7.9 C
Nova Iorque
quarta-feira, dezembro 10, 2025

Buy now

" "
Início Site Página 612

Prêmio SBR/Pfizer de Jornalismo anuncia vencedores

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e a Pfizer anunciaram nesta semana os vencedores do 4º Prêmio SBR/Pfizer de Jornalismo, que incentiva e valoriza reportagens sobre temas relacionados à saúde, especialmente doenças reumáticas. As categorias são Mídia Impressa, Mídia Online e Mídia Eletrônica.

Em Mídia Impressa, Alice de Souza (Diário de Pernambuco) venceu com a reportagem Um sonho que supera obstáculos. Guilherme Justino (Zero Hora) e Vilhena Soares (Correio Braziliense) ficaram, respectivamente, em segundo e terceiro lugares.

Bruna de Oliveira (Cariri Revista) ganhou em Mídia Online com a reportagem Chikungunya: até 40% dos pacientes podem desenvolver artrite, seguida por Ana Paula Omena (Tribuna Hoje), na segunda posição, e Maiara da Silva (Portal Dráuzio Varela), em terceiro.

Em Mídia Eletrônica, Marcelo Montarroyos (Rádio Jornal AM 780) ficou em primeiro lugar, com a reportagem Consultório de graça – programa desmistifica o lúpus. Débora Laurenti Alfano (Rádio BandNews FM – SP) foi a segunda colocada, e Leandro Alves De Oliveira (Rádio BandNews FM – Manaíra) ficou em terceiro.

Associação mostra os descaminhos da comunicação pública no Brasil da atualidade

Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública), que reúne profissionais dos Três Poderes, lança nesta quinta-feira (12/12) a primeira edição da Carta Conjuntura de Comunicação Pública, em que aponta, a partir de criteriosa análise dos acontecimentos mais importantes do ano, os descaminhos por que passa a atividade no Brasil.

Na Carta, a instituição destaca sete pontos centrais que resumem o padrão de comportamento do governo em relação ao tema Comunicação Pública:

  1. Hostilidade como padrão de relacionamento com a imprensa
  2. Crise e esvaziamento das redes de radiodifusão públicas
  3. Ameaças à transparência
  4. Ataques aos órgãos que fazem coleta e divulgação de informações de interesse público
  5. Investimentos em publicidade por critérios não transparentes
  6. Ruptura com mecanismos institucionais que contribuem e dão suporte para a profissionalização da comunicação pública
  7. Insuficiência normativa no uso das mídias sociais como instrumento de comunicação pública

> Confira aqui a íntegra do documento. Outras informações pelo [email protected].

Povo vai às ruas de Malta cobrar justiça contra morte de jornalista

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

Não é comum ver o povo nas ruas pedindo justiça pela morte de um jornalista, a despeito do grande número de profissionais de imprensa perdendo a vida em consequência do trabalho em defesa da sociedade. Mas em Malta, uma das menores nações da Europa, as manifestações motivadas pelo crime contra Daphne Caruana Galizia têm atraído cada vez mais gente inconformada com a impunidade.

A jornalista e blogueira de 53 anos investigava corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo poderosos a partir de dados do escândalo Panama Papers. Morreu em 2017 depois que uma bomba explodiu em seu carro.

O caso vem sendo acompanhado com atenção pela imprensa britânica, pois Malta foi colônia até 1964 e mantém laços com o país. E também porque os protestos escalaram para a política, com pressões pela renúncia do primeiro-ministro Joseph Muscat, sobretudo após um dos seus principais aliados ter sido preso acusado de participação no crime.

A mobilização da sociedade civil, que levou muita gente às ruas nas últimas semanas, é resultado do inconformismo da família de Daphne, que não deixou o caso cair no  esquecimento. Um exemplo de perseverança que está gerando resultados concretos.

Finalmente, dois anos após o ocorrido, um inquérito público foi aberto esta semana. O primeiro-ministro já anunciou que vai deixar o cargo em janeiro e vê o cerco apertar à sua volta. Organizações de direitos humanos de vários países abraçaram a causa.

Liberdade de expressão sob risco – Enquanto Malta tenta reverter a tendência de impunidade que marca a maioria dos crimes envolvendo jornalistas, saem novos números demonstrando a gravidade da situação em todo o mundo. Na semana passada, a ONG britânica Article 19 publicou seu relatório anual Global Expression, com dados impressionantes.

Segundo a entidade, a liberdade de expressão atingiu o nível mais baixo em dez anos. Avanços registrados entre 2008 e 2013 foram consumidos por retrocessos de 2013 para cá. O estudo, que cobre 161 países, sustenta que três em cada quatro habitantes do planeta sofre com ameaças à liberdade de expressão.

