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quarta-feira, dezembro 17, 2025

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Assessor arrasta governo para nova crise com a mídia

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

Luciana Gurgel

O ditado “não há nada tão ruim que não possa piorar” aplica-se bem ao terremoto que sacudiu o Reino Unido nos últimos dias. A crise política disparada pela revelação de que Dominic Cummings, o principal assessor do primeiro-ministro Boris Johnson, quebrou as duras regras de isolamento social impostas desde março no país acirrou ainda mais a tensão entre Governo e imprensa. E a condução do caso não tem sido exatamente um exemplo de gestão de crises.

Cummings é um eficiente estrategista, responsável pelo sucesso da campanha do Brexit e por bloquear as tentativas da oposição de impedir a saída do país da União Europeia, levando Boris Johnson a uma esmagadora vitória nas eleições gerais de 2019. Ao mesmo tempo, conquistou desafetos na política por seu estilo outsider e ascendência sobre o primeiro-ministro sem ser parlamentar eleito, algo atípico na Grã-Bretanha. E esnoba solenemente a imprensa, sendo apontado como o mentor de iniciativas de bloqueio do acesso de jornalistas que cobrem o Governo.

O risco de não colecionar amigos cobrou seu preço quando The Guardian e Daily Mirror denunciaram na noite de 21/5 uma viagem do assessor a Durham, distante 260 milhas de Londres, para visitar os pais idosos junto com a mulher − jornalista do The Spectator − e o filho. Era um momento em que ninguém podia viajar, nem visitar parentes. Para piorar, ambos estavam com sintomas do vírus.

Passos incertos na crise − O episódio deixou o Governo sob artilharia pesada, obrigado a fazer as escolhas complexas que se apresentam em crises. Deixar o caso esfriar sozinho? Jogar o assessor ao mar? Organizar uma saída honrosa? Pedir desculpas e tentar o perdão do povo?

Quem milita em comunicação sabe que gestão de crises não é ciência exata. Mas há experiências demonstrando o que pode ou não dar certo.

A história mostra que esperar um escândalo evaporar por conta própria é arriscado. Ainda mais em um tema sensível por envolver saúde pública, famílias separadas por meses, gente que perdeu parentes para a doença. No entanto, foi o que o Governo tentou primeiro, sem sucesso.

Passou então à defesa incondicional do assessor pelo primeiro-ministro, que se expôs em um pronunciamento formal na TV na noite de domingo garantindo a permanência de Cummings no cargo. Manobra discutível, que acabou arrastando o líder do país para o epicentro da indignação, pelo desrespeito de um poderoso às regras que valiam para todos.

Transparência é recomendável nessas horas, dizem os manuais. Seja com defesa fundamentada, ou admitindo-se as falhas e assumindo compromisso de correção. Não foi o que aconteceu.

A coletiva que Cummings deu em 24/5 virou um tiro pela culatra. Foram 70 minutos de sabatina diante dos principais jornalistas do país, transmitida ao vivo, com o assessor solitário usando argumentos frágeis para justificar o motivo de ter quebrado o isolamento social.

E o principal risco assumido foi não usar aquela palavrinha mágica: “desculpe”. O resultado foi um massacre, com uma avalanche de posts nas redes sociais e capas dos jornais salientando justamente a falta de arrependimento.

Para não dizer que isso é coisa de jornalista implicante, vale observar o que pensa o povo. Uma pesquisa do Instituto YouGov apontou que 59% da população acham que ele deve renunciar, e apenas 27% pensam que deve ficar. E 57% acham que a imprensa foi muito justa ou justa, contra 33% que acham que foi injusta ou muito injusta.

Declaração de guerra − Mas quando a notícia é ruim, mate-se o mensageiro. O relacionamento com a mídia, que já não andava bem, piorou após a declaração do Governo de que não perderia tempo respondendo ao que classificou de campaigning newspapers. E que a culpa de a população estar enraivecida era da imprensa.

