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quarta-feira, dezembro 17, 2025

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Abertas as inscrições para o edital de Jornalismo e Educação da Jeduca

A Jeduca, em parceria com Itaú Social, abriu inscrições até 30/6 para a quarta edição do Edital de Jornalismo de Educação.
A Jeduca, em parceria com Itaú Social, abriu inscrições até 30/6 para a quarta edição do Edital de Jornalismo de Educação.

A Jeduca, em parceria com Itaú Social, abriu inscrições até 30/6 para a quarta edição do Edital de Jornalismo de Educação. Podem inscrever-se exclusivamente jornalistas e profissionais de mídia de todo País. O programa oferece seis bolsas de R$ 8 mil cada para a produção de uma grande reportagem ou uma série de reportagens de educação.

Diferentemente dos anos anteriores, este não contará com a categoria estudante, que premiava Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) pois a ideia agora é realizar duas edições anuais.

Para participar, é necessário que os interessados já exerçam a profissão há pelo menos dois anos, apresentando uma proposta de pauta com roteiro de apuração, carta de aprovação do editor do veículo escolhido sinalizando o interesse pela publicação do material final. A regra é válida para jornalistas que tenham ou não vínculo com algum veículo.

A Comissão Julgadora e Editorial do edital é formada por Denise Chiarato (coordenadora do grupo), Marta Avancini, Ricardo Falzetta e Rodrigo Ratier. Eles seguirão os critérios de avaliação: originalidade, qualidade, relevância do tema e a importância do recurso financeiro oferecido para que a pauta seja executada.

Angela Dannemann, superintendente do Itaú Social, acredita que a cada edição do edital “vemos a importância de fortalecer a estrutura voltada à publicação de matérias de fôlego na educação em todo o País, ainda mais importante no atual contexto. A mudança de formato, com edital semestral, tem relação com a necessidade de ampliar a frequência dessas produções, colocando o debate sobre os temas da educação em evidência de forma mais intensa e contínua”.

A reportagem produzida poderá ser publicada em veículos impressos, portais, sites, emissoras de rádio ou TV ou plataformas de podcast. Não serão aceitas indicações de blogs ou publicações pessoais e não jornalísticas.

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Jamil Chade lança newsletter com cartas para personalidades

Jamil Chade lança newsletter com cartas para personalidades

O colunista do UOL Jamil Chade estreia nesta terça-feira (24/5) uma newsletter, exclusiva para assinantes do UOL, na qual escreverá cartas para personalidades de diversos ramos. A ideia é que os textos abram “um debate sobre que futuro queremos construir”.

“Os leitores podem esperar questionamentos, provocações, mas acima de tudo reflexões sobre como reconstruir o futuro que tanto a pandemia como a guerra (da Ucrânia) nos exigem hoje”, explicou Jamil.

A primeira carta é direcionada ao presidente dos Estados Unidos Joe Biden. O jornalista faz uma cobrança para que o político assuma suas responsabilidades de representar a democracia. Assinantes podem conferir o texto aqui.

Autor de sete livros, três deles finalistas do Prêmio Jabuti, Jamil Chade pretende lançar o oitavo no segundo semestre, escrito em parceria com Juliana Monteiro. A obra falará sobre a troca de cartas entre dois brasileiros que vivem fora do Brasil, o próprio Jamil, correspondente em Genebra, na Suiça, e Juliana, que mora em Roma.

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Parceria entre NSports e +FavelaTV levará conteúdo esportivo às periferias

Parceria entre NSports e +FavelaTV levará conteúdo esportivo às periferias

As plataformas NSports e +FavelaTV anunciaram uma parceria que levará conteúdo esportivo exclusivo para o público da periferia. Os telespectadores terão acesso a esportes, transmitidos nos formatos on demand e linear da TV, como futebol, vôlei, futsal e basquete, e ao canal Olímpico, além de detalhes da preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

O conteúdo passará a ser transmitido a partir desta quinta-feira (26/5), dia do lançamento oficial da +FavelaTV, e poderá ser visto de qualquer aparelho com acesso à internet. Para Marx Rodrigues, CEO da +FavelaTV, a parceria “trará um conteúdo além do convencional para a audiência. Nunca existiu uma preocupação em entregar qualidade para a favela, e esta experiência remodelará a maneira como o esporte se apresenta para os locais de maior captação de atletas hoje no Brasil, que são as comunidades”.

