A JeffreyGroup anunciou nesta terça-feira (29/10) a contratação de Patrícia Ávila para o cargo de diretora-geral no Brasil. Ela substitui a Rodrigo Pinotti, que ocupava o posto desde 2017 e que deixou a companhia. A partir de dezembro, Patrícia será responsável pela maior operação do grupo, que tem no Brasil mais de 150 colaboradores, em escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Patrícia vinha atuando desde o ano passado como CEO da BCW no Brasil, tendo desempenhado anteriormente a mesma função na Burson-Marsteller, onde ingressou em 2010. Sua trajetória inclui ainda cargos executivos em Comunicação na Andreoli MSL, na McKinsey & Company e no Hospital Israelita Albert Einstein, um dos atuais clientes da JeffreyGroup.
“Com sua ampla experiência em estratégias de
comunicação corporativa e negócios, Patrícia agrega uma perspectiva valiosa à
prestação de serviços aos nossos clientes”, afirma Brian Burlingame, CEO da JeffreyGroup. “Queremos aproveitar
essa experiência para impulsionar o crescimento e a evolução de nossa operação
no Brasil e somá-la às competências do nosso time regional de líderes.”
No País, a JeffreyGroup atende ainda marcas como Airbus, Algar, American Airlines, Bayer, Camargo Corrêa Infra, Citibank, GE, Marriott International, MasterCard, Pernod Ricard, Salesforce e Tetra Pak.
Jornalista parece movido a café. No ambiente de trabalho, cada um de nós bebia dezenas de xícaras ou copinhos plásticos ao longo do expediente, com os quais dávamos breves pausas para calibrar o pique na escrita. Sair da cadeira e buscar a bebida quente também era a senha para puxar um ou outro colega até uma reunião informal de pauta ou só para tomar pé do bochicho do dia. Naqueles tempos elegantes, o cafezinho convertia-se ainda em ritual de hora marcada e personagens únicos.
A lembrança mais briosa que guardo do velho hábito de ofício é o cortejo
do carrinho prateado do Jair pelos corredores das redações do Jornal do
Comércio e do Jornal de Casa, em Belo Horizonte. Religiosamente, às 14h, o
senhor simpático de camisa social branca e gravatinha borboleta preta passava
de mesa em mesa com seu fumegante bule, servindo repórteres e editores em
porcelanas timbradas. Elvira Santos
festejava. Eu sempre pedia meu café sem açúcar ou adoçante. “Para mim, cowboy, por favor”, brincava.
Em outras empresas que labutei, a busca rotineira pelo outrora ouro
negro do “Brazil” repetia-se noutros formatos, com espaços e utensílios
próprios. Na sede paulistana do extinto Brasil Econômico, por exemplo, havia
uma copa self service
ajeitadinha, onde acionávamos máquinas que preparam nosso essencial café. Era
um cantinho no polo oposto ao dos aquários dos chefes, bom para todos
conversarem em pé. É. Aqueles em cujas veias corriam tinta de jornal e cafeína
sempre valorizavam uma boa prosa.
Na antessala estreita da redação do Correio Braziliense, a maior da
capital federal, que dá para um dos elevadores, havia garrafas térmicas para
jornalistas e visitantes, aos quais advertíamos (com exagero) que café de
redação era “o pior do mundo”, embora fosse também o mais consumido. As opções
binárias – com e sem açúcar – juntavam-se a uma terceira, com apenas água
quente, para quem tivesse saquinhos de chá. Tudo do bom e do melhor, sem correr
o risco de heresias como a do café descafeinado.
Meu editor Adilson Borges é
quem me ensinou o caminho do estimulante aroma n’A Tarde, em Salvador. Até as
17h, pegávamos o café na copa e nos sentávamos num sofá defronte a ela. A
partir daí, restavam-nos garrafas térmicas colocadas sobre uma mesa bem no meio
da redação, que também era usada em aniversários e despedidas. No Estado de
Minas, por sua vez, o ponto de encontro era uma máquina italiana ao lado do
bebedouro, na entrada dos banheiros. Café liberado, só na área externa
reservada aos fumantes, que depois ganhou a companhia de uma lanchonete. Papo
bom.
