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terça-feira, dezembro 23, 2025

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Ordem russa ao Twitter para excluir contas põe em risco liberdade de imprensa nas redes sociais

A Roskomnadzor, agência reguladora das telecomunicações da Rússia, ordenou que o Twitter exclua em um mês contas que disseminam conteúdo considerado ilegal, sob pena de bloquear a rede no país. Uma delas é do MBKh Media, um site de notícias que critica o Governo Putin.

Se o Twitter ceder, outros governos autoritários ao redor do globo podem tentar fazer o mesmo, silenciando perfis contrários ao governo vigente. E o Twitter não deve ser o único a remover conteúdo. Segundo especialistas, a plataforma está sendo usada como “experimento” para fazer com que outras redes também excluam perfis críticos a Putin.

Confira os detalhes do caso em MediaTalks by J&Cia.

Duda Garbi deixa o Grupo RBS para ser jogador de futebol

Eduardo Mancuso Garbi, o Duda Garbi, anunciou em 9/3 sua saída do Grupo RBS. Ele chegou à empresa em 2007, trabalhando no extinto jornal Kzuka. Em 2016, passou a atuar como repórter de torcida e a participar do programa Sala de Redação. Agora, está envolvido em um novo projeto: assinou contrato com o clube São José de Porto Alegre até o final do Campeonato Gaúcho de 2021 para produzir e protagonizar uma websérie.

O documento que Duda Garbi assinou prevê o vínculo não apenas como ator, mas como atleta de fato. Na produção, cujo nome será Duda vai a Campo, ele mostrará o dia a dia de um clube de futebol de pequeno porte, revelando as dificuldades diárias que os atletas enfrentam. Ao todo, serão sete episódios, postados semanalmente, no canal dele no YouTube.

Este formato de websérie não é novidade na internet. Um exemplo é a produção Vai pra cima, Fred!, protagonizada por Bruno Carneiro, o Fred, apresentador do canal Desimpedidos, que assinou com o clube de futsal Magnus. A série mostra o dia a dia dos jogadores. E, mais recentemente, Lucas Strabko, o Cartolouco, youtuber e ex-apresentador da Globo, assinou com o Resende até o final do Campeonato carioca de 2021. Ele também está produzindo uma websérie sobre o cotidiano no clube para seu canal no YouTube.

Glenn Greenwald será colunista da CartaCapital

Revista também estreia seção Capital S/A, com William Salasar e Cleide Sanchez

A revista CartaCapital fecha o verão de 2021 com duas importantes novidades. A primeira é a contratação de Glenn Greenwald, ex-editor do site The Intercept Brasil, que será colunista da revista, mas não só: além de escrever duas vezes por mês, fará entrevistas com personalidades do mundo político, gravará podcasts (o primeiro será para contar a história da Vaza Jato, que revelou ao País, com base em material hackeado e entregue por Walter Delgatti, as relações nada republicanas entre o então juiz Sergio Moro e os integrantes da força tarefa da Lava Jato) e participará de lives para debater e aprofundar com o público o tema abordado em seus escritos.

Não é demais lembrar, como citou Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo, que Glenn Greenwald é autor de um dos maiores furos jornalísticos mundiais, o chamado Caso Snowden, que revelou ao mundo o programa de vigilância global da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA: “Por meio dele, até mesmo figuras como a então presidente brasileira Dilma Rousseff e a chanceler da Alemanha Angela Merkel tiveram as comunicações interceptadas e seus passos vigiados”, escreveu ela. “A fonte das informações foi Edward Snowden, ex-administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da NSA, que hoje, impedido de viver livremente nos EUA, mora na Rússia”.

Outra das novidades por lá é a estreia da seção Capital S/A, que retoma na revista a cobertura do mundo dos negócios, com a experiente dupla William Salasar, ex-diretor de Comunicação da Febraban − e que na grande imprensa teve passagens marcantes por Gazeta Mercantil, Estadão e Exame −, e Cleide Sanchez Rodriguez, que também foi de Febraban, Gazeta Mercantil e Estadão, tendo ainda passado pela CDN.

Segundo revelou Sérgio Lírio, redator-chefe da CartaCapital, a este J&Cia, há outras mudanças a caminho, inclusive na reestruturação do site da revista, que dentro de alguns meses abrirá o paywall.

Não há lugar seguro para as mulheres

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

A semana do Dia Internacional da Mulher não foi de festa em alguns países. No Reino Unido, uma tragédia disparou uma onda de protestos contra discriminação e violência contra mulheres. E alimentou o debate sobre como a imprensa deve noticiar crimes.

