31.1 C
Nova Iorque
quinta-feira, junho 12, 2025

Buy now

Início Site Página 748

Diário de S.Paulo não tem prazo para voltar a circular

Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, administradora judicial aponta má interpretação em sentença de falência

 

Duas semanas após sentença judicial que decretou a falência do Diário de S.Paulo, em 23/1, permanece o imbróglio envolvendo a possível volta da publicação às bancas. Apesar de a sentença proferida pelo juiz Marcelo Barbosa Sacramone determinar que as atividades fossem suspensas por cinco dias, período em que a administradora judicial designada teria para indicar um gestor para a retomada dos trabalhos, essa possível reabertura segue indefinida.

Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, a advogada Joice Ruiz, da Satiro e Ruiz Advogados Associados, nomeada administradora judicial da massa falida, explicou que houve má interpretação do texto. “Cinco dias foi o prazo dado para analisarmos a situação da empresa e encontrarmos um gestor. Mas para que isso aconteça precisamos primeiro encontrar alguém qualificado e que queira assumir essa responsabilidade”, explica a advogada. “Infelizmente, até o momento não conseguimos encontrar nenhuma empresa ou profissional qualificado para assumir a reativação do jornal até a data do seu leilão”.

Nessa segunda-feira (5/2), os funcionários divulgaram uma nota repudiando a paralisação das atividades e questionando os desdobramentos da decisão judicial:

“Que fique claro, não se trata de defender nada errado. Se sócios ou administradores de gestões anteriores ou atuais cometeram malfeitos, que sejam cobrados e punidos por isso. Mas era necessário o fechamento de uma instituição centenária e que garantia o sustento de cerca de 70 famílias? Não seria possível tentar encontrar uma alternativa para salvar as dezenas de postos de trabalho?”

Em outro trecho, cobram:

“Que se cumpra a determinação do juiz e que se coloque o jornal em circulação! Afinal, a cada dia sem circular, o Diário de S.Paulo perde leitores, audiência e consequentemente recursos para saldar salários, pendências e credores.”

Segundo a advogada, porém, o panorama não é dos mais animadores, uma vez que sem um gestor o jornal pode permanecer fechado até a sua venda, cuja data ainda não foi determinada pela justiça. “Continuamos procurando, mas ninguém quer assumir, pois há riscos trabalhistas e tributários enormes, fora o nível em que se encontrava a empresa”, explica Joyce. “Chegamos inclusive a conversar com os jornalistas, mas nenhum tinha experiência em gestão de empresa como um todo”.

De acordo com os funcionários, o atraso nos salários, que recentemente chegou a três meses, vinha sendo gradativamente reduzido e o pagamento estava quase em dia, mas a advogada afirma que o passivo trabalhista da empresa é muito grande.

Próximos passos

Sem uma gestão provisória definida, a publicação seguirá parada. Há ainda uma pequena chance de que a falência seja suspensa e os antigos proprietários reassumam a administração do jornal, mas Joyce adianta que as chances são bastante remotas nesse caso. Pela lei, o prazo para recorrer da sentença se encerra em 20/2, dez dias úteis após a publicação da sentença no Diário Oficial, que ocorreu em 1º de fevereiro.

Se não houver a reabertura, o próximo passo será dar a baixa na carteira dos funcionários. Esse processo não garantirá o pagamento dos salários atrasados ou das verbas rescisórias, mas ao menos permitirá aos demitidos o saque do FGTS e darem entrada no seguro-desemprego.

Uma das principais reclamações do grupo de funcionários, inclusive, é em relação à falta de clareza quanto ao futuro do jornal e de seus funcionários. “Estamos encontrando muita dificuldade em conversar com a administradora para entender o que podemos esperar para o nosso futuro”, afirmou um jornalista ouvido por este Portal dos Jornalistas. “Estamos no momento esperando a resposta dos donos, que tentam reaver o jornal, mas enquanto isso estamos também nos organizando para pressionar para que alguns casos específicos sejam resolvidos e esse processo corra o mais rápido possível”.

