Com apresentação de Patrícia Lapuente e produção de Bruno Dornelles, o programa do Coletiva.net Tendências: Comunicação e Notícias já está no ar semanalmente na rádioweb e/ou. A iniciativa tem como base as publicações do selo Tendências, editado pelo portal há dez anos.
A atração sempre terá convidados que conversarão sobre um tema específico da semana, além de comentários de Tiba Tiburski, que integra a equipe das publicações desde a primeira edição, assinando o projeto gráfico.
Estão abertas as inscrições para mais de 200 bolsas dirigidas a jornalistas interessados em participar da 11ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, de 26 a 29/9, em Hamburgo, na Alemanha. Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a conferência promoverá mais de 150 painéis de discussão, workshops e sessões de networking. O evento, oferecido pela Rede Global de Jornalismo Investigativo (GIJN, na sigla em inglês), pela associação alemã Netzwerk Recherche e pela Interlink Academy for International Dialog and Journalism, terá programação especial sobre documentários, estratégias de sustentabilidade, segurança e outros temas.
A bolsa de participação na conferência inclui passagens aéreas de ida e volta, hospedagem, transporte do aeroporto ao hotel, café da manhã e almoço nos dias de conferência e o jantar da cerimônia de premiação. Gastos diários com transporte e alimentação são de responsabilidade dos bolsistas, assim como taxas de visto e transporte do aeroporto no país de origem. Interessados podem inscrever-se até 5/5 por meio de formulário. Os selecionados serão notificados em 30 de junho. Mais informações no site da Abraji.
O Observatório
da Imprensa publicou em 19/2 novos dados sobre os desertos de notícias no
Brasil a partir do levantamento do Atlas da Notícia,
iniciativa para mapear veículos jornalísticos no território brasileiro e
fornecer dados a pesquisadores, empreendedores e jornalistas a fim de gerar
novos conhecimentos sobre jornalismo local no País. As repórteres Ana Terra Athayde e Elvira Lobato estiveram em Cidade
Ocidental – município goiano a menos de 50 km de Brasília, com 70 mil
habitantes – que não tem emissoras de rádio ou TV locais nem veículo
impresso com circulação, ao menos, quinzenal.
Em Cidade
Ocidental, elas encontraram uma situação que, certamente, se repete em outras cidades
do País. A presença de um único jornal impresso sem periodicidade definida e
dependente do poder público – o que inviabiliza a autonomia e editorial. E
canais de informações nas redes sociais que não seguem os protocolos
jornalísticos como checagem de fatos e busca dos diversos lados da história.
Num deserto de notícia fica mais difícil, como demonstra Elvira Lobato, a
população informar-se a respeito de decisões do poder público que afetam
diretamente o seu cotidiano.
As reportagens
em textos e vídeos reproduzem o modelo já publicado nas edições do Observatório da Imprensa no
final do ano passado, quando Ana e Elvira estiveram em Mariana (MG) e Arapiraca e Palmeiras dos Índios, em Alagoas. Na cidade mineira,
elas demonstraram como a imprensa local cobriu o rompimento da barragem do
Fundão, e nos municípios alagoanos a pauta foi a concentração dos veículos
informativos nas mãos de políticos e as ameaças e atentados contra jornalistas.
Segundo o OI, a
imersão em Cidade Ocidental revela novas faces da realidade do jornalismo local
no interior do País e, principalmente, os efeitos de sua ausência: “A pouca
distância entre o município goiano e a Capital Federal evidencia o contraste
que diz muito sobre o Brasil”, escreveu a equipe do OI na apresentação dos
dados. “No centro do poder todos os holofotes midiáticos; em Cidade Ocidental,
a ausência de uma mediação jornalística contribui para a propagação da
desinformação e da falta de uma cobertura crítica dos poderes e instituições”.
E prossegue:
“Com as reportagens de campo, o Observatório
da Imprensa, através do projeto Atlas
da Notícia, debruça-se sobre um tema pouco discutido: a realidade do
jornalismo – ou a sua falta – no interior do País. Num momento em que a
atividade vê-se desafiada a provar sua importância, é preciso olhar também para
essas comunidades em que o excesso de conteúdos a partir das redes sociais
estão dissociados da informação averiguada e contextualizada. Essa é,
sobretudo, uma questão de cidadania que se reflete, como os fatos o tem
demonstrado, no ambiente macropolítico”.
A segunda edição
do Atlas da Notícia é financiada
pelo Facebook.
O projeto está aberto a sugestões.
A cobertura
completa em Cidade Ocidental está nos seguintes links:
Segundo o site Scandinavian Way, da Imagem Corporativa, em 2018 os tribunais finlandeses começaram a condenar cidadãos envolvidos em ataques e intimidações online contra jornalistas, seja isolados, seja em campanhas coordenadas, de acordo com o International Press Institute (IPI), rede global de editores, repórteres e executivos de comunicação. Alguns especialistas, acreditam que as decisões estabelecem um novo precedente no país e poderiam ser um exemplo para o resto da Europa – e, quem sabe, do mundo.
