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Jairo Marques lançará outro livro sobre diversidade

Jairo Marques, editor da Folha de S.Paulo, lançará agora o seu segundo livro, Crônicas Para Um Mundo Mais Diverso.
Jairo Marques, editor da Folha de S.Paulo, lançará agora o seu segundo livro, Crônicas Para Um Mundo Mais Diverso.

Um conteúdo:

Autor do livro Malacabado: a História de um Jornalista Sobre Rodas, Jairo Marques, editor da Folha de S.Paulo, lançará agora o seu segundo livro, Crônicas Para Um Mundo Mais Diverso. A obra é um conjunto de histórias sobre diversidade, amores e olhares.

Com lançamento previsto para 7 de novembro, o livro será publicado pela Editora Atena.

Criador do blog Assim Como Você, onde aborda, com leveza e bom humor, assuntos relacionados à vida dos deficientes físicos, Jairo participou do segundo episódio do #diversifica, projeto multimídia produzido pelo hub de Diversidade, Equidade & Inclusão (DEI) deste Portal dos Jornalistas.

Em quase uma hora de conversa com a apresentadora e coordenadora editorial Luana Ibelli, falou sobre os desafios para profissionais com deficiência e a cobertura do jornalismo brasileiro sobre o tema.


O #diversifica é um hub de conteúdo multiplataforma sobre Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) do Portal dos Jornalistas e da newsletter Jornalistas&Cia. Ele conta com os apoios institucionais da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), International Center for Journalists (ICFJ), Meta Journalism Project, Imagem Corporativa e Rádio Guarda–Chuva.

Leia também: Livro gratuito discute o jornalismo nas escolas

Prêmio Vladimir Herzog anuncia vencedores

Prêmio Vladimir Herzog anuncia vencedores

Em sessão pública realizada nessa quinta-feira (13/10), a organização do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos anunciou os vencedores da 44ª edição. Entre os 20 finalistas, foram sete vencedores e nove menções honrosas nas categorias Arte, Fotografia, Texto, Vídeo, Áudio, Multimídia e Livro-reportagem.

A cerimônia de premiação será em 25 de outubro, das 20h às 21h30, no Tucarena, em São Paulo, com transmissão ao vivo pela TV PUC. Antes, haverá uma roda de conversa com os vencedores, das 14h às 17h, transmitida pelo Canal Universitário de São Paulo e pela TV PUC.

Confira os vencedores do Prêmio Vladimir Herzog:

Arte

Três mulheres da CracoCarol Ito (revista piauí)

 

Fotografia

A dor da fomeDomingos Peixoto (Extra)

 

Produção jornalística em texto

Cercados e vigiados – PF legaliza seguranças que aterrorizam moradores de antiga usina de açúcar em PernambucoAlice de Souza (The Intercept Brasil)

 

Produção jornalística em vídeo

Crianças yanomami sofrem com desnutrição e falta de atendimento médico – Rede Globo

 

Produção jornalística em áudio

O que os olhos não veem – Agência Pública

 

Produção jornalística em multimídia

Mortes invisíveis – UOL

 

Livro-reportagem

Banzeiro òkòtó: Uma viagem à Amazônia Centro do MundoEliane Brum (Companhia das Letras)

 

Livro gratuito discute o jornalismo nas escolas

O jornalista e professor Marcio Gonçalves lançou o livro digital Mídia e Jornalismo na Escola: explorando a criatividade em sala de aula.
O jornalista e professor Marcio Gonçalves lançou o livro digital Mídia e Jornalismo na Escola: explorando a criatividade em sala de aula.

Em celebração ao mês dos professores, comemorado em outubro, o jornalista e professor Marcio Gonçalves lançou o livro digital Mídia e Jornalismo na Escola: explorando a criatividade em sala de aula. A obra gratuita está disponível para download no site da Pipa Comunicação.

Distribuído em 88 páginas e quatro capítulos, o livro chega para atender ao campo jornalístico-midiático da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e aborda a educação para o uso da informação e das mídias.

A obra traz também informações sobre a natureza do jornalista investigador e o jornalismo no universo escolar, bem como com as crianças e jovens.

