A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa (Data Privacy) lançaram o relatório Jornalismo e proteção de dados pessoais: a liberdade de expressão, informação e comunicação como fundamentos da LGPD, que aborda a não aplicabilidade da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) às atividades jornalísticas.
O texto usa como pano de fundo os cada vez mais frequentes ataques à liberdade de imprensa e o uso da LGPD para impedir a atividade jornalística. O relatório conclui que, “enquanto direito fundamental, a proteção de dados pessoais não pode ser avocada como barreira para atividades jornalísticas, uma vez que a liberdade de expressão é constitucionalmente garantida, ao passo que também fundamenta a LGPD”.
O documento discute ainda temas como acesso à informação, atividades jornalísticas como investigação, apuração, escrita e divulgação, além de uma interpretação ampla da definição de jornalista, destacando a função primordial de informar a população.
Para a Abraji e a Data Privacy, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), como guardiã da LGPD, não deve regulamentar o tema e deve “evitar distorções nos incentivos à atividade jornalística no Brasil e no tratamento de dados pessoais”.
Passadas mais de 48 horas do desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, poucos esforços federais foram registrados no intuito de encontrar os profissionais, que viajavam pelo Vale do Javari, região remota no estado do Amazonas.
Apesar das pressões de familiares, jornalistas brasileiros e estrangeiros, entidades de apoio ao jornalismo e veículos internacionais de imprensa, até o final dessa segunda-feira (6/6) apenas o Ministério da Defesa havia emitido uma nota em resposta ao caso, afirmando que “está em condições de cumprir missão humanitária de busca e salvamento, como tem feito ao longo de sua história, contudo as ações serão iniciadas mediante acionamento por parte do Escalão Superior”. O problema é que o tal acionamento ainda não havia acontecido até a manhã desta terça-feira.
Segundo reportagem de Fábio Pontes e Elaíze Farias, para o site Amazônia Real, após pressão da Embaixada da Inglaterra, a Marinha do Brasil e a Polícia Federal chegaram a iniciar na tarde de segunda uma busca pelos profissionais, mas sem nenhum apoio aéreo e que foi interrompida ao anoitecer, dificultando assim o sucesso da missão.
Não tem um helicóptero das Forças Armadas no Vale do Javari. As buscas, feitas de barco da Marinha, ao jornalista Dom Philips e ao indigenista Bruno Pereira, encerraram no início da noite. A situação é gravíssima! https://t.co/pv0JenIZBc
“Autoridades brasileiras, nossas famílias estão desesperadas. Por favor, respondam à urgência do momento com ações urgentes. Governo do Brasil, onde estão Dom Phillips e Bruno Pereira?”, clamou Alessandra Sampaio, esposa se Dom.
Com o aumento das pressões internacionais, na manhã desta terça-feira o Comando Militar da Amazônia, órgão ligado ao Ministério da Defesa, informou que “desencadeou uma busca na região do município de Atalaia do Norte (AM), empregando uma equipe de militares combatentes de selva, utilizando a embarcação Lancha Guardian”.
Ainda assim o esforço é considerado muito pequeno, dado o tamanho da área e a complexidade de efetuar buscas no local. “É tão absurdo e ao mesmo tempo cruel saber que as autoridades brasileiras negaram ontem um helicóptero para fazer as buscas de duas pessoas desaparecidas numa região de 8,5 milhões de hectares”, alertou Eliane Brum, +Premiada Jornalista da História do Brasil, que desde 2017 vive em Altamira, no Pará.
Nenhuma apuração nos jornais brasileiros de hoje sobre a precariedade das buscas para localizar Dom Phillips e Bruno Pereira. Ao contrário, falam em "força-tarefa". Parece que está tudo acontecendo como deveria. Será que daria para enviar um repórter ao Vale do Javari?
Radicado no Brasil desde 2007, Dom Phillips é repórter freelance para o jornal inglês The Guardian e já colaborou com reportagens para Washington Post, New York Times e Financial Times. Ao lado de Bruno pereira, participava de expedições pela Amazônia desde 2018, com o objetivo de relatar problemas relacionados aos indígenas na região para o The Guardian.
