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sexta-feira, março 29, 2024

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A Capital Federal também se rende aos ativistas

Por Kátia Morais A mobilidade urbana e a aplicação dos recursos para a Copa foram as principais reivindicações dos manifestantes ouvidos pelo Portal EBC nesta 2ª.feira (17/6). Os cerca de cinco mil participantes concentraram-se a partir das 16h no Museu da República, desceram a Esplanada dos Ministérios e o gramado, até alcançarem, à noite, a cúpula de cobertura do Congresso Nacional. Corre nas redes sociais e na imprensa que a dimensão tomada pelos protestos pegou o Governo Federal de surpresa. Até à noite de 2ª.feira, auxiliares próximos à presidente Dilma Rousseff ainda custavam a traçar um diagnóstico claro da situação. De um lado, alguns se queixavam de uma “coincidência de fatores que deu ao assunto projeção nacional”. Do outro, estavam aqueles que se mostravam mais preocupados com o risco de os protestos alimentarem o discurso dos partidos de oposição. Até que, na mesma noite, a presidente Dilma declarou “legítimas e democráticas as manifestações pacíficas”. No momento em que os manifestantes alcançaram cúpula do Congresso, a PM chegou a posicionar-se para o caso de uma invasão, mas, seguindo o teor pacífico da manifestação, o grupo foi, ao longo da noite, desocupando a área de posicionamento restrito do governo. Do lado de cá Segundo Iolando Lourenço, presidente do Comitê da Imprensa do Congresso Nacional, o principal dano aos jornalistas que trabalhavam no local na noite de 2ª foi o desligamento da energia elétrica por volta das 21h30, que praticamente inviabilizou o trabalho das equipes presentes, especialmente as de televisão, obrigadas que foram a permanecer no local até mais de meia noite. O estrago na Câmara, embora preocupante pelo que representou, materialmente foi insignificante, com dois vidros quebrados, um na Vice-Presidência e outro próximo à Secretaria Geral da Mesa; a cúpula do Congresso pichada; e alguns mármores da laje arrancados. O Senado Federal, por meio de sua assessoria de imprensa, emitiu Nota Oficial do presidente Renan Calheiros: “O Congresso Nacional reconhece a legitimidade de manifestações democráticas como as havidas hoje, desde que as instituições sejam preservadas. Pessoalmente dei ordens à Polícia Legislativa para que não reprimisse a manifestação popular e que em nenhuma hipótese usasse de violência, mantendo apenas a ordem necessária. O Congresso Nacional continuará aberto às vozes das ruas e recolherá todos os sentimentos das manifestações a fim de encaminhar soluções no que lhe couber, como não poderia ser diferente em um ambiente democrático”. O carro de reportagem da Record Brasília foi apedrejado por manifestantes durante o ato público. A cobertura da emissora na Capital Federal foi feita por Carol Andrade e Henrique Amaral. A repórter Maria Ferri ficou presa no veículo da emissora, e foi impedida de trabalhar na cobertura do protesto. 

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