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sexta-feira, junho 6, 2025

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ABEAR entrega seu 3º Prêmio de Jornalismo 

Em um café da manhã nessa 5ª.feira (12/11), a ABEAR promoveu cerimônia de entrega do 3º Prêmio ABEAR de Jornalismo, que contou com a participação de executivos das empresas aéreas associadas e convidados e apresentação de Thiago Oliveira. Os contemplados foram Fernando De Borthole, Débora Alfano, Paloma Oliveto, Ricardo Gallo, Teresa Raquel Bastos, Ricardo Meier e Celso Freire. Fernando, Débora, Teresa e Celso receberam pela primeira vez um prêmio e agradeceram a honraria. Eduardo Sanovicz, presidente da entidade, destacou o fato de a maioria dos vencedores ser jovem como uma demonstração de que a escolha da aviação como tema pela imprensa despertará no futuro uma atenção maior para o segmento. Ele considerou ter sido alcançado o objetivo do Prêmio ABEAR de estimular a cobertura jornalística da aviação. Confira detalhes das reportagens vencedoras.

Sociedade Latino-Americana de Coaching lança revista 

A Sociedade Latino-Americana de Coaching lançou durante o HSM Expomanagement, encerrado em 11/11 em São Paulo, a revista SLAC, destinada a executivos, gestores e empreendedores, bimestral, com tiragem de dez mil exemplares e distribuição em todo o País. “Este projeto consolida uma ideia que nasceu lá atrás e que converge com nossos objetivos de oferecer estudos, pesquisas e informações sobre o comportamento humano, performance e liderança, além de gestão de equipes e coaching”, disse em nota Sulivan França, presidente da SLAC e idealizador do projeto. A revista, produzida pela Linhas Editora, tem na equipe os editores Ederaldo Kosa e Fernanda Bulhões (sócios-diretores da Linhas Editora); Fernanda Cordeiro, Filipe Marcel, Pedro Kosa, Samara Borges, Tayane Scott e Thais Brazil na redação; projeto gráfico de William Asato; e Augusto Ribeiro e William Asato na diagramação.

Casa de jornalista paranaense é alvo de disparos

A casa do jornalista João Muniz Oliveira, de Quedas do Iguaçu, no Paraná, foi atingida por pelo menos dez tiros na madrugada de 11 de novembro. A informação é da Gazeta do Povo. Oliveira é correspondente do Correio do Povo do Paraná, que tem sede em Laranjeiras do Sul, centro-oeste do Estado. De acordo com a Gazeta, um veículo ainda não identificado parou em frente à residência e de dentro dele foram feitos os disparos. Oliveira estava em casa com a esposa e os dois filhos. O Correio do Povo do Paraná afirmou que o jornalista vinha sofrendo diversas ameaças por matérias e artigos sobre a situação da reforma agrária em Quedas do Iguaçu. No ano passado, a sede do jornal foi alvo de vandalismo, tendo um de seus muros pichado. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná anunciou, em nota, que vai reiterar pedido feito à Secretaria de Segurança Pública do Estado para que exija da polícia local um trabalho minucioso que leve à revelação dos autores dos disparos. “O Sindijor-PR repudia qualquer tentativa de cerceamento ao exercício profissional. Perseguições sofridas por jornalistas são uma grave ameaça à liberdade de imprensa, que impede o direito social de acesso à informação de toda a população. O Sindicato exige que sejam feitas investigações em todos os casos registrados para que se punam os culpados, em busca de segurança ao livre exercício do jornalismo no Paraná”, diz texto publicado pelo Sindicato.

Hábito secreto

* Por Jorge Eduardo Marques da Silva

Corria o ano de 1992 e eu trabalhava em A Notícia, avó do Meia Hora. O jornal tinha uma redação boa, mas pequena. Então, cada um de nós acabava sendo um pouco chefe de reportagem de si mesmo e dos estagiários. Eu entrava às 8 horas. Chegava uns 20 minutos antes e lia a produção da madrugada, feita ou pelo Renato ou pelo Marcelo ou pelo Paulo. Via se tinha que terminar alguma coisa, o que era raro, dado o nível dos profissionais, ou se precisava aumentar os noticiários de Polícia ou Cidades.

