Faleceu em São Paulo na noite desse domingo (12/8), aos 72 anos, Claudio Weber Abramo. Uma das vozes mais ativas na defesa da transparência e do acesso a dados públicos no Brasil, o jornalista e matemático foi o criador da ONG Transparência Brasil. Estava internado há alguns dias no Hospital Samaritano, onde lutava contra um câncer na região do abdome.
Filho do jornalista Claudio Abramo (1923-1987) e da chargista, ilustradora e desenhista Hilde Weber (1913-1994), Claudio Weber Abramo foi editor de Economia da Folha de S. Paulo e secretário-executivo de redação da Gazeta Mercantil, além de ter atuado por Valor Econômico, Abril Cultural e IstoÉ.
Desde o início dos anos 2000, participou de inúmeros seminários e conferências da campanha pela regulamentação do dispositivo constitucional que garante o acesso a dados públicos. Foram seus vários textos que acabaram resultando na estrutura do que depois se tornou a Lei de Acesso à Informação (LAI), aprovada em 2011.
“A obstinação de Claudio durante todo o processo foi fundamental para que a lei fosse aprovada”, destacou Fernando Rodrigues, diretor de Redação do site Poder360, que trabalhou com Claudio Weber Abramo na campanha voluntária pela criação da LAI. “Ele era uma pessoa de inteligência rara, objetivo, direto. Tinha grande paixão pelo jornalismo, sempre disposto a ajudar as boas causas. Foi um privilégio conviver com Claudio. Ele fará muita falta, mas seguirá como inspiração para mim e para todos que acreditam no bom jornalismo”.
Ele deixa os filhos Luís Raul e João Baptista (do casamento com Silvia Pompeia), Lucas e Caio (do casamento com Maria Augusta Fonseca) e a enteada Isabel, da sua última mulher, Cristina Penz. Tinha seis netos: Tomás Antônio, João Pedro, Guilherme, Manuela, Maria Luísa e Mariana.
O velório está sendo realizado desde às 9h desta segunda-feira (13/8) na Funeral Home (rua São Carlos do Pinhal, 376). De lá, o corpo partirá para o crematório da Vila Alpina (av. Francisco Falconi, 837), com cerimônia marcada para as 14h30.
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