Sérgio Spagnuolo, do Núcleo Jornalismo, começou em fevereiro a trabalhar como consultor de projetos de inovação no International Press Institute (IPI), com a tarefa de gerenciar programas voltados a estratégias e negócios para organizações de imprensa.
IPI é uma organização global, voltada para a promoção e proteção da liberdade de imprensa e o aperfeiçoamento das práticas jornalísticas. Foi fundada em 1950 por 34 editores de 15 países, na Universidade de Columbia, EUA. Atualmente, tem acordos com ONGs internacionais para o monitoramento da liberdade de imprensa e violações da livre expressão em todo o mundo.
Spagnuolo continua como diretor no Núcleo Jornalismo – voltado para notícias e opinião sobre redes sociais –, mas agora atua principalmente no desenvolvimento institucional e escrevendo artigos. Ele afirma: “Essa nova função reflete uma vontade antiga de me dedicar mais a projetos para ajudar o empreendedorismo no jornalismo”.
Neste domingo (2/6) será realizada a 28ª Parada do Orgulho LGBT+ na Avenida Paulista, na capital de São Paulo. O evento, maior do mundo em sua categoria, contará com 16 trios elétricos, além de shows e outras atrações. Entre os destaques, está o Camarote Solidário, criado pela Agência de Notícias da Aids. Realizado desde 2002, o Camarote Solidário arrecada doações de alimentos para ONGs que atuam em prol de pessoas que vivem com HIV/Aids. Em 2023, a iniciativa arrecadou cinco toneladas de alimentos, que beneficiaram 11 instituições.
Além da arrecadação de doações, neste ano o Camarote Solidário contará com uma equipe da farmacêutica MSD que distribuirá material informativo a respeito da prevenção contra o HPV (papilomavírus humano), uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns e incidentes no mundo, e que atinge cerca de dez milhões de pessoas no Brasil. O vírus do HPV pode ser transmitido via contato direto com pele e mucosas infectadas, sendo mais comuns as transmissões durante sexo vaginal, peniano, anal ou oral.
O Camarote ficará aberto das 12 às 18h, no Parque Mario Covas, de onde os convidados poderão assistir à parada em espaço privilegiado. O evento terá transmissão via canais da Agência de Notícias da Aids em YouTube, Facebook e TV Agência Aids.
Nem inteligência artificial, nem cortes de verba, nem liberdade de imprensa: de acordo com a edição 2024 do relatório State of the Media, que acaba de ser publicado pela Cision PR − o que mais preocupa jornalistas continua sendo a desconfiança do público na imprensa.
E os efeitos da crise de sustentabilidade financeira da indústria sobre as redações, que em anos recentes apareciam em segundo lugar entre as preocupações sob uma perspectiva setorial, cederam espaço para a necessidade de adaptação para as mudanças na forma de consumir notícias, embora a falta de recursos lidere entre os problemas que mais afetaram os entrevistados em nível individual.
O estudo State of the Media examina anualmente as percepções de jornalistas sobre a atividade e sobre relacionamento com assessores, dando elementos para construir relações sólidas a partir do entendimento da realidade das redações.
No início deste ano, a Cision havia apresentado os resultados de outra pesquisa concentrada nesse relacionamento. No State of the Media o foco é ampliado, abrangendo as questões setoriais da indústria. Foram ouvidos em janeiro e fevereiro mais de 3 mil jornalistas de América do Norte, Europa e Ásia.
Ao serem perguntados sobre o maior desafio do jornalismo em 2023, 42% dos entrevistados apontaram “manter a credibilidade como fonte de notícias confiável e combater acusações de fake news“, a exemplo do vinha ocorrendo em anos anteriores.
Quase empatada vem a necessidade de o setor alinhar-se ao comportamento do público consumidor de informação, com 41% dos votos. Em seguida, com distância considerável (36%), aparece a falta de pessoal e de recursos.
Em 2023, a deficiência de estrutura ocupava o segundo lugar entre os problemas do ecossistema de mídia. O terceiro era a diminuição das receitas publicitárias e da circulação, que agora figura em quarto lugar na lista de preocupações setoriais.
A inteligência artificial foi mencionada como desafio setorial, mas apenas em 6º lugar, citada por 26% dos jornalistas entrevistados − que talvez não tenham percebido ainda o impacto que as mudanças na busca do Google terão sobre o jornalismo.
Antes dela emergiu outro temor mais imediato: a competição com influenciadores e criadores de conteúdo − dentre eles jornalistas que deixaram as redações para criar newsletters, podcasts e canais no YouTube.
Quando a pergunta mudou para o que mais afeta os profissionais diretamente, 6 em cada 10 apontaram o enxugamento e os recursos reduzidos. O segundo problema é associado: equilibrar a necessidade de fazer matérias importantes com a pressão para impulsionar os negócios. A disputa com a desinformação online ocupa um importante 3º lugar − 33% dos entrevistados a mencionaram.