Memórias da Redação: O Galo voou!

Éder Jofre

Por José Maria dos Santos

A morte de Éder Jofre, em 2/10, embora devesse me provocar consternação pelo ser humano de qualidade que foi, traz-me apenas lembranças reconfortantes e até divertidas.

A primeira se refere ao seu pai, Kid Jofre, um homem sábio e consequente. Era argentino, veio para o Brasil, casou-se com Angelina Zumbano e dessa união surgiu nossa preciosa dinastia pugilística Jofre-Zumbano, que, num milagre genético, produziu nosso “galo de ouro”, Éder Jofre, campeão mundial dos pesos-galo na década de 1960 e, nos anos 1970, dos pesos-pena. A união também era temperada por ares esquerdistas, pois um dos tios de Éder, Ralph Zumbano, também pugilista, foi, salvo engano, deputado estadual em São Paulo pelo PCB e nele perseverou até o fim.

Nas coberturas rotineiras que fiz para a Manchete, durante a escalada do filho rumo ao título dos Pena nos anos 1970, estabelecíamos, eu e Kid, longas conversas sobre assuntos variados. Em um deles sinalizou-me sobre sua maneira de educar Éder e seu irmão mais novo.  Levava-os ao centro de São Paulo na época de Natal para admirarem a vitrine do Mappin, que era um verdadeiro palácio de maravilhas natalinas. Mostrava o material ricamente exposto e prevenia que “papai não tinha recursos para comprar aqueles presentes, que se contentassem com coisas mais modestas”.

Era ironicamente bem-humorado. Nas apresentações do filho, costumava promover lutas preliminares amadoras de alunos da sua academia. Em certa ocasião, após perder as cinco lutas preliminares programadas, passou por mim e disse. “Espero que Éder quebre a minha invencibilidade de hoje”. (Éder faria a luta final daquela rodada com o mexicano Wong alinhado entre os dez primeiros do ranking de pesos-pena, que nosso campeão devia derrubar para chegar ao título.) A principal característica de Éder no ringue era a de liquidar o combate no primeiro round com seu célebre gancho de direita na ponta do fígado de adversário. Assim foi naquela noite. Robert Wong, bem mais alto do que Éder, girou sobre si mesmo, debruçou-se nas cordas e lançou sobre mim e um colega, que suponho ser, após tanto tempo, o querido Paulo Moreira Leite, do Jornal da Tarde, fartos borrifos de suor, saliva e alguns goles do Gatorade da época.

Outra brincadeira recorrente de Kid referia-se ao seu cunhado e também ex-lutador Waldemar Zumbano. Kid aconselhava-me como se fosse um mantra. Não fique perto dele durante a luta, que vai sobrar um “um/dois” para você. Tratava-se de um movimento veloz de dois diretos seguidos sobre o adversário, que devia ser a tática favorita de Waldemar nas suas antigas lutas, favorecido pelos braços mais longos; na sua peculiar maneira de torcer, distribuía golpes ao seu redor durante os combates do sobrinho supercampeão. Às vezes o movimento era tão intenso que seus óculos voavam.

Sinto-me ligeiramente protagonista do título mundial dos pesos-pena naquela noite de 5 de maio de 1973, um sábado, no ginásio de Brasília. Na verdade, penso que, indiretamente, minha participação foi decisiva ao abalar a segurança de Jose Legra, o então campeão, adversário de Éder na disputa. Eis o que se passou. Cubano naturalizado espanhol, ele fez seus últimos preparativos em São Paulo. Uns sete dias antes do confronto, levei-o para o estúdio da Manchete, anexo à redação, na Rua 24 de Maio, 24, 11º andar, para fazer a foto que ilustraria a capa da revista na edição a ser lançada na quarta-feira que antecederia o confronto.

