Gabriel Ferreira, Head de Comunicação e Conteúdo da aceleradora Ace, é o novo sócio da agência de relações públicas Pineapple Hub, especializada no ecossistema empreendedor e de inovação. Além dele, Ivan Netto também passa a integrar o quadro societário, deixando a Gerência de Contas da agência e assumindo o cargo de Head de Operações. Comandada há dez anos por Helena Prado, a empresa tem como objetivo ampliar ainda mais a qualidade do atendimento ao cliente, entrega e mensuração de resultados.
Gabriel, que passou por veículos como Exame, Brasil Econômico e Você S/A, deixa a Ace para responder pela área de negócios e inovação da Pineapple, que tem em seu portfolio empresas como Pipefy, 500 Startups, Duolingo, Social Capital, Omie, Cuponeria, Dunnhumby, além de varejistas como Casa Santa Luzia e supermercado Pague Menos.
O ex-diretor da Abraji Mauri König foi escolhido como protagonista do primeiro de uma série de documentários sobre jornalismo investigativo ao redor do mundo.
O longa The Thinnest Border (A fronteira mais tênue, em tradução livre) contará a história da investigação feita por König, Diego Ribeiro, Felippe Aníbal e Albari Rosa sobre irregularidades no gerenciamento de recursos da Polícia Civil no Paraná, que resultou na reportagem Polícia fora da lei, publicada na Gazeta do Povo em 2012.
O filme foi produzido pela Ecocinema, plataforma de comunicação que atua em diversos países da América Latina, com o apoio da Transparência Internacional, entidade que luta contra a corrupção, e o Ministério de Relações Exteriores do Canadá. O lançamento está previsto para junho.
A Llorente y Cuenca apresentou na última terça-feira (2/4) sua nova proposta: Antecipe-se. Embrace Disruption. Com ela, resume a forma pela qual considera que as organizações devam encarar a incerteza do cenário atual, com o objetivo de aproveitar as oportunidades e minimizar os riscos implicados pela disrupção na maneira como nos relacionamos em um mundo de mudança permanente.
Para acompanhar essa evolução, a agência adota uma marca mais curta e mais forte, LLYC, que também traz uma nova identidade visual; e implementa um novo foco em suas credenciais (por exemplo, em seu novo site) sobre o que faz hoje para centenas de empresas nas 16 unidades de negócio dos 13 países em que opera.
Nas palavras do presidente José Antonio Llorente, “desde 1995, quando nasceu a agência, nunca deixamos de evoluir e de planejar como nos tornar a consultoria de comunicação e assuntos públicos de que nossos clientes precisam. Neste momento, no qual nossos clientes, o mercado e nosso setor atravessam mudanças profundas, foi preciso refletir e questionar se estávamos nas melhores condições para seguir como uma marca insubstituível. O resultado dessa reflexão é uma proposta de valor muito mais afinada ao contexto disruptivo, que se antecipa para oferecer as melhores soluções aos desafios de nossos clientes. Antecipe-se é a resposta”.
Segundo ele, vivemos em um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo, no qual estar um passo à frente é essencial: “A profunda transformação oferece enormes oportunidades. Ao mesmo tempo, implica riscos inéditos que ameaçam os negócios que não evoluem e não reaprendem com suficiente flexibilidade e sentido de urgência. As empresas líderes, seus executivos e administradores estão conscientes de que a natureza dessa mudança é essencialmente comunicacional. As receitas que serviam há apenas uma década já não funcionam para estabelecer relações. As líderes procuram novas fórmulas porque sabem que dependem dessa habilidade, de encontrá-las e colocá-las em prática, para alcançar as metas de negócio, crescer, proteger sua reputação e conseguir licença social para operar. As que atingem esse objetivo crescem de forma exponencial, defendem melhor sua licença para operar e melhoram seu prestígio”.