Se no passado jornalistas de redação ficavam distantes do que se passava no comercial e achavam que seu trabalho seria medido pelo impacto social, hoje a realidade é outra.
Segundo a pesquisa da Cision, o número de “furos” aparece em um nada honroso quinto lugar na lista do que os jornalistas acham que as empresas em que trabalham consideram métricas de sucesso − 20% o citaram. Ganhar prêmios vem em seguida, com 19%.
No topo está o engajamento, incluindo tráfego de link interno gerado, inscrições em newsletters, interações sociais e tempo de permanência. Foi citado com o métrica número um por 47% dos entrevistados.
Gerar links para fontes de receita (assinaturas e publicidade) aparece em seguida, apontado por 33%. E compartilhamento, que leva tantos jornalistas a batalharem por atenção nas redes sociais, vem em terceiro, mencionado por 24%.
Por isso, estar nas redes não é uma opção. Apenas 3% dos participantes da pesquisa da Cision disseram que não a utilizam no trabalho. Dos que as utilizam, 77% o fazem para promover conteúdo, enquanto 63% interagem com o público diretamente.
Diante desse contexto, a expectativa dos jornalistas de que os assessores entendam seu público e ofereçam pautas que interessem a ele não é apenas intolerância ou má-vontade, e sim uma necessidade para atender aos desafios de uma indústria transformada.
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Eleito na última semana entre os TOP 30 +Admirados Jornalistas da Imprensa do Agronegócio, Jhonatas Simião deixou o Notícias Agrícolas, onde foi repórter e editor nos últimos três anos, para assumir o cargo de coordenador de conteúdo da agtech mineira Seedz, empresa de soluções tecnológicas e dados para o agronegócio.
Ele chega em um momento de estruturação do setor, que no começo do ano ganhou o reforço da CMO Gabriela Viana (ex-Xiaomi, Google e Adobe) e em abril contratou a gerente de Conteúdo e Marketing Danielle Geneolle Carrion.
Com mais de uma década de experiência, Simião teve passagens pela comunicação do Instituto Agronômico de Campinas e pela consultoria Datagro, além de trabalhos como freelancer para empresas do setor. Ele passa a atender pelo jhonatas.simiao@seedz.ag.
Zileide Silva é a vencedora da primeira edição do Prêmio Glória Maria de Jornalismo, concedido pela Câmara dos Deputados ao profissional cujo trabalho ou ações mereçam especial destaque no jornalismo brasileiro. O resultado da votação, feita pela Mesa Diretora da Casa, foi anunciado em 22 de maio. A entrega do prêmio será em sessão solene marcada para 7 de agosto.
Zileide iniciou suas atividades profissionais na Rádio Jornal de São Paulo. Trabalhou na Rádio Cultura Brasil, na Rede Bandeirantes, na TV Cultura e no SBT. Atua na TV Globo desde 1997, como repórter de política e economia, e como apresentadora de telejornais da emissora. De 2000 a 2003, foi correspondente em Nova York, quando participou da cobertura histórica dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Vale lembrar também que ela foi considerada a +Admirada Jornalista Negra de 2023, na primeira edição da premiação dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, realizada em novembro do ano passado, em São Paulo, iniciativa de Jornalistas Editora (que edita este J&Cia), 1 Papo Reto, Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação (Rede JP) e Instituto Neo Mondo.
O Brasil247 anunciou em 28/5 um acordo de cooperação com o canal de notícias argentino C5N. O acerto inclui a produção conjunta de conteúdos jornalísticos, a colaboração em redes sociais e a criação de novos produtos audiovisuais, além da realização de seminários e eventos em ambos os países, fortalecendo ainda mais a relação entre Brasil e Argentina.
Na reunião de fechamento do acordo estiveram presentes representantes de ambos os meios de comunicação. Pelo Brasil247, participaram Leonardo Attuch, fundador e diretor presidente, Leonardo Sobreira, chefe de edição, Mario Vitor Santos, diretor de Relações Institucionais, e Marcia Carmo, correspondente em Buenos Aires. Pelo C5N, participaram Julian Leunda, vice-presidente de Relações Institucionais, Nicolas Bocache, diretor de Notícias e Conteúdos, Nelson Rivas, gerente Corporativo de Jurídico, e Guillermo Gammacurta, diretor de Conteúdos da Seção Digital.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) abriu as inscrições para o seu 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. O evento será realizado de 11 a 14 de julho, no campus Álvaro Alvim da ESPM, em São Paulo. O Congresso terá formato híbrido, com atividades presenciais na ESPM que também serão transmitidas ao vivo, e conteúdos gravados exclusivos da modalidade online do evento.
