Rubens Paiva (Crédito: Folha de S.Paulo/Reprodução)
O Núcleo de Preservação da Memória Política, em parceria com o Instituto Vladimir Herzog e a Comissão Arns de Direitos Humanos, realiza nesta quarta-feira (20/1), às 19h, um ato virtual em homenagem ao engenheiro e deputado federal Rubens Beyrodt Paiva, um dos símbolos mais emblemáticos das arbitrariedades e violações contra os Direitos Humanos perpetrados pela ditadura militar. A data marca os 50 anos do assassinato do homenageado.
O evento, mediado por Oswaldo de Oliveira Santos Jr., diretor do Núcleo Memória, terá a presença de Felipe Alencastro, membro da Comissão Arns de DH; Belisario dos Santos Junior, membro da Comissão Arns de DH e do Conselho do Núcleo Memória; Adriano Diogo, ex-presidente da Comissão da Verdade Rubens Paiva; Ivo Herzog, presidente do Conselho do Instituto Vladimir Herzog; José Luiz Baeta, do Comitê Popular Verdade, Memória e Justiça (Santos/SP); Wladimir Sachetta, historiador e jornalista; Vera Paiva, filha de Rubens Paiva; e Francisco Paiva, neto de Rubens Paiva.
A era Trump foi marcada por frequentes ataques à imprensa americana. O MediaTalks by J&Cia mostra hoje (20/1) um levantamento do projeto US Press Freedom Tracker indicando que de junho de 2015 (quando Trump lançou-se candidato) até o dia em que foi enxotado do Twitter o ex-presidente tuitou 2.520 contra a mídia, representando a incrível média de mais de um ataque por dia.
O projeto catalogou as manifestações e construiu um quadro da marcha incansável para minar a confiança do público no jornalismo, com o uso frequente de expressões como lamestream media e inimigos do povo. A pesquisa enumera os jornalistas e veículos mais atacados, inclusive a Fox News, que se notabilizou pelo alinhamento aos conservadores.
Tido por muitos como o mais famoso jornalista especializado em automóveis do mundo, o britânico Jeremy Clarkson estreou nesta semana como colunista do AutoPapo, de Boris Feldman. Ele passa a assinar uma coluna quinzenal exclusiva para a publicação, que recentemente atingiu seu maior número de acessos desde o lançamento, em 2017. Segundo a ComScore, em dezembro foram registrados cerca de 5 milhões de usuários e 7 milhões de pageviews.
“A coluna de Jeremy vai, sem dúvida, aumentar a relevância do AutoPapo e mais ainda seu crescimento registrado em 2020”, destaca Boris. “Caminhando para os cinco anos de história, o AutoPapo busca reinventar-se sempre, tanto na construção do conteúdo quanto nos formatos: texto, áudio e vídeo. Desta maneira, queremos manter nossa média de crescimento, com credibilidade e relevância para o mercado”.
Na coluna de estreia, Clarkson, que ficou internacionalmente conhecido por sua atuação no programa Top Gear, da BBC, e que desde 2016 comanda o The Grand Tour, para a Amazon, trouxe uma análise do novo Volkswagen Golf GTI.
Cobertura – Outra novidade no AutoPapo está na ampliação da cobertura do segmento de duas rodas, e a estreia de um espaço para notícias sobre o segmento de pesados.
Para o conteúdo sobre motos, um novo colaborador deverá ser contratado para dar suporte ao colunista Teo Mascarenhas. Já para os pesados, no final do ano passado a equipe passou a contar com o reforço de Erico Rafael Pimenta. Além deles, integram o time o colunista especializado em automóveis PCD Alessandro Fernandes e o editor Felipe Boutros.
Após quatro anos atuando na redação do jornal Hoje em Dia, Rodrigo Gini resolveu mudar o foco profissional. Ele passará a dedicar-se de maneira reforçada ao seu site Racemotor.
O portal é exclusivamente focado nas coberturas de automobilismo e motociclismo, no Brasil e no mundo. Aborda assuntos de diversas categorias, como campeonatos, pilotos e equipes.
Ao longo da carreira no jornal, Rodrigo atuou como editor adjunto de esportes, editor de primeira página e com a chegada da pandemia estava trabalhando em primeiro plano, nas editorias de economia e política.
