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Humberto Trezzi é o jornalista mais premiado no Brasil em 2013

Rodrigo Carvalho, da GloboNews, e Mauri König, da Gazeta do Povo, ficam na segunda e terceira posições, respectivamente Após semanas de exaustivo trabalho de pesquisa, analisando 116 premiações nacionais e internacionais, Jornalistas&Cia e Portal dos Jornalistas divulgam nesta 6ª.,feira (20/12) os resultados do Ranking dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros, nas versões Todos os Tempos e Ano de 2013. Embora externamente ninguém soubesse disso, a disputa pela primeira colocação do Ranking J&Cia dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros de 2013 seguiu acirrada até o último instante. Na liderança até o início de dezembro, com 130 pontos, o repórter da GloboNews Rodrigo Carvalho teve o posto ameaçado uma semana atrás, quando foram anunciados os vencedores do Prêmio Sangue Bom no Jornalismo Paranaense. Na oportunidade, Mauri König, da Gazeta do Povo, venceu uma das categorias e atingiu a marca de 125 pontos, a apenas cinco da liderança. Mas a grande reviravolta veio mesmo nesta 5ª.feira (19/12), último dia de pesquisa, quando foram divulgados os resultados do Prêmio ARI de Imprensa 2013. Até então na terceira posição, dez pontos atrás de Rodrigo, o repórter especial de Zero Hora Humberto Trezzi faturou o ARI em duas categorias por trabalhos em equipe, e assumiu a liderança, com 145 pontos, terminando o ano como o Jornalista mais premiado do Brasil em 2013. Duas reportagens foram responsáveis pelo excelente resultado de Trezzi neste ano. Em A agonia das estradas, feita em parceria com os repórteres Caio Cigana e Guilherme Mazui, a equipe de Zero Hora abordou os graves problemas nas rodovias do Rio Grande do Sul. O estado é o último colocado no Brasil na proporção de estradas asfaltadas em relação ao total de rodovias. “A ideia surgiu de uma provocação da Marta Gleich, diretora de Zero Hora, que um dia questionou por que nossas estradas são tão ruins”, explica Trezzi. “Ao fazer um levantamento prévio, Caio e eu descobrimos que, mais do que ruins, são as piores em taxa de asfalto. Levamos mais de um mês para produzir um caderno em que falamos de corrupção, burocracia, entraves ambientais e outras dificuldades que nos colocam na rabeira do desenvolvimento de estradas no Brasil”. A reportagem foi premiada com os grandes prêmios do Setcergs e CNI de Jornalismo, além de ter faturado o Especial Infraestrutura do CBIC de Jornalismo. O grande destaque, no entanto, foi a reportagem Os arquivos secretos do coronel do DOI-Codi, produzida em conjunto com José Luís Costa, Marcelo Perrone e Nilson Mariano, que faturou o Esso de Jornalismo. “O mérito maior dessa reportagem foi do José Luís, que soube da morte do homem na noite em que ela aconteceu e descobriu, naquela madrugada mesmo, que o morto no assalto era ex-DOI-Codi. A nós parecia que poderia ser execução. As investigações posteriores, feitas pela Polícia Civil com rastreamento de celulares e imagens de vídeo, mostraram que bandidos assaltaram o coronel Molinas na intenção de tomar o arsenal (fuzis, inclusive) que ele mantinha em casa. Os bandidos eram PMs que já haviam cometido outros assaltos naquela área. Quando a Polícia Civil abriu a casa, desconfiamos que o coronel poderia ter papéis relativos ao regime militar. Após expectativa, eu recebi de um delegado a informação de que ele guardava em casa diversos papéis relativos ao atentado do Riocentro e ao Rubens Paiva. Passei para o Zé Luís, que tinha iniciado o caso, e ele pressionou muito, até ter acesso aos papéis. Não pôde xerocar: teve de copiar tudo à mão. O coronel mantinha inclusive um diário da época do Riocentro, contanto passo a passo o que fez quando soube da notícia do atentado. Inclusive encobrindo os feitos dos seus subordinados (os verdadeiros autores da explosão). Tanto o Zé quanto eu mergulhamos nos papéis. O Nilson foi a São Paulo entrevistar a família do Rubens Paiva e o Marcelo entrevistou, por telefone, autores de documentários sobre o caso. O importante na matéria é que ela comprovou com documentos que o Rubens Paiva ingressou numa unidade do Exército e jamais voltou a ser visto. O coronel guardava livro com a assinatura do Paiva e a apreensão dos bens dele, o que desmonta a versão militar de que o deputado tinha sido sequestrado por guerrilheiros. Com relação ao Riocentro, o próprio coronel recomenda que simulem furto do Puma, botando a culpa na VPR”. Além do Esso, a reportagem também recebeu o título de Hours Concours do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, o ARI de Reportagem Impressa, e os internos do Grupo RBS e de Zero Hora. Ainda como desdobramento do tema, também gerou a reportagem Fichados no Dops no RS, que recebeu o primeiro lugar no ARI de Webjornalismo. Reportagem