Thiago Tanji é o novo presidente do Sindicato dos Jornalistas de SP
Terminada a apuração para definição da nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), a Chapa 1, encabeçada por Thiago Tanji, foi eleita com 97% dos votos. A eleição, que mesclou votos presenciais e virtuais devido a pandemia, registrou 659 votos à favor da chapa única, além de 11 votos em branco e 10 nulo.
Thiago Tanji é o novo presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo para o triênio 2021-2024
Thiago, que é editor da revista Autoesporte, da Editora Globo, substituirá Paulo Zocchi, que comandou o sindicato por dois mandatos. Vale destacar que Zocchi liderou a entidade nos últimos 10 meses com a liberação sindical cassada pela Editora Abril, na qual trabalha. A nova diretoria assume o comando da entidade entre agosto de 2021 e agosto de 2024.
Comissão de ética
Com cinco candidatos para cinco vagas, os jornalistas elegeram a nova Comissão de ética que elegeu Eliane Gonçalves, Fábio Venturini, Franklin Valverde, Joel Scala e Rodrigo Ratier. Com a nova composição, Eliane Gonçalves ocupa a vaga deixada por Rose Nogueira. Os demais candidatos já integravam a Comissão de Ética.
Luiz Rila, que desde o segundo semestre de 2020 vinha atuando como diretor da MassMedia no Rio de Janeiro, entrou para a sociedade da agência.
Luiz Rila, que desde o segundo semestre de 2020 vinha atuando como diretor da MassMedia no Rio de Janeiro, liderando a equipe de atendimento do núcleo de Telecom, entrou para a sociedade da agência, ao lado de Ivson Queiroz (gestão de crise e análise política),Bianca Neves (projetos de relações com imprensa, análise de dados e inovação),Daniela Rezende (comunicação interna, conteúdo e relações com imprensa) eAlessandro Piva (tecnologia).
Rila construiu boa parte da carreira na grande imprensa, em veículos como Estadão, do qual foi editor executivo, O Globo, Veja e Época.
O YouTube anunciou nesta quinta-feira (5/8) os 50 jornalistas e as 40 redações nativas digitais selecionados para os programas Creators Programpara Jornalistas Independentes e Sustainability Lab para Redações Nativas Digitais. O Brasil tem como representantes dois profissionais de imprensa e três redações.
No Creators Program, foi selecionada Juliene Moretti, produtora de conteúdo com experiência em hardnews, comportamento e perfis. Segundo ela, “ter entrado no programa significa abrir a cabeça para explorar novos jeitos de fazer jornalismo”.
Também está na lista Diogo Rodriguez, cientista social e criador do projeto Me Explica, que foi incubado no programa para Jornalistas Empreendedores da Universidade de Nova York. Anteriormente, foi colaborador de Folha de S.Paulo, Estadão, editoras Abril e Globo, Vice, TV Cultura, entre outros.
No Sustainability Lab, os três escolhidos foram Alma Preta Jornalismo, que utilizará o programa para desenvolver trabalhos audiovisuais no YouTube; AzMina, que planeja alcançar novos públicos e consolidar um “novo braço rumo à sustentabilidade financeira” do jornalismo que pratica; e Canal Reload, que vai expandir seu trabalho de “descomplicar” notícias e democratizar a informação nas plataformas digitais.
A lista de inscritos continha representantes de 26 países, falantes de cerca de 20 línguas.
A Fundamento Grupo de Comunicação reforçou o time. ChegaramFabíola Capalbo, como diretora de Relações Públicas;Débora Quaglio, diretora de Marketing; eBárbara Mayumi, gerente de Atendimento.
Débora Quaglio
Fabíola acumula 15 anos de experiência, tendo atuado em segmentos de consumo, saúde, indústria farmacêutica e tecnologia, para organizações como Samsung, Reckitt Benckiser, Galderma, Aché, Cristália, Eli Lilly, Durex, Libbs, Teva, entre outras.
Bárbara Mayumi
Débora foi por 18 anos executiva de marketing do Grupo Santillana e atuou em mercados B2B e B2C, além de ter se tornado empreendedora no comércio eletrônico.
Bárbara atua há mais de dez anos na comunicação corporativa, tendo trabalhado para empresas como Euromonitor International, PepsiCo, Avon e BM&FBovespa (atual B3).