A Unesco contabilizou 99 jornalistas assassinados em 2018 – 21 a mais do que no ano anterior – e 250 profissionais presos. No Brasil, foram quatro mortes, quatro tentativas de homicídio, 26 ameaças de morte e um sequestro, conforme a Article 19.

Os países com maior número de alertas de risco reportados em 2018 foram Turquia, Rússia, Ucrânia, Azerbaijão e França. E Turquia, China e Egito contabilizavam ao fim do ano mais da metade de todos os jornalistas presos no mundo.

Ainda que não figure entre os principais na lista de jornalistas assassinados ou encarcerados, o Brasil não saiu bem na foto. De 2016 para 2018 houve queda em todos os critérios analisados pelo estudo para avaliar a situação – mídia, digital, transparência, proteção,  espaço cívico (que inclui o direito de protestar). A entidade destaca que a liberdade de expressão diminuiu em 28% no País. (Veja também Nacionais, na pág. 7)

Autoritarismo digital, a nova ameaça – O relatório chama a atenção para algo além de agressões, prisões, homicídios e repressão a protestos. A Article 19 registrou um crescimento do que classifica como autoritarismo digital, em que governos utilizam a tecnologia para vigiar cidadãos, restringir conteúdo e bloquear a livre circulação das informações.

Esse é um tema controverso na Europa, debatido no âmbito das cobranças por maior controle sobre as plataformas digitais. É uma pauta defendida principalmente pelas organizações de mídia e por quem se preocupa com a disseminação de fake news pelas redes sociais.

Adversários da tese argumentam que tais controles podem calar vozes que discordam de governos ou das posições adotadas pela imprensa tradicional, que muitas vezes encontram nas mídias sociais o único canal para se expressarem. No campo oposto, jornais e TVs ressentem-se das regras a que estão submetidos, enquanto blogs e canais independentes atuam com total liberdade.

Não é fácil achar o ponto de equilíbrio. Mas o alerta da Article 19 sobre o mau uso da tecnologia para limitar a liberdade de expressão é importante para inserir o problema no radar das entidades, dos cidadãos e da imprensa, estimulando reação capaz de evitar que iniciativas dessa natureza prosperem.

Mais de 250 jornalistas estão presos ao redor do mundo

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgou nesta quarta-feira (11/12) o censo anual de jornalistas presos ao redor do globo. Segundo o estudo, são 253, número um pouco menor ao do ano anterior (255) e que continua próximo do recorde, que ocorreu em 2016, com 273 casos de encarceramento de jornalistas nas mais diversas regiões do mundo.

O censo indica que China, Turquia, Arábia Saudita e Egito são os países com maior número de prisões de jornalistas. Além disso, segundo os dados obtidos, a Política é o tema com maior probabilidade de levar um jornalista à prisão, seguido de Direitos Humanos e Corrupção. Mais da metade dos 253 jornalistas presos atuava na internet.  

Joel Simon, diretor-executivo do CPJ, afirmou que “a prisão de um único jornalista é uma terrível injustiça que tem consequências de longo alcance. Mas a prisão de centenas de jornalistas é uma ameaça ao sistema global de informações do qual todos dependemos. Governos repressivos estão usando essas táticas cruéis para privar suas próprias sociedades e o mundo inteiro de informações essenciais”.

A pesquisa mostra todos os jornalistas que foram e permaneceram presos até 1º de dezembro. Jornalistas que foram soltos antes dessa data não foram incluídos. O censo apresenta também o país onde estão encarcerados, as acusações contra eles e o veículo em que trabalham.

Confira o estudo na íntegra (em inglês).

Júri absolve dois acusados da morte do radialista Jefferson Pureza

Jefferson Pureza
Jefferson Pureza

Um ano, dez meses e 22 dias depois do assassinato do radialista Jefferson Pureza, de 39 anos, em Edealina (GO), o júri popular absolveu dois acusados de envolvimento no crime, apesar de reconhecer a participação deles no caso. O ex-vereador José Eduardo Alves da Silva, de 41 anos, acusado de ser o mandante do assassinato, e o caseiro Marcelo Rodrigues dos Santos, de 40 anos, foram condenados somente pela corrupção dos menores que praticaram o assassinato. Santos foi acusado de apresentar os jovens ao então vereador.

O resultado polêmico foi anunciado às 23h50 de 9/12, depois de um julgamento que durou 15 horas e 20 minutos e contou com acalorada discussão entre a defesa dos réus e a acusação, além do depoimento de testemunhas no Fórum de Edeia, cidade a 31 km de Edealina e 125 km de Goiânia. 