mais premiada de 2013, Os arquivos secretos do coronel do DOI-Codi rendeu ainda pontos importantes para José Luís Costa terminar o ano na quinta posição geral, com 95 pontos. Aos 26 anos e há quatro atuando como repórter da GloboNews, Rodrigo Carvalho é, curiosamente, um debutante no ranking. Com a série Juízes ameaçados, em que traz a realidade de juízes que sofrem constantes ameaças de morte em todo o Brasil, ele faturou em 2013 o Embratel de Televisão, o Libero Badaró de Telejornalismo e o AMB de Jornalismo. “Encontramos juízes de vários cantos do País que sofriam ameaças de morte”, explica Rodrigo. “Todos, depois de algumas conversas por telefone, se dispuseram a falar abertamente sobre o assunto. Esse trabalho de apuração e pré-produção durou um mês. Gravamos em Campo Grande, São José do Belmonte (PE), Embu das Artes (SP), São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O material rendeu quatro reportagens, cada uma com oito minutos em média, e no quinto dia fizemos um debate no estúdio e levamos ao ar trechos inéditos do material. Entramos num assunto que sem dúvida já foi pauta de todo grande veículo de comunicação deste País, mas acho que nosso mérito foi ter conseguido – ao tirar os juízes de seus gabinetes e levá-los para a rua – mostrar a fragilidade, o medo e o constrangimento desses profissionais diante das ameaças”. Segundo colocado entre os mais premiados de 2012, Mauri König repetiu o excelente desempenho e terminou 2013 na terceira posição. Desta vez, não foi um trabalho específico que lhe garantiu a alta pontuação, mas sim o conjunto de uma carreira marcada pelo sério trabalho investigativo que desenvolve e pelas denúncias que publica com frequência nas páginas da Gazeta do Povo. Em setembro o repórter foi homenageado com o prêmio Maria Moors Cabot, um dos mais cobiçados do mundo jornalístico. “O jornalismo é dessas profissões que nos tornam pessoas melhores, a depender do que se faz no jornalismo e do tipo de jornalismo que se faz. É de nossa escolha ser o profissional que queremos ser. Não bastasse isso, esse é daqueles ofícios que acabam fazendo mais pela gente do que a gente por ele. Qual outra profissão nos permitiria desnudar mundos, pessoas e realidades e ainda sermos reconhecidos quando damos uma cota extra de sacrifício para melhor contar uma história? Vibrei com cada trabalho premiado, e, claro, vibrei mais ainda com o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa e o Maria Moors Cabot Prize, que, antes de reconhecer minha trajetória profissional, é um reconhecimento ao tipo de jornalista que escolhi ser”, celebra Mauri, que também faturou em 2013, com a reportagem Polícia fora da lei, um Embratel – Regional Sul e um Sangue Bom no Jornalismo Paranaense de Reportagem Impressa. Vencedora em 2013 de um Prêmio Comunique-se de Melhor Repórter de Mídia Impressa, um Mulher Imprensa de Melhor Repórter de Jornal, e do Grande Prêmio CNT de Jornalismo, com a reportagem Fora dos Trilhos – As revelações do cartel ferroviário no Brasil, a repórter da Folha de S.Paulo Cátia Seabra termina o ano na quarta posição, com 97,5 pontos, apenas 2,5 à frente de Lucio de Castro, da ESPN, e de José Luís Costa. Com a reportagem Memórias do chumbo – O futebol nos tempos do Condor, Lucio faturou a categoria Especial do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, e como Melhor Cobertura Noticiosa do Prêmio Gabriel Garcia Marquez de Periodismo (antigo FNPI). Na sétima posição, com 92,5 pontos, aparece Miriam Leitão, que neste ano conquistou um Comunique-se, um Mulher Imprensa e um Esso de Informação Científica, Tecnológica e Ambiental, em equipe, com o fotógrafo Sebastião Salgado. Ela é seguida de perto por outro colega de TV Globo e CBN, o comentarista Carlos Alberto Sardenberg, com 90 pontos, que se destacou ao vencer o Prêmio Comunique-se 2013 em três categorias: Apresentador/Âncora de Rádio, Jornalista de Economia – Mídia Eletrônica e Jornalista de Economia – Mídia Impressa. Empatado com Sardenberg na oitava posição está o também comentarista Mauro Beting, vencedor em 2013 de dois Comunique-se (Jornalista de Esporte – Mídia Eletrônica e Mídia Impressa) e dois Troféus Aceesp (Comentarista – TV Aberta e Rádio). Fechando os Top 10, outro debutante em prêmios, o repórter da Folha de S.Paulo Fernando Mello, com 85 pontos. Em 2013, Fernando fez parte das equipes da Folha que faturaram o SIP de Reportagem em Profundidade, o Esso de Contribuição à Imprensa, além de um Prêmio Cbic de Mídia Impressa. A relação com os 100 jornalistas mais premiados de 2013 estará disponível na edição desta 6ª.feira de Jornalistas&Cia. José Hamilton Ribeiro mantém liderança entre jornalistas mais premiados de todos os tempos Base de dados se consolida e resultado apresenta menos variações que em 2012 116 prêmios e mais de seis mil jornalistas vitoriosos