Nesta nova incursão, viajou à região do Vale do Javari para realizar entrevistas para um livro sobre meio ambiente que está produzindo com o apoio da Fundação Alicia Patterson.
“Quero dizer a vocês que Dom Phillips, meu marido, ama o Brasil e ama a Amazônia. Ele poderia viver em qualquer lugar do mundo, mas escolheu viver aqui. Quinze anos atrás, Dom deixou seu país, a Inglaterra, para viver no Brasil”, completou Alessandra.
Segundo a União das Organizações Indígenas dos Povos do Javarari (Univaja), a equipe vinha recebendo ameaças antes do desaparecimento. “A ameaça não foi a primeira, outras já vinham sendo feitas a demais membros da equipe técnica da Univaja, além de outros relatos já oficializados para a Polícia Federal, ao Ministério Público Federal em Tabatinga, ao Conselho Nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International”, informou a entidade em nota.
A Univaja informou ainda que eles foram vistos pela última vez por volta das 6h da manhã de domingo (5/6), na comunidade Ribeirinha São Rafael. Eles se reuniriam com uma liderança local, mas após não encontrarem a pessoa no destino, optaram por seguir viajem até Atalaia do Norte, há aproximadamente duas horas dali. Esta foi a última notícia que se teve de ambos.
Jonathan Watts, editor de meio-ambiente do The Guardian, publicou mensagem no Twitter pedindo ajuda das autoridades brasileiras para encontrar a equipe: “Dom Phillips, um excelente jornalista, colaborador regular do Guardian e um grande amigo, está desaparecido no Vale do Javari na Amazônia depois de ameaças de morte ao indigenista e companheiro de viagem Bruno Pereira, que também está desaparecido. Ligando para as autoridades brasileiras para lançar imediatamente uma operação de busca”.
Às 14h, saiu de Atalaia do Norte uma primeira equipe de busca da Univaja, formada por indígenas extremamente conhecedores da região. A equipe cobriu o mesmo trecho que Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips supostamente teriam percorrido, inclusive, os “furos” do rio Itaquaí, mas nenhum vestígio foi encontrado.
A última informação de avistamento deles é da comunidade São Gabriel – que fica abaixo da São Rafael –, com relatos de que avistaram o barco passando em direção a Atalaia do Norte. Às 16h, outra equipe de busca saiu de Tabatinga, em uma embarcação maior, retornando ao mesmo local, mas novamente nenhum vestígio foi localizado.
Edital
O Amazon Rainforest Journalism Fund (Amazon RJF) abriu até 8/6 um edital emergencial para a cobertura das violações à floresta amazônica no Vale do Javari, no estado do Amazonas, e para acompanhar as buscas pelo jornalista e pelo indigenista, caso eles não sejam localizados nesse período. Os projetos devem ser enviados até meia-noite desta quarta-feira, e serão avaliados no mesmo dia, para que os selecionados possam viajar imediatamente. As inscrições podem ser feitas neste link.
O Consórcio de Veículos de Imprensa promove nesta terça-feira (7/6), Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, uma campanha em defesa do jornalismo profissional e da integridade dos jornalistas, que sofrem constantes ataques e ameaças no exercício da profissão.
Na ação, os veículos impressos e sites que compõem o consórcio trazem em suas páginas iniciais um anúncio de página inteira e uma tarja preta no alto com o texto “Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. Uma campanha em defesa do jornalismo profissional”, além de reportagens sobre o tema.
Montagem da campanha nas páginas dos veículos do Consórcio de Imprensa (Crédito: Reprodução/g1)
No caso dos impressos, após uma página totalmente em branco, propositalmente inserida como parte do projeto, os veículos explicam a iniciativa: “Apoie o jornalismo para que páginas em branco, como essa, não aconteçam. O jornalismo precisa ser livre. Livre para informar, investigar e mostrar tudo o que acontece para que você forme a sua opinião. Quem defende o jornalismo defende a liberdade e fortalece a democracia”.
