Morreu nessa terça-feira (18/8), em São Paulo, Laerte Fernandes, aos 83 anos. Ele estava internado há cerca de dois meses por causa de um AVC. A informação foi confirmada por Claudia Fernandes, filha dele, em um post no Facebook.
Nascido no litoral norte paulista, Laerte fez parte da equipe fundadora do Jornal da Tarde. Atuou como secretário de Redação e editor-chefe da publicação, trabalhando ao lado de Ivan Ângelo e Miguel Jorge. Passou também pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo. É lembrado por diversas reuniões que organizava em sua casa com jornalistas do Grupo Estado, políticos, cientistas sociais, ministros do STF e personalidades do mundo das artes.
Miguel Jorge, que trabalhou no Jornal da Tarde, contou ao Estadão que ele “cuidava do jornal durante o dia, sempre muito preparado, tinha uma maneira de agir com as pessoas muito afável, conseguia controlar bem tudo na redação, sem nenhuma prepotência, sobretudo na base da conversa. Ele era um homem da redação, sempre foi muito competente”.
O velório e cremação estão marcados para a tarde desta quarta-feira (19/8), no Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes.
A nova edição da pesquisa anual do Ofcom (órgão regulador das telecomunicações no Reino Unido) sobre consumo de notícias apontou declínio de 49% para 45% na quantidade de pessoas informando-se via redes sociais no país. E reconfirmou a baixa confiança nelas em comparação aos canais tradicionais de informação.
O estudo indicou que as redes mais populares para notícias entre os britânicos são Facebook (76%), Twitter (37%), Instagram (31%), WhatsApp (30%), Snapchat (17%) e LinkedIn (10%).
Isso não é, no entanto, uma realidade global. O exemplo na Bieolorrússia, tomada por protestos contra a reeleição do presidente Aleksandr Lukashenko, está demonstrando como uma rede social pode ser usada para informar e mobilizar um país inteiro, contornando a censura estatal.
O curioso é que a rede em questão não é uma das que costumam figurar como líderes de acesso, e sim o aplicativo de mensagens Telegram. Nele roda o Nexta, um canal criptografado baseado na Polônia, que aproveitou a característica de transmissão segura de informações sob anonimato para se transformar na principal fonte de noticias no país desde que a conexão de internet foi severamente interrompida após as eleições de 9 de agosto.
O Nexta surgiu no YouTube há cinco anos, criado pelo então adolescente Stepan Putilo, para veicular paródias musicais de cunho político. Hoje são três canais − Nexta, Nexta Live e Luxta − que viraram uma poderosa máquina. A crise política ajudou a elevar o número de seguidores de 300 mil no início de agosto para mais de dois milhões. Não é pouco em um país com cerca de dez milhões de habitantes.
Organização de mídia do Século 21 − Em entrevista ao Euronews, Roman Potasetich, editor-chefe do Nexta, de 25 anos, descreveu o canal como “uma organização de mídia descentralizada do século 21, usando vários sites, sem um site ou página central”.
Nexta significa “alguém” no idioma local. Segundo Potasetich, o nome reflete a ideia de uma rede de milhares de bielorrussos compartilhando noticias, contando histórias que não seriam veiculadas na mídia estatal ou mesmo em veículos independentes, por temor de represálias. Ele assegura receber documentos e informações de dentro do próprio governo, transmitidos por funcionários de alto escalão insatisfeitos com os rumos políticos.
Não é só. O canal tornou-se uma ferramenta de mobilização para os protestos. Compartilha mapas mostrando onde a polícia está, indica locais para manifestantes se refugiarem, faz contatos com ativistas e advogados especializados em direitos humanos e orienta sobre como contornar os bloqueios da internet impostos pelo governo.
O Nexta, no entanto, não é uma unanimidade. Há questionamentos sobre a confiabilidade do conteúdo − fornecido pelos seguidores e não por jornalistas profissionais − e sobre quem financiaria suas operações.
De qualquer forma, ele coloca em evidência o valor das mídias sociais, tão criticadas por serem território fértil para a proliferação de fake news, como meio de expressão em sociedades onde não há liberdade de imprensa. A Bielorússia ocupa a 153ª posição no ranking da organização Repórteres Sem Fronteiras, que classifica o grau de liberdade em 180 nações.
Segundo reportagem do Voice Of America, dezenas de jornalistas foram detidos, agredidos e até deportados desde as eleições − o sindicato contabiliza mais de 80 violações. A candidata de oposição, Svetlana Tikhanovskaya, que teria de fato vencido o pleito, candidatou-se depois que o marido, Sergei Tikhanovsky, um popular blogueiro popular, foi preso.