Guilherme Figueiredo, CEO da NSports, explica que a missão da empresa sempre foi, desde o começo, em 2018, “democratizar o acesso ao conteúdo esportivo. Estamos muito felizes por realizar essa parceria, que é inédita para nós. Juntos, queremos levar conteúdo relevante e inspirador para o público”.

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Projeto Comprova anuncia ingresso de quatro novas organizações

Comprova lança minicurso gratuito sobre métodos de checagem

O Projeto Comprova, focado na checagem de informações e no combate às fake news, anunciou nesta terça-feira (24/5) a chegada de quatro novas organizações, que passam a fazer parte da iniciativa: CNN Brasil, Rádio Nova Brasil FM, SBT News e Veja. Com isso, o Comprova chega à marca de 42 veículos.

O projeto foi criado em 2018 pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) para checar informações sobre as eleições presidenciais daquele ano. E agora, em 2022, a iniciativa pretende dar continuidade ao trabalho de combate à desinformação, principalmente em relação às eleições em outubro.

Neste ano, a iniciativa está participando do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação no âmbito da Justiça Eleitoral, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do Projeto #FakeToFora, do Instituto Palavra Aberta, que incentiva a participação de jovens na eleição. Em março, o Comprova criou um minicurso por WhatsApp para pessoas com mais de 50 anos sobre fake news.

Para Natália Mazotte, presidente da Abraji, “essa é hoje a maior coalizão de veículos conduzindo um trabalho sistemático de checagem e verificação no Brasil. Os conteúdos desenvolvidos pela rede serão fundamentais para o combate à desinformação durante as eleições deste ano”.

Pela iniciativa, repórteres das 42 organizações que compõem o projeto trabalham colaborativamente para investigar conteúdos suspeitos. Ao todo, já foram publicadas cerca de 800 reportagens que esclareceram conteúdos falsos sobre eleições e o processo eleitoral, políticas públicas no âmbito do governo federal, a pandemia de Covid-19, entre outros.

Os desafios que chegam ao novo Jornalismo do Nordeste

O novo, impactante e frágil jornalismo do Nordeste do Brasil

Este conteúdo foi publicado originalmente pela LatAm Journalism Review em 11 de maio de 2022

Por Júlio Lubianco

A região Nordeste do Brasil é a segunda mais populosa do país, tem o terceiro maior PIB e o menor PIB per capita do país. O jornalismo da região sofre duplamente com a falta de recursos e a reduzida visibilidade nacional. Apesar das limitações econômicas, iniciativas jornalísticas indepedentes se multiplicam nos nove estados do Nordeste e são capazes de produzir impacto mesmo com recursos restritos.

Segundo a mais recente edição do Atlas da Notícia, 62,4% dos municípios do Nordeste ainda são desertos de notícias — é o segundo maior percentual do Brasil. São considerados desertos de notícias cidades onde não há nenhum veículo jornalístico sequer. Para piorar, em 2021 a crise tirou das ruas três jornais tradicionais de circulação diária na região: o Jornal do Commercio, o Diário do Nordeste, em Fortaleza(CE) e O Estado do Maranhão.

“A sustentabilidade financeira é uma grande barreira para o desenvolvimento do jornalismo independente no Brasil como um tudo e no Nordeste em particular, já que muitas das oportundiades de financiamento se concentram na região Sudeste, mais rica,” disse à LatAm Journalism Review (LJR) a jornalista Mariama Correia, idealizadora da newsletter Cajueira e pesquisadora do Atlas da Notícia no Nordeste. “A descentralização desses recursos e de oportunidades de formação é importante para que comunicadores e jornalistas da região possam desenvolver novas formas de financiar suas iniciativas.”

Diante disso, iniciativas digitais locais ganham ainda mais importância embora sobrevivam com enormes sacrifícios de suas equipes. Neste artigo, a LJR mostra cinco casos de novos veículos que surgiram nos últimos anos e produzem jornalismo de alto nível, embora lidem diariamente com o desafio de sobrevivência financeira.