O consórcio, criado em junho de 2020 para divulgar números e informações confiáveis sobre casos e mortes de Covid-19 no Brasil, e que já recebeu diversos prêmios por seu trabalho, é composto por g1, TV Globo, GloboNews, O Globo, Extra, Valor Econômico, CBN, Estadão, Rádio Eldorado, Folha de S.Paulo e UOL.
Vale lembrar que, segundo o ranking mundial de liberdade de imprensa elaborado pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o Brasil ocupa a 110ª colocação entre 180 nações analisadas. O País está em uma “situação sensível” em relação à liberdade de imprensa, de acordo com o relatório, divulgado em maio.
Dia Nacional da Liberdade de Imprensa
A origem do Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, em 7 de junho, trata de um manifesto, assinado e divulgado na mesma data em 1977 por quase três mil jornalistas, que denunciava a apreensão de periódicos, omissão de informações por parte do governo em plena ditadura militar e a ameaça representada pelo AI-5. O texto foi publicado no Boletim da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
Em comemoração ao Mês do Orgulho LGBTQIA+ a Fundação Gabo indicou 11 recursos para diferenciar a diversidade no jornalismo.
Em comemoração ao Mês do Orgulho LGBTQIA+, celebrado em junho, a Fundação Gabo indicou 11 recursos para diferenciar a diversidade no jornalismo. A iniciativa tem como objetivo contribuir para melhor cobertura jornalística e redações cada vez mais inclusivas.
A lista faz parte da campanha Nem um passo atrás, liderada pela Fundação, que conta com uma série de lições, recursos, ferramentas, reflexões e referências sobre como compreender, abordar e contar histórias que envolvam e tornem visível a população LGBT+.
Abre a lista de indicações o episódio Contando a Diversidade do podcast Clínica de Ética, que faz parte do Gabo Foundation’s Ethics Office. Nele, jornalistas, ativistas e escritores exploraram como diferentes narrativas de diversidade sexual e de gênero são construídas na mídia. Além disso, debatem os desafios, acertos e como essas narrativas afetam a representação e a luta social da população LGBT+.
O episódio Entrevistando aqueles que incitam o ódio, questões avançadas e diversidade na redação do podcast Escritório de Ética da Fundação Gabo vem logo em seguida na lista de indicações. No programa, Yolanda Ruiz responde à pergunta de um jornalista sobre o que fazer quando o público não reage bem à contratação de âncoras trans ou afro-minoritárias em um telejornal.
A reportagem Manchetes que matam: como não revitimizar pessoas trans, sobre o assassinato da mulher trans Juliana Giraldo por um soldado do exército colombiano nas estradas do departamento de Cauca, aparece em terceira indicação. No texto, especialistas do Dejusticia compartilham reflexões sobre como informar sem revitimizar os protagonistas das notícias, quando são trans pessoas.
O relatório do workshop Conversando sobre diversidade: como cobrir notícias e histórias LGBT está presente na lista e contém os principais aprendizados do evento realizado durante o Festival Gabo 2020, no qual María Eugenia Ludueña e Ana Fornaro, codiretoras da Agencia Presentes; Nina Chaparro, coordenadora de gênero da Dejusticia; María Mercedes Acosta, editora de Sentido; e Marcela Sánchez, diretora de Colombia Diversa, contribuíram para quebrar preconceitos das redações, apontaram os erros mais frequentes na cobertura de notícias sobre diversidade e destacaram a importância de se ter uma perspectiva de gênero.
Os 5 trabalhos sobre questões LGBT+ reconhecidos pelo Prêmio Gabo são uma série de trabalhos rigorosos vencedores do Prêmio Gabo, que são referências de como abordar histórias sobre questões LGBT+ para mostrar a realidade dessa população e amplificar a voz de quem não é ouvido.
Entre as indicações está também 7 chaves de Cristian Alarcón para contar histórias de sexualidades dissidentes, um texto onde o jornalista e escritor argentino Cristian Alarcón compartilha as principais lições do Workshop Crônica Queer: Como Narrar Sexualidades Dissidentes, realizado durante o Festival Gabo 2018.
