Isabela Scalabrini deixou o Grupo Globo na semana passada, após 44 anos de casa. Em e-mail interno, o diretor de Jornalismo Ali Kamel contou que ela o procurou em 2020 para encerrar a colaboração com a emissora, mas os planos foram adiados para janeiro deste ano.
Isabela iniciou a trajetória na Globo em 1979, como estagiária, passando por todos os setores do Jornalismo. Um ano depois, assinou contrato com a emissora. Trabalhou na editoria Rio, conversando com bombeiros e policiais em rondas pelo telefone.
Posteriormente, trabalhou na equipe de Esportes. Kamel destacou que Isabela sofreu diversos ataques machistas e preconceituosos, “mas nunca deixou de noticiar algum fato e nem foi desrespeitada por jogadores ou treinadores. Nunca deixou de fazer reportagem esportiva por ser mulher”.
Na Copa do Mundo do México, em 1986, foi a ela que Maradona deu uma entrevista, que começou exclusiva, e depois virou coletiva, “a correria dos repórteres tentando alcançá-la”, destacou Kamel. Cobriu também as Olimpíadas de Los Angeles e de Seul, além de tragédias como a chacina da Candelária e o assassinato de Daniella Perez.
Em 1998, mudou-se para Belo Horizonte, onde ficou por 25 anos. Apresentou o MG TV de 1998 a 2019.
Vai até esta sexta-feira, 10/2, o prazo para as agências de comunicação participarem da Pesquisa Mega Brasil, que levantará informações do conjunto de agências do País para mostrar o desempenho no ano de 2022 e as projeções para este e os próximos anos. São 33 questões, algumas opcionais, que buscam apresentar um retrato detalhado do segmento tanto no campo econômico e técnico, quanto humano e social e que terão seu resultado publicado no Anuário da Comunicação Corporativa, que será lançado digitalmente no dia 16 de maio.
O trabalho, que chega à 14ª edição, é coordenado pelo Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, sob a direção de Maurício Bandeira.
Setor fatura quase R$ 4 bilhões por ano
A Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação tem sido fundamental para o mapeamento da atividade e também para aferir o perfil das empresas. Hoje, segundo o censo realizado em 2021 pela Mega Brasil em parceria com a Abracom, há no País cerca de 900 agências formais em atividade, além de outras 600 micro-agências informais. Crescendo ano a ano, nos últimos 15 anos, com raras interrupções , o setor faturou, em 2022 quase R$ 4 bilhões, mantendo 17 mil empregos diretos.
“Graças a esse trabalho”, diz Maurício Bandeira, “as agências de comunicação passaram a conhecer melhor o tamanho e a importância da atividade e com isso aprimorar o planejamento e as estratégias de negócios e de mercado”. Segundo o coordenador da Pesquisa, “ela sempre busca avançar, evoluir, aportando à atividade conteúdos novos e estratégicos, como acontecerá novamente este ano com levantamentos sobre questões étnico-raciais e de gênero, e também sobre o uso das redes sociais, que serão ranqueadas pela primeira vez”.
Pesquisa é aberta a toda e qualquer agência de comunicação do País
A Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação é aberta a toda e qualquer agência de comunicação do País, independentemente de porte, especialidade ou região em que atua. Agências que já participaram em anos anteriores podem preencher a Pesquisa acessando login e senha cadastrados na plataforma. E para as entrantes, é só preencher os dados cadastrais para ter acesso e responder a Pesquisa.
Ao longo do Jornal Nacional, a Globo destacou reportagens especiais de Glória, como entrevistas com personalidades nacionais e internacionais, e coberturas de fôlego. No final do telejornal, antes dos aplausos, a apresentadora Renata Vasconcellos disse, emocionada: “Nós todos, colegas da Glória, temos consciência de que nenhuma homenagem estaria à altura de tudo o que ela representa. Mas, nós tentamos”.
Nós todos, colegas de Glória Maria, temos consciência de que nenhuma homenagem estaria à altura de tudo o que ela representa. Mas nós tentamos. O encerramento do #JN desta quinta (2) é em memória da jornalista ícone da TV brasileira. 💙 pic.twitter.com/wehcFgoKOB
Glória estava afastada do trabalho desde dezembro para combater metástases cerebrais decorrentes de um câncer no pulmão, diagnosticado em 2019, mas o tratamento deixou de fazer efeito nos últimos dias.