Muito antes da proliferação das máquinas de expresso pelas editorias,
com cartuchos variados, já desfrutávamos do fator gregário do café. Seu
espírito comunitário turbinava-se nos fumódromos, em parceria com cigarros. Até
quem não fumava era tentado a desfrutar de encontros enfumaçados onde irrompiam
ricos debates em torno da conjuntura. As tertúlias espraiavam-se por pequenas
cafeterias, com ou sem livros, que surgiam no entorno dos prédios dos jornais,
onde íamos atrás de… prosa.
Então, vamos tomar café?
Silvio Ribas
Sílvio Ribas é assessor do senador Lasier Martins (PSD-RS), e voltou a colaborar com este espaço.
A Comunicação do Governo do Estado de São Paulo abriu em 24/10 um edital para prestação de serviços relacionados a comunicação digital, como planejamento, desenvolvimento e execução de soluções de inteligência.
A primeira entrega dos envelopes ocorrerá em 12/12, às 15h30,
no Palácio dos Bandeirantes (av. Morumbi, 4500). A entrega do edital e o
recebimento da proposta serão, respectivamente, às 15h20 e às 15h25. O edital está
disponível no mesmo endereço, das 10h às 16h, e no site www.imesp.com.br, em e-negócios
públicos.
A revista Rolling Stone lança nessa segunda-feira (28/10) a Rolling Stone Country, dirigida ao público do sertanejo e do country americano, em todas as plataformas. Terá notícias, entrevistas, reportagens, análises de álbuns e novidades sobre a carreira e a vida dos principais nomes desse universo e outras personalidades relacionadas, como atletas e produtores musicais.
O site
da Rolling Stone Country já está no ar, com leiaute moderno e menu
reduzido para facilitar a o acesso. As editorias são: Notícias, Mais Lidas, Internacional,
Entrevistas e Bombando.
A redação da Rolling Stone Country é integrada à da Rolling
Stone, localizada em São Paulo, liderada por Pedro Antunes, editor-chefe,
e Felipe Branco Cruz, editor assistente responsável pela produção do
conteúdo da Rolling Stone Country no portal e nas redes sociais.
Luis Maluf, diretor-geral da
marca Rolling Stone no Brasil, conversou com o Portal dos Jornalistas sobre a
nova versão, qual a sua importância/relevância, a equipe responsável e qual tem
sido a repercussão do projeto.
Portal dos Jornalistas − Como
surgiu a ideia para a Rolling Stone Country?
Luis Maluf − A marca Rolling Stone
é referência mundial em informação de qualidade sobre música, cultura,
comportamento e política. Ao mesmo tempo, o universo country, que no
Brasil contempla a música sertaneja, é interesse de milhões de pessoas. Há
anos, a música sertaneja é a mais ouvida no País, os shows arrastam multidões,
os artistas do gênero influenciam um número gigantesco de seguidores nas redes
sociais, por exemplo. A proposta da Rolling Stone Country é oferecer para esse público
informações relevantes, atuais, escritas com imparcialidade, sobre o country-americano,
o sertanejo e todo esse universo. Dessa forma, estamos unindo nossa maneira de
fazer jornalismo com o interesse desses milhões de brasileiros.
Portal − Qual a importância
de dedicar uma publicação exclusivamente ao universo sertanejo?
Maluf – O universo country
merece um espaço só dele. Optamos por uma plataforma separada pelo tamanho do
mercado e pela diversificação de temas e abordagens que podemos ter. O volume
de assuntos é imenso e não seria justo com o público, com os artistas e outros
personagens desse mercado que o country fosse uma editoria dentro da
nossa plataforma. Acreditamos que com uma plataforma dedicada será possível
entregar uma experiência de conteúdo totalmente diferente da qual o público que
gosta do estilo sertanejo está acostumado a receber.
Portal − Quem
são os jornalistas que integrarão a equipe? Quais serão suas funções?
