Após as demissões em massa das últimas semanas, a CNN Brasil deve expandir suas operações em breve. Os planos incluem presença na TV aberta e a inauguração de uma rádio FM própria. As informações são de Guilherme Ravache, do UOL Splash, que conversou com João Camargo, novo presidente da emissora.
Camargo explicou que, para conseguir colocar os planos de expansão em prática, era preciso cortar custos e fazer a CNN dar lucro pela primeira vez desde a sua fundação no País. A demissão de mais de 120 funcionários faz parte dessa ideia. O objetivo era reduzir o custo administrativo. O presidente explicou que contratos foram reduzidos em 30% ou mais, incluindo o aluguel da sede do canal, em São Paulo.
Outro ponto destacado por Camargo foi sobre a gestão da CNN Brasil, que, segundo ele, era “inchada”, com muitos vice-presidentes e diretores, o que atrasava a tomada de decisões. A ideia é tornar a gestão mais ágil, com menos chefes.
Se a emissora parar de dar prejuízo, Camargo e Rubens Menin, sócio da empresa, se comprometem a reinvestir os lucros em projetos da CNN até 2027. Camargo declarou que a emissora deve chegar à TV aberta até o segundo semestre de 2023, e a CNN Brasil FM chegará ao rádio “nos próximos meses”. O plano é transformar a CNN em um grande conglomerado de mídia multiplataforma, com TV aberta, rádio e forte presença digital.
Com cerca de 300 convidados e lotação esgotada, a festa de entrega da edição 2022 do Prêmio Jatobá PR, programada para a noite desta terça-feira, 13 de dezembro, no Renaissance Hotel, terá transmissão ao vivo pelo Youtube. A cerimônia terá início às 20 horas e a previsão é de duas horas e meia de duração.
Fará parte da cerimônia uma homenagem especial à Abracom, pelos seus 20 anos de vida, homenagem que consistirá na concessão aos seus dirigentes do Troféu Jatobá de Contribuição ao PR e à Comunicação Corporativa.
Na sequência, o evento prosseguirá com o anúncio e a entrega de troféus aos cases campeões das 30 categorias em disputa; e, na parte final, com o anúncio e a entrega de troféus aos vencedores das sete premiações especiais (Destaque, Cases e Organizações do Ano).
Estão na disputa os 139 cases que, analisados por uma Comissão de 57 jurados, classificaram-se para a final, dentre os 273 inicialmente inscritos.
O Prêmio Jatobá PR é uma iniciativa do GECOM – Grupo Empresarial de Comunicação, integrado pelas empresas Business News, Grupo Boxnet, Jornalistas Editora e Mega Brasil Comunicação.
O Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira chega à sua 12ª edição com uma novidade. A partir de agora, o tradicional levantamento promovido por Jornalistas&Cia e pelo Portal dos Jornalistas passará a publicar seus resultados de maneira unificada, em edição que trará os conteúdos antes distribuídos por cinco edições da newsletter e no portal.
A pesquisa, que analisa os resultados de quase 200 prêmios de jornalismo nacionais e internacionais, em atividade ou já realizados, divulga anualmente levantamentos apontando os jornalistas, veículos e grupos de comunicação mais premiados do Brasil. Até sua última edição, estes resultados eram divulgados separadamente, divididos em levantamentos anuais, históricos e por região, além de alguns específicos, como por plataforma, para os veículos.
“A mudança tem como objetivo criar um espaço único, exclusivo e ampliado para análise dos resultados do levantamento”, explica Fernando Soares, editor do Jornalistas&Cia e coordenador da pesquisa. “Com isso teremos uma edição ampliada e dedicada exclusivamente ao ranking. Será um documento histórico, que poderá servir de consulta e análise indefinidamente, de maneira simples e rápida. Para os premiados, certamente será uma edição com um valor especial, para ser guardada para sempre”.