O estudo Perfil Racial da Imprensa Brasileira é um projeto da newsletter Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas.
Iniciativa, inédita no País, tem apoio institucional de ABI, Aner, ANJ, Projor e Universidade Zumbi dos Palmares e parceria com Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas e I’Max
Qual o perfil racial da imprensa brasileira? Quantos são os jornalistas negros e de outras raças e etnias que atuam nas centenas de redações do País? Qual o impacto desse perfil na produção jornalística nacional?
Essas são algumas das questões que o estudo Perfil Racial da Imprensa Brasileira, projeto da newsletter Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas, em parceria com o Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas e o I’Max, está propondo responder a partir da realização de um recenseamento racial nas redações, abrangendo os 61 mil jornalistas em atividade nas cinco regiões do País.
Esse recenseamento será iniciado no próximo dia 16 de agosto, com o envio de e-mail para todos os jornalistas de redação cadastrados no banco de dados do I’Max, com link para o questionário eletrônico de autopreenchimento. No caso dos profissionais, sobretudo de imagem (repórteres fotográficos e cinematográficos), que não constem desse banco, a participação poderá ser feita por meio de acesso ao endereçohttps://perfilracial.portaldosjornalistas.com.br/ (que só estará disponível a partir do dia 16).
O estudo abrangerá, além da pesquisa online por autorresposta, uma etapa complementar com entrevistas telefônicas com quem se dispuser a participar, para aferir de forma mais profunda questões raciais mais sensíveis e eventualmente presentes no dia a dia da atividade.
Eduardo Ribeiro, diretor deste J&Cia e do Portal dos Jornalistas e idealizador do projeto, diz que o grande esforço a partir de agora será motivar os profissionais, independentemente de raça, a participarem da iniciativa, pois quanto maior for a adesão mais consistente será o estudo: “É importante que brancos, negros e demais profissionais de outras raças e etnias participem respondendo ao questionário, pois essa, mais do que uma causa individual, é de todos e da própria sociedade. Foi por essa razão que decidimos fazer, antes de iniciar o trabalho de campo propriamente dito, uma campanha de informação, que começará a ser veiculada nas redes sociais no próximo dia 9, coordenada pelo publicitário Antonio Ferreira da Costa Neto, com a participação voluntária de nomes ilustres e representativos do próprio Jornalismo e de outras atividades em apoio à causa”.
Convidado a coordenar o estudo, Maurício Bandeira, diretor do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, afirma que “ele é dirigido à totalidade dos jornalistas que atuam hoje no Jornalismo brasileiro, pois só a partir de uma participação massiva é que se poderá aferir o atual grau de diversidade presente na imprensa brasileira. Essa informação é valiosa para o planejamento de ações afirmativas na direção de maior diversidade e inclusão racial no Jornalismo, atividade essencial para a democracia, para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País e para o combate às injustiças seculares que afligem a nação”.
A iniciativa conta com o apoio institucional de quatro das mais importantes instituições voltadas para o Jornalismo brasileiro – ABI, Aner, ANJ e Projor – e da reconhecida Universidade Zumbi dos Palmares.
Fernanda Lara, CEO do I’Max, empresa responsável pela interface com as redações e os jornalistas, lembra que “este importante censo será realizado com a disponibilização de um questionário eletrônico que será enviado aos jornalistas de todo o País cadastrados no banco de dados da empresa e o período aberto para o preenchimento do questionário será de 16 de agosto a 30 de setembro de 2021”.
A rádio CNseg, mantida pela Confederação Nacional das Seguradoras, com sede no Rio, comemora neste semestre a marca de 50 mil horas de programação, mais de 2 mil dias ininterruptos no ar e presença em quase mil municípios, desde a estreia, em outubro de 2016.
Além da veiculação na própria plataforma, o conteúdo é distribuído pela Agência RadioWeb para emissoras afiliadas no Brasil. Dados do primeiro semestre de 2021 indicam que as matérias produzidas alcançaram 1.202 rádios comerciais, comunitárias e educativas localizadas em 929 municípios. Desde setembro do ano passado, a rádio também está nos agregadores de podcast, com média de 300 downloads por mês. A pauta da programação é voltada para revelar os produtos e serviços do setor segurador.