Jefferson foi morto na noite de 17 de janeiro de 2018 com três tiros no rosto, ao ser surpreendido enquanto descansava na varanda de sua casa. Segundo as investigações, o crime foi negociado por R$ 5 mil e um revólver. > Silva foi sentenciado a quatro anos de prisão e Santos, a quatro anos e dez meses. Os dois réus comemoraram a decisão ao ouvir a leitura feito pelo juiz. Na prática, eles serão beneficiados por um alvará de soltura e ficarão em liberdade para aguardar os próximos passos do caso. (Confira a íntegra da cobertura de Angelina Nunes para a Abraji)

Seis em cada dez municípios brasileiros não dispõem de informação jornalística local

Realizada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), em parceria institucional com Abraji, Intercom e 22 escolas de jornalismo, e com o apoio do Facebook Journalism Project, a terceira edição do Atlas da Notícia indica o avanço de revolução digital sobre a imprensa local brasileira, um fenômeno marcado pela conjunção do fechamento de veículos impressos, a migração para o meio digital e o aumento dos chamados desertos de notícias, municípios sem a presença registrada de veículos jornalísticos.

O Atlas revela que, para cada dez municípios brasileiros, seis são desertos de notícias, ou seja, seus habitantes não dispõem de informação jornalística sobre o lugar onde vivem. Dos quatro restantes, outros dois são quase desertos, lugares servidos por até dois veículos de comunicação e com risco de se tornarem desertos. Essa é a realidade de 64,9 milhões de brasileiros.

A cargo do Volt Data Lab, liderado por Sérgio Spagnuolo, a pesquisa, análise e mapeamento desta edição incluem também a publicação de uma API (Interface de Programação de Aplicativos) para facilitar o acesso e utilização das informações geradas sobre a presença de veículos jornalísticos nos 5.570 municípios brasileiros. Segundo Sérgio, a construção da API do Atlas é inédita no jornalismo brasileiro: “Trata-se de um recurso muito utilizado por empresas de tecnologia, mas ainda pouco implementado dentro do segmento jornalístico. Essa ferramenta permitirá a implementação de aplicações, automatização de análises e gráficos e facilitação do uso dos dados do Atlas por pesquisadores”.

Desde o lançamento da pesquisa desta edição, em agosto, a coordenação do trabalho nas cinco regiões brasileiras é de responsabilidade de Sérgio Lüdtke, em conjunto com os pesquisadores regionais Angela Werdemberg (Centro-Oeste), Dubes Sônego (Sudeste), Jéssica Botelho (Norte), Marcelo Fontoura (Sul) e Mariama Correia (Nordeste). “Os dados agora reunidos pelos pesquisadores do Atlas da Notícia, com apoio de 193 colaboradores voluntários de escolas de jornalismo das cinco regiões, são uma base consistente para que pesquisadores de todo o Brasil possam orientar novas investigações”, diz Sérgio. “Esses dados permitirão detectar os caminhos trilhados mais recentemente pelo jornalismo e identificar necessidades das comunidades e oportunidades futuras que se abrem para os jornalistas profissionais no Brasil”.

As principais informações do Atlas 3.0 foram publicadas em edição especial do Observatório da Imprensa desta quarta-feira (11/12).

Folha de S.Paulo permite compartilhamento de matérias para não-assinantes

A Folha de S.Paulo liberou o compartilhamento de até cinco matérias publicadas por dia para não-assinantes, com o objetivo de flexibilizar seu modelo de paywall.

Cada assinante do jornal pode enviar os chamados links-presente para qualquer pessoa, com limite de até cinco por dia. É possível escolher por onde deseja enviar o link, via WhatsApp, e-mail ou redes sociais.

A Folha informou que o projeto foi inspirado no Financial Times, que permite que os assinantes compartilhem até 20 reportagens.

Novo prêmio oferece bolsas para reportagens sobre a Amazônia

O Portal Mundo Amazônia lançou o Prêmio Angelina Nunes, que visa a incentivar e premiar reportagens sobre a região amazônica. Os vencedores ganharão bolsas para a produção das reportagens. A categoria para profissionais formados oferece R$ 10 mil, enquanto que os estudantes receberão R$ 6 mil.

Angelina Nunes, uma das mais premiadas jornalistas do Brasil, presidirá a banca de profissionais que analisarão os projetos. O nome do prêmio é em homenagem a ela.

Será aceito qualquer tipo de produção jornalística. Os vencedores serão anunciados em 7 de abril de 2020, data em que é comemorado o Dia do Jornalista.

