0.2 C
Nova Iorque
quinta-feira, dezembro 18, 2025

Buy now

" "
Início Site Página 613

Crivella barra jornalistas novamente

O prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella barrou novamente um grupo de jornalistas em coletiva marcada para esta sexta-feira (13/12) com o Ministério da Saúde no Palácio da Cidade. Membros da equipe de G1, TV Globo, GloboNews e O Globo foram impedidos de entrar pela Guarda Municipal. A informação é de Gabriel Barreira (G1), um dos profissionais barrados, que repudiou a atitude do prefeito do Rio no Twitter.

Segundo apurou Barreira, a Prefeitura “só quer deixar entrar a ‘imprensa credenciada’”. Jornalistas de Band e BandNews também foram barrados, mas foram liberados para entrar depois de um tempo.

Em nota, a Globo se posicionou sobre o caso, repudiando a atitude de Crivella: “Apesar da atitude autoritária e antidemocrática do prefeito, tudo o que de mais relevante tiver sido ali anunciado será noticiado. O que importa para a TV Globo e para os demais veículos do Grupo Globo é manter o público bem informado. Manteremos esse compromisso”.

Veja a nota na íntegra.

Marcus Vinícius Sinval substitui Marco Antonio Sabino na Comunicação da Prefeitura de São Paulo

Marco Antonio Sabino (esq.) e Marcus Vinicius Sinval.

A Comunicação da Prefeitura de São Paulo está sob nova direção. Saiu Marco Antonio Sabino, que ali esteve por pouco mais de um ano, e chegou Marcus Vinicius Sinval, que até recentemente comandava a comunicação do Sebrae-SP. Ex-assessor de comunicação na Gestão Kassab na Prefeitura, Sinval chega numa recomposição política feita pelo prefeito Bruno Covas para as eleições municipais de 2020, que abrangeu outras secretarias.

Sabino, que liderou por anos sua própria agência, a S/A Comunicação, colocando-a entre as mais importantes do País até vendê-la, em 2017, para a espanhola Llorente & Cuenca, atual LLYC, já havia tido uma conversa preliminar com o prefeito, colocando seu cargo à disposição para que esse rearranjo fosse encaminhado. A doença de Covas e a necessidade de acelerar as composições políticas com vistas às eleições anteciparam a decisão.

O adeus a Ronaldo Junqueira

Ronaldo Junqueira. Crédito: Rafael Ohana/CB/D.A. Press

Morreu na manhã de 9/12, aos 72 anos, Ronaldo Junqueira, que foi diretor de Redação do Correio Braziliense e fundador dos jornais BSB Brasil, da Comunidade e Coletivo. Ele manteve os negócios até 2015, quando os cuidados com a saúde falaram mais alto. Há cerca de quatro anos passava por tratamento de problemas neurológicos, diabetes e hipertensão. O quadro piorou nos últimos dois meses. Durante a última internação, a situação evoluiu para um quadro de infecção generalizada. Ronaldo deixa quatro filhos. O velório ocorreu nesta quinta-feira (12/12), no cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

Nascido em Buriti Alegre (GO), Ronaldo começou como repórter da sucursal Brasília da Última Hora. Passou pelo Diário de Brasília e, no fim da década de 1970, chegou ao Correio Braziliense, pelas mãos de Evandro de Oliveira Bastos, diretor de Redação à época. Em 1982, assumiu a Diretoria de Jornalismo do jornal. Levou ao diário profissionais como Gilberto Dimenstein e Josias de Souza. Com Evandro, foi responsável pela ida do cineasta Glauber Rocha ao CB.

Por sua atuação no jornalismo da Capital Federal, ganhou a admiração dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. Para os amigos, ele é o exemplo de que postura firme e humanidade podem conviver numa mesma pessoa: “Ele teve uma carreira extraordinária […] Fez grandes amigos e também cultivou alguns inimigos poderosos, porque tinha a pena e a caneta, emplacados como jornalista”, lembra o melhor amigo Marco Aurélio Nunes Pereira. Collor disse “lamentar profundamente o falecimento” dele. Marco Antônio Pontes conta: “Foi um dos primeiros amigos que fiz aqui. Cheguei a Brasília quase exilado […] porque era perseguido pelos militares”. Renato Riella relembra:  “Ele tinha muita coragem […]. Como diretor de Redação permitiu que uma equipe apurasse o assassinato do repórter Mário Eugênio, em 11 de novembro de 1984 […]. Foram tempos de terror. A gente saía juntos da redação pra não ser morto […]”. O material produzido rendeu o Prêmio Esso ao veículo.

