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Lalo Homrich lança livro sobre personagens transexuais em novelas

Lalo Homrich

Lalo Homrich, publicitário e roteirista da Rede Globo, vai lançar até 27/11, em seu Instagram, o livro Transexuais em telenovelas: a construção de personagens na Rede Globo (Editora Insular de Florianópolis). Ao longo da semana, às 20h, Lalo conversa com profissionais da Globo entrevistados para a obra e especialistas sobre a importância da representatividade da transexualidade na televisão brasileira.

O livro destaca o processo de construção de personagens transexuais, com entrevistas com 16 atores, autores, diretores e gestores da Globo, além de referências bibliográficas sobre o tema, com o objetivo de estabelecer reflexões e os caminhos para que o tema seja cada vez mais frequente em telenovelas brasileiras.

Privacy Sandbox pode se tornar uma pedra no sapato do Google

Crédito: Bretty Jordan/Unsplash

Nessa segunda-feira (23/11), a organização britânica Marketers for Open Web (MOW) solicitou formalmente à Competitions Markets Authority (CMA), agência reguladora de concorrência do país, que determine ao Google adiar o lançamento da tecnologia Privacy Sandbox, prevista para ser introduzida em no início de 2021.

A organização diz que, ao substituir por um sistema proprietário alguns dos cookies cuja tecnologia é baseada em padrões não controlados por empresas comerciais, a Privacy Sandbox dará ao Google o controle sobre como os sites podem monetizar e operar seus negócios. 

A entidade vê riscos para as empresas jornalísticas ao privá-las de acesso aos cookies, o que, segundo um relatório elaborado pela CMA para fundamentar a proposta de regulação das redes sociais no Reino Unido, é capaz de reduzir as receitas em dois terços.

James Roswell, diretor da entidade, afirmou que a introdução da tecnologia nada tem a ver privacidade, apesar do nome. E que ela seria uma forma de tirar a publicidade digital da web aberta.

Após lembrar que tanto a própria CMA britânica quanto o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Comissão Europeia estão neste momento desenvolvendo mecanismos para mitigar o poder do Google sobre a cadeia de valor da web, a entidade pede que a introdução da Privacy Sandbox seja suspensa até que tais medidas sejam implementadas.

Já na França, o Google anunciou em 19/11 um acordo com seis veículos − Le Monde, Le Figaro e Liberation − e as revistas L’Express, L’Obs e Courrier International estabelecendo pagamento de direitos autorais pelo conteúdo veiculado na plataforma.

Segundo a agência Reuters, o acordo chegou após meses de discussões entre o Google e empresas jornalísticas francesas sobre como aplicar as regras de direitos autorais renovadas da União Europeia, que permite às editoras exigir pagamento pela exibição de trechos de notícias. Há um mês a justiça francesa ordenou que a empresa americana abrisse negociações com as empresas jornalísticas. 

O Instagram também estaria cogitando remunerar empresas jornalísticas por conteúdo, segundo o site americano Axios. Isso chegou a ser anunciado para 2020, mas os planos não seguiram adiante. Mesmo sem um programa formal, a plataforma fechou contratos com alguns provedores de notícias para desenvolver produtos específicos. Um deles é o BuzzFeed, que lançou na semana passada uma série no IGTV chamada BuzzFeed’s Show Off, com suporte do Instagram.

Leia em mediatalk.com.br mais sobre a Privacy Sandbox e sobre as medidas regulatórias para Google e Facebook propostas pelo órgão de controle de concorrência britânico.

RSF faz cinco recomendações aos vereadores para proteger a liberdade de imprensa

A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) reuniu cinco recomendações aos vereadores eleitos para a preservação dos princípios da liberdade de imprensa. O objetivo é incentivar que os políticos incluam o tema em suas propostas.

A RSF recomenda que eles abordem assuntos como o direito à informação, transparência, combate à perseguição de profissionais de imprensa, garantia da segurança dos jornalistas, uso ético da verba publicitária, relacionamento adequado e respeitoso com a imprensa, e o incentivo ao jornalismo independente.

O texto destaca que o Brasil caiu duas posições no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa (107ª posição, de 180), elaborado pela própria RSF. A ONG destaca que “as eleições municipais podem ser uma nova oportunidade para combater esse cenário de violações a direitos tão básicos. Estão à mão de prefeitos e vereadores diversas ferramentas para não só proteger jornalistas e comunicadores, mas também para promover o entendimento na sociedade de que uma imprensa livre é pré-requisito para uma democracia plena”.

Leia o texto na íntegra.

Morre Fernando Vannucci, aos 69 anos, em São Paulo

Fernando Vannucci (Crédito: Paulo Camilo/UOL)

Morreu nesta terça-feira (24/11) o locutor e apresentador Fernando Vannucci, aos 69 anos, em Barueri, na Grande São Paulo. Durante a manhã, ele passou mal e foi encaminhado para o hospital. Velório e sepultamento devem ocorrer no Rio de Janeiro.