Com informações da Abraji.

Confira os vencedores do Prêmio Crosp de Jornalismo

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) anunciou em 9/12 os vencedores de seu V Prêmio Crosp de jornalismo, nas categorias Escrita Regional e Nacional, On-line, TelejornalismoeRadiojornalismo. A cerimônia de premiação foi na Casa de Odontologia Paulista.

O prêmio visa a incentivar e premiar produções jornalísticas que abordem o tema saúde bucal. Confira a lista de vencedores:

Categoria Escrita – Nacional e Regional

1º Lugar – Vilhena Soares (Correio Braziliense) – De olho nas bactérias bucais

2º Lugar – Victor Lopes (Folha de Londrina) – O ‘peso’ do mundo sobre os dentes das crianças

3º Lugar – André Biernath (Revista Saúde É Vital) – O guia do creme dental

4º Lugar – Vilhena Soares (Correio Braziliense) – Cuidados odontológicos na UTI evita infecções

5º Lugar – Micaela Orikasa (Folha de Londrina) – Prevenção bucal para crianças com câncer

Categoria Escrita – On-line

1º Lugar – Rosana Pinheiro-Machado (The Intercept Brasil) – A desigualdade no Brasil é medida pelos dentes: ricos vão ao dentista, e pobres sentem dor

2º Lugar – Cristina Almeida (UOL) – Periodontite: dor, mobilidade nos dentes e gengiva inchada são sinais

3º Lugar – Brenda Marques (R7) – ONG oferece tratamento dentário gratuito a populações carentes

4º Lugar – Cristina Almeida (UOL) – Gengiva inchada? Inflamação é a causa mais comum; saiba como evitar

5º Lugar – Aline Dini (Mãe aos 40) – Pré-natal odontológico: falta de atenção à saúde bucal compromete mãe e bebê

Categoria Audiovisual – Telejornalismo

1º Lugar – Jéssica Fernanda das Taboas (SBT Interior) – Cuidar da saúde bucal também é importante durante o tratamento do câncer

2º Lugar – Rute Alencar (UFCTV) – Série Todos os Sorrisos – Episódio 02

3º Lugar – Rute Alencar (UFCTV) – Série Todos os Sorrisos – Episódio 01

4º Lugar – Rute Alencar (UFCTV) – Série Todos os Sorrisos – Episódio 03

5º Lugar – Suely Frota (TV Assembleia do Ceará) – Série Transformando Sorrisos – Episódio 01

Categoria Audiovisual – Radiojornalismo

1º Lugar – Juliana Leal Conte (Portal Drauzio Varella) – Por que dói? #14 | Dor de dente

2º Lugar – Hebert Araújo (Rádio CBN João Pessoa) – Um mal que começa pela boca

3º Lugar – Juliana Maya (Rádio Nacional da Amazônia) – Cartilha aborda cuidados com a saúde bucal de crianças com autismo

4º Lugar – Janiele Delquiqui (Rádio Educativa Paraná) – O sorriso que chega de barco

5º Lugar – Rosemeire Talamone (Rádio USP) – Momento Odontologia #02: Cerca de 99% da população brasileira sofre com problemas na gengiva

Estudo revela recuo de liberdade de expressão no Brasil

Uma pesquisa da organização Artigo 19 que registra índices de liberdade de expressão em diferentes países, publicada em 2/12, revelou que no Brasil, entre 2016 e 2018, houve uma queda de 28%.

Segundo o estudo, o período que antecedeu as eleições à Presidência foi marcado por ataques diretos a jornalistas, cenário que se tornou pior com a eleição de Jair Bolsonaro: “Bolsonaro conquistou a Presidência em uma plataforma de desprezo pelos princípios democráticos e hostilidade às minorias e à sociedade civil, ameaçando ‘acabar com o ativismo’ e comprometendo-se a aumentar o desmatamento na Amazônia”, afirmou a Artigo 19.

O índice XpA Scores, que determina a porcentagem de liberdade de expressão em 161 países, também leva em consideração fatores como espaço cívico, censura digital, mídia, proteção à imprensa e transparência legislativa. Segundo o índice, no ano passado ocorreram 35 crimes graves contra jornalistas no Brasil.

O estudo revela que o planeta inteiro foi afetado por esse recuo da liberdade de expressão: é o menor índice dos últimos dez anos. O principal fator para isso é o perfil autoritário de governantes dos países analisados, principalmente em relação à imprensa e à grande mídia como um todo.

Veja a pesquisa na íntegra (em inglês).

Últimas notícias

pt_BRPortuguese