Memórias da Redação: O Galo voou! Éder Jofre
Eder acerta direto em Legra na luta de 1973

Legra, que teria treino a seguir, esqueceu sua bolsa no táxi que o trouxera, com o par de luvas favorito; jamais soube dela. Na prática, responsabilizou-me pelo incidente. Se o olhar matasse, eu não estaria mais neste mundo. Mituo Shiguihara, que fez as fotos, confessou-me temer que a indignação de Legra iria velar os filmes, tanto bufava. Tempos depois, ao comentar o episódio com Éder, disse-lhe que a vontade de Legra seria aplicar-me um uppercut no queixo. Éder riu.

− Você estaria dormindo até hoje. Ele me pegou forte na testa, um verdadeiro coice.

(Se a lembrança não me trai, foi no terceiro round).


Memórias da Redação: O Galo voou! Éder Jofre
José Maria dos Santos (Foto: Zanoni Fraissat-Folhapress)

Esta é novamente uma colaboração de José Maria dos Santos, ex-Diários Associados, Manchete, Abril e Diário do Comércio, de São Paulo, entre outros.

Nosso estoque do Memórias da Redação continua baixo. Se você tem alguma história de redação interessante para contar mande para [email protected].

Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa homenageia Taís Gasparian e Instituto Tornavoz

Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa homenageia Taís Gasparian e Instituto Tornavoz

O Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2022, da Associação Nacional de Jornais (ANJ), homenageará Taís Gasparian e o Instituto Tornavoz por seus trabalhos em defesa da liberdade de imprensa em meio a crescentes ameaças ao jornalismo.

Advogada especialista na área do direito civil relacionado à mídia, Taís é diretora e uma das fundadoras do Instituto Tornavoz, que garante defesa jurídica especializada para quem sofre processos judiciais em razão do exercício da manifestação do pensamento e da expressão, e que tenha dificuldade para contratar e remunerar defesa especializada. A entidade também atua no debate e na valorização desses direitos, com ações de conscientização.

“O recebimento desse prêmio, na atual conjuntura, representa um incentivo para que a luta na defesa da liberdade de imprensa e da democracia tenha continuidade”, declarou Taís. “O instituto tem trabalhado incessantemente na defesa do livre fluxo das informações e do estado democrático, sob a crença de que a transparência das instituições e dos atos de governo é uma premissa fundamental”.

Para Marcelo Rech, presidente-executivo da ANJ, “Taís e equipe abriram uma nova frente de defesa da liberdade de imprensa no Brasil, beneficiando principalmente pequenos e médios veículos, que nem sempre têm capacidade financeira de fazer frente a cercos jurídicos contra o jornalismo”.

O prêmio será entregue em 1º de dezembro, às 10h15, em cerimônia no Auditório ESPM Tech, em São Paulo, seguida de um painel sobre liberdade de imprensa.

Bolsonaristas hostilizam imprensa durante cobertura do Dia da Padroeira em Aparecida (SP)

Bolsonaristas hostilizam imprensa durante cobertura do Dia da Padroeira em Aparecida (SP)

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro hostilizaram profissionais de imprensa de TV Aparecida e TV Vanguarda que cobriam as celebrações pelo Dia da Padroeira, em Aparecida (SP), nessa quarta-feira (12/10).

A repórter Camila Morais, da TV Aparecida, estava de blusa vermelha durante a cobertura e foi hostilizada na Praça da Basílica, ao passar por um grupo de pessoas que usavam camiseta com foto de Bolsonaro. Uma mulher do grupo disse que a repórter estava ali para provocar e a taxou de comunista.

Camila não rebateu as provocações, mas a mulher insistiu nos ataques e ameaçou impedir a jornalista de entrar ao vivo. A repórter e sua equipe tiveram que sair do local e mudar o ponto para o link. “Me senti péssima. Trabalho na emissora há cinco anos e nunca havia passado por isso. Eu estava ali para trabalhar!”, contou Camila para o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP).

Mais tarde, a repórter Daniella Lopes e o cinegrafista Tales de Andrade, da TV Vanguarda, afiliada da Globo na região do Vale do Paraíba, também foram hostilizados. Durante a procissão, bolsonaristas começaram a chamar a equipe de “comunistas” e gritar “Globo Lixo”. Tales chegou a ser empurrado e sofreu outras tentativas de agressão, que foram impedidas pelo segurança que acompanhava a equipe.

