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Audálio Dantas promove II Salão Nacional do Jornalista Escritor

Aberto e gratuito, Salão colocará autores consagrados de frente com o público, no Memorial da América Latina Com curadoria de Audálio Dantas, encontro está marcado para os dias 6, 7 e 8 de setembro no Auditório Simon Bolivar, com a presença de mais de 30 consagrados autores A Semana da Pátria terá uma atração a mais este ano na capital paulista. Nos dias 6, 7 e 8 de setembro (6ª.feira a domingo) acontece no Memorial da América Latina, Auditório Simon Bolivar (rua Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda), o II Salão Nacional do Jornalista Escritor, tendo como tema central O livro-reportagem. A curadoria é do jornalista e escritor Audálio Dantas, também idealizador do projeto, e a organização, da Mega Brasil Comunicação. O evento é uma realização da UBE – União Brasileira dos Escritores. Com entrada franca, o Salão espera atrair cerca de 15 mil pessoas nos três dias de atividades, em sua maioria jovens universitários. A programação contempla 11 sessões, cada uma com dois convidados e um entrevistador. O público também será incentivado a participar com perguntas, já que um dos propósitos do encontro é aproximá-lo dos autores. Outra atração programada é uma homenagem ao jornalista-escritor Graciliano Ramos pelos 80 anos de lançamento de seu primeiro romance – Caetés – e pelos 120 anos de seu nascimento, completados em 2012. Também fazem parte da programação uma exposição fotográfica sobre a história da UBE; o Salãozinho – sessões infantis, reunindo contadores de histórias e autores de obras infanto-juvenis com grupos de crianças; e o Café Literário, em que acontecerão as sessões de autógrafos. Os ingressos para cada uma das sessões poderão ser retirados com uma hora de antecedência nas bilheterias do próprio Auditório Simon Bolivar e estarão limitados à capacidade do espaço, que é de aproximadamente 900 lugares. O Salão conta com patrocínio da Petrobras e apoio da Caixa Econômica Federal, estando aberto ainda a novas adesões, inclusive para ações promocionais e distribuição de brindes. Confira, a seguir a programação das 11 mesas:   6 de setembro de 2013  •         10h às 11h – Abertura oficial o    Inauguração do II Salão Nacional do Jornalista Escritor o    Abertura oficial da exposição A história da UBE o    Homenagem a Graciliano Ramos   •         14h às 16h  – 1ª mesa o    Convidados: Juca Kfouri e Heródoto Barbeiro o    Entrevistador: Laurindo Lalo Leal Filho   •         16h30 às 18h30 – 2ª mesa o    Convidados: Eliane Brum e José Nêumanne Pinto o    Entrevistador: Nildo Carlos Oliveira   •         19h às 21h – 3ª mesa o    Convidados: Antônio Torres e Miriam Leitão o    Entrevistador: Ivan Ângelo   7 de setembro de 2013 •         11h às 13h – 4ª mesa (Sessão Especial – A reportagem hoje) o    Convidados: Cassiano Elek Machado (Folha de S.Paulo) e Hélio Campos Mello (Revista Brasileiros) o    Entrevistador: Quartim de Moraes   •         14h às 16h – 5ª mesa o    Convidados: Fernando Morais e Ricardo Ramos Filho o    Entrevistadora: Regina Echeverria   •         16h30 às 18h30 – 6ª mesa o    Convidados: Alberto Dines e Lira Neto o    Entrevistador: Florestan Fernandes Júnior   •         19h às 21h – 7ª mesa o    Convidados: Mino Carta e Ricardo Kotscho o    Entrevistador: Carlos Chaparro   8 de setembro de 2013 •         11h às 13h – 8ª mesa (Sessão Especial – O repórter na estante) o    Convidados: Luiz Fernando Emediato (Geração Editorial) e Carlos Andreazza (Editora Record) o    Entrevistador: Claudiney Ferreira   •         14h às 16h – 9ª mesa o    Convidados: Domingos Meirelles e Ricardo Viveiros o    Entrevistador: Sérgio Gomes   •         16h30 às 18h30 – 10ª mesa o    Audálio Dantas e Carlos Moraes o    Entrevistador: Assis Ângelo   •         19h às 21h –11ª mesa o    Convidados: Caco Barcellos e Ivan Marsiglia o    Apresentador: Fernando Coelho Serviço II Salão Nacional do Jornalista Escritor Data de realização: 6, 7 e 8 de setembro de 2013 Local: Auditório Simon Bolivar, Memorial da América Latina Horário: 6 de setembro de 2013, a partir de 10h; 7 e 8 de setembro, a partir das 11 horas Endereço: Rua Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, São Paulo (SP) Curadoria: Audálio Dantas Realização: UBE – União Brasileira de Escritores Organização: Mega Brasil Comunicação Patrocínio: Petrobras Apoio: Caixa Econômica Federal Informações gerais sobre o Salão: 11-5576-5600 ou eventos@megabrasil.com.br