Uma das principais reclamações diz respeito aos equipamentos pessoais do repórter fotográfico Nelson Coelho, que foi impedido de retirá-los da empresa e, consequentemente, de realizar outros trabalhos autônomos nesse período. “Infelizmente, isso existe em qualquer falência”, explica a advogada. “É um mecanismo padrão para preservar o patrimônio da empresa. O que eu já expliquei para ele é que será necessário entrar com um pedido de restituição de bens, apresentando provas de que o equipamento é dele. A partir daí, o próprio juiz autorizará a retirada do equipamento”.

A fonte do portal adiantou ainda que deverá haver um protesto na porta da empresa nos próximos dias.

Adriana Cortez lança Calendário Paralímpico

Calendário Paralímpico - Foto: Marcelo Spatafora
Calendário Paralímpico – Foto: Marcelo Spatafora

Está em fase final de distribuição o Calendário Esporte Paralímpico 2018. O projeto capitaneado por Adriana Cortez (ex-Audi Magazine, Rádio e tevê Bandeirantes) reúne ensaios de atletas com deficiência física, além de um relato da ex-ginasta Lais Souza, que perdeu os movimentos das pernas e braços após acidente durante preparação para os Jogos Olímpicos de Inverno 2014.

“É a realização de um sonho que começou em 2016, quando trabalhei como voluntária nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio”, explica Adriana. “Sempre gostei muito de esporte, mas quando conheci de perto o trabalho e dedicação desses atletas, senti que precisava fazer algo a mais para apoiar o trabalho deles, que é pouco valorizado”.

Os dois mil exemplares, com informações em português e inglês, foram distribuídos gratuitamente para jornalistas, formadores de opinião, artistas, empresários, atletas e políticos, com o intuito de aumentar a contribuição ao esporte.

O projeto contou com ainda o apoio do jornalista Roberto Viegas, a designer Bianca Spatafora, o fotógrafo Marcelo Spatafora, o assistente de fotografia Gustavo Leporo e o revisor Lucaz Oliveira. Contribuíram ainda a gráfica Ativaonline, a Ciesp Alto Tietê e Suzano Papel e Celulose.

Prefeitura lança manual para mídias digitais

A Prefeitura do Rio publicou na internet um Manual de conduta e recomendações em mídia digital, que se propõe a orientar servidores e fornecedores municipais e aborda a produção de conteúdo e o comportamento na rede. Redigido sob a licença Creative Commons CC BY-SA, pode ser adaptado por outras pessoas ou órgãos, desde que com os devidos créditos. Foi feito com base num estudo sobre as demandas dos cariocas e sobre como outras cidades do mundo se comunicam na mídia digital. Dessa maneira, pode ser útil também para outros municípios, em qualquer parte do Brasil, que tiverem interesse em baixar as instruções do manual. Guilherme Avzaradel, assessor técnico de Mídia Digital da Prefeitura, responde pelo projeto.

Essa publicação vem no rastro do Manual de orientação para atuar em mídias sociais – Identidade padrão de comunicação digital do Poder Executivo Federal. Criado em 2012, pela Secretaria de Comunicação do Governo Federal, teve a última atualização em 2015.

Canal Brasil tem novo diretor

Alexandre Cunha dos Santos
Alexandre Cunha dos Santos

Alexandre Cunha dos Santos é o novo diretor de Programação e Aquisição de Conteúdo do Canal Brasil. Formado em Jornalismo pela Estácio, no Rio, tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV-SP. Começou na Globosat, empresa do Grupo Globo para os canais pagos, foi do GNT e está no Canal Brasil há 20 anos, desde a fundação.

Juíza libera bloco em homenagem ao Dops

Delegado Sérgio Paranhos Fleury é considerado um dos "patronos" do bloco
Delegado Sérgio Paranhos Fleury é considerado um dos “patronos” do bloco

A juíza Daniela Pazzeto Meneghine Conceição autorizou o desfile nas ruas de São Paulo do bloco Porão do Dops. O despacho da magistrada em favor do bloco, criado por um movimento autodenominado Direita São Paulo, veio a público na noite da sexta-feira (2/2).