Saiba Mais: oásis num deserto de notícias

Há quatro anos, a Agência Saiba Mais cobre o dia a dia do Rio Grande do Norte e sua capital, Natal. O estado tem 82% dos seus municípios classificados como desertos de notícias, segundo a mais recente edição do Atlas da Notícia. Com um orçamento mensal de parcos BRL 17.500 (USD 3.500) provenientes principalmente de doações de leitores, o veículo conta com seis jornalistas, dos quais apenas um em tempo integral.

O fundador da Saiba Mais é o experiente jornalista Rafael Duarte, natural de Brasília e com mais de 20 anos de atuação em jornais potiguares. À LJR, ele criou a agência por dois motivos: a falta de perspectiva profissional num mercado restrito e a concetração de propriedade dos veículos tradicionais do estado.

“Quando eu cheguei [de Brasília], eu me assustei: todos os canais de rádio e televisão, por exemplo, eram loteada por pelos políticos aqui com o mandato. O principal jornal, a Tribuna do Norte, e a afiliada da TV Globo é da família Alves [do ex-ministro e deputado federal Henrique Eduardo Alves]; a afiliada da TV Record é de José Agripino Maia [ex-governador e ex-senador], e por aí vai,” disse Duarte.

A Saiba Mais se inspira na bem sucedida Agência Pública de Jornalismo Investigativo, embora Duarte admita não ter condições de fazer o mesmo tipo de jornalismo de profundidade por falta de recursos. Mesmo assim, é capaz de produzir furos com repercussão, como a notícia de que o prefeito de Natal reajustou o próprio salário para ser o segundo mais bem pago prefeito entre as capitais do Brasil.

“A gente ficou umas duas semanas só dando a matéria [sobre o reajuste]. Ninguém mais [da imprensa falou no assunto], todo mundo ficou calado. É esse tipo de cobertura que dá um orgulho danado, porque os colegas dos outros veículos vêm parabenizar a gente, dizer que não deram porque não puderam,” disse Duarte. “Minha grande inspiração é a Pública, só que a gente não tem orçamento, não tem um financiamento fixo. A gente precisa muito da audiência para gerar receita. Então a gente faz o hard news. Eu acho que a cidade precisa disso, né?”

Retruco: na disputa com Folha e TV Globo

Há quatro anos, sete estudantes de jornalismo de Pernambuco propuseram uma pauta para o edital da Agência Pública e nem acreditaram quando ganharam BRL 7.000 (USD 1,200) para produzirem uma reportagem em vídeo sobre um tema difícil: violência policial. A reportagem reconstruiu dois casos em que policiais militares balearam manifestantes em protestos no Nordeste.

“[Fundamos a Retruco] com um desejo em comum: comunicar de forma efetiva, acessível, moderna e livre de amarras, mas claro, a partir de um olhar do Nordeste! Sabe? Queríamos ir além do jornalismo tradicional e descentralizar o fazer comunicação, que é bastante centrado no Sudeste do país,” disse à LJR Juliana Aguiar, uma das fundadoras da Retruco. “[A seleção nos edital da Pública] nos deu a certeza que estávamos indo no caminho certo.”

Em 2021, a Retruco foi finalista na categoria multimídia do prestigioso Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo e Direitos Humanos com o projeto Dependências, sobre a rede de interesses econômicos, políticos e religiosos no entorno da oferta de vagas de acolhimento e internações de dependentes de drogas em comunidades terapêuticas e clínicas de reabilitação no Nordeste.

“Concorremos ao lado de trabalhos do Fantástico e da Folha de S. Paulo,” disse Aguiar. A reportagem especial foi fruto de uma bolsa da Fundação Gabo no valor de BRL 14.000 (USD 2745,76).

Apesar do reconhecimento da qualidade jornalística, a Retruco ainda não tem fonte fixa de receita. Por isso, nenhum dez integrantes da equipe se dedica integralmente à agência.

“O nosso projeto ainda não é sustentável e essa é a nossa principal dificuldade atualmente. O que nos mantém são as bolsas de reportagem que conseguimos aprovar por editais. Os valores nos ajudam a contribuir com os custos de produção/logística, remunerar os colaboradores e fazer reportagens mais robustas,” disse Aguiar.

