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quarta-feira, outubro 8, 2025

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Fernando Rodrigues passa a comandar Poder em Foco no SBT

Fernando Rodrigues / Crédito: Sérgio Lima/Poder360
Fernando Rodrigues / Crédito: Sérgio Lima/Poder360

O programa de entrevistas Poder em Foco retorna ao SBT em 29/9 (domingo), agora comandado por Fernando Rodrigues diretamente de Brasília e com um novo cenário.

Fernando é o fundador do jornal digital Poder360 e já foi correspondente em Nova York, Washington e Tóquio. Acumula alguns prêmios em sua careira, como quatro Esso (1997, 2002, 2003 e 2006) e o Maria Moors Cabot (2018).

O programa irá ao ar todos os domingos, às 0h00, e nas plataformas digitais do SBT Online e no Poder360, simultaneamente. Poderá contar, além do entrevistado, com a participação de jornalistas convidados de acordo com o tema abordado.

CanalEnergia ganha seu primeiro prêmio internacional

A reportagem da agência CanalEnergia Baterias podem chegar mais rápido do que pensamos, escrita por Maurício Godoi, foi uma das vencedoras do prêmio The Energy Of Words International Media Contest, que reconhece anualmente jornalistas que deram uma contribuição significativa ao suporte de informações sobre questões, decisões e tendências no campo da energia global.

Maurício diz estar muito orgulhoso de ter a reportagem sobre armazenamento de energia escolhida entre as vencedoras: “O tema ganha cada vez mais importância no mercado brasileiro, ao passo que temos o avanço das renováveis em nossa matriz energética. Com a perspectiva de entrada do preço horário em 2021 na CCEE abre-se uma grande janela de oportunidade para o segmento”.

A premiação será durante o Global Energy Prize, em Moscou, na Rússia, na primeira semana de outubro. Clique aqui para ver a reportagem premiada na íntegra.

Sheila D’Amorim toca, com Fernando Guedes e Isabel Sobral, a SHIS Comunicação

Equipe da SHIS Comunicação. Fernando Guedes, Sheila D'Amorim e Isabel Sobral.
Equipe da SHIS Comunicação. Fernando Guedes, Sheila D’Amorim e Isabel Sobral.

Sheila D’Amorim começou efetivamente a operar a sua SHIS Comunicação – agência focada em consultoria, conteúdo e treinamento em comunicação –, em parceria com Fernando Guedes e Isabel Sobral. Ela explica que o modelo de empresa foi desenvolvido em 2016, levando-se em conta um nicho de mercado que exige um novo olhar sobre a comunicação, de forma integrada nas empresas.

Sheila implementou entre 2016 a 2018 o projeto de comunicação integrada no Banco do Brasil. A SHIS, agora, faz o mesmo na Cielo.

Também economista, ela foi repórter nessa área nas sucursais Brasília de Folha de S.Paulo, Estadão, O Globo e Gazeta Mercantil. Atuou como assessora especial no Ministério da Fazenda, na gestão de Guido Mantega, além de ser especializada em coaching, programação neurolinguística e certificada para trabalhar com a metodologia Lego Serious Play. É ainda uma das fundadoras do núcleo DF do grupo Mulheres do Brasil, criado pela empresária Luiza Trajano, e faz palestras sobre a temática diversidade de gênero.

Isabel, ex-O Globo, Estadão e In Press, é especialista em Previdência, mercado de trabalho e defesa da concorrência. Já Fernando trabalhou em TV Globo, SBT, TV Bandeirantes, O Globo, além de ter sido secretário de Imprensa da Secom/PR e coordenado programas para TV em várias campanhas eleitorais

Em conversa com este J&Cia, Sheila deu detalhes do trabalho.

Jornalistas&Cia – Por quê o nome SHIS?

Sheila D’Amorim – Ele nasceu de uma brincadeira. Como nossa expertise é Brasília e foi aqui que nós três desempenhamos nossos trabalhos, na maior parte do tempo, queremos exaltar nosso conhecimento da cidade. Por isso, também, escolhemos as cores azul e verde, que sinalizam os endereços em placas na Capital Federal. SHIS corresponde ao nosso endereço no Setor de Habitações Individuais do (Lago) Sul. É claro que aceitamos trabalhos de fora, mas nossa expertise é Brasília.