Repórter freelancer para o The Guardian, o jornalista britânico Dom Phillips está desaparecido desde este domingo (5/6) no Vale do Javari, região remota no estado do Amazonas. Acompanhado do indigenista Bruno Pereira, que também está desaparecido, ele viajou à região para realizar entrevistas para um livro.
Segundo a União das Organizações Indígenas dos Povos do Javarari (Univaja), a equipe vinha recebendo ameaças antes do desaparecimento. “A ameaça não foi a primeira, outras já vinham sendo feitas a demais membros da equipe técnica da Univaja, além de outros relatos já oficializados para a Polícia Federal, ao Ministério Público Federal em Tabatinga, ao Conselho Nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International”, informou a entidade em nota.
Dom Phillips (Arquivo pessoal)
A Univaja informou ainda que eles foram vistos pela última vez por volta das 6h da manhã deste domingo, na comunidade Ribeirinha São Rafael. Eles se reuniriam com uma liderança local, mas após não encontrarem a pessoa no destino, optaram por seguir viajem até Atalaia do Norte, há aproximadamente duas horas dali. Esta foi a última notícia que se teve de ambos.
Jonathan Watts, editor de meio-ambiente do The Guardian, publicou mensagem no Twitter pedindo ajuda das autoridades brasileiras para encontrar a equipe: “Dom Phillips, um excelente jornalista, contribuidor regular do Guardian e um grande amigo, está desaparecido no Vale do Javari na Amazônia depois de ameaças de morte ao indigenista e companheiro de viagem Bruno Pereira, que também está desaparecido. Ligando para as autoridades brasileiras para lançar imediatamente uma operação de busca”.
Às 14h, saiu de Atalaia do Norte uma primeira equipe de busca da UNIVAJA, formada por indígenas extremamente conhecedores da região. A equipe cobriu o mesmo trecho que Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips supostamente teriam percorrido, percorrendo, inclusive, os “furos” do rio Itaquaí, mas nenhum vestígio foi encontrado. A última informação de avistamento deles é da comunidade São Gabriel – que fica abaixo da São Rafael – com relatos de que avistaram o barco passando em direção a Atalaia do Norte. Às 16h, outra equipe de busca saiu de Tabatinga, em uma embarcação maior, retornando ao mesmo local, mas novamente nenhum vestígio foi localizado.
O Ministério da Justiça ainda não se manifestou sobre o assunto.
O repórter Lucas Neiva, do Congresso em Foco, recebeu ameaças de morte e teve seus dados pessoais vazados após a publicação de uma reportagem de sua autoria sobre um fórum anônimo que produz fake news em favor do presidente Jair Bolsonaro. O grupo também derrubou o site do Congresso em Foco na madrugada do domingo (5 /6), situação que durou até as 9 horas do mesmo dia.
Na reportagem, o repórter revela o esquema de um usuário do fórum anônimo 1500chan de criar com recursos próprios, em criptomoeda, conteúdos eleitorais em favor de Bolsonaro que viralizam na internet. O anúncio mostra também instruções para que o conteúdo viralize, e um endereço para uma carteira de bitcoin para quem quiser contribuir com a campanha de fake news. A postagem diz ainda que “o criador não precisa acreditar no que diz”. A reportagem explica que o 1500 chan possibilita que os usuários se comuniquem sem qualquer identificação ou distinção.
Após a publicação da reportagem, mensagens como “parece que alguém vai amanhecer morto” e “eu ri do jornalista esfaqueado em Brasília e queria que acontecesse mais” foram postadas no 1500chan. Além de ameaças, as mensagens também difamam e fazem ataques à honra do repórter com informações falsas.
A editora Vanessa Lippelt também foi atacada. Ela recebeu uma ameaça de morte e estupro, junto com uma foto de uma arma que, segundo o autor da mensagem, seria usada no assassinato da jornalista. Vanessa também teve dados pessoais vazados.