O publicitário Alex Periscinoto morreu em 17/1, em sua casa em São Paulo, aos 95 anos, de complicações decorrentes da Covid-19.
Nascido em Mococa, interior de São Paulo, de família humilde, trabalhou desde a adolescência. Começou nas indústrias de tecidos Matarazzo; passou depois ao varejo, na Sears e no Mappin, de que foi diretor. Em meados da década de 1950, dedicou-se exclusivamente à publicidade, e veio a revolucionar no Brasil esse segmento da comunicação.
Implantou, nas agências, o modelo de trabalho com uma dupla de criação, em que diretor de arte e redator atuavam lado a lado, o que permanece até hoje. Foi sócio da agência Almap, de Alcântara Machado, e ali criou o cargo de diretor de criação, que passou a ocupar.
Foi o primeiro jurado brasileiro no Festival de Cannes, ex-presidente da Fundação Bienal de São Paulo, e secretário de publicidade no governo do presidente Fernando Henrique na década de 1990. Publicou em 1995, com a colaboração de Izabel Telles, sua autobiografia Mais vale o que se aprende que o que te ensinam. Com o jornalista Walter Fontoura, fundou em 2000 a SPGA Consultoria de Comunicação.
O Exército enviou carta a Ana Clara Costa, editora-chefe da revista Época, exigindo “imediata e explícita retratação” por uma coluna de Luiz Fernando Vianna que acusa a corporação de agir para “matar brasileiros”.
O colunista escreveu que “em vários momentos da nossa história, o Exército brasileiro pôs-se a matar a população em grande quantidade”, citando a Revolta de Canudos e a ditadura militar. Vianna afirmou que recentemente o Exército voltou a envolver-se fortemente na política, agindo para pressionar a Justiça com a ocupação de cargos importantes do Governo Jair Bolsonaro por militares, que segundo ele, teve como efeito “um massacre na área da saúde”.
“No momento, o Exército participa de um massacre. Um general, Eduardo Pazuello, aceitou ser ministro da Saúde mesmo, como admitiu, sem saber o que é o SUS. Suas credenciais eram as de um craque da logística. Ele pode ser bom em distribuir fardas e coturnos, mas, como estamos vendo, não sabe salvar vidas”, escreveu o colunista.
Na carta a Época, o Exército repudiou o artigo e escreveu que o texto de Vianna revela “ignorância histórica e irresponsabilidade, não compatíveis com o exercício da atividade jornalística”, e pediu para que a revista “afaste qualquer desconfiança de cumplicidade com a conduta repugnante do autor e de haver-se transformado em mero panfleto tendencioso e inconsequente”. Segundo o Exército, o comportamento do colunista foi “leviano e possivelmente criminoso”, e afirmou que a corporação tem se empenhado para preservar vidas “estendendo a Mão Amiga”.
Em resposta, Época publicou a seguinte nota:
“Nesses dias sombrios que temos vivido em nosso país, a missão do jornalismo de Época tem sido informar a sociedade sobre fatos relevantes e, no espaço editorial, permitir a divulgação de manifestações das mais diversas correntes de pensamento, mesmo aquelas com as quais não concorda. O título e o conteúdo do artigo a que a carta do Exército se refere não refletem a opinião de Época sobre os militares brasileiros, mas apenas o pensamento do autor, que exerceu tão somente seu direito à liberdade de opinião. Há graves erros e omissões do presidente Jair Bolsonaro e de seus ministros, em especial o da Saúde, na condução da luta contra a pandemia. Mas Época entende que essa má condução não pode ser atribuída às Forças Armadas. Ao publicar essa carta do Exército, Época não está aquiescendo a exigências. Época demostra apenas seu apreço pelo debate democrático e pela liberdade de expressão. Discordar com espírito crítico, de forma respeitosa, é o que se espera de quem ocupa posição de relevo nas instituições mais importantes do estado.”
Justiça aceita recurso contra Aos Fatos por difamação do Jornal da Cidade Online
O presidente Jair Bolsonaro bloqueou em 18/1 o perfil da agência de checagem Aos Fatos no Twitter. Em resposta ao ocorrido, o site escreveu que a atitude de Bolsonaro é “arbitrária e demonstra crescente intolerância do mandatário ao contraditório”.