A nova oferta comercial inclui a integração completa de duas empresas incorporadas recentemente, Impossible Tellers e Arenalia. “Impossible Tellers se integra na LLYC através de uma nova área de especialidade que lhe permitirá crescer e executá-la de maneira mais orgânica, à qual chamamos Estúdio Criativo, seguindo nossa aposta pela criatividade e serviço end to end”, diz Llorente. “A experiência destes quatro anos foi tão positiva que a equipe integra-se na cadeia de valor da LLYC como uma nova linha de negócio que oferece soluções de visual experience através de projeto gráfico, produção e consultoria audiovisual. Já a Arenalia, com equipe dirigida por Oscar Iniesta, fornece sua experiência em Product PR, seu talento e criatividade a um novo setor, Lifestyle, que reforçará nossa oferta de Consumer Engagement e a competitividade de nosso escritório em Barcelona”.
Eduardo Vieira e Ricardo Cesar, coCEOs do Grupo Ideal, passaram a integrar o conselho mundial de líderes da rede Hill+Knowlton, que tem quase 90 escritórios pelo mundo e mais de dois mil colaboradores. O conselho reúne líderes das cinco macrorregiões que funcionam como clusters globais: América Latina (Ricardo e Edu são coCEOs Latam), Europa Continental, Ásia, Países Nórdicos e Oriente Médio, Índia & África, além de cinco mercados-chave: EUA, Reino Unido, Canadá, Alemanha e China. É a primeira vez que dois brasileiros assumem essa posição global na Hill+Knowlton, que está entre as maiores redes de PR do mundo.
Segundo Ricardo, todos do comitê respondem aos copresidentes mundiais Richard Millar e Lars Erik Gronntun, os quais se reportam ao chairman e CEO global Jack Martin. “Como parte do comitê global de liderança também ajudamos a supervisionar contratações globais”, diz. “De cara já temos vagas em aberto no Oriente Médio, com elevado nível salarial, e que talvez possam interessar a muito colegas no Brasil que podem se candidatar e ir trabalhar lá”.
São três vagas para trabalhar na H + K de Abu Dhabi. Duas de diretores e uma de gerente:
• Consultant – Account Manager – Experiência de cinco anos em agência
de comunicação. Inglês fluente / Árabe é um diferencial
• Senior Consultant – Account Director – Experiência de no mínimo
sete anos no setor industrial (incluindo agência de comunicação). Inglês
fluente / Árabe é um diferencial
• Senior Generalist – Account Director – Experiência de no mínimo
sete anos na indústria de óleo e gás ou similar (incluindo agência de
comunicação). Inglês fluente / Árabe é um diferencial
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e a Agência Estado fecharam uma parceria para oferecer a veículos de mídia de todo o Brasil conteúdo sobre desenvolvimento sustentável ambiental e social. Chamado de Agência CEBDS, o canal publica diariamente artigos técnicos, releases, atualizações de projetos, lançamentos de publicações, entrevistas e matérias especiais sobre os temas de maior destaque relacionados à Sustentabilidade.
O CEBDS é uma associação sem fins lucrativos que reúne cerca de 60 dos maiores grupos empresariais do País, com faturamento equivalente a 40% do PIB. Atua por meio de cinco Câmaras Temáticas (fóruns), que trabalham na construção e desenvolvimento de projetos e estudos relacionados aos temas: Água, Biodiversidade, Clima, Impacto Social e Finanças Verdes. Os responsáveis de cada câmara escreverão artigos sobre pautas relacionadas aos tópicos.
Uma associação entre os projetos #Colabora, Amazônia Real e Ponte Jornalismo originou a série de reportagens que o Colabora começou a publicar na última semana: um retrato dos brasileiros sem direito, ou aqueles que não têm acesso aos direitos assegurados pela Constituição. Eles representam 65% da população brasileira e não têm pelo menos algum dos direitos: educação, proteção social, moradia adequada, serviços de saneamento básico e internet.
Os dados foram extraídos das Pesquisas Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE. A série de reportagens mostra ainda que a situação de mulheres pretas ou pardas, sozinhas, e com filhos pequenos, é muito mais preocupante: atinge 81,3% delas. Entre os idosos, a gravidade da exclusão é praticamente a mesma: 80% deles estão à margem de tais direitos.
Para fazer a série, o #Colabora inspirou-se no modelo da ProPublica, dos Estados Unidos, que tem firmado pools com a mídia para grandes reportagens.