Maluf − Inicialmente, a redação
contará com cinco jornalistas dedicados exclusivamente à produção de conteúdo
para a Rolling Stone Country. A redação é liderada pelo nosso editor-chefe
Pedro Antunes, experiente jornalista musical, com passagem pelo jornal O Estado
de S. Paulo, que desde novembro do ano passado é responsável pelo conteúdo do
site da Rolling Stone. A lado dele está Felipe Branco Cruz, nosso editor assistente,
que cuidará da produção de todo o conteúdo da Rolling Stone Country, tanto no
portal quanto nas redes sociais, além de repórteres focados no assunto. Com experiência
em música e entretenimento, antes de assumir essa função na RS Country Felipe
passou pelas redações de O Estado de S. Paulo, R7 e UOL.
Portal − Você
não tem medo de associar o sertanejo a um nome tão tradicional para o rock,
como é Rolling Stone? Poderia haver uma repercussão negativa por parte desses fãs
especificamente?
Maluf − Como eu disse, a Rolling
Stone é uma das principais publicações do mundo sobre cultura, comportamento e
música, especialmente o rock. Ao criarmos a Rolling Stone Country estamos
levando para um outro público, que é o que curte o country-americano e o
sertanejo, nossa expertise, nossa forma de informar. Ao utilizarmos uma
plataforma separada da tradicional Rolling Stone, respeitamos e atendemos os
dois públicos. São canais diferentes com conteúdo diferentes, mas com a mesma
qualidade, a mesma preocupação com o respeito aos artistas, credibilidade e
imparcialidade. Acho que todo mundo ganha com isso e todas preferências musicais
devem ser respeitadas. Além disso, para 2020 planejamos lançar aqui no Brasil
novas plataformas da Rolling Stone, expandido a marca para outros segmentos e
temas.
A votação para a escolha dos +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças foi prorrogada até quinta-feira, 31 de outubro. Podem votar os jornalistas e profissionais que atuam nas redações e áreas de comunicação e afins de empresas, agências e outras organizações, e que estejam cadastrados pela Maxpress.
Para se cadastrar é simples, basta encaminhar mensagem para o e-mail [email protected] solicitando a inclusão. A apuração está marcada para o dia 1º de novembro, na sede da Maxpress, em São Paulo.
Estão classificados para esse segundo turno 90 profissionais
e 42 veículos de comunicação, de onde sairão os TOP 50 profissionais e os
veículos campeões das categorias Jornal, Revista, Programa de Rádio, Programa
de TV, Site/Blog e Agência de Notícias.
A festa de premiação está marcada para 25 de novembro, em
almoço para 120 convidados no Renaissance Hotel, em São Paulo. O prêmio é
patrocinado por BTG Pactual, Capitalys, Deloitte, Gerdau e Telefônica | Vivo e
conta com o apoio da Gol, apoio institucional de Abracom, Abrasca, Ibri e Codin
e com a colaboração da Mestieri PR.
Manifestantes atearam fogo no prédio do El Mercurio, o mais antigo jornal do Chile, fundado em 1827, em meio aos protestos realizados no país nos últimos dias contra as políticas do governo do presidente Sebastián Piñera. O vandalismo foi classificado pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) como um grave atentado à liberdade de imprensa no país. Christopher Barnes, presidente da SIP e diretor geral do diário The Gleaner, da Jamaica, disse que a entidade exige das autoridades “garantias para que a imprensa chilena não se converta em alvo da violência”.
O episódio foi no último sábado (19/10), na cidade portuária de Valparaíso. Os manifestantes quebraram a porta do prédio da sede do El Mercurio e queimaram parte das instalações por dentro. Os bombeiros conseguiram apagar as chamas. O primeiro andar da edificação, segundo o diário chileno La Nación, teria sido completamente queimado. Além disso, as chamas atingiram a fachada do jornal. Alguns móveis e itens foram retirados e queimados na rua. Os empregados que estavam no prédio, onde também funciona o jornal La Estrella, foram evacuados. (Com informações da ANJ)
A quinta e última edição de 2019 do Projeto Empresa Cidadã tem circulação programada para 4/11. O tema será Voluntariado – Humanismo contagiando pessoas e organizações em torno do bem-estar e do protagonismo social. Para conduzi-la, J&Cia convidou o repórter especial Danylo Martins, que já integrou as equipes de Você S/A e Valor Econômico (impresso e online) e que escreve para cadernos especiais e revistas do próprio Valor, entre outros veículos.
