Termina em 20/9 o prazo para concorre à sétima edição do Prêmio Abear de Jornalismo. Promovida pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas, a iniciativa estimula, reconhece e valoriza matérias jornalísticas sobre a aviação comercial brasileira, e distribuirá R$ 48 mil em prêmios nesta edição.
Dentre as novidades deste ano, a categoria especial Asas do Bem, lançada na última edição da premiação para destacar o transporte gratuito de órgãos para transplante realizado pelas companhias aéreas, passa a chamar-se Asas do Bem e Responsabilidade Social. A categoria é voltada para trabalhos que abordam, além do transporte de órgãos, ações realizadas ou apoiadas pela aviação comercial nas áreas de saúde, educação, cultura, esporte, acessibilidade, moradia, meio ambiente e sustentabilidade.
“Além do transporte de órgãos, resolvemos incluir nesta edição outras iniciativas sociais das companhias aéreas associadas”, destaca o diretor de Comunicação da entidade Adrian Alexandri. “As empresas contribuem com projetos de mais de 90 instituições, gerando novas oportunidades em várias regiões brasileiras. Só no ano passado foram viabilizadas cerca de 50 ações nas áreas de educação e cultura”.
A sétima edição do concurso também conta com as tradicionais categorias Experiência de voo; Competitividade, Cargas, Inovação e Sustentabilidade; e Imprensa setorizada, além do Prêmio Imprensa Regional, que reconhece veículos e jornalistas sediados fora das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O melhor trabalho dentre todos os inscritos também será contemplado com o Grande Prêmio Abear de Jornalismo.
Podem concorrer matérias veiculadas no período de 1º de outubro de 2018 a 20 de setembro de 2019. Em seis edições, o prêmio recebeu mais de 700 inscrições de 23 Estados e Distrito Federal e premiou mais de 30 profissionais. A cerimônia de premiação será em novembro, em Brasília. Mais informações e inscrições no link.
O Congresso Nacional derrubou em 29/8 o veto presidencial ao Projeto de Lei 1978/11, que torna crime o compartilhamento de informações falsas, difamatórias e calúnias com finalidade eleitoral, com pena prevista de dois até oito anos de reclusão.
O veto foi derrubado por 326 deputados
e 48 de senadores, mais do que a maioria absoluta necessária para isso: 257
votos na Câmara e 41 no Senado.
Parlamentares apoiadores do
governo criticaram a decisão do Congresso, afirmando não ser possível
determinar com precisão o que é ou não notícia falsa. Já a oposição celebrou a
derrubada, reiterando o combate às fake
news em períodos eleitorais.
Além de criminalizar o
compartilhamento de fake news, o
Congresso instalará a partir da próxima semana uma Comissão Mista Parlamentar
de Inquérito (CPMI), a CPI das Fake News, para investigar a divulgação de
notícias duvidosas.
O Canal Rural modernizou sua marca e incorporou várias novidades para facilitar o acesso ao seu conteúdo, produtos e leilões digitais, além ampliar seu jornalismo.
A renovação visual da marca envolve, segundo Julio Cargnino, presidente do canal, um novo conceito visual de “representação do Agro”, trazendo o azul, que representa o céu e a água, para agregar ao tradicional verde dos campos: “O azul nos traz também a confiança que o produtor rural tem no Canal Rural, que este ano completa 23 anos informando e apoiando o agronegócio”.
Também está no ar o novo site, mais amigável, fácil de navegar, com design moderno e visual clean. “Seguindo o moderno conceito de omnichannel, integramos o conteúdo e várias funcionalidades, com todos os produtos do Canal Rural em uma nova e moderna plataforma online, recursos para visualizar dados de mercado e notícias do agro, e um site muito mais leve, para facilitar o acesso, mesmo em lugares com limitações de conexão de internet”, informa Cargnino. A plataforma digital de leilões Lance Rural ganhou uma ferramenta para as transmissões online que reduz mais o delay de imagens, e os produtores que preferem usar smartphones contam com o aplicativo CanalRuralPlay, já disponível na App Store e no Google Play.
