titular (aquele que pagou para adquiri-la e utilizá-la), além da própria obra e a criatividade nela contida.

Toda vez que o autor e/ou titular de uma obra tiver sido vítima de uso indevido de sua propriedade intelectual (leia-se, obra protegida), pode procurar um escritório que seja especializado no tema.

Há formas de requerer direitos na esfera extrajudicial, e se não for sanado o problema, acionar o Poder Judiciário a fim de fazer valer seus direitos violados por terceiros, a saber: não colocar os créditos na obra; utilizar sem prévia autorização do autor; manipular a obra sem autorização do autor ou titular; usá-la para fins comerciais; e plagiar a obra (copiar sem autorização).

Nossa lei específica é muito eficaz e moderna; comparando-se com as melhores leis sobre autoria no mundo, como a francesa e a alemã.

J&Cia – Você diria que o reconhecimento dos direitos autorais no Brasil tem avançado ou essa é ainda uma luta que precisa ter continuidade? 

Marcelo – Sim, tem avançado, mas a luta deve continuar. Principalmente nesta época em que vivemos, pós-2020, em que a tecnologia, a meu ver, não está nos aparelhos eletrônicos, mas sim no cérebro humano. Ou seja, um smartphone nada mais é do que o produto de um pensamento, de know-how humano. Uma obra de arte ou uma fotografia são conteúdos (se forem criativos) que devem ser protegidos, pois a liberdade e o direito de criar é inerente à dignidade humana. Direito autoral é o direito do futuro (próximo), na minha opinião. Mas a sociedade brasileira precisa se comunicar com a lei e respeitá-la. Infelizmente, em mais de uma década trabalhando com o tema, sinto que há muito a avançar. Nesse sentido, Europa e EUA estão mais avançados, pois a violação à propriedade intelectual lá é punida de forma mais severa.

J&Cia – Quais são os desrespeitos mais comuns nesse campo e como vocês fazem para monitorar as publicações?

Marcelo – A contrafação é a modalidade de ilícito civil mais comum. Contrafação é o uso indevido de obra alheia. E isso ocorre com a fotografia diariamente e sem controle… Nossos clientes, quando descobrem que estão tendo prejuízo por usos indevidos de suas fotografias, pedem nossa assessoria e iniciamos nossos trabalhos de proteção e fomento ao acordo, a fim de reparar parte do dano que o fotógrafo já teve.

Temos uma equipe especializada em busca reversa, que detecta os usos indevidos por parte dos infratores.

J&Cia – Quantos clientes nessa área a One Intelectual tem e como funcionam os contratos, em termos de ganhos para as partes?

Marcelo – Já atendemos a mais de duas dezenas de clientes em quase cinco anos. Quanto à porcentagem, é assunto restrito entre escritório e cliente. No entanto, podemos garantir que os valores que os clientes recebem nos acordos são vultosos, relevantes em sua renda mensal. Já que inúmeros infratores utilizam-se de suas obras fotográficas, os acordos gerados são ferramentas para amenizar o prejuízo que já ocorreu. Para ter uma ideia: valores em acordos desde 2021 somam mais de R$ 2 milhões para nossos clientes.

J&Cia – Autores interessados nessa proteção como devem proceder para contratar um escritório de advocacia? Que cuidados devem tomar?

Marcelo – Devem produzir todas as provas, porém nós auxiliamos como fazer. Devem ter bem armazenados os arquivos digitais ou analógicos. Nos digitais, o ideal é inserir seus metadados: nome do fotógrafo, data e e-mail são informações muito importantes para garantir a autoria. O conjunto probatório, se for bem robusto, também é válido judicialmente. Não precisa ter o arquivo RAW, mas se tiver, e com os metadados ali inseridos, fica tudo devidamente comprovado e transparente e fácil de provar que a foto é dele. Dali para a frente a One Intelectual agrega seu conhecimento jurídico a fim de fomentar os acordos/indenizações extrajudiciais.

J&Cia – Qual o ritual praticado quando se descobre o uso indevido de uma imagem protegida por direito autoral? E, em média, qual o tempo de duração dos processos quando há e quando não há acordo?

Marcelo – Uma vez descoberto o caso, a One Intelectual notifica o infrator e começa as tratativas de acordos extrajudiciais. Trinta dias são suficientes para sabermos se lograremos composição amigável ou não. Se não houver acordo, ajuizamos o caso e em média o processo dura um ano.

J&Cia – Como são calculados os valores indenizatórios e em que se baseiam?

Marcelo – Com base no valor/preço da obra fotográfica utilizada e com base na jurisprudência. Porém, o uso indevido também é fator variável para chegarmos num valor justo de indenização.

