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quarta-feira, abril 24, 2024

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O Valor da Vida, de Roseli Tardelli, celebra os dez anos da Agência Aids

Roseli Tardelli lança O valor da vida (Senac), em que conta a história dos dez anos da Agência de Notícias da Aids , que ela fundou inspirada na saga de seu irmão Sérgio, falecido em decorrência da síndrome em 1994. Com prefácio da colunista de Política Dora Kramer e orelha do editorialista José Nêumanne Pinto, o livro relata a história dos irmãos Tardelli, que nos anos 1990 foram pioneiros no Brasil ao lutar publicamente pelo direito de os portadores de HIV serem atendidos por planos de saúde e convênios médicos. Depois da batalha jurídica, respaldada pela advogada Rosana Chiavassa, a família obteve o direito de Sérgio ser atendido por seu plano de saúde, criando jurisprudência para que os demais portadores da doença no Brasil passassem a contar com o mesmo benefício, prática que se tornou lei em 1999. “Quando o perdi ficou um buraco muito grande em mim; ser somente jornalista não tinha mais graça. Assim, comecei a me envolver em ações, até que em 1998 o Sinval de Itacarambi Leão, diretor da Revista Imprensa, me convidou para fazer o 1º Fórum Aids Imprensa&Cidadania. Foi a primeira vez que juntamos jornalistas e ativistas para abordar o tema”, disse Roseli em entrevista ao Portal dos Jornalistas, em maio passado. A partir daí a Agência Aids começou a tomar forma, com a proposta de combater o preconceito em relação à doença e de disseminar, por meio da mídia, informações sobre os direitos dos pacientes, os avanços do tratamento e as formas de prevenção da síndrome. Nesse período, disse Roseli, “ajudamos a mídia a ter um olhar mais profissional, mais solidário, mais cidadão para a questão da Aids. Hoje os colegas de profissão ligam, pedem ajuda para encontrar personagens, pedem informações, discutem a pauta, pedem dicas. Ajudamos a mídia a dar um tratamento mais humano para a doença”. E completou: “Todo mundo amadureceu. Quando a cobertura amadurece, a sociedade amadurece também. Ainda há um estigma grande em torno da doença, é claro, mas evoluímos muito nesses dez anos. A percepção da doença mudou”. Hoje, a agência oferece pautas diárias sobre a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis para 1.200 jornalistas, ativistas e integrantes da comunidade científica no Brasil e em 50 outros países. Além de contar a história do serviço, o livro traz uma linha do tempo que parte de 1920, com os primeiros estudos que associam a origem da síndrome à ingestão de carne contaminada, até os dias de hoje, com a cura funcional da Aids em um bebê norte-americano e um estudo francês que anuncia êxito em 14 adultos, além de um glossário com doenças sexualmente transmissíveis.  

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