Não se sabe como a história política vai acabar. Mas o canal mostrou o caminho das pedras para driblar barreiras usando a tecnologia, virando um exemplo do ciberjornalismo. E pode inspirar outros países que também vivem o drama da censura governamental, ainda que sem os filtros editoriais e garantias legais de uma imprensa livre de qualidade.
A Bayer anunciou a chegada de Malu Weber para assumir a posição de diretora Sênior de Comunicação Corporativa no Brasil. Ela ficará baseada em São Paulo, reportando-se diretamente ao presidente da Bayer no Brasil, Marc Reichardt, e representará o país no time global de comunicação corporativa da empresa.
As líderes de comunicação dos negócios da Bayer no Brasil passam a responder a Malu. São elas Daniela Barros (Crop Science), que até então estava interina na função de diretora de Comunicação Corporativa, Aline Pasetchny (Pharma), Lilian Torres (Consumer Health) e Larissa Battistini (Corporativo).
Ao longo de mais de 25 anos de experiência, Malu teve passagens por empresas como Johnson & Johnson, Grupo Votorantim e Grupo Globo (EPTV Campinas), liderando times de comunicação, com assento em boards de negócios globais, regionais e locais. Ela é formada em Jornalismo pela Unaerp, com pós-graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Comunicação Corporativa pela Syracure University/Aberje e Organizational Leadership pelo Briyah Institute.
O comentarista Octávio Guedes, da GloboNews, recebeu diversos ataques de bolsonaristas e sites apoiadores do presidente após um comentário dele na emissora em 14 de agosto. Guedes justificou o aumento nos índices de aprovação a Jair Bolsonaro com a frase “é o pobre, estúpido”, querendo dizer que a elevação da popularidade do presidente é reflexo da distribuição do auxílio emergencial às classes econômicas mais baixas do País.
Diversas fake news surgiram na internet após o comentário de Guedes, como “comentarista da Globo chama nordestinos que apoiam Bolsonaro de pobres estúpidos” ou “jornalista da Globo atribui alta de Bolsonaro a pobres estúpidos”. Embora o comentário possa ser considerado infeliz, não é verdade que Guedes tenha dito que bolsonaristas são pobres estúpidos. Há uma vírgula entre as palavras “pobre” e “estúpido”, que pode passar despercebida na verbalização. Quem Guedes chama de estúpido é o interlocutor, que não enxerga algo óbvio, e não os apoiadores de Bolsonaro.
O comentário dele é uma referência à frase em inglês “it’s the economy, stupidy” (é a economia, estúpido), que ganhou popularidade entre os democratas durante a campanha de Bill Clinton nos anos 1990. Ela queria dizer que o verdadeiro problema do Estados Unidos era a economia.
Em seu Twitter, o comentarista da GloboNews comentou o ocorrido: “Roubaram a vírgula, sequestraram a referência e extorquiram o contexto. O pobre virou estúpido”.
A 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de SP negou recurso da Folha de S.Paulo e manteve a decisão de que o jornal deve pagar R$ 30 mil a três promotores citados no editorial Trio de Horrores, publicado em 2016. Os três foram responsáveis pelo pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula, e o editorial criticou erros no texto da denúncia.
A decisão cita que houve excesso no exercício da liberdade de imprensa por parte da Folha, e que as críticas passaram a ser ofensas pessoais, destacando o seguinte trecho do editorial: “Seria apenas uma patetice, se não fosse um perigo. Com promotores assim, nenhum cidadão está livre de ter sérios problemas na Justiça. Quando a sede de celebridade se junta à ignorância, e esta a uma feroz paixão persecutória, um trio de horrores ganha forma”. Segundo o relatório da desembargadora Mônica de Carvalho, os promotores foram chamados de “patetas, vaidosos, ignorantes, perseguidores e horrorosos”.
A defesa da Folha afirma que os promotores pretendem “cercear a atuação da imprensa” e alega ilegitimidade por parte dos autores, uma vez que apenas um dos três promotores foi nominalmente citado no editorial: “A pretensão evidencia a intransigência e oportunismo dos autores. O editorial constitui regular exercício de crítica sem qualquer excesso, e o fato de a denúncia ter resultado na absolvição sumária dos acusados revela que a crítica era procedente”. A defesa do jornal afirmou que irá recorrer aos tribunais superiores.
Estão abertas as inscrições para o Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, que visa a incentivar o uso de dados para analisar e investigar questões relevantes para a sociedade brasileira.