O Prêmio Jornalista de Impacto revelou em 26/3 os vencedores de sua primeira edição, no Teatro Cásper Líbero, em São Paulo. Lançado em novembro de 2018, o prêmio reconheceu produções de jornalistas que disseminam o tema de investimentos e negócios de impactono Brasil.
O evento também contou com o lançamento de uma publicação online com todos os finalistas e vencedores, disponível para download no site. Na mesma ocasião, foi lançada a Rede Jornalistas de Impacto, que conta com um grupo no Facebook.
Confira os vencedores: Categoria Audiovisual: Jussi Maria, da TV Globo,com a reportagemEmpresas e Sustentabilidade; Iniciativas em contextos periféricos e iniciativas comunitárias de jornalismo: Giacomo Vicenzo Fanasca, do UOL TAB, com CEOS da quebrada; Iniciativas inovadoras de jornalismo no campo de investimento e negócios de impacto: Eliane Trindade, da Folha de S.Paulo,com a iniciativaEmpreendedor Social (editoria); e Texto: Marcelo Moura de Souza, da Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios,com 30 negócios que fazem bem ao Brasil.
LAos 24 anos e iniciando contagem regressiva para o jubileu de prata, a Llorente & Cuenca tem na América Latina seu principal mercado depois da Espanha, onde fica a sede. E, na América Latina, Brasil e México dividem a liderança do continente, com desempenhos muito similares.
Numa de suas frequentes vindas ao Brasil, seu fundador e presidente José Antonio Llorente recebeu em 28/3 os editores de J&Cia Wilson Baroncelli e Eduardo Ribeiro, no escritório da agência, para falar do desempenho, do novo posicionamento de mercado do grupo e das perspectivas para 2019. Segundo ele, a empresa evolui para antecipar-se aos desafios do atual contexto volátil, incerto, complexo e ambíguo no qual vivemos, e sua nova marca – LLYC – e a proposta de valor estão alinhadas à visão de que o cenário exige soluções cada vez mais eficazes, criativas e sofisticadas (veja nota ao final da entrevista).
A LLYC iniciou sua trajetória no Brasil há dez anos com um escritório no Rio de Janeiro, sob direção de Thomas Traumann, que viria a ser secretário de Comunicação e porta-voz do Governo Dilma Rousseff, e consolidou-se com a abertura de escritório em São Paulo, onde em novembro de 2015 adquiriu o controle da S/A Comunicação, de Marco Antonio Sabino, hoje dirigindo a Comunicação da Prefeitura de São Paulo, na equipe de Bruno Covas.
Com faturamento de R$ 18 milhões, ocupava em dezembro de 2017 o 18º lugar no Ranking das Agências de Comunicação do Anuário da Comunicação Corporativa. Posição que deve melhorar em 2018, pois seu faturamento cresceu 30% em relação a 2017.
Confira a íntegra da entrevista
Jornalistas&Cia – Sabemos que vocês têm novidades para
apresentar esta semana. Mas antes gostaríamos que nos falasse do desempenho da
Llorente y Cuenca, no ano passado e para este ano.
José Antonio Llorente – Fomos muito bem
no Brasil. A equipe de liderança aqui fez um trabalho muito bom. É bem verdade
que não temos contas do setor público, que foram bastante prejudicadas e cujas
perspectivas não são boas. Mas nossa meta é fechar este ano no mesmo patamar de
crescimento de 2018.
J&Cia – O crescimento foi bastante expressivo
(30%???).
Você diria que foi o maior da história da agência aqui?
Llorente – Não diria o maior. É provável
que no começo os crescimentos tenham sido maiores. Mas foi o maior dos últimos
três anos, isso com certeza.
J&Cia – E a ideia é repetir, mesmo com o cenário
meio incerto?
Llorente – Sim. Porque, mesmo incerto,
o cenário já é melhor para os negócios. A expectativa empresarial é melhor. O
discurso do governo é coincidente com o desenvolvimento dos negócios. Não vou
falar de política, mas tem que acontecer e a expectativa é boa. Os empresários
internacionais olham o Brasil como um mercado de oportunidades que está no
caminho certo, com privatizações, cultura empresarial, reformas em curso. Se
acontecerem, vai melhorar. Se não…
J&Cia – O que vocês estão projetando para este
ano em termos de investimentos?