Pioneira no jornalismo em diversos sentidos, foi a primeira repórter a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional. Mostrou mais de 100 países em suas reportagens. É considerada também a primeira repórter negra da TV brasileira.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão e pagamento de multa por crime de racismo do apresentador Sikêra Jr., da TV Arapuã, afiliada da RedeTV na Paraíba. A informação é do UOL Splash. Em 2018, durante o programa Cidade em Ação, ele direcionou falas racistas e misóginas contra uma mulher negra.
O caso ocorreu em junho de 2018, mas a denúncia foi protocolada na última segunda-feira (30/1). Na ocasião, Sikêra Jr. utilizou termos como “vagabunda”, “preguiçosa” e “venta de jumenta” para se referir à mulher. Ele também comentou o fato de ela não estar com as unhas pintadas, dizendo que “mulher que não pinta a unha é sebosa”.
Para o MPF, em suas falas, Sikêra extrapolou os limites da liberdade de expressão e cometeu crime de racismo, “pois praticou discriminação e preconceito racial de gênero por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza, cuja pena é de reclusão de dois a cinco anos e multa”.
A ação será julgada na 16ª Vara Federal da Paraíba, que, por enquanto, não tem um acordo encaminhado com o apresentador. Sikêra publicou em suas redes sociais um print sobre o pedido de prisão, sem qualquer comentário.
O MediaTalks, braço internacional de J&Cia, vai abrir a temporada de especiais com uma alentada edição sobre a presença das mulheres na mídia, mas não só como presença física nas redações. Mostrará também aspectos da cobertura, que ainda carregam uma acentuada dosagem de machismo e preconceito. “Será nossa contribuição ao Dia Internacional da Mulher, em que buscaremos, com olhares múltiplos e de profissionais de diferentes países, retratar ações e reflexões sobre tema tão urgente para a sociedade mundial”, diz a editora Luciana Gurgel. Ela e Aldo De Luca conduzirão a edição desde Londres, onde vivem.
Em Especial Mulheres: o desafio da representação, MediaTalks vai examinar como a mídia ajuda − ou atrapalha − o avanço das mulheres nas corporações, na política, na ciência e no próprio jornalismo.
Um dos casos emblemáticos e atuais, que gerou intenso debate e muitas críticas, é o de Jacinda Ardern, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, cuja saída do cargo foi tratada por muitos como “fraqueza” ou suposta evidência da impossibilidade de mulheres conciliarem carreira e vida pessoal, típico exemplo dos preconceitos que resistem, levando à sub-representação ou à representação estereotipada.
O estudo mais recente sobre representação de mulheres na mídia envolvendo vários países concluiu que faltam 87 anos para o equilíbrio ser alcançado.
O especial de MediaTalks vai reunir análise de pesquisas sobre o tema, entrevistas com especialistas e a colaboração de correspondentes em cinco países, compartilhando percepções e experiências locais.
Executivos − e executivas − das marcas apoiadoras principais serão convidados a também compartilharem editorialmente suas visões sobre o tema. Adesões e outras informações com Silvio Ribeiro, pelo e-mail silvio@jornalistasecia.com.br.
Morreu nesta quinta-feira (2/2) a repórter da TV Globo Glória Maria, no Rio de Janeiro. Ela estava afastada do trabalho desde dezembro para combater metástases cerebrais decorrentes de um câncer no pulmão, diagnosticado em 2019, mas o tratamento deixou de fazer efeito nos últimos dias.
Pioneira no jornalismo em diversos sentidos, Glória foi a primeira repórter a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional. Mostrou mais de 100 países em suas reportagens. Nascida no Rio de Janeiro, filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou.
Formou-se em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), conciliando os estudos com o emprego de telefonista da Embratel. Em 1970, foi levada por uma amiga para ser radioescuta da Globo do Rio. Na época, ainda não havia internet, então Glória ouvia as frequências da polícia para descobrir o que estava acontecendo na cidade.
Estreou como repórter na Globo em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. Trabalhou em diversos programas da casa, como Jornal Hoje e RJTV. Foi responsável pela primeira reportagem do Bom Dia Rio, há 40 anos, sobre a febre das corridas de rua.