Segundo Eduardo Ribeiro, idealizador do projeto e diretor deste J&Cia, “as organizações cidadãs têm incentivado formal e informalmente e de forma crescente a participação de seus quadros em ações de voluntariado de todas as naturezas. Isso reflete o conceito de que o papel de uma organização vai muito além de seu core business”.
O especial já conta com o apoio das empresas GPA, Braskem e Henkel, e o apoio de divulgação do I’Max. Outras adesões podem ser feitas com Silvio Ribeiro, pelo 11-3861-5280 ou [email protected].
A Câmara dos Deputados instalou nessa terça-feira (22/10) o Conselho Consultivo de Comunicação Social da instituição, criado em maio passado. O objetivo do novo órgão é discutir e estabelecer uma política de comunicação para a Câmara, ou seja, como a instituição deve se comunicar com a sociedade. Vinculado à Presidência da Casa, na condição de órgão assessor, é composto por cinco deputados, dois servidores e quatro representantes da sociedade civil.
Os parlamentares são Damião Feliciano (PDT/PB – presidente), Fabio Schiochet (PSL/SC – secretário de Comunicação Social), Orlando Silva (PCdoB/SP – secretário de Participação, Interação e Mídias Digitais), Eduardo Barbosa (PSDB/MG – Ouvidor-Geral) e Roberto de Lucena (PODE/SP – secretário de Transparência; os servidores, David Miranda Silva Almeida (diretor executivo de Comunicação Social) e Jorge Paulo de França Junior (diretor executivo de Participação, Interação e Mídias Digitais); e os representantes da sociedade civil, Ney da Nóbrega Ribas (presidente do Observatório Social do Brasil), Renata Vicentini Mielli (coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação) e Heron Cid César Madrid (presidente da Associação das Mídias Digitais da Paraíba).
O quarto representante da sociedade civil ainda não foi definido. Mais informações na Secretaria Executiva, pelo [email protected] ou 61-3216-1500.
Começou a operar em 19/10 o portal Festanejo, canal de notícias do gênero sertanejo. Idealizado pelo cartunista José Alberto Lovetro (JAL), em parceria das empresas Arriminum e Way Comunicações, o veículo tem o objetivo de proporcionar novidades aos fãs do estilo com qualidade, de forma única e fugindo de clichês, desde o sertanejo raiz ao universitário.
Os visitantes já podem conferir no site a entrevista exclusiva de Mauricio de Sousa, que fala um pouco sobre o personagem Chico Bento; um bate-papo sobre carreira e futuro com a dupla Otávio e Raphael; e informações sobre o 1º Concurso de Cartuns Festanejo de Humor. Também é possível encontrar notícias diárias, os principais lançamentos e eventos relacionados ao universo caipira.
“O movimento sertanejo precisava de uma visão além do que há na área de informação para mexer com a música e o modo de vida do gênero”, diz JAL. “Para isso, teremos, pela primeira vez, uma linha do tempo dessa história, desde o descobrimento do Brasil até os dias de hoje. Também uma área de humor nunca antes desenvolvida com os cartunistas. E algumas surpresas, além de muita informação diária. Enfim, quem entrar vai gostar e voltar sempre”.
Informações à imprensa na Way Comunicações, com Bete Nicastro ([email protected]) e Sabrina Costa (sabrina@), pelos 113862-0483 / 1586 / 996-592-111.
O engajamento da imprensa britânica em questões ambientais tem sido uma prática cada vez mais comum. Alguns veículos vão além de noticiar fatos relacionados à mudança climática, chegando a adotar causas.
Um exemplo é The Times, que em
maio lançou o projeto Clean Air for All
(Ar limpo para todos), destinado a pressionar
Governo e Parlamento a aprovar uma legislação capaz de diminuir a poluição
atmosférica. Como parte da iniciativa, o
jornal promove eventos e publica séries de reportagens destacando os danos
causados pelo ar poluído.
Já o Daily Telegraph escolheu
como bandeira o problema dos resíduos sólidos. Criou a campanha Zero Waste, um guarda-chuva para
matérias sobre diminuição de embalagens, reciclagem e substituição de
matérias-primas por outras menos poluentes.