Llorente – Penso que nossa indústria
está num momento muito bom, mas delicado, porque o desafio é grande. Nossa
profissão precisa de uma renovação profunda, entender como a sociedade atual
caminha e qual é o patamar de desenvolvimento e consolidação da opinião
pública. Os mecanismos são hoje diferentes do que eram.
J&Cia – Para onde você acha que apontam as
transformações?
Llorente – Para uma imbricação muito
grande da tecnologia. Nossos maiores investimentos globais são nessa área,
englobando treinamento e formação de pessoal, investigação de novos
desenvolvimentos, novas ferramentas que serão utilizadas na solução de
problemas de comunicação…
J&Cia – Em suma, tecnologia.
Llorente – Sim. Nossa equipe de base
tecnológica deve crescer muito. Em termos globais, nossa área de maior
crescimento em pessoal será a de TI. Teremos mais engenheiros do que nunca.
Porque consideramos que quaisquer que venham a ser as soluções de comunicação
daqui para a frente, elas terão uma base tecnológica. Por isso já estamos
incorporando várias dessas ferramentas.
J&Cia – Você tem ideia de qual é atualmente a
dimensão dessa área na empresa?
Llorente – Vamos dizer assim: em termos
de oferta, a tecnologia está em todos os nossos componentes. Em termos de
talentos, diria uns 20%, mas chegará a 50% em três anos. Vai mais do que
dobrar. Mas a questão não é visualizar isso; o problema é fazer.
J&Cia – Ao fazer essa projeção você está olhando
ao redor, para a concorrência?
Llorente – Sim, claro, acompanho de
perto o nosso setor. Holmes Report, PR Week publicam rankings todos os anos. Por ali dá para saber as empresas que têm
crescimento, projetos. Mas é uma mudança que precisamos fazer ao mesmo tempo em
que mantemos o negócio tradicional. Como se diz na indústria aeronáutica: é
preciso trocar os aviões, mas eles têm que continuar voando. Com o detalhe de
que as agências maiores têm mais dificuldades para evoluir; as mais flexíveis,
com maior capacidade de renovação, têm mais facilidades.
J&Cia – A Llorente y Cuenca está em qual posição
no ranking mundial?
Llorente – Entre as 50 primeiras.
J&Cia – E como estão as projeções para a América
Latina?
Llorente – Também muito boas.
Projetamos um crescimento constante e significativo. Mas não dá para ignorar
que o nosso negócio é muito afetado pelo câmbio. Por exemplo: as companhias que
trabalham no Brasil sofreram no último ano na conversão de seus resultados em
dólares ou euros, porque o câmbio foi afetado. Mas, no geral, creio que a
América Latina tem um ótimo potencial e terá um grande desempenho.
J&Cia – Depois do Brasil, em qual país vocês são
mais fortes?
Llorente – No México. Mas similar ao
Brasil, que é nosso segundo mercado, depois da Espanha. México é o terceiro,
mas muito parecido com o Brasil.
J&Cia – E Portugal?
Llorente – Portugal é um mercado muito
bom, mas é um país com apenas 11 milhões de habitantes.
J&Cia – Como vocês trabalham o intercâmbio das
equipes? Há um fluxo de brasileiros indo para fora, de estrangeiros vindo para
cá?
Llorente – Valorizamos muito a
diversidade. Por causa de nossa expansão geográfica, muitos de nossos clientes
pedem projetos que são desenvolvidos em diferentes países, diferentes culturas.
Nossa organização é muito aberta, flexível e sensível quanto à questão da
diversidade. Temos várias técnicas para fazer isso, várias políticas. Uma é
integrar equipes multipaíses para desenvolver projetos. Elas estão muito
acostumadas a trabalhar em conjunto com Argentina, Brasil, Colômbia, Espanha e
Portugal. Para outros projetos, a integração é de México, Colômbia e Brasil.
Isso é parte da rotina. Temos esse intercâmbio em praticamente todos os escritórios.