Leandro de Freitas assume Diretoria de Comunicação Corporativa da Vivo

A Comunicação Corporativa da Vivo está sob nova direção. Leandro de Freitas, prata da casa, que integrava há quase sete anos a equipe de Elisa Prado, é o sucessor dela na Diretoria de CC, cargo em que passa a se reportar ao VP de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Comunicação Corporativa Renato Gasparetto. Assume a responsabilidade de liderar uma equipe com 20 profissionais focada tanto no relacionamento com o público externo, principalmente a imprensa e formadores de opinião, quanto com os colaboradores da empresa.

Freitas tem mais de 23 anos de experiência em gestão de reputação, tendo atuado em empresas como HSBC, Grupo Algar, BCW (Burson-Marsteller), CDN e Instituto Ethos.

Leandro de Freitas (Divulgação/Vivo)

A promoção dele vem na sequência de outras mudanças realizadas no último ano por Gasparetto nas diretorias de Relações Institucionais, com o ingresso de Tiago Machado; de Sustentabilidade, com a promoção de Joanes Ribas; além da Presidência da Fundação Telefônica Vivo, que passou a ser ocupada por Lia Glaz.

 

Novos ares

Elisa Prado, que estava em sua segunda passagem pela Vivo, deixa a organização após cinco anos, período em que contribuiu de forma reconhecida para a transformação de uma operadora de telefonia em uma empresa de multisserviço. Sai para dar continuidade à vida acadêmica (ela é professora no Master de Comunicação Empresarial Transmídia da ESPM-SP, na cadeira de Prevenção e Gerenciamento de Crise) e preparada para atuar como palestrante e em Conselhos de Administração, valendo-se da experiência em gestão de reputação.

Ao longo da carreira, teve uma passagem de três anos como diretora-geral da TV1 RP (Grupo TV1) e liderou por nove anos a comunicação da Tetra Pak, tendo ainda atuado no Deutsche Bank. É autora de três livros sobre reputação corporativa, o último deles, Reputação, Valor Compartilhado, escrito em parceria com Tatiana Maia Lins, lançado este ano.

Sobre sua saída, Gasparetto comentou: “Todo meu reconhecimento a Elisa, que contribuiu – como pessoa e profissional ética e dedicada – ao longo dos últimos cinco anos, de forma significativa, para a reputação da Vivo e a formação de equipes, inclusive de Leandro de Freitas, seu sucessor. Que seu novo ciclo pessoal e profissional seja de pleno êxito”.

Um circo midiático em que a imprensa é a estrela

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Contrariamente à tese de que jornalistas não devem ser notícia, a mídia britânica tem coberto obsessivamente dois casos que expõem práticas pouco elogiáveis da imprensa.

O príncipe Harry tornou-se o primeiro membro da realeza a testemunhar em um tribunal em 132 anos, em uma ação movida contra o Daily Mirror.

Ele ataca a empresa e profissionais como Piers Morgan, editor do tabloide na época em que hackeamento telefônico e uso de detetives para espionar famosos eram comuns.

Enquanto isso, a maior emissora privada do país, a ITV, vive um drama que lembra enredo de novela: Philip Schofield, apresentador do programa This Morning, que se assumiu como gay em 2020, caiu em desgraça por um caso com um jovem produtor, ocorrido enquanto ele era casado com a mulher com quem passou 27 anos. A crise chegou ao Parlamento.

As duas histórias viraram circos midiáticos, com cobertura ao vivo dos lances mais importantes, especialistas analisando os desdobramentos e euforia nas redes sociais.

Harry x tabloides: quem tem razão?

Retratado a vida toda pela mídia ávida por vender jornais como encrenqueiro que se vestia de nazista e fumava maconha, Harry não é unanimidade.

Sua guerra com a imprensa é tachada por muita gente, inclusive por jornalistas, de hipocrisia, oportunismo ou resultado de manipulação pela suposta megera Meghan.

O processo movido por Harry, junto com outros famosos, mira em práticas que não são mais usadas, até onde se sabe. Talvez o príncipe não consiga reparação devido ao tempo entre os fatos e a abertura do processo, em 2019.

Isso não significa que o movimento dele e dos demais famosos que decidiram encarar a briga com tabloides seja condenável.

Harry não parece estar em busca de dinheiro, e sim de provar que tem motivos para se sentir desconfortável com a imprensa.

Para uma parte do público, ele sai como vítima e o jornal como vilão, respingando no jornalismo, o que é negativo.

Por outro lado, é possível que o medo de escândalos e de processos leve algumas redações a repensarem práticas atuais, um efeito positivo.

Phil x Holly: quem tem razão?

O caso da ITV é mais complicado para a reputação da mídia porque não ocorreu em um passado distante.

A dupla de apresentadores, Phil, 61 anos e Holly, 42, tinha uma química perfeita no This Morning. Ele foi acolhido com carinho e compreensão quando se assumiu gay.