Jornalistas demitidos da Abril receberão 2,5 salários de indenização

Em audiência de conciliação no TRT-SP na tarde desta 2ª.feira (12/8) – a que compareceram 1/3 dos profissionais demitidos do Grupo Abril –, ficou acordado o pagamento de 2,5 salários de indenização e seis meses de manutenção do convênio médico aos 71 demitidos da editora em 1º de agosto. O acordo também prevê que qualquer jornalista que seja demitido da empresa até 31/12/2013 tenha os mesmos benefícios. A pauta levada para o TRT foi a de que as demissões fossem anuladas, com a abertura de um pacote de benefícios na empresa para os profissionais que desejassem sair. Nele, o Sindicato propunha que fossem oferecidos de cinco a sete salários, dependendo do tempo de casa, e um ano de plano de saúde para todos. Na discussão sobre o valor da indenização aos demitidos, o Sindicato e os jornalistas partiram da proposta feita pela Abril, considerada discriminatória pois privilegiava os maiores salários – como os de profissionais em cargos executivos, aos quais foram oferecidos até sete salários – em detrimento da maioria, que não receberia nada. Inicialmente, o Sindicato havia proposto quatro salários para todos o profissionais, valor que foi rebatido pela empresa, que propôs dois salários, até que se chegou ao acordo de 2,5. De acordo com o Sindicato, a negociação beneficiou diretamente 85% dos jornalistas envolvidos, não alterou as condições para 10% e ficou abaixo do que a empresa havia oferecido para 5% dos demitidos. O acordo prevê também que todas as demissões serão homologadas no Sindicato. Mais informações no site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

