Começou hoje (30/10) a 66ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, que reúne centenas de escritores, ilustradores, contadores de histórias e outros profissionais em mesas-redondas, oficinas, palestras e debates.
Entre os jornalistas, no domingo (1º/11), às 16h, Letícia Fagundes, do coletivo Mulheres Jornalistas, entrevista o cartunista Miguel Paiva, autor do livro Memória do Traço. E na segunda-feira (2/11), também às 16h, ela conversa com Elisa Lucinda, autora de Livro do Avesso – O pensamento de Edite. As entrevistas serão transmitidas no canal do YouTube do Mulheres Jornalistas.
O repórter Valteno de Oliveira, da Band, obteve com exclusividade o relatório final do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos sobre a queda do helicóptero que matou o âncora Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci em fevereiro de 2019. Segundo o texto, o acidente ocorreu devido a falta de manutenção da aeronave.
O relatório diz que houve um problema no rolamento do compressor porque o duto de distribuição de óleo estava entupido, o que contribuiu para a falha do motor. A recomendação é que o óleo seja trocado uma vez por ano, mas a troca chegou a ficar 38 meses sem ser realizada.
Segundo o texto, o helicóptero havia sido proibido de voar em 2017 porque a vistoria do compressor estava vencida. A peça foi trocada e a aeronave foi liberada para voar, mas dois meses depois, o compressor condenado nessa vistoria foi reinstalado e o piloto continuou a voar, ignorando os riscos.
No dia do acidente (11 de fevereiro de 2019), o piloto chegou a ver uma luz no painel que poderia indicar algum problema. Ele voou até uma oficina próxima a Campinas e ouviu do mecânico que o helicóptero precisaria ser desmontado. O piloto impediu que isso fosse feito, disse que cuidaria disso depois, retornou ao local onde Boechat participava de um evento e conduziu o âncora para dentro da aeronave. Eles seguiram para São Paulo, e o helicóptero caiu na rodovia Anhanguera, na altura do Rodoanel.
Além dessa investigação, uma apuração corre em sigilo na Polícia Civil sobre quem são os responsáveis pelo acidente.
Após quase uma década como correspondente do Estadão em Pequim e Washington e de dois anos dedicados à vida acadêmica nos EUA, Cláudia Trevisan assumiu no início de julho a Diretoria Executiva do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). Com mais de 30 anos de carreira, ela foi também correspondente do Valor Econômico em Buenos Aires e da Folha de S.Paulo em Nova York. A partir de 2018 passou a dedicar-se a um mestrado na Escola de Estudos Internacionais Avançados da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, e atuou como pesquisadora não residente do Foreign Policy Instittute, na mesma instituição.
No Linkedin Cláudia informou que foi tudo muito rápido: “Saí de Washington depois de seis anos e me instalei no Rio para assumir a Diretoria Executiva do CEBC. É um desafio e tanto, que me leva de volta a uma das minhas paixões, a China”. Ela é autora dos livros Os chineses e China – O renascimento do império.
Glenn Greenwald anunciou nessa quinta-feira (29/10) a sua demissão do The Intercept, publicação da qual é cofundador. Ele alegou que teve um artigo censurado por editores da versão norte-americana da página sobre o candidato à presidência dos Estados Unidos Joe Biden. “As mesmas tendências de repressão, censura e homogeneidade ideológica que afligem a imprensa nacional também engoliram a mídia que eu cofundei, culminando na censura de meus próprios artigos”, escreveu no Twitter.
Segundo Glenn, os editores do site estão apoiando Biden de tal maneira que não quiseram prejudicar o candidato com a publicação do artigo. “O artigo censurado, baseado em e-mails revelados recentemente e depoimentos de testemunhas, levantou questões críticas sobre a conduta de Biden”, disse.
Glenn escreveu um texto sobre seu pedido de demissão e publicou num site próprio, compartilhando também a troca de e-mails e a censura dos editores do The Intercept. O jornalista prometeu publicar o artigo completo de Biden em suas redes, e disse que o texto traz críticas sobre o candidato e seu filho, Hunter Biden.