Nascido em Uberaba (MG), Vannucci trabalhou na Globo Minas de 1973 a 1977. Em seguida, foi para a sede da emissora no Rio de Janeiro, onde apresentou programas como Globo Esporte, RJTV, Esporte Espetacular, Jornal Nacional, Jornal Hoje e Fantástico. Ainda pela Globo, cobriu seis edições da Copa do Mundo. Ficou conhecido pelo bordão “Alô, você!”. Desde 2014, era editor de Esportes na Rede Brasil de Televisão. Também trabalhou em TV Bandeirantes, TV Record e RedeTV.

Pulitzer Center abre bolsa para cobertura de desmatamento na Amazônia

Crédito: Dieny Portinanni/Unsplash

Profissionais de imprensa da América do Sul com interesse em jornalismo investigativo podem inscrever-se até 20 de dezembro para uma bolsa do Pulitzer Center para cobrir o desmatamento da Amazônia. Ao todo, serão três bolsistas que se unirão à equipe do Pulitzer Center’s Rainforest Investigations Fellowships.

Os selecionados trabalharão reportagens individuais e colaborativas que examinam as mudanças climáticas, a corrupção e a governança nas florestas tropicais. As bolsas terão duração de um ano, cobrirão o salário do repórter e darão suporte adicional para a redação que vai abrigar o jornalista.

Para inscrever-se é preciso enviar, entre outras informações, uma proposta de reportagem investigativa “ambiciosa” sobre a floresta tropical. Confira as instruções (em inglês).

Agência Mural comemora dez anos e amplia cobertura para Salvador

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, especializada em reportagens sobre bairros periféricos de São Paulo, está completando dez anos de existência. Em comemoração ao marco, anunciou o lançamento de um novo projeto-piloto, o Mural Salvador, que expandirá a cobertura do veículo para a capital baiana. 

A agência passa a ter uma área exclusiva para Salvador, com informações sobre bairros como Cabula/Tancredo Neves (Pernambués), Cajazeiras, Centro/Brotas (Garcia e Engenho Velho de Brotas), Itapuã e Subúrbio/Ilhas (Lobato). O projeto é feito em parceria com o Grupo A Tarde, e as reportagens produzidas serão publicadas também nos jornais A Tarde e Massa!.

Para o Mural Salvador foram recrutados seis profissionais de comunicação, que passaram por um treinamento em temas relacionados à cobertura nas periferias, como técnicas de apuração, seleção de pautas, além dos princípios editoriais da Mural. O projeto conta ainda com o apoio do articulador e produtor audiovisual Moisés Augusto Neuma, morador do bairro Engenho Velho de Brotas. Confira quem são os novos correspondentes.

BCW e Máquina Cohn & Wolfe criam o Grupo BCW Brasil

Da esquerda para a direita: Elaine Rodrigues, Martin Montoya, Simone Iwasso e Rosa Vanzell (Crédito: BCW)

A Burson Cohn & Wolfe (BCW) anunciou nesta segunda-feira (23/11) a criação do Grupo BCW Brasil, sob o qual irão operar as marcas BCW e Máquina Cohn & Wolfe. Ambas as marcas serão mantidas e continuarão operando de forma independente, mas em parceria.

No Grupo BCW Brasil, os clientes terão acesso a serviços de pesquisa, análise de dados, publicidade, mídia espontânea e paga, bem como a uma equipe de especialistas com expertise global e local. Rosa Vanzella e Simone Iwasso, vice-presidentes executivas da Máquina Cohn & Wolfe, foram nomeadas copresidentes do Grupo BCW Brasil. Elaine Rodrigues será a diretora-geral. O presidente é Martin Montoya.

Mais informações com Paloma Vega (11-971-147-602 e [email protected]).

Manhattan Connection deixa a GloboNews e será exibido na TV Cultura

Crédito: Reprodução/GloboNews

O Manhattan Connection, no ar há nove anos na GloboNews, deixou a grade da emissora. No último domingo (22/11), foi ao ar a última edição do programa, que passará a ser exibido na TV Cultura em janeiro do ano que vem. O elenco deverá ser mantido, com Lucas Mendes, Caio Blinder, Diogo Mainardi, Pedro Andrade e Ricardo Amorim.

O programa estreou no GNT em 1993. Após 18 anos no ar, migrou para a GloboNews, onde permaneceu até agora. Ao todo, são mais de 27 anos em emissoras do Grupo Globo.

Ali Kamel, diretor de Jornalismo da Globo, escreveu em nota que “o programa praticamente se confunde com a história da TV por assinatura no País. (…) Esses meus e-mails demorados, vocês sabem, escrevo quando é o momento de comunicar mudanças. E de exaltar a trajetória de colegas queridos, profissionais exemplares. E para agradecer. Agradecer muito. (…) Em nome da Globo e no meu, o meu muito obrigado ao Lucas, ao Caio, ao Diogo, ao Ricardo, ao Pedro e à Angélica”.

Leia o texto de Ali Kamel na íntegra.

4º Mega Brasil Benchmarking será de 24 a 26 de novembro

A quarta edição do seminário Mega Brasil Benchmarking começa nesta terça-feira (24) e vai até quinta-feira (26), das 10h20 às 12h30. O evento, online e gratuito, terá como tema Sustentabilidade, com grandes marcas apresentando suas políticas cidadãs sobre o assunto.