São quatro categorias: Investigação guiada por dados; Visualização; Inovação em jornalismo de dados; e Dados Abertos. Para concorrer, os trabalhos devem ter sido publicados em qualquer meio, entre 9 de setembro de 2019 e 1º de outubro de 2020. É possível enviar trabalhos em equipe: a inscrição deve ser feita apenas por um dos membros, que incluirá no espaço adequado as informações dos outros integrantes.
A cerimônia de premiação, virtual, será em 7 de novembro. Inscreva-se!
As agências KR2 Comunicação e MCM Brand Group estão à frente do planejamento estratégico e de divulgação do Fórum de empresas e direitos LGBTI+ deste ano, evento que promove debates com empresas signatárias sobre inclusão e empregabilidade do público LGBTI+ no mercado de trabalho.
A MCM, sempre envolvida em temáticas de inclusão, foi escolhida para estar à frente da realização do evento. Mônica Schimenes, CEO da empresa, declarou: “Nosso principal pilar é contribuir com a cadeia de valor e assim colaborar com líderes de grandes empresas a enxergarem outras possibilidades sobre os negócios”.
Já a KR2 Comunicação, agência de assessoria de imprensa e de relações públicas, será responsável pela comunicação e relacionamento com a imprensa. Para Jéssi Kovatch, jornalista com mais de 12 anos de expertise no mercado e sócia-fundadora da KR2 Comunicação, é muito gratificante fazer parte da Roda da Diversidade, um dos principais eventos do Fórum.
A Roda será transmitida ao vivo e online em 25/8 no canal do Fórum no Youtube. Com o tema Movimentos da próxima década, terá programação variada, entre intervenções culturais e bate-papo com presidentes de grandes empresas, para alavancarem ideias sobre iniciativas que podem melhorar o futuro da empregabilidade da comunidade LGBTI+.
O jornalista Marcelo Monteiro e a publicitária Renata Mendonça lançaram o documentário Câncer sem Censura, que conta a história e o cotidiano de Omar Gimenes, jovem que tem um tumor ao redor do coração. O filme também aborda temáticas como a eutanásia e o acesso universal à morfina.
Câncer sem Censura, como o próprio nome denota, discute temas “pesados” sem qualquer filtro, visando a mostrar como é de fato o cotidiano de uma pessoa com câncer: dores físicas, quimioterapia, angústias, uso de morfina. Mas também mostra superação, realização de sonhos, além de dicas do próprio Omar para ajudar outros pacientes de câncer, como, por exemplo, o que comer durante o tratamento de quimioterapia. O objetivo do filme é fazer com que os telespectadores reflitam sobre este delicado tema.
Como acompanha fatos reais, o documentário preocupa-se mais com o conteúdo do que com a forma. Foi filmado quase por completo com um celular e uma câmera semiprofissional. Segundo Marcelo, pode ser considerado um mobile doc, pois o trabalho foi pensado para ser visto pelo celular.
O grupo Tribune Publishing, proprietário dos jornais americanos Daily News e Capital Gazette, de Nova York, anunciou o que os veículos fecharão permanentemente suas salas de redação e adotarão um sistema de trabalho remoto e em home office.
Em entrevista ao The New York Times, Max Reinsdorf, porta-voz do Tribune Publishing, disse que, “sem um caminho claro em termos de retorno ao trabalho e à medida que a empresa avalia suas necessidades imobiliárias à luz das condições econômicas e de saúde trazidas pela pandemia, tomamos a difícil decisão de fechar definitivamente o escritório”. Ele reitera, porém, que a empresa pode reconsiderar a decisão no futuro.
No começo de agosto, o Tribune Publishing divulgou informações financeiras sobre o segundo trimestre de 2020. Os dados indicam um aumento de 39% no número de assinantes digitais, mas uma redução de 48% nas receitas de publicidade.
Karine Alves, que apresentava no SporTV o Tá na Área, assumiu a bancada do Troca de Passes. Ela, que já vinha comandando o programa nas últimas semanas, substitui a Rodrigo Rodrigues, que faleceu em julho, vítima da Covid-19. No lugar de Karine no Tá na Área entra o apresentador Carlos Cereto, que fazia parte do Seleção SporTV.
Formada em Jornalismo pela PUC-RS, Karine iniciou a carreira no Grupo RBS. Participou da cobertura de eventos e transmissões de jogos pela afiliada da Rede Globo no Sul para os programas Globo Esporte e Esporte Espetacular. Em 2012, foi para a Fox Sports, onde permaneceu até março deste ano, quando foi contratada pela Globo.