Greenwald finalizou acrescentando que o conflito não tem relação alguma com a versão brasileira do serviço, que, segundo ele, continua tendo o seu respeito e que ele espera que continue sendo apoiada.
Segundo o Poder360, o Intercept publicou nota afirmando que a decisão de Glenn Greenwald de se demitir “origina-se de um fundamental desentendimento sobre o papel de editores na produção jornalística e na natureza da censura”.
Rodrigo Bocardi e Carolina Morand (Foto: Divulgação/CBN)
A rádio CBN lança em 9/11 o Ponto Final CBN, programa diário que irá ao ar das 17 às 20h. Para apresentar o novo jornal, a rádio contratou Rodrigo Bocardi, que chegou à TV Globo em 1999 e é apresentador da emissora desde 2013.
Ele dividirá a bancada com Carolina Morand, atualmente editora e apresentadora do podcastAo Ponto, de O Globo. Ela volta à casa onde trabalhou por quase 20 anos como repórter, âncora e gerente de Jornalismo.
Ponto Final CBN vai substituir o Jornal da CBN – 2ª Edição. O programa terá participação constante da audiência para analisar as principais notícias do dia, de um modo mais descontraído e dinâmico, com Bocardi em São Paulo e Morand no Rio de Janeiro.
Rosana Jatobá, atual âncora do Jornal da CBN – 2ª Edição, terá um novo programa, o CBN Sustentabilidade, com as principais notícias de ESG (Enviroment, Social e Governance, na sigla em inglês) e entrevistas dos grandes nomes da área.
O Google News Iniciative anunciou nesta quinta-feira (29/10) as dez startups jornalísticas selecionadas para a primeira turma do GNI Startup Lab, projeto que visa a incentivar o desenvolvimento de novos produtos inovadores e a promoção do jornalismo de qualidade.
Os veículos selecionados receberão até US$ 20.000 (valor bruto) em financiamento e terão acesso a mentoria, treinamento e workshops sobre assuntos como estratégia, produto, modelos de negócio, vendas e marketing, construção de comunidade e levantamento de fundos.
No final do programa, haverá um Demo Day, em que cada startup terá a oportunidade de apresentar seu pitch para potenciais investidores. Os selecionados também terão ajuda exclusiva de especialistas do Google na criação de estratégias digitais de sucesso.
O júri do 42º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos excluiu dos finalistas da categoria Fotojornalismo o trabalho Culturas em Conflito, do fotógrafo Joédson Alves (Agência EFE). O motivo foi uma reclamação formal da Hutukara Associação Yanomami (HAY), que alegou que a fotografia viola o direito de imagem dos indígenas retratados.
A foto mostra uma mulher Yanomami com uma máscara de proteção contra o coronavírus nas mãos. A imagem foi distribuída por representantes do governo e viralizou nas redes sociais.
Dario Vitório Kopenawa Yanomami, vice-presidente da HAY, envio um vídeo aos organizadores do Prêmio Vladimir Herzog, no qual declarou: “Eu não gosto do uso da imagem Yanomami no processo de concorrência de premiação de direitos humanos. Somos contra. Queremos a revogação dessa premiação porque não fomos consultados, não autorizamos. Em primeiro lugar, respeite a cultura yanomami. […] Hoje em dia, nós temos protocolo de consulta Yanomami e Ye’kwana”.
Em entrevista à LatAm Journalism Review, Joédson disse que “a desclassificação me colocou numa posição de violador dos direitos humanos, à qual me recuso a ser designado. Eu era os olhos da sociedade sobre a violação do governo, isso sim, aos povos indígenas. A foto foi inscrita num concurso sobre defesa dos direitos humanos porque julguei que a imagem fazia exatamente isso: onde estão os direitos humanos daquelas pessoas quando o máximo que o poder público acha que elas merecem é uma máscara simples, que não atende a protocolos de certificação, e que não pode ser usada por aquele grupo?”.
A foto foi tirada em julho, durante uma missão médica das Forças Armadas numa aldeia em Roraima. Vale destacar que, logo depois da missão, lideranças Yanomami já haviam reclamado por não terem sido consultadas sobre a viagem e a atuação dos profissionais de imprensa.