Com isso, Solange Beatriz Palheiro Mendes, diretora executiva da CNseg, pretende disseminar a cultura do seguro: “A emissora alcança um público diversificado num país de dimensões continentais. O setor segurador nacional, cuja receita anual representa cerca de 6,7% do PIB, é estratégico quando falamos de educação financeira, sendo fundamental as informações estarem disponíveis com facilidade e em linguagem acessível”.
A rádio Jovem Pan estreou nesta terça-feira (3/8) o Jornal da Manhã, sob o comando de Thiago Uberreich e Adriana Reid, das 7h às 9h.
A rádio Jovem Pan estreou nesta terça-feira (3/8) o Jornal da Manhã. Sob o comando de Thiago Uberreich e Adriana Reid, o noticiário de transmissão diária vai ao ar das 7h às 9h no canal fechado History.
Com produções voltadas para ficção científica e reality shows, a chegada do Jornal da Manhã na grade do canal amplia o foco agora também para o jornalismo.
O canal 32 da TV aberta de São Paulo que já pertenceu a antiga MTV, vinha transmitindo conteúdo de entretenimento da marca Loading quando foi comprado pela Jovem Pan para se tornar a TV Jovem Pan.
Entretanto, ainda em 2015, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública requerendo a cassação do canal sob justificativa de que a MTV não poderia ter vendido uma frequência pública; em primeira instância, a Justiça deu razão ao MPF.
A venda da antiga MTV para a Loading foi realizada sem a participação da União, em dezembro de 2013, o que é ilegal.
Tem início em 16/8 a coleta de dados para a segunda edição da pesquisa sobre o perfil do jornalista brasileiro, que incluirá características sociodemográficas, políticas, de saúde e de trabalho. A ideia é atingir profissionais de todas as regiões do País que atuam na mídia, fora da mídia, e na docência. Nesse dia o questionário estará disponível no site https://perfildojornalista.ufsc.br/.
O estudo é realizado pela Rede de Estudos sobre Trabalho e Identidade dos Jornalistas (Retij), vinculada à Associação Nacional dos Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor). A organização da pesquisa é dos programas de Pós-Graduação em Jornalismo e em Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O objetivo é apurar informações sobre os principais aspectos da vida dos jornalistas. Neste ano, o estudo pretende incluir tópicos como a precarização do trabalho, as condições laborativas que afetam a saúde e os efeitos das inovações tecnológicas, observando as principais mudanças apresentadas na última década.
Nove entidades apoiam institucionalmente o estudo: Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Profissão Jornalista (APJor), Associação Nacional de Pesquisadores em Jornalismo e Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (Abej).
A Lupa, plataforma de combate à desinformação no Brasil, apresentou em 3/8 o programa Contexto. Com uma contribuição mensal, os membros têm acesso a eventos e grupos de discussão em diferentes plataformas, conteúdos exclusivos para compartilhar em seus círculos de confiança e descontos em oficinas do LupaEducação. A agência pretende, assim, aumentar o engajamento das pessoas nos debates e iniciativas de combate à desinformação no Brasil e no mundo, além de contar com o apoio da audiência para seguir o trabalho que a empresa faz desde 2015.
Os convidados da Lupa vão debater com os membros do Contexto questões como: por que algumas pessoas são seduzidas mais facilmente por pseudociências, fake news, teorias da conspiração e negacionismo científico? Quais as características psicológicas e neurológicas que predispõem os indivíduos a negarem a verdade dos fatos? Os mecanismos psicológicos que levam alguém a comprar um objeto funcionam da mesma forma para alguém que compra uma ideia?
Para participar, há opções de contribuição mensal ou anual. Por R$ 9,90 por mês – ou R$ 99,90 por ano – é possível ter acesso a grupos de discussão no Facebook e no Telegram, onde serão distribuídos conteúdos exclusivos para compartilhamento e haverá debates aprofundados sobre estratégias de desinformação e manipulação de narrativas. Já a contribuição de R$ 19,90 mensais – ou R$ 199,90 por ano – dá acesso a participação em eventos mensais ao vivo, bastidores da redação da Lupa e descontos de 20% na inscrição das oficinas mensais do LupaEducação, além dos grupos de discussão.