Era uma manhã tranquila e eu pude ajustar a programação toda para a Zona Sul. A madrugada tinha sido farta em notícias policiais e, assim, pude acomodar duas equipes em um só carro. Com o Porquinho (o apelido veio de uma confissão das práticas eróticas com uma leitoa na adolescência) de motora, saímos eu, Andreia e Pitombeira rumo à ensolarada orla carioca. Minhas pautas eram as primeiras e a dela, a final, uma ação da Enoli Lara, que era colunista de sexo e erotismo do jornal.

Eu tinha um hábito secreto: sempre que rolava uma pauta em dia de sol na praia, tirava a roupa, deixava no carro e, de cuecas, mergulhava no mar. Secava ao sol, me vestia e continuava a trabalhar. Era uma energizada para aguentar a jornada que começava à 1h na Rádio Manchete e só acabava às 16h/17 horas. Isso depois de escrever dois grandes jornais na rádio e sete foguetinhos de hora e fazer, no mínimo, umas duas ou três matérias para o jornal – o recorde foram sete.

Tudo bem. Eu tinha 27 anos… Bom, eis que eu tinha acabado a minha parte e tínhamos de esperar a hora da Enoli. Fiz o de sempre: fiquei de cuecas na ensolarada Copacabana e fui para o mar, sob intenso protesto da Andreia, que já era minha namorada e não queria me ver daquele jeito na frente de todo mundo. A praga foi forte. O outro carro estava na Baixada e o nosso chefe, Roberto Ferreira, já havia chegado e estourou outra confusão pelos cafundós da Zona Norte. Ele, então, deu a ordem para o Porquinho retornar à base e seguir para a outra pauta, me trazendo.

Mas como ele poderia me levar, se eu estava dentro d’água? Pior: a dupla Andreia e Pitomba tinha ido atrás da pauta com a Enoli. Sob pressão, ele voltou para a base, na rua do Riachuelo, onde a outra equipe embarcou e foi seguir sua pauta. Detalhe: com minhas calças, camisa e sapatos no carro. Mas não só isso: com a apuração das três matérias… Quando voltei ao lugar onde estava o carro, me desesperei. Cadê todo mundo? Logo Andreia e Pitombeira apareceram e eu estava lá, de cuecas, sem dinheiro e sem a apuração.

Nu, literalmente. As pessoas perguntavam a Andreia se eu tinha sido assaltado. Um vexame… Andreia ligou para a redação e soube que o carro vazara para longe e que o Roberto estava puto com a minha ausência. A solução foi ela pegar um táxi, com o dinheiro do Pitomba, ir à minha casa (que, por sorte, era em Copa), convencer a minha mãe a pegar uma roupa (a velha sempre achava que eu tinha tomado um tiro e que estava no hospital e que estavam escondendo algo dela…) e me dar para vestir e voltarmos.

Assim foi feito e eu, com o cu na mão, sem apuração e fazendo um esforço mental tremendo para me lembrar de tudo, voltei à redação com duas horas de atraso. A essa altura, não era apenas o Roberto, mas ele, o falecido José Alberto Cal Monteiro e o Jaguar que estavam putos.

O jornal fechava às 16h e às 15h eu não tinha escrito uma linha. O Roberto me deu um esporro daqueles de arrancar o couro, com toda razão. “Você atrasou o jornal todo, seu irresponsável, para ver a bunda da Enoli”.

Calei e pensei que seria demitido na sequência. Mas não podia dizer que era porque estava mergulhando de cuecas. Ele não ia acreditar (acho que agora vai…). Sentei à máquina de escrever e pari as três matérias em 45 minutos, tudo de cabeça, umas 30 linhas cada. O jornal conseguiu fechar na hora, apesar da minha cagada. Fui perdoado, não sem mais um esporro. E fomos tomar uma.