Em nota, o Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça, integrado por ex-presos políticos e ativistas, considera a decisão um desrespeito à memória das vítimas “que tombaram nas masmorras da ditadura”, além de apontar uma agressão ao Estado democrático de Direito e um estímulo à disseminação do ódio. “Não bastasse”, pontua a nota, “a juíza em seu veredito ao negar a liminar que impede o desfile, ainda demonstrou ignorância ou má-fé”.

Na decisão, a magistrada afirmou que “a nomeação do bloco  por si só não configura exaltação à época de exceção ou das pessoas lá indicadas que, sequer, foram reconhecidas judicialmente como autores de crimes perpetrados durante o regime ditatorial, em razão da posterior promulgação da Lei da Anistia (que teve como finalidade buscar a paz social, a segurança jurídica e o convívio plural entre os iguais), a qual posteriormente foi declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, para reconhecer sua aplicação não apenas aos opositores ao regime da época, como também aos opressores”.

Vale lembrar que dois dos “patronos” do bloco são os falecidos delegado Sérgio Paranhos Fleury e o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecidos chefes da máquina de repressão da ditadura. A concentração do bloco está marcada para as 14h de 10/2, em frente ao restaurante 3 Pescadores, na rua Faustolo, 35, na Água Branca. O ingresso custa R$ 10.

 

Leia a seguir a nota do Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça: 

 

Nota de repúdio 

O Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça, que reúne ex-presos políticos e ativistas de direitos humanos, repudia veementemente a decisão da juíza Daniela Pazzeto Meneghine Conceição, que permite o desfile neste Carnaval de um grupo fascista, autodenominado Porão do Dops, que faz apologia à tortura e enaltece reconhecidos torturadores, que atuaram na ditadura militar. 

Consideramos que a decisão da juíza Daniela, além de desrespeitar a memória das vítimas que tombaram nas masmorras da ditadura e os ex-presos que sobreviveram às sevícias de torturadores, como o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado Sérgio Paranhos Fleury, ídolos desse grupelho fascista, ainda contribui para a agressão ao Estado democrático de Direito, possibilitando a disseminação de ódio nas ruas da capital paulista. 

Não bastasse tudo isso, a juíza em seu veredito, ao negar a liminar que impede o desfile, ainda demonstrou ignorância ou má-fé. Diz ela que as pessoas enaltecidas pelo bloco Porão do Dops “sequer foram reconhecidas judicialmente como autores de crimes perpetrados durante o regime ditatorial”.  

Como pode a juíza Daniela desconhecer a decisão da Primeira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que confirmou, por unanimidade, a sentença de primeira instância, que reconheceu o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra como notório torturador? 

Com sua decisão, a magistrada revela também que se manteve alheia ao relatório da Comissão Nacional da Verdade, que investigou os crimes da ditadura e apontou tanto Ustra quanto Fleury como reconhecidos torturadores de ativistas que lutaram contra a ditadura militar.  

Em tempos de condenação sem provas e indulgência a criminosos, o Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça reitera sua luta pela punição dos torturadores e sua posição de nenhuma concessão a apologistas da tortura e dos agentes de Estado que perpetraram violações aos direitos humanos.  

Por tudo isso, nos somamos a todos aqueles que estão unidos para impedir esse desfile macabro, numa festa popular que nasceu como resistência aos do andar de cima. 

Fora Porão do Dops!

O protesto dos funcionários do Diário de S.Paulo

Embora a sentença judicial que decretou a falência do Diário de S.Paulo em 23/1 determinasse a volta do jornal à circulação em cinco dias, isso ainda não aconteceu. Em vista disso, funcionários do Diário distribuíram nesta segunda-feira (5/2) nota em que repudiam a paralisação das suas atividades e questionam os desdobramentos da decisão judicial. Confira a seguir:

Nós, funcionários e colaboradores do Diário de S.Paulo, vimos por meio desta tornar público nosso absoluto repúdio com a interrupção da circulação do jornal por conta da extensão da decretação da falência da Editora Minuano e também questionar os desdobramentos da intervenção judicial.