A vítima foi Sarah Everard, de 33 anos, assassinada em Londres na semana em que mulheres deveriam ser homenageadas. O autor foi um policial qualificado para patrulhar embaixadas.

Não dá para comparar os números britânicos de agressões a mulheres e de violações cometidas por autoridades com as vergonhosas estatísticas do Brasil. O caso de Sarah,  no entanto, mostra que não há lugar seguro para as mulheres.

Mas as maiores críticas à polícia não vieram após a revelação de que o criminoso era um agente, graças ao respeito desfrutado pela instituição. Os depósitos de boa imagem acumulados fazem com que episódios como esses sejam relativizados pelo público.

Mas tudo tem limites. E o limite chegou sábado (13/3). Uma vigília em memória de Sarah foi reprimida com violência por policiais, por violar o isolamento social.

A foto de Patsy Stevenson, imobilizada por um agente, dominou o noticiário. E fez recordar o valor do treinamento para lidar com o público em uma era em que todos têm celular com câmera.

violência contra mulheres
Patsy imobilizada por agente: ira da sociedade contra a polícia

Nesse momento, a ira da sociedade voltou-se contra a polícia, com um movimento exigindo mudança no comando da Scotland Yard. A ironia é que a chefia está nas mãos de uma mulher, Cressida Dick.

Ela conseguiu ficar. Na coletiva em que anunciou a decisão de permanecer, lembrou sua condição de mulher e a importância de esse espaço não ser perdido.

Mas tem sido enxovalhada, inclusive pelos que aproveitaram para lembrar que coube a ela o comando da operação que vitimou o brasileiro Jean Charles de Menezes, assassinado no metrô em 2005 ao ser confundido com um terrorista. Culpada ou não, seria triste uma mulher em um cargo tão associado a homens ser obrigada a sair justamente por fatos envolvendo um feminicídio.

A controvérsia de identificar suspeitos

Nos meios jornalísticos o caso de Sarah motivou uma discussão sobre padrões éticos e jurisprudência relacionada à identificação de criminosos. Vários jornais (não apenas os tabloides) revelaram o nome do autor do crime e de sua esposa antes da confirmação oficial, indo de encontro a um parâmetro estabelecido quando o cantor Cliff Richards ganhou uma processo contra a BBC.

Richards tinha sido acusado de crime sexual. A operação que culminou em sua detenção virou um espetáculo, com helicóptero sobrevoando a casa. Foi inocentado e ganhou uma indenização.

A Bloomberg também perdeu ação semelhante, por ter identificado um empresário sob investigação. O mesmo aconteceu com o Daily Mail, que revelou o nome de um suspeito do atentado da arena de Manchester, depois inocentado.

Não há lei proibindo a identificação. Sobra para os editores a missão de decidir se a revelação enquadra-se no critério de interesse público, justificando assim dar o nome do acusado.

No caso de Sarah, a tese foi invocada por ser o autor do crime um policial. Mas há pouco tempo um parlamentar acusado de assédio sexual não foi identificado, levando a crer que há dois pesos e duas medidas de acordo com o poder do envolvido.

Bullying custa a cabeça do editor do Bild

Julian Reichelt é outro que não teve o que comemorar. Ele afastou-se do cargo de editor do jornal mais lido da Alemanha, o Bild, durante investigação sobre sua conduta.

Reichelt, de 40 anos, é uma celebridade do jornalismo e atribuiu as acusações aos que discordam da linha editorial do jornal, sensacionalista e orientada para a direita. A Der Spiegel relatou denúncias de bullying e de favorecimento a funcionárias com quem ele teve relações íntimas.

Uma história que, se confirmada, enquadra-se no que apontou o relatório da Repórteres sem Fronteiras sobre violência contra jornalistas mulheres: 51% dos casos de assédio foram cometidos por superiores, e em 61% eles ficaram impunes.

Veja em MediaTalks mais detalhes do caso, do editor acusado, do Bild e do grupo que o controla.

Gráfico da RSF sobre sexismo e violência contra mulheres jornalistas
As estatísticas da RSF

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Eduardo Ribeiro conta em conversa da APjor como é ser “repórter de repórteres”

Eduardo Ribeiro

Nesta quinta-feira (18/3), às 16h, Eduardo Ribeiro, diretor deste Portal dos Jornalistas, será o convidado especial da 11ª edição do programa Boteco APJor, conversa de botequim entre jornalistas e sobre o jornalismo. Seus interlocutores serão os colegas Everaldo Gouveia e Mara Ribeiro, além da âncora Leda Beck. Eduardo vai contar como se transformou em um “repórter de repórteres”, do tempo em que fazia a seção Moagem no jornal Unidade, do sindicato paulista, até o atual informe semanal Jornalistas&Cia – apenas um dos muitos empreendimentos em que está envolvido.