“Eu já tenho seus dados e os dados de toda sua família. Viajarei até sua casa com a arma que estou enviando a foto em anexo, tenho 200 balas, assim fazer a festa no seu cafofo e provavelmente morrer em um belo confronto com a polícia depois de estuprar você e todas as crianças presentes”, diz a mensagem.
O Congresso em foco destaca que o 1500chan é uma plataforma onde a propagação de fake news é comum, além de mensagens de ódio como “fazer a esquerda sangrar”. Ataques contra jornalistas também são comuns. Um usuário que se apresenta como Aristides Braga escreveu que “todo jornalista deve ser estripado e afogado em seu próprio sangue enquanto todas as mulheres de sua família serem estupradas e mortas com requintes de crueldade. Jornalista tem mais é que ser arremessado ao mar com as mãos atadas nas costas”.
Entidades defensoras do Jornalismo e da liberdade de imprensa se solidarizaram com os jornalistas e com o Congresso em Foco e cobraram providências das autoridades. A Associação de Jornalismo Digital (Ajor)reafirmou “a necessidade de uma investigação rápida sobre o caso pelos órgãos responsáveis. Não toleraremos esta ou qualquer tentativa de cerceamento ao livre exercício profissional jornalístico”. E a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) escreveu que seguirá “lutando sempre pelo livre exercício do jornalismo e pela integridade da nossa categoria”.
Para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5/6, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) entrevistou Ropni Metyktire.
Para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5/6, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) entrevistou Ropni Metyktire. Conhecido como Cacique Raoni, ele é uma das principais lideranças indígenas na defesa da Amazônia e dos povos nativos, que o Brasil produziu desde a segunda metade da década de 1980.
Indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2020 graças a sua forte atuação contra as estratégias políticas do atual governo com relação aos indígenas, nos anos 2000 Raoni também lutou ativamente contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
Em vista da idade avançada, que não se sabe com exatidão – incertos mais de 90 anos – e dos cuidados especiais de que precisa para a saúde, a ABI não conseguiu concluir a entrevista em tempo para o Dia Mundial do Meio Ambiente, mas, em matéria publicada no site, afirma que ela está sendo editada neste momento e até esta terça-feira (7/6) deve estar disponível no site da associação.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) anunciou os mais de 20 convidados internacionais para a 17ª edição de seu Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado de 3 a 7 de agosto, em formato híbrido, com sessões online e gratuitas e outras presenciais e pagas, na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em São Paulo.
O Congresso terá painéis com palestrantes de países como Estados Unidos, Ucrânia, Argentina, Peru, França, Nicarágua, El Salvador, Rússia, México e Colômbia. Outros nomes ainda estão sendo sondados.
Na versão online, estão confirmados Natalie Remøe Hansen, Erlend Ofte Arntsen e Kristoffer Kumar, do jornal norueguês VG; Laurent Richard, diretor do Projeto Pegasus, da Forbidden Stories; as ucranianas Katerina Sergatskova e Sevgil Musayeva, que estão cobrindo a guerra; Janine Jackson, criadora do programa crítico Fair Counter Spin; Julia Angwin, fundadora e editora-chefe da The Markup; o engenheiro Christopher Bouzy, do Bot Sentinel, programa de combate à desinformação e que descobriu milhares de perfis falsos no Twitter; e a peruana Paola Ugaz e as mexicanas Maria Teresa Montaño Delgado e Gabriela Martinez vão relatar os ataques sofridos em seus países.
E nas sessões presenciais, os convidados são Haley Willis, do The New York Times; Ben Welsh, do Los Angeles Times, Errin Haines, criadora da 19th News; o salvadorenho Carlos Dada, do jornal El Faro; e o nicaraguense Jennifer Ortiz. Além disso, a argentina Gabriela Bouret, do La Nación, a colombiana Claudia Báez (Cuestión Pública/Chicas Poderosas/Pulitzer Center), o peruano Jason Martínez (Salud con lupa), a norte-americana Jéssica Brice (Bloomberg) e um representante colombiano da Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP) serão os instrutores de cursos ligados à quarta edição do Domingo de Dados.