Que fique claro, não se trata de defender nada errado. Se sócios ou administradores de gestões anteriores ou atuais cometeram malfeitos, que sejam cobrados e punidos por isso. Mas era necessário o fechamento de uma instituição centenária e que garantia o sustento de cerca de 70 famílias? Não seria possível tentar encontrar uma alternativa para salvar as dezenas de postos de trabalho?

De acordo com a própria sentença do Exmo. Juiz Marcelo Barbosa Sacramone, foi determinada a retomada da circulação do Diário de S.Paulo após cinco dias de prazo. Isso não ocorreu e não tem prazo para acontecer. Ou seja, a interventora, Dra. Joice Ruiz (Satiro e Ruiz Advogados), cumpriu apenas parte da sentença. E o restante?!  Que se cumpra a determinação do juiz e que se coloque o jornal em circulação! Afinal, a cada dia sem circular, o Diário de S.Paulo perde leitores, audiência e consequentemente recursos para saldar salários, pendências e credores.

Uma apuração mais cuidadosa e eficiente por parte da Justiça e/ou de seus representantes comprovaria que todos os funcionários e colaboradores que vinham trabalhando na empresa o faziam única e exclusivamente para o Diário de S.Paulo. Portanto, não havia funcionários trabalhando para nenhuma outra empresa citada na sentença. O trabalho seguia seu ritmo normal e, melhor, os atrasos de salários, que chegaram a quase 3 meses em anos anteriores, estavam sendo reduzidos e muito perto de ficarem em dia.  

Não teria sido mais correto a Justiça ter ouvido o testemunho de alguns funcionários da empresa que vinham dando expediente diariamente? Na prática, NENHUMA das dezenas de pessoas que subscrevem esse comunicado foram procuradas ou ouvidas.  

Do modo como está sendo feito, nem os credores serão contemplados como deveriam. Afinal, com um patrimônio sucateado, o maior ativo do Diário de S.Paulo é a marca e o jornal circulando, coisa que não está acontecendo.

Por fim, se a intenção era proteger os funcionários, como disse a interventora, isso não aconteceu nem dá sinais de que vai acontecer. Pelo contrário. Basta constatar que até os equipamentos pessoais do fotógrafo Nelson Coelho ficaram retidos na sede do jornal, impossibilitando-o de sequer exercer seu trabalho de forma autônoma. Isso sim uma verdadeira vergonha por parte da Justiça. 

Enfim, são muitas dúvidas a serem respondidas pela Justiça e pela interventora judicial. Por enquanto, a única certeza é a falta de trabalho para cerca de 70 pessoas e a completa frustração por saber que um caminho mais eficaz, inteligente e correto, que seria mais benéfico para credores e funcionários, ainda não foi tomado.

Assinado: funcionários e colaboradores do Diário de S.Paulo

REDAÇÃO: Guilherme Gomes Pinto, Ulisses de Oliveira da Silva, Plínio Rocha, Marta Teixeira, João Pontes Simões Gomes, Ana Canhedo, Priscila Freitas, Barbara Saryne Moraes Vieira, Giovanni E. Alves de Oliveira, Ana Paula Firmino Santos. Jair Viana, Paulo Sebastião Rodrigues, Jonas Dorival, Ronaldo Alves Barreto, Nelson Gonçalves Coelho, Daniel Tadeu Ivanaskas, Karina de Sá Costa e Marcela Cristine Lima.

COMERCIAL: Valdelice Rodrigues, Raquel Gomes de Lima, Vera Lúcia de Souza, Ana Vitória Ribeiro Da Silva Giamarusti, Andrea Nicotra, Joel Fernandes, Rogério Lapoian, Gilberto Gomes, Valter Sobrinho e Roberto Proença.

OPEC: Mirella Mariana Mariano Lúcio e Ary Roberto Rocha Pimentel.