Época São Paulo desaparece como publicação regular

O final de ano da equipe de Época São Paulo não poderia ser mais triste. Após mais de cinco anos e meio de mercado (foi lançada em maio de 2008), a Editora Globo anunciou que vai descontinuar a edição regular da revista, mensal, para apostar exclusivamente nas edições comemorativas e especiais, como a que abriga o projeto O melhor de São Paulo, de grande sucesso. Com isso, toda a redação, integrada por 13 pessoas, foi dispensada, podendo parte dela ser reaproveitada na própria Editora Globo, em outros títulos, como apurou o Portal dos Jornalistas. A medida, segundo comunicado assinado pelo diretor geral Frederic Kachar, vigorará a partir de janeiro. Kachar justifica: “Com isso, pretendemos nos adaptar às atuais condições do mercado anunciante e concentrar nossas energias e esforços para manter a saúde e a rentabilidade das nossas marcas”. Deverão permanecer na empresa, integrando-se à equipe de Época, a editora de Texto Aline Ribeiro e o editor de Arte Fernando Pires. Também estão em negociação a designer Darlene Cossentino e a repórter Fernanda Nascimento. Se não houver nenhum fato novo deixam a empresa o Celso Masson (diretor de Redação), Rodrigo Pereira (editor-executivo), Daniel Salles e Olívia Fraga (editores), Denise Dalla Colletta (repórter), Soraia Yoshida (online), dois estagiários e uma checadora.