A postura motivou uma reação da Society of Editors, que enviou uma carta de protesto ao Governo, instando-o a responder a todos os veículos, mesmo os que considere hostis.

Independentemente do que aconteça com Cummings, o episódio proporciona reflexões sobre práticas de administração de crises. E mostra que equilíbrio em vez de combate na relação com a imprensa, mesmo quando a notícia não agrada, tem mais chances de funcionar. Além de ser melhor para a sociedade.

Zeca Camargo deixa a Globo depois de 24 anos

Zeca Camargo
Zeca Camargo (Crédito: Raphael Dias/TV Globo/VEJA)

A TV Globo anunciou nesta quarta-feira (27/5) que não renovará o contrato de Zeca Camargo, que deixa a emissora após 24 anos de casa. Em nota, a emissora informou que a decisão foi em comum acordo e que “continuará de portas abertas para possíveis projetos, em todas as plataformas”.

Zeca chegou à Globo em 1996, como apresentador e coordenador de novos projetos do Fantástico. No programa, fez entrevistas com artistas internacionais como Paul McCartney, Mick Jagger, Madonna e Lady Gaga, além de reportagens e séries especiais sobre viagens. Em 2013, ingressou o setor de Entretenimento e comandou o Video Show. Era desde 2015 um dos apresentadores do É de Casa.

Leia a nota da Globo na íntegra (com informações da Folha de S.Paulo).

Morre Murilo Melo Filho, aos 91 anos

Murilo Melo Filho (Foto: Pedro França)

Morreu nesta quarta-feira (27/5) no Rio de Janeiro, aos 91 anos, o jornalista, escritor e advogado Murilo Melo Filho, vítima de falência múltipla de órgãos. O sepultamento será no mausoléu da Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual era membro.

Em nota, o presidente da ABL Marco Lucchesi escreveu que Murilo “foi um dos grandes jornalistas brasileiros da segunda metade do século XX. Acompanhou de perto a política nacional, a construção de Brasília e a Guerra do Vietnã. Conheceu inúmeros chefes de Estado, a quem dedicou páginas antológicas, dos mais variados espectros políticos. Foi também um acadêmico exemplar, assíduo, com a disposição de emprestar seu talento aos mais diversos cargos e serviços na Academia. Guardo a imagem de um homem bom, de uma alta sensibilidade humana, voltada sobretudo para os mais vulneráveis e desprovidos. Um momento de tristeza”.

Nascido em Natal, Murilo iniciou a carreira aos 12 anos no Diário de Natal. Aos 18, foi para o Rio de Janeiro e ingressou no Correio da Noite. Trabalhou em Tribuna da Imprensa, O Estado de S. Paulo e Manchete. Formou-se em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro. Entre seus trabalhos jornalísticos destacam-se as coberturas de viagens internacionais dos ex-presidentes Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart, Ernesto Geisel e José Sarney; e as coberturas da Guerra do Vietnã e da Guerra do Camboja. Foi o sexto ocupante da Cadeira nº 20 da ABL. 

Com informações do G1.

Twitter alerta sobre possível conteúdo enganoso em postagens de Donald Trump

Crédito: Reuters

O Twitter classificou postagens do presidente dos Estados Unidos Donald Trump nessa terça-feira (26/5) como possivelmente falsas ou enganosas. Ao comentar um plano da Califórnia para o período eleitoral, que visa a expandir a votação por correio por causa da pandemia do coronavírus, Trump escreveu que o sistema é “fraudulento”, que “as caixas de correio serão roubadas” e que “as cédulas serão falsificadas”.

A rede social inseriu um ponto de exclamação azul nos tuítes, que aconselham os usuários a “obter informações sobre as cédulas por correio”. O ícone direciona as pessoas para uma mensagem do próprio Twitter, que contém links de notícias de veículos como The Washington Post e CNN abordando o assunto.