J&Cia – E o que é de fato novo na empresa?

Sheila – Pensamos na comunicação de forma integrada. Por exemplo, numa empresa uma área pensa isso, outra pensa aquilo, e é preciso pensar no conteúdo que se quer trabalhar, nas dores do cliente, nas necessidades que eles têm para fora, como com a marca, e também para dentro, com os funcionários. Identificadas as necessidades, exploram-se os canais adequados para trabalhar. Não temos produtos de prateleira, mas eixos de comunicação a desenvolver. O método Lego, por exemplo, criado e aplicado mundialmente, aplica os blocos de Lego para estimular a comunicação, facilitar o pensamento, materializar ideias e encontrar soluções para cada ação específica da comunicação, integrando-as depois. Porque comunicação é a espinha dorsal de uma empresa, e é preciso pesquisar com profundidade as demandas apresentadas, feitas por exemplo, com escuta ativa, compartilhamento de opiniões etc.

J&Cia – E como funciona a prospecção de negócios?

Sheila – Temos uma lista de associados composta por uma rede de profissionais específicos que desempenham determinados trabalhos, na forma de jobs. E a SHIS tem três funcionários fixos: dois que operam em um núcleo de análise; e um de consultoria, que é a Regina Pires, que há duas semanas deixou o Ministério da Agricultura para trabalhar conosco.

+Admirados da Economia: Começa o primeiro turno de votação

Começou nessa quarta-feira (18/9) e vai até 2/10 o primeiro turno da votação do Prêmio Os +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, que indicará os finalistas ao TOP 50, entre os profissionais, e os líderes de veículos nas categorias Jornal, Revista, Programa de Rádio, Programa de TV, Site/Blog e Agência de Notícia. Estão sendo convidados a votar cerca de 57 mil profissionais, entre jornalistas de redação e executivos de comunicação corporativa.

De livre indicação, nessa etapa os eleitores são convidados a indicar até cinco nomes de profissionais e até três veículos de comunicação em cada uma das seis categorias, entre os que mais admira. O total de indicações recebido é que definirá a linha de corte e os finalistas que irão a segundo turno.

A festa de premiação está marcada para 25 de novembro, no Renaissance Hotel, em São Paulo, num almoço para 120 convidados. A iniciativa conta com o patrocínio de BTG Pactual, Captalys, Deloitte e Gerdau; apoio institucional de Abracom, Abrasca, Codim e Ibri; e parceria da Maxpress.

Outras informações com Silvio Ribeiro ou Fernando Soares, pelo 11-3861-5280.

Natália Cuminale deixa Veja para tocar projeto pessoal

Natalia Cuminale lançará o Guia de obesidade em 18/2
Natália Cuminale – Crédito: Heitor Feitosa

Após 11 anos na Editora Abril, os últimos sete como repórter de Saúde em Veja, Natália Cuminale despediu-se da revista em 20/9 para se dedicar à criação de uma startup de jornalismo, também na área de Saúde, que promete divulgar em breve.

Formada em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, Natalia fez cursos de liderança executiva sobre desenvolvimento infantil e novas fronteiras nos cuidados com a saúde na Universidade de Harvard, em Boston, e de residência em Jornalismo de Saúde na Mayo Clinic, em Jacksonville.

Em Veja, emplacou diversas capas e reportagens especiais, além de ter comandado o programa semanal de entrevistas Veja Saúde, no canal de vídeo online da publicação.

Portal ViverAgora cria canal de vídeo web para terceira idade

O portal ViverAgora, destinado ao público com mais de 50 anos, criou o ViverAgora.TV, canal de vídeo web com entrevistas e programas de conteúdo destinado ao público sênior. O responsável pelo projeto é Ricardo Mucci, estudioso dos impactos da ciência e da tecnologia na longevidade.

Mucci destaca a importância dessa faixa etária: “Eles são os protagonistas da Revolução Prateada, da Silver Economy. Um segmento importante da população, que cresce vertiginosamente em escala mundial”.

O lançamento será no estande do ViverAgora no Longevidade Expo+Fórum, em São Paulo, de 29/9 a 1º/10, no Expo Center Norte (rua José Bernardo Pinto, 333).