Em nota, o SJSP repudiou os ataques e contatou os profissionais agredidos para prestar apoio e disponibilizar atendimento jurídico caso necessário. Por meio de sua Regional Vale do Paraíba, a entidade manteve plantão de denúncias e orientou a categoria para que “informe, o quanto antes, toda e qualquer agressão, seja física, verbal ou virtual”.

Festival Gabo 2022 será presencial, de 21 a 23 de outubro, em Bogotá

Festival Gabo 2022 será presencial, de 21 a 23 de outubro, em Bogotá

O Festival Gabo 2022, organizado pela Fundação Gabo, retorna ao formato presencial após dois anos de edições online devido à pandemia de Covid-19. O evento, realizado em Bogotá (Colômbia) de 21 a 23 de outubro, comemora os 40 anos do Prêmio Nobel de Literatura do jornalista e escritor colombiano Gabriel García Marquez

O tema do festival será A Solidão da América Latina, em homenagem ao discurso de García Marquez ao receber o Nobel de Literatura. O evento promoverá encontros e debates sobre temas essenciais para o jornalismo, como literatura, poesia, educação, diversidade, gênero, criatividade e inovação. O Festival terá mais de 150 atividades que reunirão cerca de 100 especialistas internacionais.

Durante o evento, os cinco vencedores do Prêmio Gabo 2022 receberão o troféu. Eles foram selecionados entre 1.980 trabalhos inscritos, nas categorias TextoCoberturaImagemÁudio e Fotografia.

Na categoria Áudio, o vencedor foi a série A Segunda Morte do Deus Punk, do Erre Podcast, da Radio Universidad del Rosario, da Argentina; em Fotografia, o trabalho vencedor foi a reportagem fotográfia A Dor Silenciosa da Ucrânia, da Associated Press; o jornalista argentino Ricardo Robins ganhou a categoria Texto com a reportagem O Clandestino e o Capitão; em Imagem, o trabalho vencedor foi Reportagem multimídia em Andriivka: Radiografia de uma aldeia sob ocupação russa durante 30 dias, do jornal Observador, de Portugal; e na categoria Cobertura, o vencedor foi o especial transmídia Não foi o Fogo, da Agencia Cocote, da Guatemala, sobre o incêndio no orfanato Hogar Seguro, em 2017.

Livro sobre jornalismo local na Bahia é lançado gratuitamente

Ivanise Hilbig de Andrade e João Cláudio Guerra organizaram o livro Jornalismo local na Bahia: presenças, ausências e novas práticas.
Ivanise Hilbig de Andrade e João Cláudio Guerra organizaram o livro Jornalismo local na Bahia: presenças, ausências e novas práticas.

Com foco em examinar a existência de canais locais de jornalismo na Bahia, Ivanise Hilbig de Andrade e João Cláudio de Santana Guerra organizaram o livro Jornalismo local na Bahia: presenças, ausências e novas práticas. Com 227 páginas, a obra é fruto de pesquisas realizadas por grupos de estudantes de graduação e de iniciação científica, orientados pelos organizadores, sob os parâmetros do projeto Atlas da Notícia.

Dividido em dez capítulos, que abordam desde os desertos de notícias no estado até o mapeamento e análise dos veículos existentes, o livro está disponível pra download gratuito.

Na obra, foram aplicadas diversas técnicas metodológicas condizentes com regras científicas, desde alguns dos tradicionais modos de observação até as atuais formas de buscas na internet.

Não é só Big Tech: estudo mostra como americanos estão se informando por redes alternativas

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Pesquisas sobre o papel das mídias digitais como fonte de informação costumam examinar as grandes plataformas, mas o Pew Center acaba de divulgar um estudo olhando para onde não se costuma prestar tanta atenção: as chamadas “novas opções”, que se apresentam como alternativas às Big Techs.

O estudo combina entrevistas com usuários americanos de sete redes e uma auditoria analisando aspectos como a forma de apresentação do site e recursos de privacidade. Os pesquisadores examinaram também as 200 contas com o maior número de seguidores em cada uma delas.

