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sexta-feira, abril 26, 2024

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Privacy Sandbox pode se tornar uma pedra no sapato do Google

Crédito: Bretty Jordan/Unsplash

Nessa segunda-feira (23/11), a organização britânica Marketers for Open Web (MOW) solicitou formalmente à Competitions Markets Authority (CMA), agência reguladora de concorrência do país, que determine ao Google adiar o lançamento da tecnologia Privacy Sandbox, prevista para ser introduzida em no início de 2021.

A organização diz que, ao substituir por um sistema proprietário alguns dos cookies cuja tecnologia é baseada em padrões não controlados por empresas comerciais, a Privacy Sandbox dará ao Google o controle sobre como os sites podem monetizar e operar seus negócios. 

A entidade vê riscos para as empresas jornalísticas ao privá-las de acesso aos cookies, o que, segundo um relatório elaborado pela CMA para fundamentar a proposta de regulação das redes sociais no Reino Unido, é capaz de reduzir as receitas em dois terços.

James Roswell, diretor da entidade, afirmou que a introdução da tecnologia nada tem a ver privacidade, apesar do nome. E que ela seria uma forma de tirar a publicidade digital da web aberta.

Após lembrar que tanto a própria CMA britânica quanto o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Comissão Europeia estão neste momento desenvolvendo mecanismos para mitigar o poder do Google sobre a cadeia de valor da web, a entidade pede que a introdução da Privacy Sandbox seja suspensa até que tais medidas sejam implementadas.

Já na França, o Google anunciou em 19/11 um acordo com seis veículos − Le Monde, Le Figaro e Liberation − e as revistas L’Express, L’Obs e Courrier International estabelecendo pagamento de direitos autorais pelo conteúdo veiculado na plataforma.

Segundo a agência Reuters, o acordo chegou após meses de discussões entre o Google e empresas jornalísticas francesas sobre como aplicar as regras de direitos autorais renovadas da União Europeia, que permite às editoras exigir pagamento pela exibição de trechos de notícias. Há um mês a justiça francesa ordenou que a empresa americana abrisse negociações com as empresas jornalísticas. 

O Instagram também estaria cogitando remunerar empresas jornalísticas por conteúdo, segundo o site americano Axios. Isso chegou a ser anunciado para 2020, mas os planos não seguiram adiante. Mesmo sem um programa formal, a plataforma fechou contratos com alguns provedores de notícias para desenvolver produtos específicos. Um deles é o BuzzFeed, que lançou na semana passada uma série no IGTV chamada BuzzFeed’s Show Off, com suporte do Instagram.

Leia em mediatalk.com.br mais sobre a Privacy Sandbox e sobre as medidas regulatórias para Google e Facebook propostas pelo órgão de controle de concorrência britânico.

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