No Jornal Nacional, foi a primeira repórter a aparecer ao vivo. Glória cobriu a posse de Jimmy Carter em Washington e, no Brasil, durante o período militar, entrevistou chefes de estado, como o ex-presidente João Baptista Figueiredo.
“Foi quando ele (João Figueiredo) fez aquele discurso ‘eu prendo e arrebento’ – para defender a abertura (1979)”, relatou Glória em entrevista à Globo. “Na hora, o filme acabou e não tínhamos conseguido gravar. Aí eu pedi: ‘Presidente, é a TV Globo, o Jornal Nacional, será que o senhor poderia repetir? Problema seu, eu não vou repetir’, disse Figueiredo. Onde ela chegava, o ex-presidente dizia para a segurança: ‘Não deixa aquela neguinha chegar perto de mim’”.
Em 1977, Glória foi a repórter que entrou no ar ao vivo na primeira matéria em cores no Jornal Nacional, mostrando o movimento de saída de carros do Rio de Janeiro, em um fim de semana.
Em 1986, foi para o Fantástico, programa do qual foi apresentadora de 1998 a 2007. Produziu reportagens especiais sobre lugares exóticos e entrevistou diversas celebridades, como Michael Jackson, Harrison Ford, Nicole Kidman, Leonardo Di Caprio e Madonna. Cobriu ainda a guerra das Malvinas (1982), a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista (1996), os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e a Copa do Mundo na França (1998).
Em 2007, ao lado do repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues, realizou a primeira transmissão em HD da televisão brasileira, com uma reportagem no Fantástico sobre a festa do pequi.
Após dez anos no Fantástico, Glória tirou dois anos de licença para se dedicar a projetos pessoais. De volta à Globo, em 2010, foi para o Globo Repórter, programa em que permaneceu até agora. Produziu diversas matérias especiais sobre viagens e as belezas de outros países.
Em setembro de 2019, com a aposentadoria de Sérgio Chapelin, passou a dividir comando do Globo Repórter com Sandra Annenberg. No mesmo ano, foi diagnosticada com câncer no pulmão. O tratamento com imunoterapia teve sucesso. Posteriormente, sofreu metástase no cérebro, tratada em cirurgia, com êxito inicialmente, mas o tratamento deixou de fazer efeito nos últimos dias.
Primeira repórter negra do Brasil
Além de ter sido a primeira pessoa a entrar ao vivo, Glória é considerada também a primeira repórter negra da TV brasileira. Ela falava da importância de seu pioneirismo no jornalismo e luta contra o racismo. “Racismo é algo que vivi desde sempre e a gente vai aprendendo a se defender”, disse em entrevista ao Globo Repórter, em junho de 2020.
A apresentadora foi a primeira pessoa a usar a lei Lei Afonso Arinos, que punia o racismo, não como crime, mas como contravenção. Foi necessário o uso da lei, em 1970, após ter sido impedida pelo gerente de um hotel no Rio de Janeiro a entrar pela porta da frente do estabelecimento.
“Eu fui barrada em um hotel por um gerente que disse que negro não podia entrar, chamei a polícia, e levei esse gerente do hotel aos tribunais. Ele foi expulso do Brasil, mas se livrou da acusação pagando uma multa ridícula. Porque o racismo, para muita gente, não vale nada, né? Só para quem sofre”, disse.
A apresentadora deixa duas filhas
Glória deixa duas filhas adolescentes, Maria, 15 anos, e Laura, de 14. As duas foram adotadas em 2009, enquanto a jornalista fazia uma ação voluntária em um orfanato em Salvador.
O processo de adoção, que durou 11 meses, levou Glória Maria a mudar-se para a Bahia para estar mais perto das meninas enquanto a documentação era analisada. Em entrevistas sobre o assunto, revelou que antes de conhecer as meninas não tinha maternidade nos planos de vida.
Quando conheceu Maria, a mais velha, a criança tinha quase um ano de vida e, durante o levantamento da história das meninas para dar início ao processo, Glória descobriu que Laura era irmã biológica dela, e que tinha apenas 22 dias de vida.
