Facebook e Instagram excluíram uma live do presidente Jair Bolsonaro na qual ele compartilha uma mentira sobre a relação entre a vacina contra a Covid-19 e a Aids. No vídeo, que foi ao ar na quinta-feira passada (21/10), Bolsonaro cita uma notícia falsa de que relatórios do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente imunizadas estariam desenvolvendo a Aids “muito mais rápido do que o previsto”.

Procurado pelo g1, o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido explicou que a história não é verdadeira e que a publicação é do site beforeitnews.com, que frequentemente propaga fake news e teorias da conspiração.

Um porta-voz do Facebook declarou que as políticas das redes “não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”.

“Nosso objetivo é garantir que todos tenham acesso a informações precisas, removendo conteúdo prejudicial e apoiando pesquisadores de saúde com dados e ferramentas”, diz mensagem publicada pelo Facebook sobre a atuação da empresa durante a pandemia. E o Instagram escreveu que trabalha “com verificadores de fatos independentes no mundo todo que analisam conteúdo em mais de 60 idiomas”.

É a primeira vez que o Facebook remove uma live semanal do presidente. Anteriormente, a empresa só tinha removido uma publicação de março de 2020 em que ele citava o uso de cloroquina e defendia o fim do isolamento social.

Em nota, o Comitê de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia afirmou que não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de Aids, e repudiou “toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente”.

A live, porém, continuava disponível no canal do presidente no YouTube até a publicação desta nota.

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