José Nello Marques leva sonho a webradio

Após 43 anos em emissoras rádio – Jovem Pan, Band e Globo, entre outras –, José Nello Marques se aventura pela primeira vez na web e lança online a Rádio Sonho (www.radiosonho.com), que mescla música e notícia. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, o radialista, que segue diariamente, das 17h às 19h, na Super Rádio Tupi, conta um pouco mais sobre os motivos e desafios ao encarar esse novo segmento. Portal dos Jornalistas – Como encara esse desafio de ingressar num meio novo, como a internet, após mais de 40 anos de carreira no rádio? José Nello Marques – É fascinante, comparo com o meu início no rádio, aprendendo o que era microfone, prato (era como chamava o toca-discos), lauda, externa, sonoplasta. O aprendizado é minuto a minuto e tudo tem que começar do zero, porque não nasci “chipado”. Mas é absolutamente fantástico o new world da comunicação. Portal – Quais você considera serem os principais desafios de atuar na web? Nello – É a configuração daquilo que quero colocar no ar. Os plugins, os comandos técnicos, as alterações etc.. Do ponto de vista de conteúdo, o mais difícil hoje é confirmar a fonte da notícia. Portal – E as principais diferenças – positivas e negativas – entre rádio convencional e na web? Nello – O rádio convencional é um pouco mais lento (como todos os veículos) em relação à web. Tem uma programação comercial, tem a divisão dos horários, apresentadores e produtores. A web é você no comando, determinando para cima ou para baixo, para que lado etc.. O positivo é a rapidez. O negativo é a rapidez sem responsabilidade. Portal – O que o motivou a inaugurar uma webradio? Nello – A vontade de expor o meu conhecimento e as minhas preferências musicais e noticiosas, o que não tenho no rádio convencional, onde acompanho a banda. Portal – O que representa sonho para você? Nello – Sonho é imaginar, criar, pensar e principalmente lutar para realizar. Já levei muitos “nãos” na vida e só agora, mais experiente, fico determinado a não desistir de sonhar e tentar concretizar. Portal – Que público pretende atingir com a webradio? Nello  – O público que me acompanha nessas décadas de rádio e aqueles que se identificam com uma música mais calma, relaxante, boa para ouvir em qualquer lugar. Além disso, há um contingente enorme de pessoas carentes de boas músicas instrumentais (grandes orquestras, por exemplo) e entrevistas com nomes que estão fora da grande mídia, como Moacyr Franco, Sergio Reis, Agnaldo Rayol e tantos outros. Portal – Quem são os profissionais que atuam na equipe do site? Nello – O José, o Nello e o Marques. Portal – Conte um pouco mais da sua carreira. Quando e onde começou, veículos pelos quais passou, o que o motivou a ser radialista… Nello – Comecei na Rádio Clube de Garça, em junho de 1970. Passei pela Rádio Verinha de Marília. onde fiquei até 1973, quando vim para São Paulo e trabalhei como repórter/apresentador, âncora e sei lá mais que título em todas as grandes emissoras de rádio – Jovem Pan, Band, Globo, Excelsior-CBN, Record, Capital, e também fiz tevê, em Record, Band, Manchete, Canal 21 e a extinta TV Jovem Pan. Fui correspondente no Brasil da Voz da América por 18 anos ; mestre de cerimônia em centenas de eventos sociais, econômicos, políticos e congressos de diversas categorias; assessor de imprensa; e professor na Cásper Líbero, Fiam e Anhembi Morumbi. E juro que não tive nenhuma motivação especial para seguir a carreira. Comecei por acaso, amei, só fiz isso na vida e sou feliz assim.

Agências oferecem reposição de 6,95% para assessores de São Paulo

Representantes dos profissionais de assessoria de imprensa participaram em 7/8 da primeira rodada de negociação da Campanha Salarial de Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

As empresas apresentaram proposta de reposição dos salários pelo INPC de 6,95%, aplicável também a todos os itens econômicos, como vale-refeição e cesta básica. Houve também garantia da manutenção de todas as conquistas que já constavam da Convenção Coletiva do ano passado.

Para avaliar a proposta, o Sindicato convoca uma assembleia para esta 3ª.feira (13/8), a partir das 19h, no auditório Vladimir Herzog (rua Rego Freitas, 530 – sobreloja).

Na mesa de negociação, a direção do Sindicato esteve representada por Márcia Quintanilha e Evany Sessa (secretária de Relações Sindicais e Sociais), acompanhadas do assessor econômico Carlos Montoya e do advogado Vagner Patini.

Vaivém das redações!

Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Ceará: São Paulo   Ana Carolina Ralston assumiu recentemente a editoria de Cultura da revista Vogue, no lugar de Bel Moherdaui. Carol era editora de Cultura e de Capa da Marie Claire e antes passou por Billboard Brasil e G1. Seu novo contato é acralston@globocondenast.com.br. Repórter da revista e portal Imprensa desde agosto de 2011, Guilherme Sardas deixa a publicação para se dedicar ao curso de mestrado (stricto sensu) do Programa de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP. Ele tem interesse na área da literatura e crítica desde 2010, quando iniciou especialização (lato sensu) na área, também na PUC-SP. Antes da revista Imprensa, foi, entre outros, repórter na Editora Sertec e coordenador de comunicação do então candidato a deputado estadual Ricardo Salles, hoje secretário pessoal do governador Geraldo Alckmin. Elza Favorito, que deixou o Valor em julho após 13 anos de empresa, está em busca de novas oportunidades profissionais. Formada em Administração, com pós-graduação em Marketing, ambas pela Universidade Sant’Anna, exercia no jornal as funções de analista administrativo, marketing e eventos. Seus contatos são elza.favorito@gmail.com e 11-97623-1408. Rio de Janeiro Josette Goulart deixa o cargo de editora de Finanças do Brasil Econômico no Rio, onde estava desde maio, e volta para São Paulo, onde atuou em Gazeta Mercantil, Fiesp e Valor Econômico. Vai para o Estadão, como repórter da mesma área. Por enquanto, não definiram seu substituto, e a sub Eliane Velloso assumiu interinamente. Brasília Severino Mota chegou há poucos dias à sucursal da Folha de S. Paulo para a cobertura do STF, no lugar de Felipe Seligman, que deixou o jornal para tocar projetos pessoais envolvendo Comunicação e Mídias Digitais. Severino começou na Folha do Estado, de Mato Grosso, tendo mudado para Brasília em 2006, onde trabalhou em veículos como iG, em duas oportunidades, e, por último, na coluna Radar, de Veja, que ainda não o substituiu. O Destak Brasília ampliou a equipe de repórteres, contratrando Gustavo Garcia e Fernando Henrique, que se somam a Jane Rocha. O editor do jornal é Raphael Bruno e o sub Patrick Selvatti. Minas Gerais Ivan Drumond, da editoria de Esportes do Estado de Minas, está de volta ao jornal, após afastamento temporário por problemas médicos. O contato dele é ivandrumond.mg@diariosassociados.com.br. A produtora Mayara Folco deixou a Band e foi substituída por Fernanda Fiorenzano (ffiorenzano@band.com.br). Luisa Torres é a nova Garota do Tempo dos telejornais da Globo Minas. Ela entrou no lugar de Gislaine Ferreira, que está em licença-maternidade até o início de 2014. Na Rede Minas, Renata Marques, apresentadora do Jornal Minas 2ª edição, também em licença-maternidade, está sendo substituída por Luciano Correia, que comanda o programa Palavra Cruzada. Bahia Valéria Íbalo, repórter de Cidade, Gastronomia e Cultura, além de editora de Autos da Tribuna da Bahia, deixa a empresa depois de um ano e meio para assumir a assessoria de comunicação da Rede de Farmácias MultMais. Hieros Vasconcelos (ex-A Tarde) também deixou a Tribuna e foi para a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. Liliam Cunha (liliamcunh@hotmail.com), que estava na Sheila Siqueira como atendimento de conta, volta ao mercado. Ela já passou por Darana e portal Curto sim. Eder Luis Santana (71-3117-6190 e eder.santana@gmail.com), ex-Folha de S.Paulo e A Tarde, está na assessoria do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. Ele também atua como professor do curso de Jornalismo da Unibahia. Thaísis Farias, que atuou na produção da extinta Itaparica FM, integra agora a assessoria de imprensa do Ibametro. Ceará Gledson Serafim está de volta ao rádio, como plantonista da equipe de Esportes da Rádio Globo | O Povo Fortaleza.

Ana Maria Campos é a nova editora de Cidades do Correio Braziliense

Dança das cadeiras no Correio Braziliense. Com a ida de Ana Maria Campos para o comando de Cidades, na vaga deixada por Marcelo Tokarski, Helena Mader volta para Política, de onde havia se transferido para Cidades em junho, agora numa coluna local, Eixo Capital, que sai às 5as e domingos. Os estagiários Bárbara Cabral e Pedro Paulo Souza deixaram a Revista do Correio, e deverão ser substituídos nos próximos dias. Em Suplementos, o repórter de Informática Bruno Silva foi promovido a subeditor do Diversão & Artes, no lugar de Rosualdo Rodrigues, que seguiu para Veja Brasília. Ele chega à revista para atuar em Roteiros de Brasília, na vaga de Érika Klingl, que deixou a Vejinha na semana passada para se dedicar a novos projetos profissionais, entre eles a gestão da Krieger Consultoria, empresa de seu marido, o também jornalista Gustavo Krieger. Ainda no Correio, registro para a saída da repórter de Cultura Caroline Moraes, substituída por Rebeca Carvalho, vinda da revista Brasília em Dia.