Nos gloriosos tempos da revista Afinal…

Por Sérgio Vaz ([email protected])

Vixe: ninguém sabe o que é a revista Afinal, e então seria necessário apresentá-la para o eventual leitor. Bem rapidinho: Afinal foi uma revista semanal de informação que circulou (pouco) entre 1984 e 1988, com a pretensão de concorrer com Veja e IstoÉ, tentando ser menos sisuda, mais alegre que o modelo de revista semanal de informação estabelecido e ditado pela Time.

O dono era um cubano exilado meio doido (a rigor, bastante doido), que tinha uma agência de publicidade e achava que seu dinheiro era suficiente para bancar a revista por alguns meses e nesse período ela iria estourar e ser um sucesso fenomenal, um case mundial, universal de êxito editorial.

O cubano doido soube escolher o diretor de redação: chamou Fernando Lima Mitre, então diretor do Jornal da Tarde, o grande Jornal da Tarde, criativo, dinâmico, ousado, à frente de seu tempo. Mitre carregou para a aventura um bando de gente de talento. (Como ninguém é perfeito, e faz todas as escolhas certas, me levou também.)

O primeiro ano foi glorioso para nossas contas bancárias – os salários eram ótimos –, mas não muito bom para nossos egos: a revista simplesmente não acontecia. Não pegava. Vendia pouco – e, portanto, tinha pouco anúncio. Lá pelo meio do segundo ano, a Afinal entrou em crise.

Mas estou me alongando.

É fundamental dizer, no entanto, que a Afinal era uma redação absolutamente democrática. Desde o início, todo mundo tinha o direito, e até o dever, de palpitar.

Quanto mais pobre a revista ficava, quanto mais os editores e repórteres cascavam fora em busca de porto mais seguro – ou seja, pagamento em dia – mais ampla ainda se tornava a democracia.

A redação, a arte, a fotografia, o comercial, a direção, tudo ocupava um pequeno prédio na Maria Antônia, bem perto da Consolação, no centro de São Paulo.

Bem do lado ficava um restaurante de comida baiana, que chamávamos simplesmente de O Baiano. Ao final de cada dia de trabalho, descíamos todos para O Baiano. O Baiano era uma espécie de sucursal da redação no térreo. Chegou ao ponto de o baiano dono do lugar – sujeito que industrializava o mau humor – às vezes atender ao telefone dizendo: “Revista Afinal, boa noite!”.

***

Baita nariz de cera.

A historinha vem agora.

Aconteceu de uma noite Sandro Vaia, então diretor da Redação, após a saída do Mitre para o porto seguro da TV Bandeirantes, não beber. Era o único que não bebia álcool na mesa comprida de montes de gente da redação, da fotografia, da arte. Tinha pedido um suco de alguma coisa. Era a primeira vez que ia ao bar e não bebia – estava para fazer exame médico, ou tomando algum remédio, não me lembro.

O fato é que aquilo era algo absolutamente inédito.

Aí então a Fernandinha Domingues, na época uma foquinha de tudo, saiu-se com a pérola:

– Ih, Seu Sandro, mas o senhor sabe dirigir sem beber?

***

A frase da Fernandinha, absolutamente genial, é uma das melhores histórias que guardo dos bons, felizes tempos da revista Afinal.

Me lembrei dela agora por causa do cigarro.

Fumante adora falar sobre cigarro. Ex-fumante adora falar sobre cigarro. Fumante candidato a ex-fumante só fala de cigarro. O tempo todo. É insuportável, é um saco absoluto.

Dois dias atrás, botei no Facebook um post que tentava ser brincalhão sobre a determinação médica para eu parar de fumar. A reação foi absurda, superlativa, histórica. Foi o meu post mais comentado e curtido – e olha que eu dia sim dia não boto posts da minha neta linda, que são bastante comentados e curtidos. Até porque ela é linda demais.