A transmissão é ao vivo, pelos canais da APJor em Facebook e YouTube. Os internautas participam com comentários e perguntas.

Sobre o Boteco APjor

Criado como um botequim virtual para reunir jornalistas e conversar informalmente sobre a profissão, o Boteco APJor recebe, a cada duas semanas, profissionais de diferentes gerações, que revelam as aventuras e desventuras que todo jornalista vive na carreira para entregar notícias confiáveis ao leitor. Por lá já passaram Luís Nassif, Bob Fernandes, Celso Bacarji, Montezuma Cruz, Caru Schwingel, Fred Ghedini, Márcia Marques, Dal Marcondes e Mara Ribeiro.  A direção técnica é de Fábio Soares e a direção-geral, de Cecília Queiroz.

Sobre a APJor

A Associação Profissão Jornalista foi fundada em 2016 pelos integrantes do Movimento Jornalistas Pró-Conselho. Sua missão é promover o debate sobre a profissão na sociedade brasileira, num momento em que o próprio conceito de jornalismo está em questão. 

Campanha pede mais atenção do Facebook no combate à desinformação em espanhol

Campanha pede mais atenção do Facebook no combate à desinformação em espanhol
Campanha pede mais atenção do Facebook no combate à desinformação em espanhol

Entidades de defesa dos direitos humanos, justiça racial e responsabilidade na internet, lideradas pelo grupo Real Facebook Oversight Board, lançaram na terça-feira (16/3) a campanha #Ya basta Facebook, para exigir da empresa ações mais enérgicas no combate à desinformação e ao discurso de ódio em língua espanhola na plataforma.

O projeto fez um vídeo provocativo no qual aponta diferenças entre a checagem de fatos em inglês e em espanhol, mostrando erros de tradução, verificação falha de sites de notícias hispânicos, e a circulação de grande número de fake news para latinos.

Confira os detalhes da campanha e o vídeo na íntegra em MediaTalks by J&Cia.

Agência Lupa tem projeto selecionado por fundo Google

Agência Lupa tem projeto selecionado por fundo Google
Agência Lupa tem projeto selecionado por fundo Google

O Google anunciou nessa terça-feira (16/3) os 11 projetos vencedores da chamada de US$ 3 milhões do Google News Initiative Open Fund. A agência de checagem Lupa foi a única proposta selecionada no Brasil. O projeto, de combate à desinformação sobre a vacina contra a Covid-19 nos recônditos brasileiros, vai receber recursos para implementação.

A ideia é usar rádios comunitárias, universitárias, influenciadores hiperlocais e agentes comunitários de saúde para levar informação verificada sobre a vacina para os chamados “desertos de notícias”, áreas do Brasil que não são cobertas pela mídia tradicional, nem por internet. Os chamados grotões. É um projeto grandioso, e a Lupa comemora.

Outros dez projetos foram selecionados. Confira:

  • A Africa Check, em parceria com o Theatre for a Change, vai produzir uma série de programas de drama de rádio interativos no Senegal e na Nigéria.
  • Aleteia, I.Media e Verificat.cat criarão um banco de dados de checagem de fatos, disponível em sete idiomas para a mídia católica em todo o mundo.
  • A Chequeado seguirá com o projeto colaborativo Latam Chequea, que inclui mais de 20 organizações de verificação de fatos em toda a América Latina, com o objetivo de atingir idosos, populações indígenas e jovens de 18 a 26 anos por meio de formatos dedicados.
  • O Escenario Tlaxcala, site auxiliado por médicos locais, produzirá conteúdo de verificação de fatos e o distribuirá em todo o estado mexicano nas línguas Nahuatl e Otomí por meio de vários formatos, incluindo o uso de alto-falantes para alcançar públicos off-line.
  • O Katadata criará uma plataforma para corrigir informações falsas sobre a vacina da Covid-19 e trabalhará com a Indonesia Traditional Wet Market Merchants Association (Asparindo) para disseminar o conteúdo por todo o país.
  • O uruguaio La Diaria fará checagens de fatos e produzirá conteúdo para barrar fake news sobre a vacina contra o coronavírus. A divulgação será feita em parceria com o artista de trap music Pekeño 77 e o roteirista Pedro Saborido.
  • Servimedia e Maldita.es farão verificação de fatos relevantes para espanhóis com deficiência, em formatos acessíveis a eles.
  • A Stuff, parceria com a Māori Television e a Pacific Media Network, vai verificar informações sobre a vacina contra a Covid-19 na Nova Zelândia.
  • The Quint vai liderar um projeto colaborativo na Índia para descobrir desinformações hiperlocais e distribuir checagens de fatos por meio de uma rede de base de mulheres vivendo em zonas rurais.
  • A Univision Noticias e a FactCheck.org unem-se para produzir checagens de fatos sobre a imunização de Covid-19, com pequenos vídeos explicativos em espanhol e inglês. A ideia é alcançar a maioria dos lares hispânicos dos EUA.