Memórias da Redação ? Por favor, não mudem a missão do jornalista

A história desta semana é mais uma vez colaboração de Nereu Leme (nereu@casadanoticia.com.br), presidente da Casa da Notícia Comunicação, que foi por muitos anos da Folha de S.Paulo. Por favor, não mudem a missão do jornalista Um dos maiores orgulhos do meu tempo de redação era sermos, nós, jornalistas, chamados de intelectuais. Verdade ou não para alguns, essa denominação também nos enchia de responsabilidade. Escrever certo e evoluir sempre. Outros tempos, sem internet. Nem mesmo computador. Máquinas de escrever e laudas rasuradas num escreve-corrige em busca do melhor lide (lead) que, diziam os mais experientes escribas, era aquele que ainda não havíamos feito. Priorizávamos nossa missão de informar, com imparcialidade – o que hoje não é mais o primeiro mandamento – e levar conhecimento e cultura ao nosso leitor, nosso rei. O desafio era introduzir, em um texto comum, informativo do dia a dia, uma nova palavra ao vocabulário de nosso preclaro leitor, sem traduzir em seguida, mas, também, sem obrigá-lo a recorrer ao dicionário. A nova palavra era adicionada, auferindo ao texto riqueza, qualidades. Na época, nem conseguíamos ser tão explícitos, como o negrito destacado na frase anterior. Muitos jornalistas aprenderam a escrever bem com esses exercícios instigantes, que nos desafiavam a ampliar ainda mais nossos conhecimentos. Nessa gloriosa tarefa para nós, repórteres, entregávamos o texto para o editor e depois atazanávamos, espicaçávamos ou simplesmente importunávamos os copidesques para saber o que haviam mudado no nosso texto, e por quê. Um dos jogos culturais era escrever toda a matéria sem usar a palavra que ou dois pontos. Recentemente, descobri que um médico amigo deixou de ser assinante de um grande jornal porque seus redatores não usavam o que. Trocavam “ele tem que fazer algo” por “ele tem de fazer algo”. As duas formas são corretas, mas o Houaiss sugere o uso do que, considerado mais moderno por ele. O “de” seria mais impositivo, para ser usado em determinadas situações – por exemplo, “Ele tem que ir ao jogo, pois torce pelo timão” e “Ele tem de pagar os impostos”. Outro jogo cultural que fazíamos nos bares próximos ao jornal Folha de S.Paulo era usar palavras pouco conhecidas para ver se o grupo acertava o significado. As correções sempre eram feitas com o auxílio de um dicionário. Ou cometer algum erro crasso, bem grosseiro, propositalmente, quando algum jornalista novo aparecia em nossas reuniões. Outros jornalistas, como eu, continuam tentando escrever melhor e, por isso mesmo, se indignando, ou se revoltando com as mazelas dos meios atuais de comunicação, principalmente a televisão. Embora seja o veículo de comunicação mais popular, de massa, que influi diretamente no comportamento cultural da população, em alguns casos a televisão não prima pela qualidade do vocabulário. Certo é que a língua deve evoluir e criar novos vocábulos. Não devem esses meios de comunicação, no entanto, ensinar errado, banalizar nossa língua portuguesa, bela e rica em sinônimos e seus opostos, os antônimos. A gente “somos” banais! Durante a cobertura das manifestações pelo Brasil afora, em junho, os apresentadores e repórteres de televisão (imagino que nas rádios também) usaram e abusaram do substantivo feminino gente, que não é pronome, mas pode ser aplicado, em determinados casos, como sinônimo de conjunto dos habitantes de um país, ou de quantidade indeterminada de pessoas. O uso da expressão “a gente”, em substituição ao pronome “nós”, é uma característica da fala coloquial brasileira, segundo o gramático Sérgio Nogueira. Porém, nessas coberturas, uma apresentadora de tevê usou tanto a expressão nas transmissões ao vivo, que pareciam não existir os pronomes eu, nós, eles, muito menos os substantivos os manifestantes, o povo e as pessoas. Para não correr o risco de errar na gramática, principalmente na concordância, ou, pior ainda, por falta de vocabulário, ela repetia a todo instante: “A gente vê muita gente na manifestação”. Quem é a gente que vê? Quem é essa gente na manifestação? Ninguém tem nome, adjetivo? Quem são essas pessoas? Ou seja, banalizaram a nossa “gente”. A gente “somos” banais, como na música Inútil, do Ultraje a Rigor. A tevê e o rádio podem e devem ser coloquiais. Mas não abusar da informalidade e dar ao telespectador ou ouvinte a impressão errônea de que é assim que se fala. É como o uso indiscriminado da palavra “coisa”, também aplicada indevidamente como pronome. Um amigo do professor Sérgio Nogueira (segundo ele contou em uma entrevista) disse a ele, certa vez, que “coisa é usada para tudo e não significa nada”. Um conhecido apresentador esportivo, durante a transmissão de um jogo, perpetrou uma frase antológica: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. E tem coisa saindo para todo lado. Pior ainda é usar “gente” e flexionar o verbo no plural. Foi o que fez uma repórter, também apresentadora eventual de telejornais, no dia 11 de julho. Durante cobertura de uma manifestação na avenida Paulista, disse no Jornal Hoje “a gente pudemos observar”. Melhor não!