No Jornalismo, o Canal Rural estreou no site a editoria Radar, espaço de notícias curtas em tempo real, que dá mais agilidade e abrangência à cobertura dos principais fatos que influenciam o agro. “Avançamos também no conteúdo, cada vez mais especializado, como um novo quadro nos telejornais dedicado à participação dos principais pesquisadores do Cepea (Esalq/USP)”, informa a diretora de Jornalismo Alessandra Mello.
* Por Luciana Gurgel, especial de Londres para o Portal dos Jornalistas
Não é fácil ser celebridade nos dias de hoje, com a avassaladora visibilidade proporcionada pelas redes sociais associada à cobrança por comportamento exemplar. Famosos e marcas têm sido questionados por atitudes que nem sempre se coadunam com a imagem que tentam transmitir.
No Reino Unido, a questão da vez entre os famosos diz respeito a como
viajar. E colocou em lados opostos os dois meninos de ouro da coroa britânica,
Harry e William, junto com suas esposas, que segundo as fofocas não se dão nada
bem. Recentemente, Harry e Meghan mudaram-se do Palácio de Kensington e criaram
suas próprias redes sociais, iniciando-se uma velada disputa por notoriedade.
Para aproveitar o verão, Harry seguiu para a França e a Espanha com
Meghan e o bebê Archie em um jatinho particular. Nenhum problema, não fosse o
simples fato de que os dois têm se posicionado como preocupados com a mudança
climática, ao ponto de terem declarado a intenção de ter apenas mais um filho
para colaborar com o futuro do planeta.
Meghan até que vinha bem na foto. Ganhara as manchetes como editora convidada da edição da Vogue de setembro, escolhendo para a capa mulheres que fazem a diferença em várias áreas, inclusive ambiental. E um dos entrevistados da revista foi justamente o Príncipe Harry, que expressou na conversa suas preocupações com o meio ambiente.
O desastrado voo provocou uma avalanche de críticas pelas redes sociais, e foi parar nas primeiras páginas. Na Europa, o movimento pela redução das viagens aéreas ganha cada vez mais força, chegando a ser chamado de flying shame, ou vergonha de voar. E os jatinhos são execrados por quem é contra o impacto dos aviões sobre o meio ambiente, por transportarem número reduzido de pessoas.
Dias depois, o cantor Elton John, chamado pela Imprensa de Sir Elton John, por ser Cavaleiro da Ordem do Império Britânico – saiu em defesa do casal real. Disse que pagou o voo, que fez compensação ambiental e justificou a iniciativa dizendo que ofereceu o avião para proporcionar ao casal (que passou alguns dias na casa do artista em Nice) proteção contra o assédio da imprensa durante as merecidas férias depois de um ano cheio de compromissos com atividades beneficentes.
Ele lembrou sua amizade com a Princesa Diana, mãe de Harry, e falou de
sua preocupação com a invasão de privacidade que acabou sendo um tormento na
vida dela.
Poderia até colar, não fosse o movimento do irmão, William, terceiro na
linha de sucessão e com chances de um dia herdar a coroa caso seu pai, o
Príncipe Charles (primeiro da fila), abdique em seu favor, ou se ele viver mais
do que o futuro rei. No dia 22 de agosto, jornais estamparam a foto da família
viajando para Balmoral, na Escócia, em um voo comercial da companhia de baixo
custo Flybe, a £$ 73 por pessoa.
As comparações foram inevitáveis. Harry e Meghan visitando Ibiza e Nice
a bordo de um jatinho, enquanto o irmão caminhava pela pista do aeroporto com a
criançada carregando as mochilas, no estilo família normal. Passageiros
relataram que ninguém os incomodou durante o voo, contradizendo a justificativa
de Sir Elton para a gentil oferta do jatinho a Harry e Meghan.
Um outro exemplo de celebridade que abriu mão de voar foi a ativista
adolescente sueca Greta Thunberg. Para participar de uma solenidade da ONU em
Nova York, ela atravessa o Atlântico em um veleiro equipado com painéis de
energia solar e outros recursos que reduzem o impacto ambiental.
A ideia parecia boa, mas logo surgiram críticas, quando foi revelado
pela imprensa que uma tripulação terá que voar para Nova York para trazer o
veleiro de volta, aumentando a pegada ambiental. E a atriz Emma Thompson entrou
igualmente na berlinda ao viajar de avião para Londres a fim de integrar um
protesto do grupo ambientalista Extinction Rebellion.