Tatu: pioneirismo em jornalismo de dados

Quando a Agência Tatu foi ao ar pela primeira vez em 25 de abril de 2017, os três fundadores, todos ainda estudantes de jornalismo, sabiam que se tratava da primeira iniciativa de jornalismo de dados criada no estado de Alagoas. O que eles não sabiam é que era a primeira também de todo o Nordeste do Brasil.

“A nossa intenção era obter, analisar e produzir matérias com dados focando em Alagoas, explorando personagens, especialistas e fontes locais. O que nos motivou foi, principalmente, o potencial do Jornalismo de Dados e vendo que era uma área inexplorada em Alagoas. Também nos incomodava a divulgação rasa de dados, principalmente os públicos, já que os veículos locais davam, geralmente, as informações passadas pelas assessorias,” disse à LJR Graziela França, fundadora e diretora de conteúdo da Tatu.

Cinco anos depois, a Tatu tem uma equipe de oito pessoas: cinco jornalistas, um designer gráfico e dois estagiários. A agência desfruta também de um raro reconhecimento nacional para veículos do Nordeste, conquistado através de prêmios nacionais e internacionais, e de editais de financiamento. Hoje 100% do faturamento vem de parcerias com empresas privadas, instituições públicas e ONGs, fornecendo desde projetos de checagem de fatos, produção de matérias com dados e até reportagens especiais.

“A nossa produção própria, disponível gratuitamente em nosso site, não nos traz lucro diretamente, mas funciona como mecanismo de impacto por oferecer conteúdo de qualidade à sociedade, além de ser fundamental para criar uma grande vitrine de apresentação dos nossos projetos e de todas nossas competências como startup de mídia,” disse França.

Entre as principais reportagens, está “O Amargo da Cana”, que mostra o elevado índice de acidentes de trabalho e sequelas sofridas pelos trabalhadores de cana de açúcar, um segmento importante da economia de Alagoas. Já o Monitor da COVID divulgava informações atualizadas diariamente sobre a doença no estado — foi descontinuado em março com o arrefecimento da pandemia.

“A sustentabilidade financeira é um dos principais pontos, mas também encontramos dificuldades em conseguir atender a todas as demandas de gestão, produção e expansão, já que somos três sócios jornalistas e tivemos que desenvolver habilidades voltadas ao empreendedorismo, programação, designer, etc,” disse França. “Atualmente, estamos em um processo de aceleração que trata justamente da expansão da Tatu para outros estados do Nordeste. Estamos trabalhando diversas ideias para alcançarmos mais pessoas em Alagoas e outros estados da região, que passarão a contar com uma cobertura de dados mais especializada e aprofundada.”

Paraíba Feminina: nenhum dinheiro e ameaças de morte

LJR conversou com a jornalista Tatyana Valério, fundadora e única jornalista do Paraíba Feminina, no dia em que ela publicou a última reportagem nos três anos de existência do site de jornalismo feminista baseado no estado da Paraíba. Por falta de dinheiro para manter a iniciativa, Valério decidiu encerrar as operações, embora admita retormar o trabalho caso consiga novas opções de financiamento.

Valério lançou o Paraíba Feminina em 2019 para dar visibilidade aos temas feministas no estado. Naquele momento, o presidente Jair Bolsonaro havia acabado de tomar posse com um discurso de oposição à agenda feminista. Depois de dois anos sem remuneração, tocou o site como pode com recursos próprios até que conseguiu duas publicidades que rendiam BRL 3.700 (USD 722) por mês. Os acordos venceram em abril e não foram renovados.

“Tem um quadro aqui na minha frente com um monte de matéria para eu fazer, só que eu preciso me dedicar ao [trabalho] que vai pagar as minhas contas, então eu vou deixando as pautas aqui em stand-by,” disse Valério, que trabalha como assessora de imprensa na Assembleia Legislativa da Paraíba.

Em três anos, Valério se orgulha do resultado das reportagens que publicou. Numa delas, ela denunciou casos violência sexual contra adolescentes por uma celebridade local. Noutra, mostrou situações de abuso e assédio contra trabalhadoras de uma empresa. Em mais uma, conseguiu que a ex-mulher de um detento recebesse proteção policial após ameaças do ex-marido. Como resultado, colheu diversas ameaças, duas das quais ela considera “mais sérias”.