Abear de Jornalismo prorroga inscrições até 27/9

O prazo para concorrer à sétima edição do Prêmio Abear de Jornalismo foi prorrogado até 27/9. Promovida pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas, a iniciativa estimula, reconhece e valoriza matérias jornalísticas sobre a aviação comercial brasileira, e distribuirá R$ 48 mil em prêmios nesta edição.

Dentre as novidades deste ano, a categoria especial Asas do Bem, lançada na última edição da premiação para destacar o transporte gratuito de órgãos para transplante realizado pelas companhias aéreas, passa a se chamar Asas do Bem e Responsabilidade Social. A categoria é voltada para trabalhos que abordam, além do transporte de órgãos, ações realizadas ou apoiadas pela aviação comercial nas áreas de saúde, educação, cultura, esporte, acessibilidade, moradia, meio ambiente e sustentabilidade.

A sétima edição do concurso também conta com as tradicionais categorias Experiência de vooCompetitividadeCargas, Inovação e Sustentabilidade; e Imprensa setorizada, além do Prêmio Imprensa Regional, que reconhece veículos e jornalistas sediados fora das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O melhor trabalho dentre todos os inscritos também será contemplado com o Grande Prêmio Abear de Jornalismo. Podem concorrer matérias veiculadas no período de 1º de outubro de 2018 a 20 de setembro de 2019. Em seis edições, o prêmio recebeu mais de 700 inscrições de 23 Estados e Distrito Federal e premiou mais de 30 profissionais. A cerimônia de premiação será em novembro, em Brasília. Mais informações e inscrições no link

Cláudio Magnavita relança o Correio da Manhã como um jornalão de final de semana

Cláudio Magnavita

Cláudio Magnavita, atual dono do título Correio da Manhã, retoma a publicação. O jornal volta com uma edição impressa semanal, circulando às sextas-feiras, com perfil analítico e de opinião. “Este é o papel que está reservado para o impresso, um jornalão de final de semana”, afirma. A versão online e das redes sociais entrou em operação nessa quarta-feira (18/9).

Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro, conversou com Magnavita sobre o empreendimento

Jornalistas&Cia – Por que relançar o Correio da Manhã?

Cláudio Magnavita – Sei que estou na contramão do impresso. A notícia mais recente é que o DCI vai parar de circular no impresso (veja na capa desta edição). Vejo um espaço para o semanal como a grande tendência para o final de semana.

O Correio volta a ser um jornal comandado e feito por jornalistas. Não tem um grupo empresarial por trás. A marca que hoje é nossa, já esteve nas minhas mãos quando eu era do grupo Visão, então dono do título. Agora voltou – a marca definitivamente é nossa. É um jornal de final de semana. Vai circular em bancas e por assinaturas, no Rio, em São Paulo e Brasília. Teremos hot news no online e nas redes sociais em tempo real, como em todas as colunas semanais atualmente, além de entrevistas gravadas em vídeo.

J&Cia – Qual é o foco do novo jornal?

Cláudio – Nosso interesse é o conteúdo. Esse sempre foi o diferencial do próprio Correio. Trabalhamos com cinco edições na frente, para termos uma abordagem com profundidade. Na manchete, haverá sempre uma grande reportagem. Temos colunistas que estão ligados à história do jornal, entre eles Ruy Castro e Jânio de Freitas. Temos acordo com FolhaPress e Agência Brasil para o noticiário geral.

J&Cia – Em Portugal existe um jornal com o mesmo título.

Cláudio – O jornal de Portugal surgiu muito depois [NdaR.: foi fundado dez anos após a extinção do Correio da Manhã no Brasil]. Eu os conheço, nos damos bem, mas não tem qualquer conexão com o produto do Rio.

J&Cia – Quem faz o Correio?

Cláudio – Eu sou o publisher. Tenho experiência em grandes jornais, como Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil e, em São Paulo, fui diretor geral do grupo Visão – DCI e Shopping News, além da revista Visão. Em tevê, na rede CNT. O segundo é meu sócio Fernando Nogueira, editor executivo, também vindo do DCI. Temos outros, é só ver no expediente, como Nelson Vasconcellos, ex-O Dia e O Globo.

J&Cia – E sua equipe?