Cigarro é um dos temas que mais fascinam as pessoas – sejam elas os jurássicos, trogloditas, raça em extinção de fumantes, sejam elas os felizes, bem-sucedidos, corajosos vencedores do vício.

Todos têm a sua história, e todos gostam muito de contá-la, assim como eu estou aqui falando de cigarro, absolutamente louco de vontade de fumar não um cigarro, mas um pacote inteiro, enquanto tento, desesperadamente, não acender um.

***

Nas últimas não sei quantas horas (não, não vou entrar no esquema AA de 6 meses, dois dias, 6 horas e 25 segundos), nas últimas horas, que foram poucas mas passaram devagar demais, fui levado a enfrentar duríssimos testes que a Fernandinha Domingues nem poderia imaginar. Saberia o Seu Sérgio escrever um lead sem um cigarro aceso ao lado? Saberia o Seu Sérgio ler na noite da sexta a coluna da Mary do domingo seguinte sem um cigarro na boca? Saberia o Seu Sérgio ver um filme sem fumar quatro ou cinco cigarros?

A única coisa que eu sabia fazer sem fumar era ver minha neta. Por respeito a ela, e aos pais dela, jamais fumei na casa deles pós-Marina.

***

Fico aqui pensando: o problema não é que o cigarro mata. O problema é que ele mata com crueldade. Devagar.

O pior da vida é a morte com crueldade.

Sérgio Vaz

A história desta semana é uma das que Sérgio Vaz ([email protected]) publica em seu site 50 Anos de Textos (é de 27/6/2014). Ex-Jornal da Tarde, Afinal, Agência Estado, Marie Claire e Estadão, entre outros, Sérgio também edita o site 50 Anos de Filmes.

-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para [email protected] e contribua para elevar o nosso estoque de memórias.

ANJ entra com ação no STF contra limitação de propaganda eleitoral

A Associação Nacional dos Jornais entrou com ação no Supremo Tribunal Federal contra as limitações de propagandas eleitorais em jornais impressos e digitais impostas pela Lei Eleitoral 9.504/97.

A ANJ argumenta que as regras para veículos que utilizam exclusivamente a internet são “mais permissivas e diversas”, e que em sites de partidos e candidatos políticos é permitido o uso de propaganda política e envio de mensagens eletrônicas. A entidade destaca o impulsionamento de conteúdo próprio nas redes sociais, algo já garantido a candidatos, partidos ou coligações em períodos eleitorais.

Ela argumenta ainda que os limites de gastos para financiamento de campanhas eleitorais e a vedação ao financiamento por pessoas jurídicas tornam desnecessárias tais restrições à propaganda paga em veículos de comunicação.

Com informações da ANJ

Prêmio SBR/Pfizer de Jornalismo anuncia vencedores

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e a Pfizer anunciaram nesta semana os vencedores do 4º Prêmio SBR/Pfizer de Jornalismo, que incentiva e valoriza reportagens sobre temas relacionados à saúde, especialmente doenças reumáticas. As categorias são Mídia Impressa, Mídia Online e Mídia Eletrônica.

Em Mídia Impressa, Alice de Souza (Diário de Pernambuco) venceu com a reportagem Um sonho que supera obstáculos. Guilherme Justino (Zero Hora) e Vilhena Soares (Correio Braziliense) ficaram, respectivamente, em segundo e terceiro lugares.

Bruna de Oliveira (Cariri Revista) ganhou em Mídia Online com a reportagem Chikungunya: até 40% dos pacientes podem desenvolver artrite, seguida por Ana Paula Omena (Tribuna Hoje), na segunda posição, e Maiara da Silva (Portal Dráuzio Varela), em terceiro.

Em Mídia Eletrônica, Marcelo Montarroyos (Rádio Jornal AM 780) ficou em primeiro lugar, com a reportagem Consultório de graça – programa desmistifica o lúpus. Débora Laurenti Alfano (Rádio BandNews FM – SP) foi a segunda colocada, e Leandro Alves De Oliveira (Rádio BandNews FM – Manaíra) ficou em terceiro.