Memórias da Redação ? Impressões sobre uma entrevista

A história desta semana é uma colaboração de Guilherme Meirelles (filoguilherme@uol.com.br), estreante no espaço. Colaborador do Valor Econômico para revistas e suplementos, também faz frilas para a revista ELO (da Sotreq), Mundo Corporativo (Deloitte), Bares&Restaurantes (Abrasel), entre outras. Já trabalhou em Folha de S.Paulo, Folha da Tarde e Agência Estado. É pós-graduando em Jornalismo pela Cásper Líbero.  Impressões sobre uma entrevista “Essa é para matar paulista de inveja”. Durante duas horas, ouvi esta frase pelo menos quatro vezes, sempre de forma irreverente e provocativa e com um indisfarçável tom de orgulho. Acomodado em uma mesa debaixo de uma exuberante figueira em um conhecido restaurante dos Jardins, zona nobre de São Paulo, eu ouvia atentamente as ecoproezas do grupo EBX no campo da sustentabilidade. Simpático e extrovertido, o diretor do grupo empenhava-se animadamente em relatar ao atento repórter os milionários investimentos do arrojado empresário Eike Batista em iniciativas de conservação ambiental no Pantanal, Fernando de Noronha e nos Lençóis Maranhenses. Ideias sempre de “matar paulista de inveja”, ressaltando que o autor da expressão era o seu patrão, que a usava em reuniões e entrevistas quando queria destacar a grandiosidade e o profissionalismo de seus projetos. Aliás, é com “ei” ou com “ai”? Foi a primeira pergunta que fiz naquela ensolarada tarde de primavera ao diretor e aos dois assessores, que aguardavam a minha chegada na companhia de petiscos e doses de uísque. “É Aike”, me disse, dissipando uma dúvida recorrente em muitas conversas com colegas e amigos e que me foi de grande valia nos encontros futuros em que o nome do empresário aparecia. Era para ser uma entrevista por telefone. O convite para o almoço partiu do próprio diretor, que “coincidentemente” estaria em São Paulo durante a semana. Perguntou se eu conhecia o afamado restaurante. Disse que apenas de nome e antes de aceitar o convite consultei minha editora, já que seria meu primeiro trabalho como free-lancer para a empresa. De cara, recebi um generoso press kit que, além das informações institucionais, continha um DVD chapa-branca sobre a trajetória do ex-ministro Eliezer Batista, pai do empresário, contada de tal forma que constrangeria até mesmo os defensores do grupo Procure Saber. Recebi também um luxuoso livro de capa dura a respeito do projeto “Lagoa Limpa”, que destacava o milionário projeto do empresário em despoluir a lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. Confesso que nunca li o livro. Meses depois, troquei-o em um sebo por O passado, do argentino Alan Pauls, e por O que é o virtual, de Pierre Levy. Espero não ter feito um mau negócio, caso o livro vá na direção contrária das ações das empresas do grupo EBX na Bolsa e passe a valer uma fábula em alguns anos. Admito que fiquei até bem impressionado com as medidas ambientais adotadas pelo grupo. Embora os valores passados fossem até expressivos, confesso que fiquei frustrado. Eram abaixo daqueles que eu imaginava para projetos de “matar paulista de inveja”, ainda mais partindo de um dos homens mais ricos do mundo. Para compor a reportagem, chequei as informações com as ONGs envolvidas nos projetos e não houve ninguém que desabonasse as boas intenções do grupo. Entre uma garfada e outra, o nome do chairman era constantemente mencionado pelo diretor e o tornava indissociável do grupo EBX, como se estivéssemos falando de Silvio Santos e o SBT. Separei uma frase para entrar na abertura da matéria: “Uma empresa do século 21 precisa ter a questão da sustentabilidade em seu DNA. Não dá para trabalhar como no século passado, apenas em torno de metas e doações”. Assim como não economizaram em autoelogios e em gentilezas, a conta do almoço certamente ficou em valores muito acima dos que eu teria condições de dispender, apesar de meu modesto pedido (para os padrões da casa) como prato principal e de ter permanecido incólume na água mineral. Despedimo-nos e nunca mais mantivemos contato. No primeiro semestre de 2013, quando os primeiros sinais da crise se manifestaram, soube pelos jornais que a diretoria de sustentabilidade havia sido extinta e que toda a equipe fora demitida. O resto é aquilo que todos já sabem. E, hoje, por ironia, o nome do livro do autor argentino trocado no sebo serve como epíteto para aquele que um dia foi aclamado pela mídia e por políticos como o novo fenômeno da economia mundial. 

Reportagem da Folha de S.Paulo sobre Belo Monte consumiu dez meses

Além dos enviados especiais Dimmi Amora, Lalo de Almeida, Marcelo Leite, Morris Kachani e Rodrigo Machado, trabalho multimídia envolveu outros 14 profissionais Com uma reportagem multimídia sobre a hidrelétrica de Belo Monte, dividida em cinco capítulos (Obra, Ambiente, Sociedade, Povos indígenas e História), a Folha de S.Paulo inaugurou em seu site no último domingo (15/12) a série Tudo sobre, com dossiês digitais que visam a destrinchar temas complexos do País. A usina, a terceira maior do mundo, que tem gerado muita controvérsia, está sendo construída no rio Xingu, no Pará, mobilizando 25 mil trabalhadores. A reportagem, intitulada A batalha de Belo Monte, que demandou dez meses para ser concluída, envolveu os enviados especiais Dimmi Amora, Lalo de Almeida, Marcelo Leite, Morris Kachani e Rodrigo Machado, e, direta ou indiretamente outros 14 profissionais, dezenas de entrevistas e milhares de fotos. Ela pode ser conferida em folha.com/belomonte. Marcelo, repórter especial, que fez o projeto, coordenou o trabalho e escreveu os capítulos 2 e 4, diz na apresentação da série que foi preciso amassar muito barro, em março, apenas para fazer o reconhecimento do terreno nos três canteiros de construção, separados por dezenas de quilômetros: “Ficou evidente que um só repórter, em poucos dias, não daria conta de abarcar todos os aspectos do empreendimento controverso, que enfrenta resistências desde os anos 1980. Planejou-se enviar quatro ou cinco jornalistas à área, em agosto (estação seca), por duas semanas. Uma decisão acertada. (…) Em paralelo, aprofundavam-se as pesquisas para produzir os infográficos sobre a intrincada engenharia da usina. (…) Altamira, rio acima, viu sua população aumentar pelo menos 40% em dois anos. “Caos” é a palavra que mais se ouve – no trânsito, na violência, nas obras de saneamento que rasgam as ruas da noite para o dia. Isso para não falar do despreparo do poder público em mitigar os previsíveis impactos sociais do empreendimento. (…) Uma extensa reportagem, acompanhada de gráficos dinâmicos, vídeos e fotos para mostrar todas as facetas da maior obra em curso no País”. As funções dos demais enviados especiais foram: Dimmi, repórter da sucursal de Brasília, escreveu os capítulos 1 e 5; Morris, repórter especial, escreveu o capítulo 3; Lalo, fotógrafo, registrou quase todas as imagens (fotos e vídeos); e Rodrigo, repórter da TV Folha, auxiliou na gravação de vídeos. Os outros participantes foram: Rony Maltz (gravou imagens de vídeo no Rio), Eduardo Knapp (fez fotos e vídeos em Taubaté/SP), Fábio Marra (editor de Arte), Mário Kanno (Coordenação de Arte), Pilker, Rubens Alencar e Lucas Zimmermann (Design e programação), Simon Ducroquet (Infografia, animação e Folhacóptero interativo), Douglas Lambert (Edição de vídeo), Demétrius Daffara (Pós-produção e motion graphics do Folhacóptero), Melina Cardoso (Narração), Marcelo Soares (Cronologia), Giuliana Miranda (repórter de Ciência, colaborou na pesquisa para produção de infográficos) e Michael Kepp (tradução do texto para o inglês).