Nessa hora, o Porquinho chegou e me entregou a roupa, a carteira e a apuração. Até ele sabia que a apuração era a coisa mais sagrada do jornalismo. Eis o que a mania de fazer matéria pela internet tira da gente: no mínimo, a chance de viver uma história boa dessas.

 

* Jorge Eduardo Marques da Silva é diretor de Comunicação das Organizações Paulo Octavio, em Brasília. Carioca, teve passagens por Rádio Tupi, Rádio Globo, Manchete, A Notícia, Jornal do Commercio e Jornal de Brasília, sem contar as assessorias de imprensa.

Maior prêmio mundial de RP tem versão latino-americana

Está marcada para 2/12, em São Paulo, a primeira edição latino-americana do Sabre Awards, um dos mais importantes e tradicionais prêmios de relações públicas do mundo, organizado pela Holmes Report. Os finalistas foram divulgados esta semana. Apoiado pela Abracom, o Sabre Awards chega ao Brasil com uma programação internacional: além da premiação, que terá um jantar especial, contará com um seminário tendo como conferencistas alguns dos principais executivos de agências globais, como Weber Shandwick, Edelman, Porter Novelli, FleishmannHillard, Burson-Marsteller e Ogilvy PR. Entre os temas em desfile estão: Reputação, marketing e branding na comunicação corporativa; Criação e curadoria de conteúdo, o futuro da comunicação corporativa; e O profissional de comunicação corporativa do futuro: multidisciplinaridade para garantir a competividade do setor. Paul Holmes fala sobre o Sabre Awards Presidente da Holmes Report, Paul Holmes, que virá ao Brasil para o evento, deu um depoimento ao Portal dos Jornalistas sobre a decisão de criar um prêmio exclusivo para a América Latina e sobre o atual estágio das empresas no continente: Portal dos Jornalistas – O que levou o Sabre Awards e a Holmes Report a criarem uma versão latino-americana do prêmio? Paul Holmes – Dois ou três anos atrás, recebemos algumas inscrições da América Latina na concorrência de prêmios que fazemos nos EUA, e a qualidade sempre nos impressionou. Os melhores trabalhos na América Latina são tão bons como os melhores trabalhos na Europa ou nos EUA. Então, nesta primeira versão do Sabre Latin America, não nos surpreendemos com a qualidade das inscrições. As questões mais relevantes que a indústria de RP enfrenta são muito parecidas, independentemente da região. A área está passando por grandes mudanças – o aumento de mídias digitais e sociais apresenta oportunidades e também ameaças – e o cenário de concorrência está mudando. Agências de RP hoje em dia concorrem com agências de publicidade, e especialistas digitais têm um papel chave na construção de marcas, por exemplo. A guerra está se intensificando e a indústria precisa atrair talentos com alcance mais amplo, de dados e análise para a criação de conteúdo. Todos esses aspectos serão debatidos no em 2/12, em nossa conferência que vai anteceder o jantar de premiação das agências da região.  Portal dos Jornalistas – Como foi o interesse das agências da região pela iniciativa? Holmes – Recebemos mais de 250 inscrições, das quais cerca de 80 foram selecionadas como finalistas. As categorias de marketing de consumo, digital, assessoria de imprensa e eventos especiais foram as mais competitivas. E quase a metade das inscrições veio do Brasil, um mercado bastante competitivo. Portal dos Jornalistas – Como vê a indústria de RP na América Latina de forma geral e no Brasil, em particular? Holmes – A indústria de RP na América Latina tornou-se muito mais sofisticada ao longo dos últimos dez anos, saindo dos serviços tradicionalmente oferecidos para alcançar uma ampla gama de atividades que também vemos em outros mercados: da comunicação