Associação mostra os descaminhos da comunicação pública no Brasil da atualidade

Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública), que reúne profissionais dos Três Poderes, lança nesta quinta-feira (12/12) a primeira edição da Carta Conjuntura de Comunicação Pública, em que aponta, a partir de criteriosa análise dos acontecimentos mais importantes do ano, os descaminhos por que passa a atividade no Brasil.

Na Carta, a instituição destaca sete pontos centrais que resumem o padrão de comportamento do governo em relação ao tema Comunicação Pública:

  1. Hostilidade como padrão de relacionamento com a imprensa
  2. Crise e esvaziamento das redes de radiodifusão públicas
  3. Ameaças à transparência
  4. Ataques aos órgãos que fazem coleta e divulgação de informações de interesse público
  5. Investimentos em publicidade por critérios não transparentes
  6. Ruptura com mecanismos institucionais que contribuem e dão suporte para a profissionalização da comunicação pública
  7. Insuficiência normativa no uso das mídias sociais como instrumento de comunicação pública

> Confira aqui a íntegra do documento. Outras informações pelo [email protected].

Povo vai às ruas de Malta cobrar justiça contra morte de jornalista

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

Não é comum ver o povo nas ruas pedindo justiça pela morte de um jornalista, a despeito do grande número de profissionais de imprensa perdendo a vida em consequência do trabalho em defesa da sociedade. Mas em Malta, uma das menores nações da Europa, as manifestações motivadas pelo crime contra Daphne Caruana Galizia têm atraído cada vez mais gente inconformada com a impunidade.

A jornalista e blogueira de 53 anos investigava corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo poderosos a partir de dados do escândalo Panama Papers. Morreu em 2017 depois que uma bomba explodiu em seu carro.

O caso vem sendo acompanhado com atenção pela imprensa britânica, pois Malta foi colônia até 1964 e mantém laços com o país. E também porque os protestos escalaram para a política, com pressões pela renúncia do primeiro-ministro Joseph Muscat, sobretudo após um dos seus principais aliados ter sido preso acusado de participação no crime.

A mobilização da sociedade civil, que levou muita gente às ruas nas últimas semanas, é resultado do inconformismo da família de Daphne, que não deixou o caso cair no  esquecimento. Um exemplo de perseverança que está gerando resultados concretos.

Finalmente, dois anos após o ocorrido, um inquérito público foi aberto esta semana. O primeiro-ministro já anunciou que vai deixar o cargo em janeiro e vê o cerco apertar à sua volta. Organizações de direitos humanos de vários países abraçaram a causa.

Liberdade de expressão sob risco – Enquanto Malta tenta reverter a tendência de impunidade que marca a maioria dos crimes envolvendo jornalistas, saem novos números demonstrando a gravidade da situação em todo o mundo. Na semana passada, a ONG britânica Article 19 publicou seu relatório anual Global Expression, com dados impressionantes.

Segundo a entidade, a liberdade de expressão atingiu o nível mais baixo em dez anos. Avanços registrados entre 2008 e 2013 foram consumidos por retrocessos de 2013 para cá. O estudo, que cobre 161 países, sustenta que três em cada quatro habitantes do planeta sofre com ameaças à liberdade de expressão.

A Unesco contabilizou 99 jornalistas assassinados em 2018 – 21 a mais do que no ano anterior – e 250 profissionais presos. No Brasil, foram quatro mortes, quatro tentativas de homicídio, 26 ameaças de morte e um sequestro, conforme a Article 19.

Os países com maior número de alertas de risco reportados em 2018 foram Turquia, Rússia, Ucrânia, Azerbaijão e França. E Turquia, China e Egito contabilizavam ao fim do ano mais da metade de todos os jornalistas presos no mundo.

Ainda que não figure entre os principais na lista de jornalistas assassinados ou encarcerados, o Brasil não saiu bem na foto. De 2016 para 2018 houve queda em todos os critérios analisados pelo estudo para avaliar a situação – mídia, digital, transparência, proteção,  espaço cívico (que inclui o direito de protestar). A entidade destaca que a liberdade de expressão diminuiu em 28% no País. (Veja também Nacionais, na pág. 7)

Autoritarismo digital, a nova ameaça – O relatório chama a atenção para algo além de agressões, prisões, homicídios e repressão a protestos. A Article 19 registrou um crescimento do que classifica como autoritarismo digital, em que governos utilizam a tecnologia para vigiar cidadãos, restringir conteúdo e bloquear a livre circulação das informações.