ADMINISTRATIVO: Walquiria dos Santos Silva, Leonardo Cardozo Mariano, Júlio Gomes da Rocha, Karla R. Santos A. Lima, Viviane Aparecida da Silva, Juliana Laranjeira do Nascimento, Melchisedec Silva Reis, Alex Rodrigues Pereira, Cid de Souza Sampaio, Luis Augusto Coelho, Samuel dos Passos Fernandes, Naiter Cláudia de Freitas, Tays Rosa dos Santos, Lucas Ferreira da Silva Santos, William Pereira de Lima, Wilton Vilela de Oliveira, Maurílio Macedo Fonseca e Washington Cezar Ushiama.

DISTRIBUIÇÃO: João Claudenisio Costa Maia, Flávio Santiago de Souza, Carlos Eduardo Fernandes, Sergio Aparecido Dias e Antonio Carlos Santos Caires.

Programa oferece bolsas de jornalismo literário no Canadá

Estúdio Evamy, em Leighton
Estúdio Evamy, em Leighton

Jornalistas, escritores, críticos, curadores, artistas e acadêmicos podem se inscrever para uma residência de um mês no Canadá. O Banff Centre está organizando uma residência de jornalismo literário, de 2 a 28 de junho, nos estúdios da colônia Leighton de artistas.

O programa permite que escritores trabalharem em seus ensaios, memórias ou reportagens, tenham consultas individuais com professores e participem de mesas-redondas. Oito bolsistas serão selecionados com base em habilidades de redação, mérito literário e a relevância e originalidade da sua ideia de projeto.

O instituto oferece bolsas de matrícula integrais, além de um prêmio-comissão de CAD 2.000 (aproximadamente R$ 5,3 mil) para o trabalho produzido e um subsídio de viagem de até CAD 750 (R$ 2 mil).

O prazo de inscrição termina em 28 de fevereiro.

* Com informações do IJNet

Ex-dirigente de futebol vai a júri popular por morte de jornalista

Valério Luiz de Oliveira
Valério Luiz de Oliveira

O ministro do STF Ricardo Lewandowski derrubou em 1º/2 a própria decisão que tomou em dezembro do ano passado sobre o julgamento do ex-vice-presidente do Atlético Clube Goianiense Maurício Borges Sampaio, como mandante do assassinato do jornalista Valério Luiz de Oliveira. Com isso, o dirigente irá a Júri Popular pelo crime. Anteriormente, Lewandowski havia anulado a decisão do judiciário goiano, que determinava a realização do Júri.

Valério Luiz foi morto em julho de 2012 com seis tiros. Segundo as investigações, Sampaio encomendou o assassinato motivado pela insatisfação com as críticas do profissional ao Atlético, que iam desde casos de compra de resultados a uso de drogas entre jogadores.

Além de Sampaio, são acusados pelo crime o cabo da Polícia Militar Ademá Figuerêdo Aguiar Filho (que seria o autor dos disparos), e Marcus Vinícius Pereira Xavier, Urbano de Carvalho Malta e o sargento da PM Djalma Gomes da Silva, que teriam articulado o homicídio. A decisão de Lewandowski refere-se apenas a Sampaio, mas deve refletir nos recursos dos outros acusados.

O processo chegou ao Supremo após cerca de três anos de tramitação de recursos em outros tribunais, como o TJ-GO e o STJ.

Filho do radialista, o advogado Valério Luiz Filho comemorou a decisão em seu Facebook. Em entrevista à Abraji, disse acreditar que não haverá um outro revés na Justiça com a nova decisão do Supremo: “A sensação é de muita satisfação e alívio. Já são mais de cinco anos, já passamos por muitas fases. Agora, a situação foi normalizada. Dá a certeza de que o júri vai acontecer, que era o nosso desejo. A nossa missão estará cumprida”.

Luiz Filho pedirá nesta segunda-feira (5/2) à primeira instância que marque uma data para o Júri Popular de Sampaio e dos outros responsáveis.

* Com informações da Abraji

Folha vence o internacional Prêmio Rei da Espanha

Especial mostrou a realidade de um mundo separado por muros em países e regiões como Cisjordânia, Israel, Peru, Brasil, Sérvia, Hungria, Quênia, Somália, Méxio e Estados Unidos.
Especial mostrou a realidade de um mundo separado por muros em países e regiões como Cisjordânia, Israel, Peru, Brasil, Sérvia, Hungria, Quênia, Somália, Méxio e Estados Unidos.