Roberto Carmona comemora 50 anos de jornalismo esportivo

O repórter da Transamérica Esportes e comentarista do programa Papo de Craque Roberto Carmona completa 50 anos no jornalismo esportivo e tem mais dois motivos para celebrar: recebeu recentemente o Troféu Ford Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) e o prêmio especial do júri da APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes). Entregues respectivamente nos dias 6 e 9/12, os prêmios vêm em reconhecimento das cinco décadas de cobertura de diversos eventos esportivos, que incluem dez Copas do Mundo e corridas da Fórmula 1. Em entrevista a este Portal dos Jornalistas Roberto contou, entre outras coisas, que sua carreira começou por acaso, como uma brincadeira entre amigos:   Portal dos Jornalistas – O que o estimulou a ingressar no jornalismo? Roberto Carmona – Na verdade, comecei como uma brincadeira, sem estímulo ou desejo de ser jornalista. Há muitos anos, na cidade onde eu morava, Arapongas, no Paraná, eu e um amigo que trabalhava comigo no escritório íamos ao estádio assistir ao time local jogar e ficávamos narrando os jogos na arquibancada, utilizando latinhas de molho de tomate para dar potência na voz. Assim seguiu até que o Arapongas montou um time que disputaria o campeonato estadual e contrataram um locutor para narrar os jogos na rádio local. Justamente na primeira partida do campeonato o time perdeu e esse locutor falou mal de um dos jogadores, reclamou de seu comportamento fora do campo, sua indisciplina, disse que ele bebia demais e só queria saber de farra. O jogador, quando soube, ficou bravo e bateu no locutor, que precisou ficar afastado para se recuperar. O gerente da rádio se desesperou e alguém sugeriu que ele chamasse a mim e meu amigo para narrar, já que muitas pessoas gostavam de nós e nos conheciam da arquibancada. Assim comecei. Depois pedi para o meu amigo narrar o jogo sozinho, porque eu queria ser repórter. Mas nessa rádio o trabalho nem era remunerado, eu fazia pela diversão. Portal dos Jornalistas – Quando o jornalismo esportivo se tornou sua profissão? Roberto Carmona – O Joseval Peixoto morava na mesma cidade, fizemos o primário juntos. Quando ele chegou à idade de estudar, foi para Presidente Prudente (SP), mas nas férias voltava para Arapongas a fim de visitar a mãe. Acabamos desenvolvendo uma amizade. Em 1963 vim para São Paulo  trabalhar na minha área de formação, a contabilidade. Em um sábado fui assistir a uma partida de futebol, com meu filho pequeno, e no intervalo encontrei o Joseval no banheiro. Ele havia acabado de sair da Bandeirantes, e me disse que estava me procurando feito agulha no palheiro, porque estavam precisando de um repórter na Record, para onde ele tinha ido. Fui fazer o teste na 4ª.feira seguinte, 31/10/1993, um dia depois fiz uma narração, e me aceitaram para um período de experiência de 90 dias. Não saí mais. O salário ainda era ótimo, muito melhor do que o da contabilidade, eu não tinha como recusar. Portal dos Jornalistas – Qual foi a cobertura mais marcante de que participou nesses 50 anos? Roberto Carmona – A Copa na Argentina, em 1978. Na partida de terceiro e quarto lugares, entre Brasil e Itália, acabei entrando no gramado, e não é permitido entrar repórter de rádio no gramado. Consegui isso por causa de um bombeiro santista que estava de férias e foi com colegas passear na Argentina, me viu lá e me chamou para ajudar a traduzir. Entrei com eles, conheci todo o estádio, fui ao campo e fiquei sentado em uma pequena arquibancada onde ficavam os fotógrafos. Eu estava com o microfone no casaco, fiz a cobertura de dentro do gramado. Aquilo foi emocionante, era tudo o que eu queria. Portal dos Jornalistas – Qual considera ser a principal dificuldade da carreira de jornalista esportivo? Roberto Carmona – No início, quando comecei, a dificuldade era fazer amizade com os dirigentes, com as pessoas que poderiam te dar a noticia. Era preciso ter “jogo de cintura”, conversar amigavelmente, saber respeitar se a informação era em off ou se podia divulgar quem havia dado. E assim ganhava a confiança. Com a evolução das coisas, fazíamos amizade com os jogadores, e não havia assessor de imprensa, segurança, ninguém para barrar, era mais fácil. Hoje em dia não é assim. Portal dos Jornalistas – E qual é a maior graça? Roberto Carmona – É maravilhoso. Eu trabalhava no esporte que adorava, o futebol, e se não fosse jornalista teria que pagar para ver o jogo. Como jornalista eu ganhava pra isso. Quer algo melhor? Além disso, realizei meu sonho de infância, que era viajar o mundo todo. Dei a volta ao mundo duas vezes.      