Entre os convidados estão Alfredo Miguel Neto, Diretor de Assuntos Corporativos para América Latina na John Deere; Claudia Leite, responsável pela área de sustentabilidade da Nespresso; Eleni Gritzapis, Diretora de Comunicação Corporativa e de Crise na Dow; Fabio Toreta, Superintendente de Comunicação da Sabesp; Luciana Nicola, Superintendente de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Negócios Inclusivos no Itaú Unibanco; Mariana Modesto, Gerente Executiva de Sustentabilidade e Bem-estar animal Corporativo na BRF; e Raphael Lafeta, que está à frente do Instituto MRV.

Inscreva-se gratuitamente aqui.

Marginal ou intelectual?

Crédito: Markus Winkler/Unsplash

Por Luciano Martins-Costa

Quando era repórter de Veja, eu costumava visitar semanalmente o Deic, o delegado-geral, algumas delegacias especializadas, a Polícia Federal e o Tribunal de Justiça, onde o corregedor Walter Maierovitch tinha sempre a melhor conversa e o café fresco. Às vezes, no inverno, parava um pouco na Praça da Sé, sentava num banco e ficava observando os pregadores, os vendedores ambulantes e os batedores de carteira. Mas isso é outra história.

Um dia, numa delegacia especializada, estava jogando conversa fora com o delegado e vi um relatório sobre a mesa. Comecei a ler disfarçadamente, mas ele notou e virou o papel. Em seguida, perguntou se eu aceitaria água e café, eu disse que sim. Quando saiu, peguei o relatório, li e, enquanto tomava o café, propus a ele uma negociação: eu publicaria o que sabia sobre o caso Hebe Camargo [NdaR: que teve joias furtadas em sua casa em abril de 2008] e diria que a fonte era a delegacia dele, ou ele me contava tudo e eu protegeria a fonte. Ele topou, porque evidentemente queria que eu publicasse a história, que estava interditada pelo governador [NdaR: José Serra].

Era o seguinte: um advogado com escritório na Faria Lima, ex-genro de um ex-prefeito de São Paulo, era chefe de uma quadrilha. Sócio de um clube de elite e filho de uma senhora que tinha uma butique de especiarias de moda, ele pegava a agenda da mãe, anotava as festas e recepções da elite paulistana e fazia o projeto do roubo para os ladrões, que eram clientes de seu escritório. Assim, furtaram Hebe Camargo, Sig Bergamin e outros socialites. Publiquei a história na Veja.

O advogado me processou, a mãe dele me processou, e de repente me vi com quatro processos nas costas. Elio Gaspari me chamou e disse: nosso advogado está cuidando disso, mas se quiser, tire uns dias e ajude a reforçar as provas contra ele. Passei a perseguir o sujeito.

Um dia, ele tinha um almoço com o presidente do tribunal no Jóquei Clube. Fui até lá, dei uma gorjeta pro garçom e ele me contou o que a dupla tinha comido, que vinho tinham bebido etc. Saí de lá, fui ao tribunal, esperei o magistrado chegar e lhe perguntei quais eram suas relações com o elemento. Ele disse que conhecia apenas socialmente. Eu disse: “O salmão à belle meunière e o chianti de hoje são parte desse relacionamento? O senhor também é relacionado com um advogado chamado Romano, não é?” (O presidente do TJ era sócio de um mafioso chamado Romano, coisa que eu soubera por acaso no gabinete de Maierovitch). Bom, pra resumir, consegui que ele não interferisse no processo em favor do bandido.

Também fui à PF e levantei citações de casos de traficantes que eram clientes dele. Mas não precisei fazer nada. Ele era viciado em jogo, estava envolvido num plano de financiamento do tráfico de cocaína organizado pela máfia americana, com a participação de bicheiros (história que pretendo contar) e a Interpol já estava de olho. Nesse período, foi preso em Atlantic City comprando fichas no cassino com notas falsas de dólar, que certamente foram plantadas pela DEA. Fez um acordo de delação dos traficantes e acabou assassinado.

O advogado que ele tinha contratado também estava envolvido e tentou se candidatar a deputado, mas fui ao TRE e, por meio do saudoso jornalista Paulo de Tarso Costa, do Estadão, encaminhei um processo de anulação da candidatura. Esse advogado também foi assassinado logo depois.

Quando soube disso, o editor Tales Alvarenga me chamou e perguntou se eu tinha feito algum trabalho na encruzilhada. Eu disse: “Não, é tudo coincidência. Meus desafetos têm a boa educação de morrer cedo”.

Daí o Augusto Nunes só me chamava de “marginal”. Elio Gaspari me chamava de “intelectual”.


Luciano Martins-Costa

A história desta semana é de Luciano Martins-Costa, que teve passagens por Estadão, Folha de S.Paulo e Abril, além de ter atuado em comunicação corporativa e como coordenador de Curso de Extensão Universitária na FGV – GVPEC, entre outras atividades.


Tem alguma história de redação interessante para contar? Mande para [email protected].

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