A série Um mundo de muros, da Folha de S.Paulo, venceu a categoria Jornalismo Digital do Prêmio Rei da Espanha, uma das mais tradicionais iniciativas direcionadas a países da Comunidade Ibero-Americana. A premiação ressaltou o uso dos conteúdos 360º e de drones para a produção da série. Segundo o júri, o trabalho é “uma denúncia do aumento das barreiras físicas que nos separam em uma sociedade cada vez mais interconectada.”

O especial, publicado de junho a setembro de 2017, que contou com a participação de 22 profissionais, apresenta a construção de muros em diferentes lugares do mundo e suas consequências no dia a dia para imigrantes, refugiados e pessoas com menor poder aquisitivo. A equipe viajou para quatro continentes – Ásia, América, Europa e África – para mostrar o que ou quem está por trás desses muros.

Participaram do projeto: Angelo Dias, Avener Prado, Daigo Oliva, Diogo Bercito, Edson Sales, Fabiano Maisonnave, Irapuan Campos, Isabel Fleck, José Henrique Mariante, Kleber Bonjoan, Lalo de Almeida, Luciana Coelho, Marcelo Pliger, Patricia Campos Mello, Renan Marra, Roberto Dias, Rogério Pilker, Rubens Alencar, Simon Ducroquet, Thea Severino, Thiago Almeida e Victor Parolin.

Concedido desde 1983, o Rei da Espanha é realizado pela Agência EFE em parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. A iniciativa integra a lista dos prêmios analisados pelo Ranking dos +Premiados da Imprensa, concedendo 85 pontos ao vencedor (42,5 em caso de trabalho em equipe).

 

Confira os demais vencedores:

 

  • Jornal Impresso: Alicia Hernándes Sanches, do The New York Times, por uma reportagem sobre tráfico de gasolina em Guajira.
  • Fotografia: Santiago Saldarriaga Quintero, do El Tiempo(Colômbia), com imagem de avalanche de lama no interior do país.
  • Televisão: Alexánder Rivera González, da Televisora de Costa Rica-Teletica Canal 7, sobre os efeitos do furacão Matthew no Haiti.
  • Rádio: Rute Isabel da Silva Fonseca, da TSF Notícias (Portugal), com reportagem sobre uma família portuguesa fabricante de violinos.
  • Meio de Comunicação em DestaqueEl País(Espanha).
  • Prêmio Ibero Americano de Jornalismo: Juan Roberto Mascardi Vigani, do La Voz Interior (Argentina), com texto sobre um jogador de futebol
  • Prêmio Dom Quixote de Jornalismo: Fernado Aramburu, escritor e articulista espanhol
  • Prêmio Especial de Jornalismo Ambiental e Desenvolvimento Sustentável: Julio Batista Rodriguez, freelance, com texto sobre a poluição da enseada de Chipriona, em Cuba.

Jornalistas Editora associa-se à ABCPública

A Jornalistas Editora, que edita este J&Cia, J&Cia Imprensa Automotiva e Portal dos Jornalistas, entre outras iniciativas, aceitou convite de Lincoln Macário e Armando Medeiros, respectivamente presidente e vice-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública), e tornou-se o mais novo sócio institucional da entidade. Segundo eles, o convite se deu em função da “trajetória de permanente valorização da comunicação de interesse público” da editora.

A categoria sócio institucional reúne entidades ou associações representativas dos diversos setores de comunicação, pública ou privada, que possam se comprometer com a missão, visão e valores da ABCPública, sem ônus de contribuição financeira.

A entidade tem como missão “desenvolver, apoiar e fomentar padrões de excelência para a atuação dos comunicadores públicos no Brasil”. Ela assumiu como valores a informação como direito, verdade como pressuposto, diálogo, diversidade, profissionalização, justiça social, participação e cidadania.

pt_BRPortuguese