financeira em suporte de fusões e aquisições para a comunicação interna, por exemplo; de iniciativas de responsabilidade social corporativa até relações governamentais. Como resultado, agências brasileiras começaram a aparecer em nossa lista Holmes Report 250 das maiores agências de RP do mundo – de fato, é interessante notar que as agências com o melhor desempenho no mercado brasileiro são locais, e não multinacionais de origem americana. Obviamente, o cenário econômico atual no Brasil apresenta desafios, mas se por um lado se verifica uma pressão no quesito fees, esse cenário será temporário. E há o fato de que muitas vezes as condições difíceis conduzem clientes a apostar mais em RP como uma alternativa de melhor custo/benefício do que a publicidade. A longo prazo, a indústria está destinada ao crescimento e também a um maior status. Portal dos Jornalistas – As profundas mudanças que a tecnologia tem provocado na sociedade, com reflexos diretos no modo de se comunicar, podem ser consideras um risco ou uma oportunidade para as relações públicas? Holmes – Eu acredito que o cenário atual apresenta uma oportunidade para as agências de RP, mas elas têm que ser inteligentes e agir rapidamente para tirar proveito disso. Estamos numa época em que conta mais o engajamento com consumidores do que o bombardeio de mensagens publicitárias, e isso significa que o diálogo é mais efetivo do que o monólogo. E acredito que credibilidade e autenticidade são essenciais. Consumidores podem facilmente checar a história de uma empresa na internet, e podem compartilhar sua experiência verdadeira com outras pessoas. Portanto, prometer demais e promover exageradamente produtos e performance é atitude contraproducente. Bons profissionais de RP sempre entenderam isso; a credibilidade da recomendação de terceiros está na essência da profissão. De qualquer forma, o setor precisa mudar para aproveitar esse cenário. Precisa adotar novas técnicas de comunicação – criar conteúdos capazes de atingir o consumidor diretamente. Precisa buscar formatos inovadores e mais eficazes, gerar visibilidade na imprensa, mas também engajamento online, e ainda resultados verdadeiros e tangíveis para o negócio. E o setor de agências de RP precisa saber concorrer efetivamente com agências de publicidade e outros players que têm, em muitos casos, mais recursos. Portal dos Jornalistas – E o que dizer do novo profissional que está nascendo ou morrendo nesta indústria? Holmes – Talvez a mudança maior na indústria de RP seja que agora não há só um “perfil” de sucesso. No passado, a maioria das pessoas que atuavam na área tinha habilidades parecidas. Escreviam bem, entendiam bastante o funcionamento da imprensa tradicional, muitas vezes porque haviam trabalhado em jornais ou revistas antes de atuar na comunicação corporativa. Atualmente, outras características são necessárias: capacidade de lidar com dados e análises, pesquisas e avaliações; entendimento de ciências sociais e das mudanças de atitudes e comportamento na sociedade; habilidade de criar conteúdos de forte apelo visual. Cada vez mais precisaremos recrutar pesquisadores e antropólogos culturais, cinegrafistas e designers de videogames, além de integrá-los nas estruturas já existentes. Haverá, portanto, muitas novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento de carreira para esses profissionais de perfis diferentes, temos que recrutá-los mesmo que eles não saibam muito sobre RP. Isso porque essas pessoas têm muitas outras opções para alocar suas habilidades, podem buscar outro tipo de emprego. Precisaremos convencê-las de que a indústria de RP é excitante e uma interessante aposta para o futuro.