Com o novo formato, a divulgação dos resultados, que tradicionalmente começava a ser feita na última edição do ano de Jornalistas&Cia, passará a acontecer na segunda quinzena de janeiro, em uma edição extra especial.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) completou nessa quarta-feira (7/12) 20 anos de atuação. Para celebrar o marco, a entidade lançou o documentário Abraji 20 anos: de Tim Lopes a Dom Phillips, que conta a história da entidade e discute as transformações do jornalismo brasileiro até os dias atuais.
O filme foi roteirizado, dirigido e montado por Diego de Godoy. Com 46 minutos de duração, foi gravado durante o último Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, em agosto, na Faap, em São Paulo.
A produção contém depoimentos de todos os ex-presidentes da organização: começando pelo cofundador Marcelo Beraba, passando por Angelina Nunes, Fernando Rodrigues, Marcelo Moreira, José Roberto de Toledo, Thiago Herdy, Daniel Bramatti, Marcelo Träsel e a atual presidente, Katia Brembatti.
O documentário aborda a transição entre as reportagens com auxílio de computador (RAC), jornalismo de dados, combate à desinformação, a Lei de Acesso à Informação, jornalismo independente, o Programa Tim Lopes, entre outros temas.
Outro tópico mostrado é a discussão sobre o nome da entidade à época de sua criação. Havia um sentimento de que poderia indicar algo muito setorizado ou fechado. José Roberto de Toledo, que dirigiu a Abraji entre 2014 e 2015, relembra a discussão sobre ser uma associação de jornalismo ou de jornalismo investigativo.
A ONU News lança neste sábado (10/12), Dia dos Direitos Humanos, o podcast Nossa Voz, uma série de quatro episódios sobre violência contra mulheres na política. A data também encerra campanha de 16 dias de ativismo para o Fim da Violência de Gênero.
O especial destaca entrevistas das jornalistas Mayra Lopes e Ana Paula Loureiro com a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff, a jurista e professora da PUC-SP Silvia Pimentel, coautora da Carta das Mulheres, de 1988, e María Fernanda Espinosa, ex-presidente da Assembleia Geral e ex-ministra de Relações Exteriores e da Defesa do Equador.
“Os diversos casos de ataques às mulheres políticas, democraticamente eleitas, tanto na internet como fora dela, chamaram a atenção da nossa equipe”, afirmou a brasileira Monica Grayley, editora-chefe da ONU News.
Com longa carreira em direitos da mulher, igualdade de gênero e pautas feministas no Brasil e nas Nações Unidas, Silvia Pimentel lembra no podcast de quando se candidatou a deputada federal e foi atacada fisicamente, em 1982: “Numa cidade do Estado de São Paulo, eu estava no palanque e fui empurrada pela liderança política daquela região. Quase fui derrubada de uma altura de dois metros. Foi uma ação não apenas machista, mas quase criminosa”.
A ex-presidente Dilma Rousseff declara ter sido vítima do machismo, um traço marcante na política do País: “Eu sofri os preconceitos impostos pela misoginia a todas as mulheres brasileiras que ousam lutar pela igualdade no meu País ou lutar contra toda a exploração, toda a trajetória de exploração que começa no Brasil com a escravidão e passa por todo um processo que chega nos dias atuais”.
María Fernanda Espinosa, a primeira latino-americana e caribenha a se tornar presidente do órgão da ONU e até agora a quarta mulher apesar a presidir a Casa em mais de 77 anos de história, diz que é preciso continuar lutando por espaços nas esferas de poder: “Vemos mulheres candidatas que são tratadas de maneira especialmente dura pela opinião pública. Mas acredito temos a inteligência, força e experiência para lutar pelos espaços que merecemos”.
O podcast conta ainda com depoimentos de Lucia Xavier, coordenadora da ONG Criola, e de Ilona Szabó, fundadora do Instituto Igarapé.