Uma das decisões mais recentes ocorreu em outubro, quando um tribunal regional finlandês condenou por difamação e incitamento à difamação três pessoas envolvidas em uma campanha de assédio online contra a jornalista Jessikka Aro. A decisão considerou ainda o agravante de anos de intimidação, ocorrida em vários canais. A jornalista, que trabalha na emissora pública YLE, é conhecida por suas reportagens sobre trolls russos, que ela começou a investigar em 2014. (Veja+)
Gilberto Menezes Côrtes anuncia parte dos pagamentos e expõe as dificuldades a J&Cia
Gilberto Menezes Côrtes
Desde o início de fevereiro, os profissionais do Jornal do Brasil decidiram entrar em estado de greve, ou seja, situação que alerta para a possibilidade de, a qualquer momento, ser deflagrada uma greve. Isso foi decidido em assembleia no Sindicato dos Jornalistas, como forma de reação ao atraso no pagamento dos salários de dezembro e janeiro.
A direção do Sindicato reuniu-se com os diretores do JB – presidente Omar Peres; vice-presidente editorial Gilberto Menezes Côrtes; vice-presidente administrativo Antonio Carlos Affonso; diretor de Redação Toninho Nascimento –, além da Comissão de Jornalistas, representando a redação. Peres reconheceu a dívida com os trabalhadores, mas argumentou não ser possível marcar uma data para saldar os atrasados, pois isto depende de vários acordos financeiros em andamento. Alegou que o atraso deve-se ao fato de ter precisado rever a sustentação do jornal, e mencionou ainda um agravamento da situação, com o bloqueio de contas para pagar ações judiciais da administração anterior.
No dia em que o JB fez um ano que voltou às bancas (25/2), Menezes Côrtesconversou com Jornalistas&Cia sobre a crise atual: “Estamos pagando uma parte esta semana. Menores salários, até R$ 3,5 mil, já foram pagos: dezembro, janeiro e 13º. Os atrasados de dezembro e janeiro estão programados. Dezembro será pago até terça-feira (26/2). A redação está trabalhando em sistema de rodízio, um dia de trabalho e um dia de folga.
“Há cinco meses o jornal vem dando prejuízo. Contávamos com o leilão de um imóvel na avenida Atlântica, mas ele não saía, sob alegação da retração do mercado imobiliário. Era para sair em novembro ou dezembro, mas parou por causa de burocracia de cartório. Agora, está para sair depois do Carnaval”.
Cronologia
dos contratempos
Menezes Côrtes prossegue: “Na ocasião do lançamento do jornal, contávamos com o caixa dos anúncios para fazer investimentos. Quando tínhamos esse primeiro caixa, logo em março de 2018, vieram advogados trabalhistas e pegaram cerca de R$ 200 mil. Perto da Copa do Mundo, estávamos com R$ 650 mil bloqueados. Uma das ações que nos levou quase R$ 250 mil era da Gazeta Mercantil! Isso nos tirou o que poderia ter sido investido na largada.
“O JB nunca conseguiu vender o que precisava vender. A venda de jornal em banca é uma tragédia em todo o Brasil. Em nosso caso, tivemos abortados nossos planos de investimento com essas ações da administração anterior. E dos R$ 650 mil que tivemos bloqueados, a grande mordida é dos advogados trabalhistas. Desse total, R$ 250 mil nem são do Jornal do Brasil! Digo que o JB não tem problema de pagar, tem problema de receber.
“O jornal é impresso e distribuído por O Globo, e até vende bem em banca, cerca da metade do que O Globo vende. Claro que sem contar os assinantes, os pacotes, nem se compara. O JB continua saindo, continua sendo um produto bom. Entrei no JB, pela primeira vez, em 1972. Já fui todas as coisas no jornal, essa é a quarta vez – até no tempo do Nelson Tanure fiz trabalhos para eles, chamado pelo RicardoBoechat e pela Sônia Araripe. Hoje, estamos todos na expectativa, lutando bravamente. Apesar de algumas pessoas só terem essa fonte de renda, vejo um espírito de equipe”.
Depois de oficializar no final de janeiro sua saída da GloboNews, onde comandava o Em Pauta, Sérgio Aguiar deve fechar nos próximos dias com o canal online de jornalismo MyNews, de Mara Luquet e Antonio Tabet.
A ideia é que ele ancore um jornal diário, com noticiário geral, a partir de abril. A atração seria comandada por Nelson Garrone, que foi diretor de Aguiar no Em Pauta, e totalmente produzida em um estúdio em São Paulo. Vale lembrar que MyNews já tem na grade um jornal diário de economia, ancorado por Thais Heredia. (Com informações de Flávio Ricco, do UOL)
A Comtexto, de Wilson e Nancy Bueno,
acaba de lançar sua plataforma de cursos a distância, já com sete cursos
disponíveis nas áreas de comunicação organizacional/empresarial e jornalismo especializado.
Cada um tem carga horária de 60 horas/aulas, com dez aulas cada, um texto de
leitura obrigatória por aula, vídeos e áudios, além de leituras complementares
online, ampla bibliografia e um conjunto significativo de links úteis.