Alexandre Nobeschi deixa a Folha de S.Paulo

Depois de dez anos na Folha de S.Paulo, em duas passagens, Alexandre Nobeschi deixou a editoria de Esporte do jornal e foi substituído por Naeif Haddad, que editava o caderno Comida. Em sua primeira passagem por lá, entre dezembro de 2003 e setembro de 2005, Alexandre foi repórter de Educação (Fovest) e redator do caderno Cotidiano. Na segunda, iniciada em maio de 2006, atuou como redator de Regionais (cadernos destinados às regiões de Ribeirão Preto, Campinas e Vale do Paraíba), de Cotidiano e da Secretaria de Redação (Primeira Página e Folha Corrida), editor do Painel do Leitor e editor de Esporte.  Outro que deixou o jornal, após 28 anos de casa, foi o colunista Gilberto Dimenstein, que também fazia parte do Conselho Consultivo. Em seu texto de despedida, em 11/12, escreveu: “Não sei quantos profissionais podem dizer que fizeram de seu local de trabalho um laboratório permanente. Eu posso – e por exatos 28 anos. Ou seja, desde que entrei neste jornal. Por causa dessa liberdade de experimentação, termina hoje minha colaboração com a Folha”. Ele – que dirige desde 2009 o bem-sucedido site Catraca Livre, além de atuar como comentarista da CBN – vai tocar um novo projeto de inovação para aplicação social, com lançamento previsto para 2014. 