“Eu nunca quis ser mãe. O trabalho me preenchia, minha vida era perfeita. Elas surgiram por acaso”, disse em entrevista para o programa Encontro. “Eu nunca tinha pensado em ter filhos até que vi as duas pela primeira vez e tive certeza que elas eram minhas filhas. Isso é uma coisa que não sei explicar”, completou.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) publicou em seu Instagram nessa quarta-feira (1°/2) diversos ataques à agência de checagem Aos Fatos. Ele expôs um e-mail da empresa que lhe pedia um posicionamento sobre tuítes que publicou nos últimos meses contendo ataques e informações falsas.
Aos Fatos está analisando as postagens dos parlamentares eleitos em 2022 com maior engajamento. O levantamento identificou 49 publicações de Gayer contendo ataques e conteúdos desinformativos. O que mais viralizou direcionava ofensas a nordestinos devido ao resultado das eleições.
O deputado expôs o pedido de posicionamento de Aos Fatos e escreveu “Agência de checagem veio encher o saco hoje”. Em seguida, publicou que respondeu à empresa com “a única resposta digna”: uma risada em uma palavra de baixo calão. Em todos os seus stories, marcou o perfil de Aos Fatos, o que pode gerar um ataque em massa de seus seguidores contra agência de checagem.
Entidades defensoras da liberdade de imprensa repudiaram a atitude do deputado. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) declarou que, “para insuflar seu eleitorado contra a imprensa, Gayer se gabou nas redes sociais do xingamento que usou contra os profissionais do Aos Fatos, que apenas estavam seguindo as regras do bom jornalismo ao dar-lhe espaço para justificar o uso sistemático que fez de desinformação. Tal comportamento não é digno de um parlamentar que carregará, por quatro anos, a responsabilidade de ajudar nas decisões importantes do país”.
A Associação de Jornalismo Digital (Ajor) publicou que se reunirá na semana que vem com representantes do governo para discutir garantias de proteção para o trabalho jornalístico.
Assim como jornalistas jovens não fazem ideia do que era uma redação analógica − e alguns mais jovens ainda nem sabem o que é uma redação −, pode estar ficando longe o tempo em que sigilo da fonte era tão parte da profissão quanto o tec-tec-tec das máquinas de escrever ou pedir um lide emprestado ao colega ao lado.
Na sexta-feira (27/1), chegou ao fim um processo judicial na Finlândia que, para a Repórteres Sem Fronteiras, é um precedente perigoso para a liberdade de imprensa no mundo.
Tuomo Pietiläinen, um dos dois autores de uma reportagem no Helsingin Sanomat sobre um centro de inteligência militar publicada em 2017, foi condenado a uma multa de 4,2 mil euros. A segunda autora, Laura Halminen, também foi considerada culpada, mas o tribunal não a sancionou considerando seu “papel claramente menor”. Kalle Silfverberg, o editor, foi absolvido da acusação de revelar segredos de Estado.
O espanto é que isso ocorreu no país que ocupa o quinto lugar no ranking de liberdade de imprensa em 2022. É uma moda que se espalhou pelo mundo, e não apenas em ditaduras.
Vêm se repetindo tentativas de violar o sigilo da fonte, pressionando jornalistas a revelarem quem deu informações para uma reportagem ou fazendo operações de busca e apreensão em redações e até em residências.
Na Itália, foram dois casos em 2022. Em julho, Paolo Mondani teve a casa e a redação do programa que comanda na RAI revistados por ordem de autoridades que investigam a máfia. O motivo foi uma reportagem sobre a morte do juiz Giovanni Falcone, que teve a colaboração de fontes da polícia.
Semanas depois, Francesco Pesante, do site L’Immediato, foi convocado a depor sobre a origem de imagens do assassinato de um prisioneiro que tinha autorização para trabalhar e foi morto na rua. O jornalista teve o celular confiscado.
Nos EUA, a Starbucks conseguiu em novembro autorização judicial para ter acesso às comunicações entre o sindicato de profissionais da rede em Buffalo (Nova York) e jornalistas. O motivo alegado foi descobrir “desinformação” que os dirigentes teriam disseminado sobre suas práticas.
Julian Assangemofa em uma prisão britânica enquanto aguarda a tramitação do processo de extradição movido pelos EUA para condená-lo pelo vazamento de documentos de guerra no site Wikileaks.
