Em assembleia que reuniu cerca de 230 profissionais nessa quarta-feira (17/11), jornalistas de revistas de jornais de São Paulo aprovaram uma nova paralisação na próxima terça-feira (23/11), em protesto ao silêncio dos patrões, que não ofereceram uma resposta à categoria sobre o pedido de reajuste salarial. A paralisação será de quatro horas.

A categoria publicou uma carta no site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), na qual dizem que “receberam com indignação e perplexidade a ausência de uma proposta das empresas após nossa categoria formalizar nossas reivindicações em comunicação enviada ao Sindicato dos Jornais e Revistas de São Paulo (Sindjore) no último dia 9 de novembro”.

“Desde aquela data, aguardamos uma nova sinalização das empresas, mas recebemos apenas a resposta de que deveríamos enviar uma nova contraproposta”, diz o texto. “Acreditamos que, neste momento, são os representantes do Sindjore que devem formalizar o que desejam oferecer para avançarmos nas negociações”.

A carta informa também que os profissionais permanecem dispostos a negociar e que, portanto, marcaram para esta sexta-feira (19), às 15h, uma nova mesa de negociação entre o Sindicato dos Jornalistas e o Sindjore.

No último dia 9, a categoria rejeitou por unanimidade a proposta das empresas, que oferecem três faixas de reajuste dos salários e a volta da multa da PLR, reajustada em 8,9%. Para salários de até R$ 5 mil, o reajuste salarial seria pela inflação (8,9%), sendo 5% retroativos à data-base em junho e a diferença em janeiro. Os salários entre R$ 6 mil e R$ 7 mil sofreriam reajuste de 6% em duas parcelas, sendo 5% em junho e a diferença em janeiro; e os salários superiores a R$ 7 mil teriam reajuste fixo de R$ 420, sendo R$ 350 retroativos a junho e a diferença em janeiro. O pagamento das diferenças seria em duas parcelas: em novembro e dezembro.

Em resposta à falta de acordo, a categoria realizou uma paralisação de duas horas em 10/11, com cerca de 350 jornalistas acompanhando em ambiente virtual e que teve grande engajamento nas redes sociais, com as hashtags #jornalistassalvamvidas e #jornalistasvãoparar.

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