Mas devo ressaltar que essa diversidade já é uma realidade, independentemente
de intercâmbio. Temos aqui no Brasil, por exemplo, espanhóis, argentinos,
chilenos, colombianos, venezuelanos. Alguns vieram da Llorente y Cuenca, outros
já viviam aqui. Muitas pessoas imigram e tiramos proveito disso porque estamos
interessados nessa multiculturalidade para desenvolver os nossos trabalhos.
Pode ser que uma empresa exclusivamente brasileira não queira um colombiano que
mora aqui há sete anos, mas para nós é interessante. Um profissional que
conhece os costumes colombianos e brasileiros.
Bete Lima –
Fernando García, que é nosso diretor de Consumer Engagement, é espanhol, viveu
dez anos no Peru e está conosco aqui há um ano e meio Então, tem muita experiência
em três mercados.
Llorente – Diego Olavarría, que é nosso
diretor de Digital, é chileno mas mora em São Paulo há quase 20 anos. E há
outros exemplos. O componente multicultural, multirregional é muito valioso
para nós.
J&Cia – Agora que temos um amplo panorama da
empresa, podemos falar das novidades?
Llorente – O que vamos fazer é um
trabalho de rebranding da companhia,
mas que tem embasamento no novo discurso do que fazemos, para quê estamos aqui.
É um discurso mais focado nos clientes e menos em nós, nos desafios dos
clientes, na expertise que
desenvolvemos. Consideramos que isso tem a ver com que é a sociedade hoje.
Antes, as empresas falavam e os demais escutavam, era uma ação unidirecional.
Agora o mundo conversa. É mais um tempo de “nós” do que de “eu”.
Hoje o nosso site é mais focado na Llorente y Cuenca: quem somos, o que
fazemos, o que sabemos, onde estamos. O site e o novo approach para o mercado são mais sobre o que está acontecendo, o
que você está sentindo no desenvolvimento do seu negócio, qual é o seu
problema, quais são as soluções de que precisa, que experiência temos para
contribuir. Programamos diversas ações para divulgar isso simultaneamente para
toda a empresa.
J&Cia – Há quanto tempo essa mudança vem sendo
desenhada?
Llorente – Há um ano. O último rebranding que fizemos foi há três ou
quatro anos. Acho que foram quatro rebrandings
na história da companhia, que completará 25 anos em 2020.
J&Cia – Vai marcar o início das comemorações?
Llorente – Não, ainda não temos um
plano para isso. Não tem ligação. É uma reflexão sobre o mercado, qual o
posicionamento do nosso negócio, mais focado em consultoria. Costumamos dizer
que vivemos num mundo líquido. As fronteiras entre o que nós e outros fazemos não
são muito definidas. Advogados incursionam na nossa área, nós incursionamos na
área de publicidade, agora há essa interface tecnológica… é tudo muito
transversal. Os clientes hoje têm a expectativa de que as empresas de
consultoria olhem os problemas deles de forma global, não tanto em termos de
estrutura, que busquem soluções de impacto nos negócios, sem a preocupação de
que sejam para problemas de comunicação, estratégicos, de organização…
J&Cia – A propósito, como você vê a chegada de
grandes consultorias financeiras, de auditoria, ao nosso mercado, até
adquirindo empresas? Seria uma resposta a esse posicionamento?
Llorente – Acho positiva. Está dentro
da mesma lógica transversal de enfrentamento da realidade. É normal que tenham
a comunicação como parte da sua oferta de serviços. Pois o que fazemos é muito
relevante. Para qualquer projeto ter sucesso ele precisa ser bem gerido em
termos de comunicação. Comunicação no sentido amplo do termo. Então, são
bem-vindas. Se fizerem um bom trabalho, ótimo. Mas o nosso diferencial é que
temos expertise nisso, só sabemos de
comunicação, estamos 24 horas por dia desenvolvendo projetos nessa área.
J&Cia – A partir desse olhar, como você enxerga o
futuro dessa nossa indústria? Teremos empresas totalmente diferentes? Precisa
de uma bola cristal? (risos)
Llorente – Não, não preciso. Sim, serão
totalmente diferentes. Mas temos que estar preparados para isso. Porque as
mudanças são muito rápidas. Vemos isso em outros setores. Hoje se pode escrever
uma novela com inteligência artificial. Ela poderá, por exemplo, desafogar o
trabalho de um juiz de primeira instância, que tem milhares de processos mais
simples. Carrega o problema no computador, em dez minutos ele dá a sentença.