Cláudio – A estrutura da redação hoje é uma só, que se multiplica pelo cross media. Temos uma redação montada para o Jornal da Barra. Há três anos, fizemos retrofit da publicação e foi um sucesso. Impresso na gráfica do Globo, tem distribuição gratuita em 50 newspaper racks – o que é, portanto, um ato de vontade – espalhados na Barra e no Recreio, e hoje circulamos com 30 mil exemplares e receptividade muito boa. Usamos essa plataforma, e também a do Jornal de Teatro e do Jornal de Turismo, que sempre estiveram relacionadas. Estou otimizando uma estrutura que já mantenho.

J&Cia – As colunas de notas têm bastante espaço no jornal…

Cláudio – Sim, são três, cada uma com foco num nicho. Anna Maria Ramalho faz o colunismo tradicional do Rio. Lilliana Rodrigues aborda cultura. Nina Kauffmann resgata o colunismo social, com a cobertura de eventos, de gente, sempre com uma pegada carioca. Temos também colaboradores eventuais.

J&Cia – O que diferencia o Correio dos outros jornais?

Cláudio – Eu brinco que é um jornal de cabelo branco, que procura mesclar a experiência de redação com a juventude. Fazemos programas para estagiários, e não é para ter mão de obra barata. Já estamos na segunda geração de contratados, para todas as nossas publicações.

J&Cia – O que pretende manter da tradição?

Cláudio – Esta edição reproduz um texto significativo do veterano Paulo Couto, como um elo da retomada. Em 1974, ele foi o responsável pela última edição imprensa do jornal. A nova edição começa a contar numericamente a partir desse número.

Jornal histórico

Muitas são as coincidências. Como Niomar Moniz Sodré Bittencourt, Magnavita também é baiano de Salvador. No editorial do número zero, aparecem os nomes dos fundadores e primeiros dirigentes do jornal, de volta exatamente 50 anos depois de terem sido afastados, por pressão da ditadura, em setembro de 1969.

Magnavita completa: “Só lamento Fuad Atala não estar aqui [NdaR.: faleceu em maio deste ano]. Grande amigo meu, inspirador, escreveu o livro Correio da Manhã – Réquiem para um leão indomado”.

Sobre o futuro, ele não comenta, mas tem uma carta na manga: outra marca notória, para lançamento ainda este ano.

E mais…

Por mais uma feliz coincidência, Maria do Carmo Rainho, historiadora e pesquisadora do Arquivo Nacional, inaugurou em 16/9, na Universidade de Salamanca, na Espanha, a exposição fotográfica Correio da Manhã: revolução das imagens nos anos 1960. Uma iniciativa do Centro de Estudios Brasileños, a mostra é resultado da pesquisa de Rainho sobre o jornal que teve papel de destaque no século 20, marcado por opiniões firmes, não apenas em termos de textos, mas também de imagens.

Intercom reúne três mil participantes em Belém

Cerca de três mil pessoas de todo o País e do exterior (sobretudo países pan-amazônicos) participaram, entre 2 e 7/9, do 42º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2019, em Belém, tendo como palco a Universidade Federal do Pará (UFPA). O tema do encontro foi Fluxos comunicacionais e crise da democracia.

Foram centenas de atividades ao longo de seis dias, entre elas o IV Colóquio Latino-Americano (Pan-Amazônico) de Ciências da Comunicação, que lotou o auditório da Sege, na Reitoria da UFPA, para discutir O pensamento comunicacional latino-americano, território e descolonização, com pesquisadores de Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela e Brasil; o V Fórum Socicom-Intercom, que fomentou debates sobre percepção pública da ciência e relações com as agências de fomento; o Ensicom 2019, que focou no ensino de graduação para Comunicação Social, em especial as novas diretrizes dos cursos e estratégias de ensino-aprendizagem; e o I Colóquio Ciências Humanas, com a presença de pesquisadores locais discutindo o papel e a importância das humanidades no atual contexto político da ciência brasileira, tendo como tema geral Ciências Humanas em Xeque.

As questões amazônicas, centrais para o momento vivido no País, estiveram presentes no II Ciclo Amazônia, que reuniu personalidades e pesquisadores da região. Na ocasião, os investigadores envolvidos divulgaram a Carta de Belém para a Amazônia, alertando sobre os perigos da devastação. Diversos desses eventos contaram com transmissão ao vivo pela internet.