Foram coletadas todas as postagens publicadas por essas contas em junho de 2022 − um total de 585.470 − e analisadas suas frases-chave, temas e links.

Uma das plataformas cobertas pelo trabalho é Truth Social, aventura de Donald Trump que enfrenta problemas operacionais e financeiros e não conseguiu dar ao seu criador nem 5% dos 80 milhões de seguidores que tinha no Twitter até ser banido.

Mas ela não é a única conexão do ex-presidente com seus potenciais eleitores para voltar ao cargo.

As outras redes avaliadas pelo Pew são reconhecidas como preferidas por pessoas que se alinham ao pensamento conservador e à extrema-direita: BitChute, Gab, Gettr, Parler e Rumble.

A sétima da lista é o Telegram, que em locais sob censura como a Rússia virou primeira opção para transmitir informações que não seguem a narrativa estatal. Mas em países sem censura é uma plataforma largamente utilizada pelos que querem fugir da moderação mais rigorosa das demais.

Nas entrevistas, o Pew descobriu que, embora menos de um em cada dez americanos confirme usar qualquer um desses sites para se informar, a maioria dos que o fazem afirma ter encontrado uma comunidade de pessoas com ideias semelhantes.

E os consumidores de notícias nos quatro sites com números suficientemente representativos para serem analisados individualmente – Parler, Rumble, Telegram e Truth Social – em grande parte dizem que estão satisfeitos com sua experiência ao receber notícias por eles, considerando as informações mais precisas e as discussões amigáveis.

Parece uma boa notícia, mas não é bem assim. Os autores acham que esse comportamento não passa de um sinal de que esses sites encarnam o discurso público cada vez mais polarizado e as divisões partidárias dos americanos. O debate é amigável porque a maioria lá pensa igual. Quando saem da bolha, dá briga.

Em linha com o perfil dessas plataformas, a maioria dos que recebem notícias regularmente de pelo menos uma das sete redes alternativas de mídia social (66%) se identifica como republicana ou se inclina para o Partido Republicano.

Trump e sua rede social

Por outro lado, consumidores de notícias nas redes sociais mais tradicionais, como Twitter, Facebook e YouTube, se identificam amplamente como democratas.

O Pew também apurou que cerca de um quarto das contas mais proeminentes identificam-se como conservadoras ou republicanas ou apoiando o ex-presidente Donald Trump ou seu movimento “Make America Great Again”.  Muitas se concentram em temas como patriotismo e identidade religiosa, diz o Pew.

E uma parcela significativa dos donos dessas contas − 15% − foi banida ou desmonetizada em outras mídias sociais, possivelmente por conteúdo associado a discurso de ódio ou teorias conspiratórias.

Um exemplo é o QAnon. A auditoria encontrou 6% de contas mencionando conexão com a teoria da conspiração que apoia Donald Trump e inspirou o ataque ao Capitólio.

Na BitChute, o percentual de desmonetizados ou banidos das BigTechs chega a 35%.

Provando a tese da câmara de eco, os americanos que ouviram falar dessas redes mas não as usam como fontes de notícias as vêem com desconfiança.

Quando perguntados sobre a primeira coisa que vem à mente ao pensar nelas, as pessoas nesta categoria geralmente citam imprecisão e desinformação, viés político, direita política, extremismo e ideias marginais.

Para o jornalismo, o estudo lembra o ditado “não há nada tão ruim que não possa ser piorado”. A ameaça ao jornalismo confiável não está apenas nas grandes plataformas, como muitos defendem, mas também em um “universo paralelo”, onde o controle de discurso de ódio e desinformação é ainda menor.

Os pesquisadores disseram que “essas redes se tornaram um refúgio para alguns que sentem que não têm um lar nas redes mais estabelecidas”.

Menos de um em cada dez americanos se informando por elas parece pouco.

Mas somando-os aos que se informam nos canais pouco confiáveis que resistem firmes nas grandes plataformas, aos que assistem a redes mainstream como a Fox News e aos que são influenciados diretamente por esse público, uma volta de Donald Trump à Presidência e o aprofundamento das divisões na sociedade parecem estar no horizonte dos EUA.


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