Tudo isso é discutível do ponto de vista prático. Afinal, um voo a mais
ou a menos não vai destruir o planeta, dizem os que acusam os críticos de
hipocrisia. E a presença dos famosos em protestos, eventos ou abrindo mão do
avião seria um incentivo à conscientização pública.
Pode até ser. Mas esses casos são exemplos de um princípio fundamental
da reputação pública, seja de empresas ou de pessoas: se não há coerência do
discurso com a prática, a sociedade cobra. Em tempos de redes sociais, a
cobrança é mais rápida e implacável. E não é todo mundo que tem um Sir Elton
John à mão para ajudar a defender um passo discutível.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) emitiu uma nota nessa quarta-feira (29/8) lamentando ataques da Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol (FBTF) ao jornalista da ESPN Mauro Cézar Pereira).
O caso começou após Mauro criticar o trabalho dos técnicos Vanderlei Luxemburgo (Vasco) e Abel Braga (que na época estava no Flamengo). A FBTF considerou que ele estaria fazendo ataques pessoais aos treinadores e emitiu a nota de repúdio ao comentarista da ESPN.
Segundo
o Sindicato, não existe nada que comprove que Mauro Cézar tenha feito algo de
errado, e reitera que ele estava cumprindo sua função profissional de opinar e
comentar o futebol, exercendo o direito de crítica.
“O SJSP defende o exercício do jornalismo expresso na atividade de Mauro Cézar Pereira e ressalta a importância de seu trabalho de crítico esportivo. A entidade respeita a FBTF e os treinadores representados por ela, mas se manifesta contra qualquer tipo de censura ao trabalho jornalístico e em defesa da liberdade de expressão e do direito de crítica”, diz a nota.
Lançada em 1º/7 na plataforma de financiamento coletivo Kickante, e com previsão inicial de encerramento para este sábado (31/8), a campanha para levantar fundos para impressão do livro inédito Como DIZER e AGIR pelo texto, de Manoel Carlos Chaparro, vai se estender por mais uma semana.
Interessados em apoiar o projeto terão agora até 8/9 (domingo) para contribuir com a impressão da obra inédita, que recentemente ganhou uma versão digital na Amazon.com.br, pelo selo J&Cia Livros.
“Temos a oportunidade de editar um livro inédito que traz ensinamentos práticos e objetivos que ajudam as pessoas a escreverem com mais objetividade e assertividade”, destaca Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora. “É um livro que foi escrito em 2017, mas que permaneceu guardado pelo professor Chaparro, que atualmente recupera-se de um AVC e está, portanto, sem condições de seguir os caminhos tradicionais de busca por uma editora, mesmo com o alto potencial da obra”.
Até o momento, a campanha arrecadou quase 30% da meta da inicial, de R$ 30 mil. A quantia já garante a impressão da obra, porém em uma quantidade abaixo da esperada inicialmente, de pelo menos mil exemplares. Dividido em quatro capítulos, Como DIZER e AGIR pelo texto parte de uma estratégia pedagógica para mostrar os caminhos de como alcançar sucesso no uso da linguagem escrita em ações interlocutórias.
Doutor em Ciências da Comunicação e professor de Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, Chaparro é jornalista desde 1957, quando iniciou sua carreira em Lisboa. No Brasil, para onde imigrou em 1961, foi repórter, editor e/ou articulista em vários jornais e revistas de grande porte e circulação. Com reportagens individuais, por quatro vezes teve trabalhos premiados no Prêmio Esso de Jornalismo. É autor de outros três livros sobre Jornalismo: Pragmática do Jornalismo (Summus, 1994), Sotaques d’aquém e d’além-mar – travessias para uma nova teoria de gêneros jornalísticos (Summus, 2008), e Linguagem dos Conflitos (Minerva Coimbra, 2001).
O Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), controlador do Observatório da Imprensa, anunciou o início de uma campanha de crowdsourcing (busca de voluntários) para a terceira edição do Atlas da Notícia, com o objetivo de mapear veículos jornalísticos por todo o território nacional. A pesquisa, análise e publicação dos dados serão feitas pelo Volt Data Lab, de Sérgio Spagnuolo.