Liberdade de expressão é tema de debates em São Paulo nesta 6ª.feira 

Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, faz nesta 6ª.feira (13/11), às 10h30, palestra em São Paulo sobre Liberdade de expressão e democracia. O evento, promovido por Cátedra Insper e Palavra Aberta, terá ainda um debate entre o ministro e a jornalista Mônica Waldvogel, sob moderação de Fernando Schüler, professor do Insper. Para participar, é necessário confirmar presença pelo assessoriadeimprensa@insper.edu.br. A palestra será no Auditório Steffi e Max Perlman – Insper  (rua Quatá, 300 – Vila Olímpia). À tarde, a partir das 14h30, também em São Paulo, David Kaye, relator especial para a Liberdade de Expressão da ONU, que está pela primeira vez no Brasil, recebe entidades da sociedade civil para um debate sobre o tema. A reunião, organizada por Artigo 19, Intervozes e Abraji, será na Fundação Escola de Sociologia e Política (rua General Jardim, 522). O objetivo do encontro é possibilitar uma aproximação entre organizações da sociedade civil e o relator, cujo mandato se iniciou há pouco tempo. Além disso, será uma oportunidade para conhecer mais sobre o trabalho da Relatoria e suas prioridades para o corrente mandato.

Sérgio Quintella começa na Vejinha, em São Paulo

Um mês após deixar a Rádio Estadão – resultado de uma onda de demissões por lá –, Sérgio Quintella começou em 4/11 na equipe de reportagem da Vejinha, em São Paulo. “Depois de ter passado por quase todas as rádios de notícias de São Paulo, aceitei esse desafio para escrever em vez de falar”, disse ao Portal dos Jornalistas. “Na verdade, em rádio, a gente também escreve. Então, a transição de um veículo para o outro acabou no primeiro dia. Estou muito contente. Espero fazer muitas coisas legais aqui”. Com dez anos de carreira, Sérgio destacou-se este ano por entrevistar com exclusividade Andreas Von Richthofen, irmão de Suzane von Richthofen. Em 2014, foi o único a conseguir entrevistar Roger Abdelmassih, médico foragido da polícia. 

Série de livros mostrará o Senado na História do Brasil

De autoria de Ricardo Westin, com ilustrações de Bruno Bazílio, volume inaugural foi lançado na Biblioteca do Senado Foi lançado na noite dessa 3ª.feira (10/11), na Biblioteca do Senado, o livro ilustrado Arquivo S – O Senado na História do Brasil, coletânea de 12 reportagens publicadas no Jornal do Senado sobre a participação dos senadores nos grandes momentos da história do País e que originariamente foram publicadas na seção mensal chamada Arquivo S. Todas as matérias foram produzidas a partir de documentos históricos e raros sob a guarda do Arquivo do Senado. De acordo com Flávio Faria, diretor-adjunto da Secretaria Agência e Jornal do Senado, os temas abordados mantêm relação com assuntos debatidos na atualidade. O autor é Ricardo Westin (ex-Folha, Estadão, O Globo e Veja, entre outros veículos), atual editor do Jornal do Senado, e as ilustrações são de Bruno Bazílio, diretor de Arte da Secretaria de Comunicação do Senado. “É um trabalho caprichado”, diz Ricardo. “Os textos são leves e cheios de detalhes. As ilustrações, com humor, resumem os episódios em questão. O prefácio é assinado pelo ex-presidente e ex-senador José Sarney”.  Distribuído em versão impressa gratuitamente no lançamento, o livro está também disponível em pdf. O projeto contempla a edição de novos volumes. O Portal dos Jornalistas fez um rápido pingue-pongue com o autor a respeito da obra. Portal dos Jornalistas – Quais as fontes de pesquisa utilizadas para a realização da obra? Ricardo Westin – Tomei como base os documentos históricos guardados no Arquivo do Senado, que contêm os discursos feitos pelos senadores e as decisões que eles tomaram.  Portal dos Jornalistas – E o que traz a obra? Ricardo – Neste primeiro volume (a ideia é lançar outros nos próximos anos), falamos sobre a Guerra do Paraguai, a primeira eleição direta para presidente, a fundação da Petrobras, o suicídio do Getúlio, o primeiro título do Brasil na Copa do Mundo, a mudança da capital para Brasília e a morte de Tancredo, entre outros temas. Sempre buscamos um gancho: ou o aniversário do acontecimento (a Guerra do Paraguai fez 150 anos; a morte de Tancredo, 30) ou um evento atual que remete ao passado (para a reportagem sobre a criação da Petrobras, o gancho foi a abertura das CPIs no ano passado; o texto sobre a Copa de 1958 foi escrito durante a Copa de 2014). Portal dos Jornalistas – Temos aí uma mistura de jornalismo e história, é isso? Ricardo – Sim. Além de esmiuçar o Arquivo do S, ouço historiadores e personagens dos acontecimentos. Sobre a morte de Tancredo, por exemplo, entrevistei os jornalistas José Augusto Ribeiro (que foi assessor dele na época do Colégio Eleitoral) e Antônio Britto (que seria o secretário de Imprensa do governo Tancredo).  Portal dos Jornalistas – Ao mexer em documentos tão importantes, aflorou alguma coisa relevante, alguma curiosidade? Ricardo – Mesmo tratando de história, novidades acabaram aparecendo. Os paraguaios até hoje têm ressentimento dos brasileiros por causa da Guerra do Paraguai. Eu entrevistei o bisneto do ditador Solano López, que disse que o Brasil deve um pedido de perdão ao país. Para a reportagem da criação da bandeira brasileira, descobri que os rascunhos originais da primeira bandeira haviam acabado de ser descobertos no Rio, depois de anos esquecidos dentro de um armário da Igreja Positivista. 