“Com esse especial, buscamos responder por que a presença das mulheres – e talvez a diversidade de forma geral – ainda incomoda tanto nas esferas de poder”, afirma Mayra Lopes. “Percebemos que a resposta vem em diversas camadas e foi interessante observar como cada uma das entrevistadas complementava a outra”. Para Ana Paula Loureiro, “infelizmente, uma visão comum das entrevistadas é que ainda é preciso muito trabalho para conquistarmos a paridade de gênero. A parte boa é que muitas mulheres e feministas estão dispostas a seguir trilhando esse caminho para um futuro mais igual”.
O Especial MediaTalks COP27, em que jornalistas brasileiros analisaram o impacto da conferência do clima da ONU em oito países, mostrou uma situação diferente daquela registrada em 2021.
Na COP26, todos os correspondentes relataram uma cobertura intensa nos locais em que viviam.
Em 2022, com algumas exceções, a cúpula do clima teve visibilidade nos primeiros dias e depois sumiu do noticiário.
A atenção − ou falta dela − por parte da mídia tem influência sobre opiniões e atitudes relacionadas ao clima, como demonstra uma nova pesquisa do Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo.
O Brasil é um dos oito países pesquisados, junto com França, Alemanha, Índia, Japão, Paquistão, Reino Unido e EUA. As entrevistas foram feitas em setembro, quando o tema não estava entre as pautas prioritárias da mídia, mesmo sendo período de campanha eleitoral no Brasil e nos EUA.
Para defesa da imprensa brasileira, este é um problema recorrente em campanhas. Em vários países, o clima perde espaço para outras pautas antes de eleições.
O resultado consolidado do estudo do Reuters indica que metade dos entrevistados foi exposta a notícias sobre as mudanças climáticas na semana anterior à da pesquisa.
O meio mais importante globalmente foi a televisão, identificada por quase um terço dos entrevistados como a principal fonte de informação.
No Brasil o comportamento foi diferente: apenas 29% dos pesquisados disseram ter se informado sobre clima pela TV, enquanto na França a taxa foi de 44%.
O meio mais eficiente para os brasileiros foi o online, que na pesquisa engloba sites de notícias e serviços de mensagem, mas não inclui mídias sociais. Um total de 38% dos entrevistados recebeu informações sobre as mudanças climáticas no que o estudo agrupa como online no País. O percentual só foi superado no Paquistão, que marcou 46%.
Uma revelação surpreendente do estudo é que, apesar de o clima ser supostamente uma causa que mobiliza mais os jovens, grupos etários mais velhos demonstraram mais exposição a notícias sobre as mudanças climática do que eles. Segundo o Reuters, a explicação está na conexão menor de jovens com o jornalismo, já constatada em estudos sobre hábitos de consumo e de confiança nas notícias.
Cheias no Paquistão (Crédito: ADB)
Cientistas e ativistas ambientais são as fontes mais lembradas entre os que viram notícias sobre o clima. No Brasil, os cientistas foram mencionados por 25% dos entrevistados, perdendo só para a França, com 29%.
Quando a pergunta é sobre confiança, novamente os cientistas se destacam no Brasil: 76% dos entrevistados pelo Instituto Reuters disseram acreditar neles, mesmo percentual que a Índia e quase o mesmo que o Paquistão, com 75%.
Na outra ponta, os menos confiáveis são as celebridades e partidos ou políticos, que se revezam entre o último e o penúltimo lugar.
No Brasil, políticos são vistos como fontes com credibilidade por 19% dos participantes do estudo, enquanto as celebridades ficam com 22%.
A influência pessoal é outra revelação interessante. Nos EUA, Alemanha, Índia e no Paquistão, os entrevistados disseram confiar mais em pessoas conhecidas para se informar sobre o clima do que em organismos internacionais como a ONU.
No Brasil isso não acontece. Pessoas conhecidas têm menos credibilidade como fonte (51%) do que organizações internacionais (63%) e mídia (56%).
A má notícia do trabalho do Reuters, e que serve de alerta para a imprensa, é que continua preocupante o percentual de gente evitando se informar sobre o clima. No Brasil ele é de 22%, taxa maior do que a da fadiga de notícias de forma geral (20%).