“Minha mãe me pergunta se vale a pena sofrer essas ameaças. Eu não sei. Talvez eu não consiga viver disso, que era o meu sonho, mas eu estou fazendo alguma coisa. Eu estou deixando algum legado quando os meus filhos tiverem adultos, eles vão lembrar? Vão dizer, ‘minha mãe fez isso, minha mãe fez aquilo, minha mãe ajudou as pessoas’,” disse Valério. “Eu fiquei com medo na época que eu recebi as ameaças. Eu fiquei com medo, de verdade.

Agência Tambor

São Luís, capital do estado do Maranhão, é a cidade com a maior quantidade de veículos jornalísticos registrados do Nordeste: 127, segundo o Atlas da Notícia. A Agência Tambor, criada em 2018, é uma dessas iniciativas. Criada a partir do Jornal Vias de Fato, publicação impressa mensal que circulou de 2009 a 2018, a Tambor se descreve como um veículo de “comunicação comunitária, livre, alternativa e popular.”

Como boa parte dos veículos desta lista, a Tambor tem como “maior desafio o financeiro. É existir, mantendo um projeto editorial comprometido com as pautas para o qual fomos criados: defesa dos direitos humanos, da classe trabalho, da preservação do meio ambiente,” disse à LJR a jornalista Rejane Galeno, que preside a Sociedade Maranhense de Mídia Alternativa e Educação Popular Mutuca, responsável pela operação da Tambor.

São cinco pessoas na equipe: três jornalistas e dois estudantes de comunicação. Além das reportagens para o site, a Tambor produz ainda um noticiário diário ao vivo no YouTube e um podcast.

“Já recebemos prêmios na área de direitos humanos, tivemos nosso trabalho reconhecido por diferentes categorias e organizações. Mas o maior orgulho é existir num ambiente tão adverso. E existir garantindo a total é aboluta liberdade de expressão dos nossos entrevistados,” disse Galeno.

Jornalistas de jornais e revistas do RJ anunciam paralisação por reajuste salarial

Jornalistas de jornais e revistas do RJ anunciam paralisação por reajuste salarial

Profissionais de jornais e revistas, impressos e digitais do Rio de Janeiro anunciaram uma paralisação de duas horas na próxima quarta-feira (25/5), mais de três meses após a data-base (1º de fevereiro) e sem que a negociação avance. A decisão foi tomada em assembleia realizada em 16/5, com participação de 135 jornalistas.

O ato, que deve ser realizado em horário de fechamento, é um protesto contra a proposta patronal de reajustar os salários muito abaixo do índice de inflação. A mobilização envolve jornalistas dos jornais O Globo, Extra, Valor Econômico, O Dia, Lance e de revistas da Editora Globo, entre outros.

Segundo publicado no site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o clima nas redações é de revolta. A inflação até a data-base é de 10,65%, e os patrões ofereceram reajuste de apenas 3,5% e somente para os salários, sem retroatividade.

“O Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro alerta que a paralisação de duas horas é uma sinalização de que os jornalistas não abrem mão da reposição da inflação”, diz a nota. “O recado é claro: jornalistas não abrem mão da reposição de 100% da inflação”.

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Elaine Bast pediu demissão da Globo após 23 anos de casa. A repórter saiu da emissora por falta de perspectiva e ascensão profissional.
Elaine Bast pediu demissão da Globo após 23 anos de casa. A repórter saiu da emissora por falta de perspectiva e ascensão profissional.

Elaine Bast pediu demissão da Globo após 23 anos de casa. De acordo com apuração feita por Ricardo Feltrin em matéria publicada no UOL, a repórter, que já atuou como correspondente em Nova York, saiu da emissora por falta de perspectiva e ascensão profissional.

Formada em Economia pela USP, ainda segundo a apuração, há tempos Elaine tentava emplacar em um quadro ou coluna sobre economia popular, mas sem sucesso. Recentemente, a Globo criou uma coluna do gênero nos telejornais regionais e seguiu colocando homens para ocupar o posto.

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