“Prometo que
estarei de corpo e alma interagindo com os alunos nesses cursos, ensinando e
aprendendo com eles”, garante Wilson. “Na verdade, a gente sempre tem mais a
aprender do que ensinar e é isso que me atraiu para a docência há mais de 40
anos”. Ele atua nessas áreas como docente e pesquisador, ministrando
disciplinas na graduação e pós-graduação, além de palestras, cursos e workshops, desenvolvendo projetos de
pesquisa, produzindo livros, capítulos e artigos acadêmicos e atuando como
profissional e consultor no mercado.
As inscrições já estão abertas, com pagamento
pelo PagSeguro, do UOL, e promoção para quem se inscrever até logo depois do
Carnaval.
Thais
Herédia passará a integrar a equipe do Jornal Gente na rádio Bandeirantes, a partir da próxima
quinta-feira (7/3), apresentado diariamente, das 8h às 10h. O programa já conta
com participações fixas de José Paulo de
Andrade, Rafael Colombo, Pedro Campos e Cláudio Humberto.
Em entrevista ao UOL, Thaís conta que iniciou sua
carreira no rádio, 25 anos atrás, e afirma estar voltando ao veículo em seu
melhor momento: “Vir para o Grupo Bandeirantes também é uma alegria
porque foi na Band onde eu comecei minha carreira na TV. A Rádio Bandeirantes
sempre foi uma referência e fazer parte desse time é um baita privilégio”.
O compromisso não irá atrapalhar o seu expediente no canal online de notícias MyNews, no qual conduz um programa
diário sobre economia e ainda faz entrevistas especiais.
Herédia está entre os Top 50 dos +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2018, eleição promovida por Jornalistas&Cia e Maxpress. Tem passagens por diversos veículos, entre os quais a GloboNews, onde até dezembro de 2017 fazia comentários no Em Pauta e participava do Edição das Dez. Também colaborava com o portal G1.
Com informações do colunista Flávio Ricco, do UOL.
Após debates com os profissionais em assembleias e reuniões com a comissão de demitidos da Abril, nas últimas semanas o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), por seu Departamento Jurídico, ingressou com diferentes instrumentos no processo de recuperação judicial da editora Abril. Um deles foi uma petição ao juiz responsável pelo processo, Paulo Furtado de Oliveira Filho, para que estendesse o prazo para contestação dos valores que a Delloite (empresa que administra a recuperação) apresentou como dívida para cada credor.
Para centenas de trabalhadores, há erros nos valores, e muitos outros não conseguiram entender até o momento qual foi o cálculo realizado pela Abril ou pela Deloitte. Em decorrência, só o Sindicato dos Jornalistas ingressou com cerca de 30 impugnações judiciais de valores devidos a profissionais freelances. Mas o prazo para isso havia se encerrado em 13/2 e magistrado o prorrogou.
Com isso, agora os trabalhadores de todas as categorias que discordam do valor apresentado na lista de credores devem enviar e-mail diretamente à Deloitte até 6 de março, no endereço ajcomunicacao@deloitte.com. Para aqueles que já o fizeram judicialmente, as impugnações serão automaticamente recebidas como divergências pela administradora judicial. Ela terá dez dias, ao final desse processo, para publicar uma lista suplementar.
Confira aqui outras medidas tomadas pelo
SJSP no processo da Abril.
Mateus Netzel (mateus.netzel@poder360.com.br),26 anos, assumiu a Direção Executiva do Poder360, no lugar de Guilherme Alpendre, que se mudou para o Rio de Janeiro, onde vai trabalhar com podcasts. Curitibano, Mateus chegou a Brasília em 2015, nos primeiros meses do projeto que viria a se tornar o Poder360. Foi repórter, editor assistente e ultimamente secretário de Redação do portal. Atuou na coordenação das coberturas dos principais acontecimentos no Congresso Nacional e em investigações internacionais como os Panama Papers e os Paradise Papers.
Portal contrata Tiago Mali e Paulo Silva Pinto
Juntaram-se ao time de cerca de 40 profissionais do portal neste mês Tiago Mali e Paulo Silva Pinto.Tiago, 36 anos, deixa a Abraji, em São Paulo, onde atuava como coordenador de cursos e projetos, para ser chefe de Redação. “Será um desafio imenso e uma grande oportunidade voltar para a redação neste período que promete grandes turbulências”, diz Tiago. “Teremos muitas novas e velhas histórias para serem contadas”. Um dos vencedores do Data Journalism Awards 2017, já comandou a revista Galileu e foi editor em Época, no Terra e nos sites da ONU e do PNUD no Brasil.
Tiago Mali e Paulo Silva Pinto
Novo editor sênior do portal, Paulo Silva Pinto, 49 anos, vem do Correio Braziliense, onde atuava como editor de Economia e Política. Profissional há 30 anos, dos quais 22 em Brasília, Paulo fez parte da equipe que conquistou o Esso de Informação Econômica de 2014. “O Poder360 faz jornalismo de alta qualidade, com foco no que acontece de mais relevante no Executivo, no Legislativo e no Judiciário”, diz. “Não é à toa que se tornou leitura indispensável para quem toma as principais decisões no País, no setor público e no setor privado. Estou empolgado por fazer parte dessa empreitada”.