Esse é um tema controverso na Europa, debatido no âmbito das cobranças por maior controle sobre as plataformas digitais. É uma pauta defendida principalmente pelas organizações de mídia e por quem se preocupa com a disseminação de fake news pelas redes sociais.

Adversários da tese argumentam que tais controles podem calar vozes que discordam de governos ou das posições adotadas pela imprensa tradicional, que muitas vezes encontram nas mídias sociais o único canal para se expressarem. No campo oposto, jornais e TVs ressentem-se das regras a que estão submetidos, enquanto blogs e canais independentes atuam com total liberdade.

Não é fácil achar o ponto de equilíbrio. Mas o alerta da Article 19 sobre o mau uso da tecnologia para limitar a liberdade de expressão é importante para inserir o problema no radar das entidades, dos cidadãos e da imprensa, estimulando reação capaz de evitar que iniciativas dessa natureza prosperem.

Mais de 250 jornalistas estão presos ao redor do mundo

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgou nesta quarta-feira (11/12) o censo anual de jornalistas presos ao redor do globo. Segundo o estudo, são 253, número um pouco menor ao do ano anterior (255) e que continua próximo do recorde, que ocorreu em 2016, com 273 casos de encarceramento de jornalistas nas mais diversas regiões do mundo.

O censo indica que China, Turquia, Arábia Saudita e Egito são os países com maior número de prisões de jornalistas. Além disso, segundo os dados obtidos, a Política é o tema com maior probabilidade de levar um jornalista à prisão, seguido de Direitos Humanos e Corrupção. Mais da metade dos 253 jornalistas presos atuava na internet.  

Joel Simon, diretor-executivo do CPJ, afirmou que “a prisão de um único jornalista é uma terrível injustiça que tem consequências de longo alcance. Mas a prisão de centenas de jornalistas é uma ameaça ao sistema global de informações do qual todos dependemos. Governos repressivos estão usando essas táticas cruéis para privar suas próprias sociedades e o mundo inteiro de informações essenciais”.

A pesquisa mostra todos os jornalistas que foram e permaneceram presos até 1º de dezembro. Jornalistas que foram soltos antes dessa data não foram incluídos. O censo apresenta também o país onde estão encarcerados, as acusações contra eles e o veículo em que trabalham.

Confira o estudo na íntegra (em inglês).

Júri absolve dois acusados da morte do radialista Jefferson Pureza

Jefferson Pureza
Jefferson Pureza

Um ano, dez meses e 22 dias depois do assassinato do radialista Jefferson Pureza, de 39 anos, em Edealina (GO), o júri popular absolveu dois acusados de envolvimento no crime, apesar de reconhecer a participação deles no caso. O ex-vereador José Eduardo Alves da Silva, de 41 anos, acusado de ser o mandante do assassinato, e o caseiro Marcelo Rodrigues dos Santos, de 40 anos, foram condenados somente pela corrupção dos menores que praticaram o assassinato. Santos foi acusado de apresentar os jovens ao então vereador.

O resultado polêmico foi anunciado às 23h50 de 9/12, depois de um julgamento que durou 15 horas e 20 minutos e contou com acalorada discussão entre a defesa dos réus e a acusação, além do depoimento de testemunhas no Fórum de Edeia, cidade a 31 km de Edealina e 125 km de Goiânia. 

Jefferson foi morto na noite de 17 de janeiro de 2018 com três tiros no rosto, ao ser surpreendido enquanto descansava na varanda de sua casa. Segundo as investigações, o crime foi negociado por R$ 5 mil e um revólver. > Silva foi sentenciado a quatro anos de prisão e Santos, a quatro anos e dez meses. Os dois réus comemoraram a decisão ao ouvir a leitura feito pelo juiz. Na prática, eles serão beneficiados por um alvará de soltura e ficarão em liberdade para aguardar os próximos passos do caso. (Confira a íntegra da cobertura de Angelina Nunes para a Abraji)

Últimas notícias

pt_BRPortuguese