Tetra Pak divulga vencedores de seu  Prêmio de Jornalismo Ambiental

Isadora Paula Stentzler Souza, aluna da Universidade Adventista de São Paulo (Unasp) e Caio Carvalho de Lins, do Centro Universitário Toledo de Araçatuba (Unitoledo), dividiram a primeira colocação do Prêmio Tetra Pak de Jornalismo Ambiental, promovido por Tetra Pak e Estadão. Ambos tiveram suas reportagens publicadas na versão impressa do jornal e ganharam uma viagem à Suécia, com programação especial para conhecer florestas do país. O prêmio selecionou reportagens de estudantes de Jornalismo de diversas instituições do País. Foram escolhidos seis finalistas, que tiveram suas produções publicadas no portal estadão.com. O grupo também participará de viagem organizada pela Tetra Pak ao Paraná para conhecer reservas florestais locais. Além de Caio e Isadora, os finalistas foram Camila Aguiar de Oliveira Lopes (Universidade Federal do Ceará), Juliana de Souza Ferreira (Universidade Federal de Santa Catarina), Marina Lopes Mustafá Francisco (Universidade Presbiteriana Mackenzie) e Pierre Cruz dos Santos (Universidade de Taubaté).  Leia as reportagens vencedoras aqui.

O adeus a Ruy Fernando Barboza

Faleceu na madrugada deste domingo (11/8) em Florianópolis, aos 70 anos, em decorrência de parada respiratória, Ruy Fernando Barboza, que também era advogado e psicólogo. Com a saúde debilitada desde que foi atingido por uma bala perdida na região do quadril, no Rio, em 2002 (passou por 19 cirurgias), ele se recuperava de uma cirurgia para retirada da vesícula no último dia 2 de agosto. Nascido em Paranaguá (PR), passou, entre outros, por Folha de S.Paulo, Quatro Rodas, Realidade, Nova, Veja, Exame, Cláudia, Playboy e nas tevês Tupi, Bandeirantes e Globo. Foi ainda diretor da Rádio e TV Justiça, do STF, professor universitário e analista judiciário do TRF – 3ª Região.  

TRT suspende demissões na Editora Abril

Em virtude de não ter havido acordo nas negociações realizadas na manhã de 6ª.feira (9/8) entre dirigentes do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e representantes da Abril, na noite do mesmo dia a Justiça do Trabalho decidiu pela suspensão das 71 demissões de jornalistas que a empresa fez na semana passada. Em caso de descumprimento da decisão judicial, a Justiça arbitrou uma multa diária no valor de R$ 50 mil, a ser revertida a favor do Hospital São Paulo, Hospital das Clínicas e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Nova assembleia com os demitidos estava prevista para esta 2ª.feira (12/8), às 14h, no auditório do Sindicato. Nela, seria debatida a proposta para ser apresentada em audiência no TRT, também marcada para a tarde desta 2ª.feira. Todos os participantes da assembleia poderiam acompanhar também a nova audiência de conciliação, já que o Sindicato fica próximo ao prédio do Tribunal. O Sindicato considera a presença dos jornalistas fundamental, não apenas para opinar sobre as estratégias de mobilização, como também para demonstrar o interesse dos profissionais aos magistrados.

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