O jornalismo de soluções, orientado a mostrar caminhos e não apenas o lado dramático da crise ambiental, é uma oportunidade para conectar os que se afastam do noticiário, como está fazendo o Washington Post em sua nova iniciativa de jornalismo climático − um bom modelo a ser observado.
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Morreu nesta quarta-feira (7), em Brasília, o jornalista Sérgio Amaral, diretor de jornalismo da TV Band na capital federal. Ele lutava há cinco anos contra um câncer.
Sérgio Amaral tinha 66 anos. Formado em relações públicas e jornalismo, era pós-graduado em administração e marketing. O jornalista mineiro estava na Band desde 2011. Na emissora, foi diretor de jornalismo, apresentador e comentarista de política.
Em mais de 40 anos de profissão, teve passagem por veículos impressos de Minas Gerais e por outras emissoras de TV, como Record, SBT e Manchete. O jornalista deixa esposa, três filhos e uma neta.
Ulisses Campbell lança nesta quarta-feira (7/12) o livro Flordelis – A Pastora do Diabo (Matrix Editora), que conta a vida da pastora condenada pela morte do marido, além de bastidores de escândalos como sequestro de bebês de mães vulneráveis e abusos sexuais contra os “filhos”. O lançamento será em São Paulo, na Livraria Drummond, do Conjunto Nacional, na Capital paulista, às 19 horas.
Ulisses Campbell
A obra é fruto de dois anos de pesquisa e entrevistas com a mãe, os filhos, parentes e outras pessoas que conheciam intimamente a rotina de Flordelis. Ao longo de 304 páginas, Campbell revela detalhes da infância e adolescência dela e bastidores perturbadores dos abusos sexuais cometidos contra os “filhos”, orgias disfarçadas de sessões de purificação, acesso limitado à comida imposto no lar adotivo, rituais e o plano para matar o cônjuge.
O livro encerra a trilogia Mulheres Assassinas, que inclui os títulos Suzane − Assassina e manipuladora, sobre o caso de Suzane Richthofen, e Elize Matsunaga − A mulher que esquartejou o marido, que detalha o assassinato do herdeiro da indústria de alimentos Yoki.
Nascido em Belém, Campbell trabalhou nos jornais A Província do Pará, O Liberal, Folha de S.Paulo e Correio Braziliense, além das revistas Superinteressante, Veja e Época. Ganhou três prêmios Esso de Reportagem e um Embratel de Jornalismo.
O Instituto Serrapilheira e o International Center for Journalists (ICFJ) firmaram uma parceria para levar até cinco comunicadores e jornalistas brasileiros para o Investigathon, treinamento presencial sobre desinformação na ciência, em abril de 2023, em Austin, nos Estados Unidos.
A iniciativa faz parte do programa Disarming Disinformation, lançado pelo ICFJ, que financiará a produção de reportagens sobre notícias falsas na área de ciência, que busquem revelar quem ou o que está por trás dessas campanhas de desinformação.
No encontro, os cinco selecionados e mais 15 comunicadores de outros países das Américas receberão mentoria para aprimorar estratégias de investigação, colaboração e distribuição de conteúdo, além de elaborar um projeto da reportagem que pretendem produzir. Entre os especialistas que conduzirão a mentoria está Patrícia Campos Mello, repórter especial da Folha de S.Paulo.
Até três dos cinco brasileiros selecionados receberão bolsas de até US$ 10 mil para produzir e publicar suas reportagens ainda no primeiro semestre de 2023.
Interessados devem fazer a inscrição de 17 de janeiro a 5 de fevereiro de 2023. É preciso que os candidatos atuem no Brasil como jornalistas, pesquisadores e/ou comunicadores; possam contribuir para a produção de uma reportagem investigativa sobre desinformação científica; sejam capazes de propor estratégias de investigação e abordagens narrativas interessantes sobre desinformação científica e quem a financia; e sejam capazes de participar de uma conferência em inglês. Mais informações aqui.