O programa começou a tomar forma em fevereiro, quando a Lupa e outras 15 plataformas de jornalismo digital foram selecionadas pelo Media Development Investment Fund para integrar o Membership Puzzle Project. As organizações receberam recursos, mentoria e treinamento para programas de apoio e relacionamento, fortes e permanentes, com seus públicos, de modo a gerar mais engajamento ao modelo de negócio digital. O projeto tem apoio da Luminate
A BBC apanha pelo que faz e pelo que deixa de fazer (em tempo: adoro a emissora e sofro quando ela apanha). Assim, não poderia passar a cobertura das Olimpíadas distante de controvérsias.
A principal delas é a redução de transmissões ao vivo, resultado do acordo feito com a Discovery, que enfureceu os espectadores por deixar de exibir competições importantes.
Mas uma crítica preconceituosa ao extremo dirigida a uma profissional da rede em Tóquio acabou se voltando contra quem a fez. E desencadeou apoio até de pessoas conhecidas pela intolerância.
A personagem é a apresentadora Alex Scott, ex-jogadora de futebol. Ela é negra e foi criada em Poplar, ao leste de Londres, onde foi ambientada a série Call the Midwife, retrato fiel da vida em áreas desprovidas da cidade. E fala com sotaque característico do local.
Isso não foi problema para a BBC. Ao admiti-la e escalá-la para a cobertura mais importante do esporte, a rede assumiu posição em favor da inclusão, mesmo sendo a referência do inglês “padrão” do país, o chamado “BBC English”.
Só que nem todos gostaram. E quem expressou irritação não foi uma pessoa qualquer. Foi um ex-ministro do Comércio, o barão Jones de Birmingham, que até 2020 tinha assento da Câmara dos Lordes, no Parlamento.
Lord Jones, de 65 anos, usou o Twitter para atacar Scott em tom incompatível com o linguajar de um lorde inglês (pelo menos em público):
“Chega! Eu não aguento mais! Alex Scott estraga um bom trabalho de apresentação na equipe olímpica da BBC com sua notável incapacidade de pronunciar o ‘g’ no final de uma palavra. Os competidores NÃO estão disputando, Alex, no fencin, rowin, boxin, kayakin, weightliftin & swimming.”
Referindo-se também a Beth Rigby, veterana repórter política da Sky, e a Priti Patel, secretária do Home Office de Boris Johnson, ele seguiu em frente:
“Pelo amor de Deus! Alguém pode dar aulas de elocução a essas pessoas? … Em nome da Língua Inglesa … Socorro!”
O caso é um exemplo da estratificação da sociedade britânica, na qual nobres e abastados que estudaram em caras escolas particulares diferenciam-se pela forma de falar. E muitos fazem questão de exibir a diferença, uma atitude anacrônica em um mundo que clama por inclusão.
Linguistas, jornalistas e escritores uniram-se ao coro de condenação ao lorde que perdeu a fleuma. O ator e diretor Stephen Fry replicou o tuíte dizendo: “Você é tudo o que os linguistas e verdadeiros amantes da linguagem desprezam”. E criticou o “esnobismo deslocado”.
Até o controvertido jornalista Piers Morgan, defensor da livre expressão a qualquer preço e inimigo do “politicamente correto”, recriminou Lord Jones, a quem chamou de “insuportavelmente pomposo”.
Mas a melhor reação veio da própria Alex Scott. Ela defendeu o sotaque, dizendo-se orgulhosa de suas raízes na “working class”, uma expressão dos tempos em que ricos não trabalhavam.
E foi além, usando sua popularidade na mídia para mandar um recado a crianças de origem humilde:
“Uma mensagem para crianças que talvez não tenham privilégio na vida. Nunca permita que julgamentos sobre sua classe, sotaque ou aparência virem impedimento. Use sua história para escrever sua história. Continue se esforçando, continue brilhando e não mude por ninguém.”
O final é feliz, pois ela saiu por cima. Mas a história faz pensar no abismo que persiste entre o discurso da diversidade e a inclusão na prática.
Jornalismo e esportes estão entre as áreas em que esse gap fica mais evidente, pela exposição de atletas e de figuras da mídia como Alex Scott, alvos fáceis de ataques. E pela dificuldade que muitas redações ainda têm em abrir espaço para minorias, mulheres e gente de classes sociais variadas.
O notável é que organizações de mídia podem desafiar preconceitos, como fez a BBC ao ter Scott e outros profissionais com sotaque regional em seus quadros. E profissionais de mídia podem usar sua visibilidade para confrontar a discriminação, como fez a apresentadora. Merecem ouro olímpico.
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