Serão mais de 100 atividades temáticas no Congresso, que abordarão temas como a cobertura jornalística da Amazônia, eleições, segurança pública, corrupção, políticas públicas, democracia, técnicas de investigação e de gestão, produtos jornalísticos, uso e interpretação de dados, financiamento, segurança de jornalistas, audiência e estudos sobre jornalismo.
Nos três primeiros dias do evento ocorrerão as atividades do Congresso e do XI Seminário de Pesquisa em Jornalismo Investigativo. E no domingo, 14 de julho, será realizado o tradicional Domingo de Dados.
Em 2024, a homenageada é a jornalista, professora e escritora Fabiana Moraes. A cerimônia de homenagem acontecerá no primeiro dia do Congresso da Abraji, em 11 de julho, às 16h30. A organização exibirá um documentário sobre a trajetória da homenageada, transmitido simultaneamente pela internet.
Confira a programação e informações sobre inscrições no site da Abraji.
Veículos de notícias brasileiros compartilharão suas experiências com a inteligência artificial no Festival 3i 2024. O evento discutirá o papel dessa tecnologia no jornalismo e nas eleições, bem como formas de utilizá-la. Organizado pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor), o encontro ocorrerá de 13 a 15 de junho, no Rio de Janeiro.
Apesar das controvérsias, a inteligência artificial já impulsionou casos de sucesso em redações jornalísticas. No festival, três veículos discutirão a implementação e o impacto da IA em seu trabalho. O Núcleo Jornalismo, pioneiro no Brasil na publicação de diretrizes para o uso de IA, compartilhará seu processo de criação dessa política.
A Agência Pública demonstrará como utiliza ferramentas de IA para monitorar a influência de seu jornalismo. E Aos Fatos apresentará o funcionamento do chatbot Fátima, que usa tecnologia avançada para responder aos leitores sobre as checagens de fatos realizadas pelo veículo.
O evento também incluirá os workshopsO uso de IA para a produção de conteúdo jornalísticoe Como cobrir as eleições de 2024 a partir da conexão entre democracia e tecnologia, IA e plataformas sociais. Além disso, será apresentado um projeto da Agência Bori, em parceria com a Fundação Conrado Wessel, que utiliza IA para tornar as informações científicas mais acessíveis.
A CNN Brasil anunciou que o telejornal Brasil Meio-Dia será retirado da programação. Quase nove meses após seu lançamento, o programa sairá do ar em junho, dando mais tempo ao Bastidores da CNN. As informações são do F5, da Folha de S.Paulo.
A mudança faz parte de uma reformulação na programação da emissora. Com as alterações, Débora Bergamasco e Iuri Pitta assumirão o comando do CNN 360. Eles substituirão Raquel Landim, que deixou o canal em abril.
Contratada como analista pela CNN, Débora trabalhou no SBT por quatro anos, onde foi a principal figura na cobertura política da emissora. Ela apresentava o programa Poder em Foco, transmitido aos domingos.
Ainda sem data exata definida, as alterações devem começar a ser aplicadas no próximo mês.
A 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação dos assassinos do radialista Valério Luiz, morto a tiros em julho de 2012. O STJ rejeitou um recurso da defesa do empresário Maurício Sampaio, condenado como mandante do crime, que questionava a sentença. Na decisão, foram mantidas as condenações do próprio Maurício Sampaio, e também as de Ademá Figueredo, Urbano Malta e Marcus Vinícius Pereira Xavier.
A defesa de Mauricio Sampaio pedia que a condenação fosse anulada sob a justificativa de que um depoimento prestado por Marcus Vinicius em 2015 teria sido realizado sem a intimação dos demais réus e seus defensores, mas o STJ negou o recurso. Se o pedido fosse aceito, todo o processo do caso Valério Luiz seria anulado e voltaria à estaca zero, 12 anos após o crime.
A decisão do STJ manteve a sentença dos condenados: Maurício Sampaio, condenado a 16 anos de prisão por ter sido o mandante do crime; Ademá Figueredo Aguiar Filho, policial que atirou em Valério Luiz, também condenado a 16 anos de prisão; Urbano de Carvalho Malta, condenado a 14 anos de prisão, acusado de contratar Ademá Figueredo para executar o radialista; e Marcus Vinícius Pereira Xavier, condenado a 14 anos de prisão por ter ajudado a planejar o assassinato.
Em 5 de julho de 2012, Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, enquanto saia da rádio em que trabalhava. Segundo denúncia do Ministério Público, o crime foi motivado pelas críticas que ele fazia à direção do time de futebol Atlético Clube Goianiense. Na época, Maurício Sampaio era vice-presidente do clube.
Em 2022, Sampaio foi condenado a 16 anos de prisão por ter sido o mandante do crime. Em fevereiro deste ano, uma decisão liminar no STJ concedida pela ministra Daniela Teixeira havia anulado o julgamento, mas em abril, a própria ministra revisou sua decisão e agora em maio o STJ negou o recurso da defesa de Sampaio.