A mensagem do Twitter diz que, “na terça-feira, o presidente Trump fez uma série de alegações sobre possíveis fraudes eleitorais depois que o governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou um esforço para expandir a votação por correio no Estado durante a pandemia da Covid-19. Essas reivindicações não têm fundamento, de acordo com CNN, Washington Post e outros. Especialistas dizem que as cédulas por correspondência raramente são vinculadas a fraude eleitoral”.

Foi a primeira vez que a rede social alertou sobre os tuítes do Trump. A ação faz parte das novas regras de combate a fake news do Twitter, introduzidas neste ano. Depois do ocorrido, o presidente dos Estados Unidos, que tem mais de 80 milhões de seguidores em seu perfil, postou que “o Twitter está sufocando completamente a liberdade de expressão, e eu, como presidente, não vou permitir isso!”.

Entidades repudiam inclusão da EBC no programa de privatização do governo

Logo EBC
Logo EBC

A Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública, que reúne dezenas de entidades da sociedade civil e de trabalhadores da empresa, incluindo a Fenaj, repudiou em nota a intenção do presidente Bolsonaro em privatizar a EBC. Em decreto publicado em 21/5, o governo federal incluiu a EBC no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), nome adotado pela gestão Bolsonaro para seu programa de privatizações.

Segundo o texto, o decreto visa a “possibilitar a realização de estudos e a avaliação de alternativas de parceria com a iniciativa privada” e que “o prazo para conclusão dos trabalhos do Comitê Interministerial será de 180 dias, contado da data de contratação dos estudos”. Diz trecho da nota da Frente: “A qualificação, portanto, da EBC no PPI do governo federa0l, significa um desrespeito à Constituição, um ataque ao direito à informação da sociedade brasileira e uma redução da transparência do Poder Executivo. Conclamamos a sociedade a lutar conosco para reverter esta medida”.

TV Cultura promove live sobre a importância da rotina na quarentena

Mariana Kotscho e Roberta Manreza (Crédito: Nadja Kouchi)

A TV Cultura promoverá na próxima segunda-feira (1º/6) mais uma edição do Encontros Digitais Cultura, com foco nas famílias em quarentena. Desta vez, as apresentadoras Mariana Kotscho e Roberta Manreza, do Papo de Mãe, conduzirão uma live sobre a importância da rotina durante o isolamento social. As convidadas são a publicitária Patrícia Marinho e a jornalista Patrícia Camargo, mães, amigas e idealizadoras do projeto Tempojunto, um blog em que criam e sugerem tarefas e atividades para serem feitas quando a família está reunida, além de darem diversas dicas a respeito do desenvolvimento infantil e da importância das brincadeiras na vida das crianças.

O encontro digital contará ainda com a presença de Miguel Ângelo Boarati, psiquiatra da infância e da adolescência, formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, que alertará sobre os sinais da depressão. A partir das 16h, no Facebook e no canal oficial da TV Cultura no YouTube.

Mariana e Roberta também estrearam boletins na rádio Cultura, às terças e quintas-feiras, às 11h45.

Banco de Talentos Negros visa a aumentar a diversidade nas redações

A repórter do UOL Beatriz Sanz é a idealizadora do Banco de Talentos Negros, projeto que disponibiliza currículos de profissionais negros para vagas em comunicação, aumentando as chances de inserção no mercado. Diferentemente de uma agência de empregos, o banco visa a aumentar a diversidade nas redações. Beatriz integra a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira) do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, entidade parceira do projeto.

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apenas cerca de 22% dos jornalistas com postos formais são negros (dados de 2015). E em São Paulo os números são ainda menores: menos de 15% dos jornalistas com carteira assinada são negros. 

A iniciativa foi inspirada em um projeto desenvolvido pela publicitária Angel Pinheiro na agência onde trabalha, também para contratação de profissionais negros. Ruam Oliveira é o jornalista que se dedica, voluntariamente, a organizar os currículos.

O acesso ao banco, disponível na plataforma Google Drive, é gratuito para candidatos e empregadores. Currículos de 11 estados mais Distrito Federal já estão cadastrados.

Com informações do Sindicato dos Jornalistas de SP.