Livro resgata trajetória do repórter Marcelo Canellas

No lançamento da obra, escrita pelo jornalista Sidney Barbalho de Souza, Marcelo participará de um bate-papo A trajetória de um dos jornalistas mais respeitados da tevê brasileira, especialista em coberturas ligadas aos direitos humanos, virou tema do livro de Sidney Barbalho de Souza. Marcelo Canellas, por um jornalismo humanista (In House) será lançado em 19/11, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, às 19h, com as presenças do autor e do biografado. A professora Patrícia Paixão, da FAPSP, orientadora do autor em seu trabalho de conclusão de curso, que originou o livro, disse ao Portal dos Jornalistas que “ele foi feito a partir de um extenso trabalho de reportagem. Sidney realizou mais de 50 entrevistas com familiares, amigos e ex e atuais colegas de trabalho de Canellas. Esteve em Santa Maria, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Brasília e Recife. Foi em busca de documentos da infância e da juventude do Marcelo e de sua vida profissional”. A obra aborda, de forma linear, a carreira do repórter especial do Fantástico (Rede Globo), que ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais por suas matérias focadas em problemas sociais do País. Em 2014, ficou entre os cem +Admirados Jornalistas Brasileiros e na 11ª posição do ranking dos Mais premiados jornalistas brasileiros, ambos levantamentos de J&Cia. Com o aval do Globo Universidade, o livro, que conta com o prefácio da também repórter especial da Rede Globo Sônia Bridi, aponta desde “os primeiros sintomas humanistas” do repórter – nas fases da infância e juventude (vividas por Canellas na cidade de Santa Maria da Boca do Monte, Rio Grande do Sul) – até suas primeiras experiências na área jornalística, sua projeção no meio televisivo e a conquista do cargo de repórter especial da TV Globo. 

Embrapa realiza Encontro de Mídia e Ciência em Brasília

A Embrapa e o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) promovem na próxima 3ª feira (17/11), no auditório Assis Roberto De Bem, da Embrapa, em Brasília, o 5º Encontro Mídia e Ciência. Entre os objetivos do encontro, direcionado a profissionais de Comunicação da Embrapa, pesquisadores e estudantes de jornalismo e de ciências biológicas, está o de discutir a divulgação científica no Brasil e sua importância para a popularização da ciência, promovendo o intercâmbio e experiências entre profissionais de diferentes segmentos, incluindo os de veículos de comunicação e assessorias de imprensa. O evento será das 8h às 17h e terá entre os expositores Herton Escobar, editor de Ciências do Estadão, que fará a abertura do evento; Maurício Tuffani, editor-chefe da revista Scientific American Brasil; e Lana Cristina, diretora de Jornalismo da Agência de Ciência e Tecnologia da EBC, que falará sobre Jornalismo científico em instituições públicas, com moderação de Ubirajara Júnior. Inscrições, gratuitas, até 16 de novembro. 

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