Thales Guaracy deixa Playboy e revista passa a ser comandada por Sérgio Xavier

Também estão de funções novas Giuliana Cury, Denis Russo e Maurício Barros Foi apenas o tempo de uma gestação. Nove meses depois de assumir o comando da Playboy, em sua terceira passagem pela Abril, Thales Guaracy deixou a revista e, novamente, a editora nesta 2ª.feira (16/12). Segundo Portal dos Jornalistas apurou, a saída se deu por divergências com o diretor-adjunto de Segmentadas Dimas Mietto. Sérgio Xavier, diretor do núcleo Rodale – que engloba as revistas Men’s Health, Women’s Health e Runner’s World – assume a direção de Playboy. Thales havia voltado à Abril em março, para substituir a Edson Aran, que pilotara a revista por sete anos. Antes, esteve por duas vezes em Veja (editor de Brasil e repórter especial), foi editor-executivo do Grupo Exame e depois diretor de Redação de Vip por seis anos. Em seguida foi para a Camelot, como diretor Editorial. Antes da Abril, passou por Gazeta Mercantil e Estadão. Também escritor, tem 11 livros publicados, coordenou o projeto Autores e Ideias, de debates ao vivo com escritores no auditório da Livraria Saraiva do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, em parceria com a Livraria da Vila, e em 2009 assumiu a Direção Editorial da Saraiva. Sérgio entrou na Abril em 1995, como editor da Placar, da qual quatro anos depois se tornou diretor de Redação. Em 2012, passou a responder pela direção do núcleo Motor, Esporte e Turismo e, posteriormente, pelo núcleo Rodale. Além de Playboy, continua responsável pela Redação da Men’s Health. No comunicado interno sobre as mudanças, Mietto informou que, em função dessa movimentação, Giuliana Cury, desde 2012 redatora-chefe da Women’s Health, passa a responder diretamente a ele e também assume Vida Simples e Bons Fluídos, até então sob a responsabilidade de Denis Russo (que continua à frente de Superinteressante); e que Maurício Barros assume a Redação da Runner’s World, mas permanece como diretor de Redação da Placar e, assim como Giuliana, passa a reportar-se a ele, Dimas. Maurício está desde 2005 na Abril e já teve, em 2008, uma passagem pela Runner’s, quando atuou como editor e redator-chefe da revista. “Saída era apenas questão de tempo” “Agora vou voltar a fazer livros”, disse Thales Guaracy ao Portal dos Jornalistas. “Tenho dois projetos de livros de reportagem sobre o Brasil, para os quais ainda preciso de editor. E vou criar projetos de comunicação para empresas que envolvam diversas plataformas de mídia na minha empresa, a Comunicom. Torço para que a Playboy permaneça como uma revista respeitável, inclusive na sua matéria principal, e que na internet possa recuperar os anos perdidos para a pirataria”. Ele contou que havia sido convidado para dirigir a Playboy por Roberto Civita. Porém, quando assumiu, Roberto estava hospitalizado e em seguida veio a falecer, de modo que nunca chegaram a trabalhar juntos no projeto para a revista. Sem Civita, as condições para fazer Playboy teriam mudado rapidamente e por isso considerava sua saída apenas uma questão de tempo. “Nesse período acho que conseguimos coisas boas. Em sete meses, o número de likes da Playboy no facebook subiu de 250 mil para 1,4 milhão. A edição com Antonia Fontenelle foi a mais vendida em mais de um ano e a de Nanda Costa, a mais vendida desde Adriane Galisteu, em agosto de 2011. Um excelente resultado, a meu ver, num mercado declinante. Acima de tudo a revista voltou a ter repercussão e pôde restabelecer uma certa qualidade editorial, tanto nos ensaios como no jornalismo. Pelo menos, foi o propósito. Saio satisfeito com o que foi feito, incluindo a criação de uma plataforma nova na internet, que ainda deve ser lançada, na qual Playboy terá parte de seu conteúdo fechado para assinantes, de maneira a poder fazer receita na internet e crescer onde o mercado está crescendo, além de desestimular a pirataria na rede”.

Domingos Fraga assume editoria-executiva do R7

Domingos Fraga deixou a Chefia de Redação da RecordNews e assumiu, ao lado de Celso Fonseca, a editoria-executiva do portal R7. Aos 54 anos, 34 dos quais na profissão, Fraga teve carreira diversificada: foi repórter policial, comandou revista de celebridades (Quem), escreveu de economia a astronomia e foi redator-chefe da revista IstoÉ e do Jornal da Record. Mantém um blog no R7, o Pense nisso, sobre temas gerais.