Veja também: Lupa ganha bronze da SND com No epicentro

Cinco tendências que as plataformas digitais trouxeram para o consumo de notícias

Iniciativa global do Google, visa a apoiar com um investimento os veículos de notícias que atendem a comunidades sub-representadas.
Iniciativa global do Google, visa a apoiar com um investimento os veículos de notícias que atendem a comunidades sub-representadas.

Durante a 10ª edição da Conferência da Organização Mundial de Editores de Notícias, Edward Roussel, diretor de Inovação da Dow Jones e do The Wall Street Journal, destacou novas tendências que as plataformas digitais trouxeram para o consumo de notícias: brevidade, interatividade, personalização, mais áudio e mais vídeo.

No momento em que se discute muito se as gigantes digitais devem pagar pelo uso de conteúdo jornalístico, Roussel acha que a pressão das empresas de tecnologia pode evoluir de uma benção para uma maldição à indústria de mídia.

Confira em MediaTalks by J&Cia as tendências apontadas por Roussel.

Finalista do INMA, InfoMoney concorre com New York Times e NBC

InfoMoney
InfoMoney

O InfoMoney foi selecionado entre os finalistas do INMA Global Media Awards, uma das principais premiações internacionais de mídia. A publicação, única do Brasil entre os indicados, concorre na categoria Melhor iniciativa de comércio digital, ao lado de ações de The New York Times e NBC TV, dos Estados Unidos, além de marcas de Alemanha, Áustria e Suécia.

O reconhecimento internacional veio com o lançamento de programas de MBA, criados em parceria com o Ibmec, que já alcançaram mais de 5 mil alunos. No total, são quatro programas: Ações e Stock Picking, estruturado a partir dos conteúdos do podcast Stock Pickers; Gestão Exponencial, voltado para atender às demandas do público do podcast Do Zero ao Topo; Broker Global, dirigido a usuários ávidos por negociar nos mercados; e Investimentos e Private Banking, para profissionais interessados em investimentos que desejam fazer uma transição de carreira para o mercado financeiro.

Sergio Gwercman
Sergio Gwercman

“A indicação premia o trabalho que estamos fazendo no InfoMoney na conexão entre tecnologia, conteúdo e marketing”, afirma o CEO Sergio Gwercman. “Queremos que o InfoMoney seja benchmark global em disrupção digital para mídia. E vejo neste reconhecimento da INMA um sinal de que estamos caminhando na direção correta”.

Sobre a INMA

A International News Media Association (INMA) é um consórcio formado pelas principais empresas globais de mídia para oferecer soluções de inovação para a indústria. O grupo conta com mais de 16 mil membros em 850 companhias de mais de 70 países.

Com 20 categorias, esta edição do INMA Global Media Awards recebeu 644 inscrições, de 212 marcas e 37 países. O grupo de jurados foi composto por 44 especialistas de mídia de 22 países. Os vencedores serão revelados em 3 de junho.

Pais&Filhos lança projeto para conectar mães empreendedoras

Pais&Filhos
Pais&Filhos

A Pais&Filhos está lançando o projeto O Que Elas Querem?. A iniciativa tem como objetivo mostrar caminhos para que mulheres alcancem sua independência financeira, conciliando maternidade e trabalho.

“Vamos mostrar caminhos para esse novo ano por meio de um hub de conteúdo e falar sobre empreendedorismo, finanças e carreiras, além de abrir espaço nas nossas redes para essas mulheres se conectarem”, explica a editora-executiva Andressa Simonini. “Serão publicações colaborativas, para que elas se conheçam e se ajudem em cada projeto”.

Para reforçar a iniciativa, a publicação terá Carol Sandler como embaixadora do projeto e colunista. Mãe de Beatriz, ela é jornalista, educadora financeira, e fundadora do Finanças Femininas, plataforma online de empoderamento feminino através da educação financeira.

Também é autora do livro Detox das Compras e coautora de Finanças Femininas – Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos, produzido junto com o economista Samy Dana.

Todos os conteúdos relacionados ao projeto poderão ser acessados no hub de conexão, que está hospedado no site da Pais&Filhos. Entre as plataformas usadas para conectar as mulheres e distribuir o conteúdo, estão Linkedin, Instagram, Facebook, WhatsApp, Telegram e ClubHouse.

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