O castelo começou a cair em maio. Seu irmão, Tim, foi condenado por molestar meninos. O âncora se disse indignado e assegurou desconhecer os atos.

Mas tabloides e grandes jornais o arrastaram para a história ao insistirem em qualificar o autor dos crimes como “irmão de Philip Schofield” em textos e títulos.

Semanas depois veio a bomba: Phil teve um caso com um produtor mais jovem, quando ainda era casado. Os dois se conheceram quando o rapaz era menor, mas segundo o âncora, o relacionamento só aconteceu anos depois. E o emprego no programa não foi obtido com a ajuda dele.

Phil garante que tudo foi consentido e “legal”, embora “não sábio”. Mas a doce Holly teria pedido a cabeça do colega, por se sentir “enganada”. E conseguiu.

A ITV tentou manter o âncora em outros programas, mas após virem a tona mais detalhes e a informação de que ele mentiu para a emissora ao negar o caso em uma investigação interna, a queda foi inevitável.

Histórias de poderosos que se prevalecem da posição para favorecer quem cede aos seus encantos não são novas − e o #MeToo começou com uma delas. Mas continuam a assombrar a indústria de mídia, onde vaidades e o sonho do estrelato podem levar a situações extremas.

Aparentemente, não foi o que aconteceu com Philip Schofield. Ainda assim, os chefes da ITV estão sendo questionados no Parlamento por não terem percebido ou terem feito vista grossa a uma suposta cultura tóxica nos bastidores do This Morning.

A exemplo do caso judicial de Harry, pode dar em nada − fora o já decretado fim da carreira de Schofield.

Phil admitiu em uma entrevista no início da semana ter pensado em suicídio e estar consciente de que sua carreira acabou, bem como negócios com a sua marca.

Mas a mídia britânica também saiu chamuscada, pois nem todos que acompanham o circo sabem separar o joio do trigo. E fica mais difícil recuperar a credibilidade que vem sendo perdida.


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Movimento Pretas promove o 2° Encontro de Jornalistas Negros, Indígenas e Periféricos

O Mandato Movimento Pretas irá realizar o 2° Encontro de Jornalistas Negros, Indígenas e Periféricos do Estado de São Paulo. O evento irá abordar a discriminação e barreiras enfrentadas por profissionais negros, indígenas e moradores de periferia. O objetivo é promover a discussão de políticas e projetos que possibilitem enfrentá-las, combatendo o preconceito presente dentro das redações.

O primeiro encontro, realizado em 12/5 na Assembleia Legislativa de SP, trouxe entre as principais demandas a segurança para coberturas feitas em suas próprias territorialidades, incentivo a pautas positivas ao abordar espaços periféricos e participação em espaços políticos.

A segunda edição será feita de forma online e está marcada para próxima terça-feira (13/6), às 10 horas. Para participar, os interessados devem se inscrever através do formulário do evento.

 

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Benjamin Back assina com a CNN Brasil

Benjamin Back assina com a CNN Brasil

A CNN Brasil segue investindo em seu novo setor esportivo, com o lançamento da marca CNN Esportes. A emissora anunciou a chegada do apresentador Benjamin Back, que comandará um programa semanal, aos domingos, exibido também no site e nas redes sociais da emissora. A estreia deve ser em julho.

O formato do programa ainda não foi definido e deve ser anunciado em breve. Sobre o novo desafio, Benja comentou que se sente honrado em fazer parte desta etapa de investimentos em esportes da CNN Brasil: “Sigo na minha luta para fazer um programa sobre futebol para todos, com muita informação, irreverência e, claro, bom humor. O público pode esperar grandes surpresas”.

Antes da CNN, Benja passou por RedeTV, Record, Fox Sports e Bandeirantes. Mais recentemente, trabalhou no SBT, no comando de uma mesa-redonda sobre futebol. É também apresentador do programa Estádio 97, da Rádio Energia 97, de São Paulo, e tem um canal no YouTube, o Canal do Benja, com quase 300 mil seguidores.

A chegada dele Back faz parte do plano de fortalecimento do pilar esportivo da CNN Brasil. Na semana passada, a emissora estreou o programa CNN Esportes S/A, com João Vítor Xavier, que fala sobre futebol sob o ponto de vista dos negócios.

O adeus a Érica Barros

Faleceu em 4/6, aos 38 anos, a jornalista freelancer Érica Barros. Segundo informações da Mundo Agro Editora, onde ela atuou por mais de uma década contribuindo para a Revista AviSite e Revista do Ovo, Érica teve complicações após uma cirurgia para a retirada da vesícula.

Formada em Jornalismo pela PUC-Campinas, ela também passou pela AnimalWorld e prestou serviço de assessoria de imprensa para diversas entidades públicas e privadas ligadas ao agronegócio.

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