Diário de S.Paulo muda de endereço após o Natal

Como previsto desde que a Cereja Comunicação assumiu o Diário de S.Paulo e a rede Bom Dia há cerca de dois meses, a sede dos jornais deixa Osasco, onde ocupa instalações próximas do km 16,5 da rodovia Anhanguera, e volta para São Paulo no próximo dia 26 de dezembro. Vai se mudar para a rua Ricardo Cavatton, 251, na Lapa, bem perto do prédio da Polícia Federal. Segundo Portal dos Jornalistas apurou, a mudança impõe alguns transtornos, até por ocorrer próximo aos feriados e folgas de fim de ano e porque a gráfica está se mudando para Jarinu. O início da desmontagem das impressoras levou a alterações no horário de fechamento do jornal, que foi antecipado. Desde a venda dos jornais, têm chegado ao Portal dos Jornalistas algumas queixas de que a política da empresa de reduzir gastos chega a quase inviabilizar o trabalho. Um profissional da redação, que prefere não se identificar, cita como exemplo o cancelamento do contrato com a terceirizada que tinha os carros e os motoristas para a reportagem; agora, só usam táxis, ainda evitando grandes gastos, muitas saídas etc.. Ele informa também que os ônibus fretados, que faziam o transporte dos funcionários da Barra Funda à Anhanguera, foram cortados em 5/12, ou seja, mais de 20 dias antes da mudança, “o que obrigou os funcionários sem carro a irem com ônibus de linha, descer num local ermo da Anhanguera e chegar a pé ao jornal. No primeiro dia, duas funcionárias foram assaltadas por motoqueiros armados. Depois disso, foram montados esquemas de carona, gambiarras e soluções caseiras para tentar evitar mais problemas”. Há também uma preocupação, compartilhada pelo Sindicato, de que a empresa acirre uma política de pejotização, demitindo todos (ou quase todos) na redação e (re)contratando como PJs. Esse boato circula na redação, indicando inclusive que a Cereja gostaria de já ter feito isso e só teria adiado por um tempo porque o Sindicato ficou em cima do que ela fez nas cidades em que circulam os jornais da Rede Bom Dia. Carlos Frey de Alencar, editor-chefe do Diário de S.Paulo, aceitou falar ao Portal dos Jornalistas sobre essas informações e preocupações. Sobre a mudança de endereço, disse tratar-se de uma medida fundamental para tornar a empresa competitiva: “Com o movimento, seguimos na direção de equilibrar receita com despesa. De nada adiantava ficar num elefante branco em Osasco, com custos altíssimos de infraestrutura (locação, IPTU, restaurante, fretado, segurança, limpeza), sem ter uma receita que fizesse frente a ela. Logo, precisávamos sair da atual sede e mudar para um prédio mais alinhado às nossas necessidades e orçamento”. Com relação às medidas de contenção de custos, afirmou que “até para tomar pé da situação, o presidente Mário Cuesta teve de cortar algumas despesas, mas sem que isso interferisse nas atividades. Como estamos de mudança, os contratos com fornecedores tiveram de ser rescindidos. Natural. O importante é colocar em prática um diagnóstico que apontava a necessidade de racionalizar custos. Como era desejo da redação, estamos voltando para São Paulo após três anos, um retorno valioso para um jornal de vocação metropolitana como é o nosso, facilitando os nossos deslocamentos na realização de reportagens”. Sobre as preocupações dos profissionais, garantiu que o cenário não é sombrio como se pinta: “Apesar dos contratempos da mudança, teremos um ganho inclusive na qualidade do produto. Com as transferências das nossas rotativas para a gráfica GMA, de propriedade de Mário Cuesta, em Jarinu, os jornais estão sendo rodados a quente, em sistema heatset, com visível qualidade gráfica. Vale lembrar ainda que o Mário cumpriu outra promessa (além do retorno do jornal para São Paulo), a de ampliação da Rede Bom Dia, com o lançamento da edição Campinas há dois meses. Estamos também com a reformulação do site em curso. E não existe nada dessa história de pejotização. Tanto que todos os companheiros recontratados pela Cereja foram no sistema CLT de 5 horas home-office, como aliás havia sido recomendado pelo Sindicato dos Jornalistas. O fato é que o jornal vai arrancar em 2014 em nova sede, com orçamento equilibrado, estrutura enxuta e com mais condições até de investir”.

Mais premiados de todos os tempos e de 2013 serão conhecidos nesta 6ª.feira

Serão anunciados nesta 6ª.feira (20/12) os resultados de 2013 do Ranking J&Cia dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros. A edição especial de Jornalistas&Cia, a última do ano, trará os profissionais mais premiados de 2013, e em todos os tempos. Para chegar a esses resultados, foram analisadas 116 premiações (22 a mais do que no ano passado), entre concursos nacionais, internacionais, regionais ou internos de veículos. São mais de seis mil jornalistas premiados em todos os tempos no Brasil, sendo que, desse total, 945 obtiveram pelo menos um reconhecimento em 2013. Dentre as novas premiações que passam a integrar a base de dados do Centro de Memória J&Cia destaque para Cbic, Direitos Humanos do MPRS, Abraji, Acie e Troféu Aceesp/SP, além dos prêmios internos de Zero Hora e Estadão, e do internacional Every Human Has Rights Media Awards, premiação especial promovida em 2008 com apoio da Unesco para celebrar o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Apoio – Empresas interessadas em apoiar a iniciativa têm até esta 5ª.feira (19/12) para enviar material. Com a divulgação dos resultados dividida em quatro edições, que circularão entre 20 de dezembro de 2013 e 22 de janeiro de 2014, cada empresa participante terá sua marca exposta em quatro edições de J&Cia. Mais informações com Silvio Ribeiro (silvio@jornalistasecia.com.br).

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