William Bonner é alvo de campanha de intimidação

O apresentador e editor-chefe do Jornal Nacional William Bonner foi alvo de uma campanha de intimidação anônima na última semana. Ele recebeu mensagem de um telefone de Brasília que continha dados fiscais sigilosos dele e de sua família. O próprio Bonner denunciou o fato publicamente em sua conta no Twitter.

Dentre as informações, estava o uso indevido do CPF do filho do jornalista por um fraudador que inscreveu o jovem no programa de auxílio emergencial do governo a pessoas vulneráveis que perderam renda na pandemia.

Falhas no sistema de checagem do benefício tornam possível a ação de estelionatários. No caso do filho de Bonner, sua renda familiar nem permitiria a concessão do benefício, mas o site da Dataprev informava que o pedido fraudulento havia sido aprovado. Alertada por seus advogados, a Caixa suspendeu o processo de pagamento, que se daria numa conta virtual criada para o estelionatário.

Na manhã desta terça-feira (26/5) o Globo divulgou uma nota de repúdio ao caso, informando ainda que o jornalista e uma de suas filhas também receberam mensagens de WhatsApp, originadas de número telefônico com o prefixo 61, e declarou apoio da empresa na busca e na punição dos responsáveis pelo ato.

Confira a íntegra:

“A Globo repudia a campanha de intimidação que vem sofrendo o jornalista William Bonner e se solidariza com ele de forma irrestrita. Há dias, um fraudador usou de forma indevida o CPF do filho do jornalista para inscrever o jovem no programa de ajuda emergencial do governo para os mais vulneráveis da pandemia, para isso se aproveitando de falhas no sistema, que não checa na Receita Federal se pessoas sem renda são dependentes de alguém com renda, fato denunciado publicamente pelo próprio jornalista que apresentou notícia crime junto ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.

Agora, tanto o jornalista quando a sua filha receberam por WhatsApp em seus telefones pessoais mensagem vinda de um número de Brasília com uma lista de endereços relacionados a ele e os números de CPFs dele, de sua mulher, seus filhos, pai, mãe e irmãos, o que abre a porta para toda sorte de fraudes.

A Globo o apoiará para que os autores dessa divulgação de seus dados fiscais, protegidos pela Constituição, sejam encontrados e punidos. William Bonner é um dos mais respeitados jornalistas brasileiros e nenhuma campanha de intimidação o impedirá de continuar a fazer o seu trabalho correto e isento. Ele conta com o apoio integral da Globo e de seus colegas e está amparado pela Constituição e leis desse país.”

Websérie busca explicar para leigos o jornalismo e sua importância

O Instituto Palavra Aberta lançou a websérie Jornalismo: conhecer para defender, que conta como funciona o processo jornalístico de coberturas, desde a ideia de pauta até a veiculação do trabalho. Com cinco episódios de cinco minutos cada, o projeto explica também a importância do jornalismo e os impactos das novas tecnologias na profissão.

Ao longo da série, profissionais dão depoimentos e explicam seus cotidianos. Participam André Borges (Estadão), Antônio Gois (O Globo), Carolina Ercolin (Rádio Eldorado), Thais Folego (AzMina) e Valmir Salaro (TV Globo). Patricia Blanco, predidente do Palavra Aberta, contou ao Centro Knight que a ideia do projeto é ensinar o jornalismo para as pessoas, em uma espécie de alfabetização midiática: “Nós brincamos que queremos abrir a cozinha do jornalismo para que as pessoas possam conhecer e, a partir disso, defender o jornalismo como algo crucial para a democracia”.

O formato curto, de cinco minutos, foi escolhido para ser facilmente compartilhado em redes sociais, a fim de atingir o maior número de pessoas. A websérie foi patrocinada pelo Facebook. Confira todos os episódios no site do Palavra Aberta.

Com informações do Centro Knight.