The Guardian não adotou uma causa
especifica, mas decidiu rever a sua forma de editar notícias relacionadas ao
meio ambiente. Contratou uma consultoria, a Climate Visuals, para fazer uma
pesquisa e identificar como as pessoas reagem a imagens sobre o tema, e que tipo de impacto visual tem mais potencial
de gerar engajamento e mudança.
Com base no estudo, elaborou um
conjunto de diretrizes para os jornalistas que selecionam imagens no jornal,
valendo também para agências e fotógrafos com quem trabalham. O princípio
fundamental, anunciado na edição digital do último domingo (20/10), é de que as
fotos reflitam o impacto direto das questões ambientais sobre a vida das
pessoas, em vez de retratar apenas paisagens ou situações que não demonstrem
claramente os efeitos causados ao ser humano.
No texto em que apresenta as
novas diretrizes, o Guardian reconhece o desafio dos editores, geralmente com
pouco tempo para escolher fotos. E também a dificuldade de os fotógrafos
captarem cenas mostrando efeitos da mudança climática. Sobretudo porque muitas
vezes esses efeitos não são “visíveis” a olho nu.
Observa ainda que o público adora
animais como ursos polares e pandas, o que muitas vezes leva os editores a
selecionar fotos dessas criaturas fofas para ilustrar reportagens sobre mudança
climática. Ou lindíssimas cenas de geleiras brancas derretendo. Mas sustenta
que são cenas distantes da realidade da maioria das pessoas, e que não estão
diretamente relacionadas aos seres humanos, o que reduz o senso de urgência da
questão ambiental que as matérias precisam despertar.
Segundo The Guardian, a pesquisa
da Climate Visuals apontou que as pessoas respondem mais fortemente a histórias
humanizadas e imagens que as tornem relevantes para o indivíduo. Foram
apresentadas comparações interessantes, como a bela foto em tons avermelhados
de uma floresta em chamas em contraste com outra, nem de longe tão bonita, de
uma mulher e uma criança usando máscaras contra poluição.
A tese do jornal é de que as
fotos com gente sofrendo os efeitos da poluição ou dos incêndios florestais
devem ser a escolha prioritária dos editores. E a norma já começou a ser
colocada em prática, como se pode ver na edição de segunda-feira (ver foto
Guardian).
O jornal também apontou uma
contradição comum em reportagens sobre o aquecimento global. Muitas vezes são
ilustradas por fotos de gente se refrescando em fontes, passeando sob o sol ou
se divertindo em praias lotadas, o que acaba por transmitir um sentimento de
celebração, e não da preocupação que o tema merece.
A ideia por trás dessas novas
diretrizes é que a edição vá além da estética, tornando as fotos parte da
história, em sintonia com a gravidade da
situação sobre a qual se escreve. E dessa forma provoquem o engajamento do
público no problema ambiental. Em um mundo dominado pelas redes sociais, nas quais
muitas vezes a imagem tem relevância maior do que o próprio texto, isso se
torna ainda mais crucial para que o jornalismo ajude a mobilizar a sociedade.
Extinction Rebellion, além da
conta – Na semana passada falamos aqui sobre os protestos do
Extinction Rebellion e sobre sua estratégia descentralizada de atuação, com
unidades independentes realizando ações alinhadas aos princípios do grupo. A
popularidade das manifestações seguia alta, até que algo saiu do controle.
No meio da semana, um ato no
metrô de Londres, com manifestantes sobre um vagão impedindo a partida, acabou
em confusão. Os próprios passageiros atacaram os manifestantes e a coisa terminou em conflito.
O episódio corroeu um pouco a boa
imagem dos protestos. Porta-vozes do XR se dividiram, alguns defendendo a ação
e outros admitindo que não estava totalmente em linha com a proposta inicial de
atos pacíficos.
A polícia ficou bem na foto, pois
nem precisou atuar para liberar o vagão. Mas não se livrou de cenas de impacto
que ganharam o mundo, como a
prisão de um manifestante vestido de brócolis.
Nesse caso, talvez tivesse sido melhor deixar o simpático ativista livre para
evitar a chacota.