A
ideia é expandir a rede de escolas de jornalismo e voluntários já estabelecida
no ano anterior, para fornecer o panorama mais completo da imprensa local
brasileira. A terceira edição do Atlas também terá uma Interface de Programação
de Aplicativos (API) para facilitar o acesso aos dados da pesquisa.
A edição
anterior, publicada no final de 2018, obteve dados relevantes, como o fato de
em metade dos municípios brasileiros existir ao menos um veículo jornalístico. O
estudo revelou ainda que 81 foram fechados desde 2011.
A terceira edição do Atlas da Notícia será publicada em novembro, no site do Observatório da Imprensa.
Em entrevista para a Go Where Business, o CEO da CNN Brasil Douglas Tavolaro revelou detalhes sobre a operação e programação do canal no País. Segundo ele, a emissora deverá contar com 700 funcionários, sendo 400 jornalistas, uma parte destes terceirizados.
A CNN Brasil funcionará 24 horas por dia, exibindo 16 horas de programação ao vivo e oito horas de material gravado previamente. A previsão de estreia é para o último semestre de 2019.
Mas TRT-SP mantém decisão de reintegração dos demitidos
Os credores do Grupo Abril aprovaram o
plano de recuperação judicial apresentado pela companhia em assembleia
realizada na tarde dessa terça-feira (27/8), no Clube Homs, em São Paulo. O
plano foi aprovado com 92% de representação no valor da dívida e 96% de
representação no número de credores.
A Abril pediu recuperação judicial em 15 de
agosto de 2018 para renegociar dívidas que somavam 1,69 bilhão de reais. Os
credores da companhia estavam divididos em quatro classes: ex-funcionários,
bancos, prestadores de serviço editorial e demais fornecedores.
O plano prevê a venda de três negócios da
Abril: o imóvel onde está localizada a sede da companhia, na Marginal Tietê;
imóveis localizados em Campos do Jordão, no interior do Estado; e a unidade de
negócios Exame, que produz a revista, o site e o aplicativo da marca, além de responsável
pela realização de eventos. Os valores arrecadados com as vendas serão
destinados a pagar credores e empréstimos e, eventualmente, para o caixa da
Abril. (Com
informações de Exame)
Reintegração dos demitidos – A 6ª turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo julgou em 20/8
o recurso da Editora Abril contra a decisão em primeira instância que
determinou a reintegração dos mais de mil funcionários demitidos de julho de
2017 a agosto de 2018. O órgão manteve a decisão, mas ainda cabe recurso ao
TST.
Durante a audiência, Raphael Maia, advogado do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, fez a sustentação oral em nome dos jornalistas e destacou, entre outros argumentos, que entre os inúmeros dramas humanos envolvidos na demissão em massa, dois profissionais – Dagmar Serpa e Fábio Sasaki – morreram no curso do processo sem terem recebido em vida seus direitos de forma integral, enquanto os irmãos Civita, antigos proprietários da Editora Abril, blindaram seu patrimônio pessoal pelo processo de recuperação judicial e venda da empresa.
Condenação sai dois anos após a ameaça durante manifestação
O policial militar Raimundo José Vilanova de Souza foi condenado nessa terça-feira (27/8) pela Justiça do Distrito Federal por ter ameaçado o repórter fotográfico André Augustus Coelho Cardoso, de O Globo, em 24 de maio de 2017, durante manifestação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A pena, anteriormente estabelecida em 30 dias de detenção em regime aberto, foi alterada para prestação de serviços à comunidade por um ano.
André
registrava a ação de policiais para conter os manifestantes, quando o PM o ameaçou
com um tiro no chão, próximo ao seu pé. Também chutou o repórter fotográfico e
impediu outro profissional de registrar o evento.
Segundo
o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), não existiram
evidências que indicassem perigo iminente no contato entre o jornalista e o
policial, o que justificaria o disparo próximo ao pé de André Cardoso.
“Naquelas
circunstâncias, se havia risco para a integridade física do jornalista,
incumbia ao militar orientá-lo, por comando de voz, a sair da zona de conflito
e se abrigar em local seguro, sem a menor necessidade de usar força física ou
efetuar disparo de advertência”, explica o MPDFT.