Por falta de segurança, veículos suspendem cobertura no Palácio do Alvorada

Militantes atacaram novamente a imprensa nessa segunda-feira (25/5), em frente ao Palácio da Alvorada / Crédito: Folha

Depois de meses sofrendo ataques quase que diários na porta do Palácio do Alvorada, ora pelo presidente Jair Bolsonaro, ora por seus militantes apoiadores, ao menos cinco empresas de mídia decidiram suspender a cobertura no local, alegando falta de segurança. A decisão foi tomada inicialmente pelos grupos Globo e Folha, e depois por Band, Metropoles e Correio Braziliense.

O fato que desencadeou a decisão aconteceu na manhã dessa segunda-feira (25/5), quando um grupo de apoiadores do presidente atacou os jornalistas que esperavam para entrevistar Bolsonaro.

Diante das recentes acusações contra ele e seus familiares, Bolsonaro decidiu não conversar com a imprensa e disse apenas: “No dia em que vocês tiverem compromisso com a verdade eu falo com vocês de novo, tá ok?”. A ação teria desencadeado a revolta dos militantes. Segundo o Poder 360, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência costuma permitir a entrada de aproximadamente 30 pessoas, que ficam próximas dos jornalistas. Na manhã dessa segunda, porém, havia cerca de 60.

A Folha confirmou que só retomará a cobertura no local “depois das garantias de segurança aos profissionais por parte do Palácio do Planalto”. Já o Grupo Globo enviou carta ao ministro do GSI, general Augusto Heleno. Declarou que seus profissionais “vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico”.

Confira a íntegra da carta do Grupo Globo, assinada pelo vice-presidente de Relações Institucionais Paulo Tonet Camargo:

“Ao cumprimentar V.Exa., trazemos ao conhecimento desse Gabinete uma questão que envolve a segurança da cobertura jornalística no Palácio da Alvorada. É público que o Senhor Presidente da República na saída, e muitas vezes no retorno ao Palácio, desce do carro e dá entrevistas bem como cumprimenta simpatizantes. Este fato fez vários meios de comunicação deslocarem para lá equipes de reportagem no intuito de fazer a cobertura.

Entretanto são muitos os insultos e os apupos que os nossos profissionais vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico.

Estas agressões vêm crescendo.

Assim informamos por meio desta que a partir de hoje nossos repórteres, que têm como incumbência cobrir o Palácio da Alvorada, não mais comparecerão àquele local na parte externa destinada à imprensa.

Com a responsabilidade que temos com nossos colaboradores, e não havendo segurança para o trabalho, tivemos que tomar essa decisão.

Respeitosamente,

Paulo Tonet Camargo

Vice-Presidente de Relações Institucionais

Grupo Globo”

“A imprensa mundial é de esquerda” diz Bolsonaro

Ainda nessa segunda-feira (25/5), Bolsonaro declarou que a imprensa mundial é de esquerda. Alvo de críticas de veículos jornalísticos do exterior, ele justificou sua “imagem ruim” afirmando que a mídia global teria uma posição ideológica diferente.

“A imprensa mundial é de esquerda. O (Donald) Trump sofre muito com isso”, disse o presidente, em frente ao Palácio da Alvorada, em resposta a uma apoiadora que lhe recomendou usar a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) para fazer propaganda positiva do Brasil.

Gideon Rachman, analista de assuntos externos do Financial Times, havia publicado na mesma segunda-feira um artigo no qual afirma que Bolsonaro está levando o Brasil ao desastre com sua condução da crise gerada pelo coronavírus: “Incentivando seus seguidores a desrespeitar os bloqueios e minando seus próprios ministros, Bolsonaro é responsável pela resposta caótica que permitiu que a pandemia saia do controle. Como resultado, os danos à saúde e à economia sofridos pelo Brasil provavelmente serão mais severos e mais profundos do que deveriam ter sido. (…) No estilo populista clássico, ele vive da política da divisão. As mortes e o desemprego causados ​​pela Covid-19 são exacerbados pela liderança de Bolsonaro”. Ele também compara o presidente a Donald Trump.

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