Alves também afirmou que “o representante que havia no local apenas pediu para evitar as crianças, no que prontamente acatei. Estava fazendo meu trabalho devidamente identificado, testado negativo para Covid (inclusive ultraprotegido com macacão, luvas, máscara certificada), à luz do dia, na frente de todos, num grupo grande de jornalistas e repórteres de imagem que fizeram as mesmas cenas que presenciei”. (Veja+)
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, cassou em 14/10 a decisão que impedia a publicação pelo Portal AZ, do Piauí, de quaisquer informações sobre um caso de erro médico cometido pelo cirurgião plástico Alexandre Andrade e sobre o Grupo de Repressão ao Crime Organizado do Piauí (Greco). Segundo a magistrada, a liminar do juiz Valdemir Ferreira dos Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, desrespeitou decisões anteriores do Supremo e pôs em risco a garantia constitucional da liberdade de informar e de ser informado.
A decisão, porém, não muda em princípio a situação de Arimateia Azevedo, criador e diretor da publicação, que segue detido em regime de prisão domiciliar desde 12 de junho. O jornalista é acusado de extorsão contra o mesmo médico citado nas reportagens. O motivo seria um possível acerto feito com o cirurgião para que Arimateia não publicasse notícias sobre o caso de erro médico que quase resultou na morte de uma paciente.
“Apesar de não interferir diretamente na esfera da extorsão, a decisão da ministra Cármen Lúcia desqualifica o trabalho da Greco e escancara os excessos do juiz, que, ao impor censura ao Portal AZ, mostrou desrespeito a decisões do próprio Supremo, feriu um direito constitucional e tentou proteger a polícia de qualquer crítica à sua atuação”, argumenta o advogado de defesa de Arimatéia, Palha Dias. “Por enquanto, a prisão, sem provas, por acusação de crime de extorsão, ainda não foi levada ao STF porque sua análise judicial deve, primeiro, se esgotar nas instâncias inferiores. E nossa expectativa é de que seja solucionada nestas”.
Após um primeiro turno que registrou número recorde de eleitores e indicações, foram definidos os jornalistas e publicações finalistas do Prêmio+Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças.
A partir de agora, 100 jornalistas e 62 publicações disputam a preferência do público que definirá os Top 50 +Admirados Jornalistas e as publicações vencedoras nas categorias Agência de Notícias, Áudio, Jornal, Revista, Sites e Blogs, e Vídeo.
No segundo turno, que tem início nesta quarta-feira (28/10) e se encerra em 9/11, os eleitores poderão escolher do 1º ao 5º colocado em cada uma das sete categorias. Cada posição equivale a uma pontuação (1º: 100 pontos / 2º: 80 / 3º: 65 / 4º: 55 / 5º: 50) e a soma total dos pontos definirá o resultado final, que será anunciado em duas etapas.
No dia 11 de novembro, serão conhecidos os Top 50 Jornalistas e os três primeiros colocados em cada categoria de veículos; e em 30 de novembro haverá a cerimônia online que revelará os Top 10 Jornalistas e o vencedor de cada categoria.
A eleição dos +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças é uma realização deste Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas, e conta com patrocínios de BTG Pactual, Captalys, Gerdau, Samsung e Telefonica | Vivo, apoios de Grupo Pão de Açúcar e Imagem Corporativa, e apoio institucional do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores).
Associação Mundial de Editores de Notícias (WAN-IFRA) anunciou os vencedores do LATAM Digital Media Awards 2020, premiação que reconhece o trabalho de empresas de comunicação na América Latina. Veículos brasileiros venceram em cinco categorias.
O jornal O Globo recebeu o prêmio na categoria Melhor uso de vídeo online, com a reportagem Entrevista na janela. Com a matéria No Epicentro, a Agência Lupa foi premiada como Melhor visualização de dados. Já O POVO+ de O Povo venceu a categoria Melhor Estratégia de Conteúdo Pago.
O Radar Aos Fatos, da Aos Fatos, recebeu o prêmio como Melhor Projeto de Jornalismo Digital, e O Globo empatou em primeiro lugar com o jornal argentino La Nacion na categoria Melhor envolvimento do público, com a iniciativa Cobertura do coronavirus sem paywall.