Hoje, se você aluga um apartamento e não paga, o processo leva dois anos para
resolver. Com a inteligência artificial, a solução sai no mesmo dia. Com o
nosso trabalho será a mesma coisa. As máquinas vão localizar quem está falando
o quê, a informação de que você precisa, qual é a opinião geral…
J&Cia – Você falou sobre os investimentos futuros na área de TI, mas a agência já tem um núcleo forte nessa área, decisivo para fazer esse acompanhamento, não é?
Llorente – Sim, claro. A ocupação de um dos nossos principais sócios é a inovação. Temos uma área de inovação na empresa, uma de tecnologia. Não vejo outro caminho. As empresas serão completamente diferentes. Porque para os clientes não importa se somos advogados, publicitários, comunicadores. O que eles querem são resultados.
Vivi Bueno (esq.), Eduardo Ribeiro, Maria Luiza de Castro, Hamilton Almeida e Marcelo Hirashima
Vivi Bueno (esq.), Eduardo Ribeiro, Maria Luiza de Castro, Hamilton Almeida e Marcelo Hirashima
PAs equipes deste Jornalistas&Cia e do gabinete do vereador Eliseu Gabriel reuniram-se em 1º/4 para dar início aos preparativos da segunda edição do Prêmio Landell de Moura de Radiojornalismo, criado por lei da Câmara Municipal de São Paulo para homenagear os profissionais que atuam no rádio paulistano e a memória do padre-cientista Roberto Landell de Moura, inventor do rádio e ainda um quase desconhecido no Brasil, sua terra natal. A cerimônia de premiação está confirmada para 10 de junho, no Salão Nobre da Câmara Municipal.
São quatro as categorias da premiação: Melhor Âncora, Melhor Repórter, Melhor Comentarista e Melhor Programa, sempre em radiojornalismo. Em 29/4 começa a votação para livre indicação de nomes, que se estenderá até 13 de maio. A definição dos três finalistas de cada uma das categorias será feita em 20/5 por uma Comissão de Julgamento (a ser ainda criada), que se reunirá na própria Câmara. Os 12 finalistas receberão diplomas oficiais da instituição na solenidade de premiação, quando também serão anunciados os campeões das quatro categorias.
Guilherme Azevedo, que criou e por dez anos comandou o site de jornalismo cultural Jornalirismo e que deixou o UOL em janeiro, acaba de lançar Ipiranga22, jornal de bairro online para o Ipiranga e região, zona sul de São Paulo. Segundo ele, a cobertura é dedicada a valorizar histórias de gente e de negócios, com uma pegada histórica e de preservação da memória.
“É a primeira vez que faço jornalismo de bairro e estou encantado com a experiência”, diz Guilherme. “É um jornalismo muito bem marcado, delimitado até geograficamente, com um sentido comunitário explícito. Algo que dificilmente sentimos quando trabalhamos numa grande empresa de comunicação. Sinto como se tivesse chegado ao mínimo múltiplo comum do jornalismo, a algo essencial, resultado de visão e ação depurada”.
Para fazer jus às suas origens, ele afirma que, além do espírito colaborativo e comunitário, o Ipiranga22 também se diferencia por sua ênfase em reportagem clássica e multimídia, com os pés na rua: “Os princípios da reportagem literária, do jornalismo exercido com lirismo e como arte, são parte da diretriz do jornal”.
A empresas e empreendedores locais interessados em divulgar produtos e serviços para o público-alvo, ele criou espaços dinâmicos de publicidade, como banners interativos e anúncios só de texto, “tudo por um preço acessível a todos os tamanhos e gêneros de negócios”.
Além de Guilherme, na coordenação editorial geral, o Ipiranga22 conta com a pedagoga e jornalista Ingrid Francini e o repórter fotográfico e editor de imagem Rogério Albuquerque (ex-Globo Rural e Época Negócios). A atualização do conteúdo é semanal. Mais informações pelos contatoipiranga22@gmail.com e 11-981-624-750 (WhatsApp).