Na disputa com as empresas de tecnologia, mídia quer a paz, mas não a dos cemitérios

*Por Luciana Gurgel, especial para o Jornalistas&Cia

Luciana Gurgel

Em tempos de discórdia entre organizações de mídia e empresas de tecnologia, uma boa notícia. Os dois mundos que pareciam tão distantes uniram-se no Reino Unido para combater um inimigo comum: as fake news. A iniciativa é da BBC, que está liderando uma espécie de força-tarefa reunindo gigantes como Financial Times, AFP,  Microsoft, Wall Street Journal, Reuters, Facebook e Google, entre outros.

As notícias falsas circulando pela internet são um flagelo que afeta a todas as organizações, já que geram descrédito sobre o jornalismo. Ninguém ganha com isso. O objetivo do esforço, segundo a BBC, é conter a disseminação de informações sem fundamento que coloquem em risco a vida humana ou tenham o potencial de afetar o resultado de eleições.

O Reino Unido é particularmente sensível quanto ao impacto de fake news sobre processos eleitorais, depois do escândalo da Cambridge Analytica, história dissecada pelo excelente documentário The Great Hack (Privacidade Hackeada), lançado pela Netflix em julho. E os danos sobre a saúde pública são cada vez maiores, com a escalada da incidência de doenças que poderiam ser evitadas em consequência das campanhas online contra a imunização de crianças.

As ações ainda não foram detalhadas, mas devem incluir um mecanismo de alerta entre as empresas envolvidas sempre que uma notícia falsa começar a ser transmitida. Tony Hall, diretor-geral da BBC, descreveu as fake news como “veneno na corrente sanguínea da sociedade”.

A união contra elas não é o único sinal de colaboração entre empresas de tecnologia e veículos de imprensa. A decisão do Google de alterar o algoritmo de pesquisas na internet para privilegiar conteúdo original – destacando na busca a matéria original – anunciada na semana passada, foi um movimento importante nessa direção.

O Facebook também está tentando fazer a parte dele. No Reino Unido, lançou o projeto Community News, com investimento de 4,5 milhões de libras para preencher 83 vagas em jornais regionais, que vêm definhando no país. A primeira turma, com 33 profissionais selecionados entre mais de quatro mil que se candidataram, começou agora o treinamento, ministrado pelo National Council for the Training of Journalists.

Os jornalistas comunitários serão treinados e pagos durante dois anos pela rede social, e trabalharão em veículos de cidades pequenas. Não há garantia de contratação ao final do período. Mas o programa tem o potencial de servir como um incentivo ao jornalismo local e de revelar novos talentos para a grande imprensa.

Será que a paz entre as empresas de mídia e de tecnologia está a caminho? Pode perder quem apostar muitas fichas nisso. Ainda que situações pontuais tenham conseguido a façanha de colocá-las lado a lado, continuam as pressões para conter domínio de plataformas como Google e Facebook sobre o mercado publicitário. A mais recente manifestação  nesse sentido foi feita pela DMG Media, que publica os populares Daily Mail e Mail on Sunday. Em resposta a uma investigação em curso pela Competition and Markets Authority (CMA), que regula a concorrência no país, afirmou que a indústria jornalística pode não ser capaz de sobreviver por muito tempo a esse domínio se ações efetivas não forem adotadas.

A investigação, cujo relatório final sairá em julho do ano que vem, tem como um dos objetivos avaliar se o modelo atual de propaganda digital está produzindo bons resultados para os consumidores. A DMG Media é uma das empresas que defende a implantação de regras mais rígidas em relação à distribuição de verbas publicitárias, que em sua ótica vêm sendo indevidamente apropriadas pelas plataformas digitais.

Em sua resposta, a DMG observa que enquanto a distribuição de jornais é competitiva, visto que os impressos são podem chegar aos leitores por meio de mais de 50 mil pontos de venda no país, as versões digitais têm como forma de acesso apenas o Google e o Facebook. Já o The Guardian sugeriu que a CMA também inclua na investigação o mercado de podcasts, devido ao aumento da utilização de assistentes pessoais.

Outras empresas jornalísticas também se posicionaram duramente contra Google e Facebook, que tiveram a oportunidade de se manifestar. A julgar pelas declarações até agora, é razoável esperar que medidas efetivas devem ser propostas pelo órgão de competição, mesmo com pontos de convergência aqui e ali.

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