A Gazeta de Bebedouro, cidade do interior de São Paulo, celebrará 100 anos de circulação em 6 de junho. Criado quando Bebedouro completava 40 anos, o jornal impresso foi testemunha e protagonista da história da cidade. O aniversário marca a renovação de seu compromisso em trazer informação ao povo bebedourense.

Fundado em 1924 pelo comunicador e político Lucas Evangelista, inicialmente como um órgão oficial do Partido Republicano, o veículo tornou-se independente somente posteriormente. Ele circulava aos domingos e contava com colaboradores como Elizário de Vasconcelos, Leal Filho, Eugenio Silva, Estácio Caldeira Cardoso e José Evangelista, seu filho. Permaneceu sob o comando de Lucas até sua morte, em 1940.

Em 1943, a Gazeta passou a ser comandada por José Caldeira Cardoso, mais conhecido como Juca Caldeira, juntamente com sua esposa e escritora Sarah Pacheco Cardoso. Durante 45 anos, ele não só utilizou o jornal como uma ferramenta de informação, mas também como um meio de prestar serviços à população.

Entre eles, a criação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionias (Apae) de Bebedouro. Em entrevista a J&Cia, Sarah Cardoso, filha de Caldeira e atual diretora, contou sobre o surgimento da ideia: “Nós temos uma relação muito próxima com nossos leitores. Lembro de quando ele recebeu um grupo de pais de alunos portadores de deficiência, eles desejavam a ajuda do jornal para criação de uma Apae na cidade e meu pai abraçou a missão”.

Juca formou um grupo que se dedicou à obtenção de um terreno e promoveu campanhas para adquirir o material de construção da instituição, da qual foi presidente até seu falecimento. Durante sua gestão também colaborou na reforma de uma praça, que culminou na criação da Fonte Sonoro Luminosa Gazeta de Bebedouro, batizada em reconhecimento à sua participação.

Sarah tomou posse após a partida do pai e apesar de trazer mudanças, manteve a cultura de proximidade com o leitor. “Introduzi outras retrancas e a Página Dois. Ela é composta por colaboradores especialistas de Bebedouro, eles nos procuram e se oferecem para publicar artigos, é muito bacana”, explica. “Em 2012, criamos o site e logo depois a assinatura digital. Atualmente somos uma publicação bissemanal, com entre 8 e 12 páginas”.

Questionada sobre a sensação de dar continuidade ao legado da família, ela declarou ser um privilégio: “É um prazer enorme poder documentar a história da nossa cidade e ver o resultado do nosso trabalho após a publicação de cada edição”.

Para celebrar o aniversário, será realizada uma comemoração em 6/6, às 20h, no Teatro Municipal de Bebedouro. Na ocasião, a equipe do jornal revelará os bastidores da redação e outras surpresas.

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