Para Tai Nalon, diretora executiva de Aos Fatos, o bloqueio soa como uma “reação agressiva ao acompanhamento sistemático que é feito das declarações do presidente no contador de checagens. (…) É uma ação casuística, autoritária e também contraproducente, já que qualquer outro perfil, logado ou deslogado, pode ler o que Bolsonaro publica na rede social”. Em 15/1, a agência contabilizava quase 2.300 informações falsas do presidente desde que assumiu o cargo.
No texto, Aos Fatos destaca a opinião de Francisco Cruz, advogado e diretor do Internet Lab: “Ao bloquear o acesso de jornalistas, o presidente tenta criar obstáculos para que a imprensa e a população possam debater e questionar as propostas do governo. (…) Apesar de ser uma conta pessoal, ela é efetivamente usada pela Presidência da República, o que confere caráter público às suas publicações”.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), ao menos 32 jornalistas já foram bloqueados por Bolsonaro no Twitter. O mesmo estudo detectou que, de 2014 até o começo desta semana, 65 jornalistas tinham sido bloqueados por autoridades públicas brasileiras com perfis nas redes sociais, somando 128 casos. Vale lembrar que Bolsonaro já responde a ações sobre o tema.
Em assembleia realizada em 15/1, profissionais de imprensa da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC) decretaram a partir desta segunda-feira (18/1) greve por tempo indeterminado. Eles são responsáveis pela produção do Correio Popular (Campinas-SP), do portal do jornal e da revista Metrópole.
Os grevistas reivindicam o pagamento de salários e verbas trabalhistas em atraso, pois estão sem receber salário desde maio de 2019, bem como outros direitos, como FGTS, 13º e férias. Nas últimas semanas, os trabalhadores, junto com o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), buscaram negociar com a empresa.
Para pressionar a RAC, realizaram paralisações de até 24 horas, mas não obtiveram sucesso nas tratativas. O SJSP declarou que “segue aberto à negociação caso a empresa apresente propostas concretas”.
Carine Pereira, que deixou a Rede Globo em 5/1, fez um desabafo no Instagram relatando que foi vítima de assédio moral dentro da emissora. Ela trabalhou no grupo por sete anos, foi apresentadora do Globo Esporte Minas de 2017 a 2019, e recentemente estava à frente Bom Dia Minas.
No vídeo publicado, ela contou que sofreu assédio de superiores, denunciou o ocorrido e foi “mudada de horário e de função” após realizar a denúncia na ouvidoria da empresa. Ela se sentiu a única prejudicada depois da denúncia.
“Enfrentei muito preconceito por ser mulher e por não ser desse meio”, declarou Carine. “No começo eram piadinhas dos colegas, algum tratamento diferenciado porque eu não era dali, mas depois foi o meu chefe. Ele dizia: ‘Ah, a Carina consegue essa exclusiva porque é mulher, tem o que você não tem, oferece o que você não oferece…’ Quando era colega, eu retrucava, mas quando era o chefe, não, porque era alguém que eu admirava. E as coisas foram piorando”.
Segundo Carine, ela e colegas resolveram entrar em contato com o RH, mas a ação não resolveu o problema: “Depois a gente fez uma denúncia na ouvidoria da empresa. Fui mudada de horário, de função. Para mim, as coisas pioraram. Eu era a única mulher dessa galera que denunciou e sinto que fui a única prejudicada”.
O Lance entrou em contato com a Globo, que comunicou que não comenta casos como o de Carina e reafirmou que os assuntos internos são investigados por uma equipe especializada.
Paulo Jeronimo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), enviou em 14/1 uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro por repetidos atentados cometidos por ele ao estado democrático de direito.
O documento destaca atos de incitação à violência e declarações públicas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral, os partidos políticos e o próprio TSE: “Não se trata da primeira vez que o representado assaca aleivosias contra o sistema representativo brasileiro, devendo ser notificado para comprovar suas alegações, sob pena de incorrer em crime de responsabilidade”. A ABI relembra a fala de Bolsonaro de que as eleições de 2018 foram fraudadas e que somente foi eleito porque teve muito voto.
O texto cita também o comentário do presidente em relação à invasão do Capitólio nos EUA. Ele comentou que, “se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter um problema pior que os Estados Unidos“. Segundo a ABI, o comentário incentiva grupos radicais que o apoiam a atentar contra as instituições democráticas e republicanas.