Enquanto alguns profissionais de imprensa continuam a correr riscos, outros podem estar engavetando pautas, o chamado chilling effect.
E não é apenas esta a ameaça ao jornalismo investigativo. Um estudo da pesquisadora Karin Assmann, da Universidade da Geórgia, publicado no fim de dezembro, examinou a percepção sobre a mídia por parte de 16 denunciantes americanos que passaram informações à imprensa entre as décadas de 1970 e o ano de 2010. Um deles é o lendário Daniel Ellsberg, que na década de 1970 entregou a jornais documentos secretos sobre a guerra do Vietnã − um pré-Assange.
Assman descobriu que os informantes revelavam segredos por acreditarem que os jornalistas compartilhavam com eles os mesmos ideais: manter os poderosos sob controle e defender o interesse público.
Mas isso mudou. Agora, a metade vê a imprensa como antagônica e pouco propensa a cumprir o seu papel.
Os adjetivos são pesados: “corrupta, tendenciosa, politizada, egoísta, em dívida com o governo e negligente com as fontes”.
Alguns dos participantes disseram que hoje evitariam a imprensa se tivessem que fazer uma denúncia, preferindo publicar diretamente. E mesmo quando decidem entrar em contato com jornalistas, confiam menos neles.
A pesquisadora credita o comportamento ao ambiente de mídia nos EUA, em que empresas jornalísticas não conseguem manter repórteres dedicados, com a experiência e os recursos necessários para gerar confiança nas fontes − uma situação que não acontece somente lá.
Pode não fazer mais sentido retomar o trabalho presencial como antes ou trazer de volta as máquinas de escrever. Mas o respeito ao sigilo das fontes e a confiança delas nos jornalistas vão deixar saudades no jornalismo caso acabem indo embora de vez.
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Está no ar o primeiro episódio da segunda temporada do videocast #diversifica. Com o tema Práticas DEI a série terá quatro episódios.
Um conteúdo:
Está no ar o primeiro episódio da segunda temporada do videocast #diversifica. Com o tema Práticas DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), a série com quatro episódios trará alguns exemplos e boas práticas aplicadas em redações e agências de comunicação.
No episódio de estreia, Luana Ibelli, coordenadora editorial do projeto, conversou com Sanara Santos, produtora-chefe de formação da Énois Conteúdo, que falou sobre os trabalhos de formação de profissionais diversos e treinamentos para que redações se tornem espaços mais acolhedores e inclusivos.
O #diversifica é um hub de conteúdo multiplataforma sobre Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) do Portal dos Jornalistas e da newsletter Jornalistas&Cia. Ele conta com os apoios institucionais da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), International Center for Journalists (ICFJ), Meta Journalism Project, Imagem Corporativa e Rádio Guarda–Chuva.
A Agência Lupa anunciou nesta quarta-feira (1º/2) que está ampliando sua cobertura sobre desinformação. Além das já conhecidas checagens, a empresa passa a fazer mais análises, críticas, investigações e reportagens, trazendo notícias e dados exclusivos sobre a desinformação no Brasil.
Uma das novidades desta nova fase é que Chico Marés atuará como repórter especial da Lupa em Brasília. Até dezembro do ano passado, ele era coordenador de Jornalismo da empresa. Na sua estreia, Marés escreveu sobre um pastor evangélico de Goiás, com mais de 100 mil seguidores no Instagram, que, utilizando o pseudônimo “Regina Brasil”, organizava a invasão de edifícios públicos em Brasília.
A Lupa terá repórteres em diferentes regiões do Brasil, que publicarão furos de reportagem, entrevistas de fôlego e análises de tópicos ligados à luta contra a desinformação. A empresa acompanhará ministérios, comissões parlamentares e decisões judiciais.
Os editores Leandro Becker e Maurício Moraes, que atuaram na cobertura das últimas eleições, serão os responsáveis pela gestão de mais de 20 repórteres e responderão diretamente à gerente de Produto Marcela Duarte.
Natália Leal, CEO da Lupa, falou sobre a nova fase da empresa: “Em muitos casos, só uma checagem não dá conta da dimensão do problema. E foi atrás desse olhar mais aprofundado, com mais contexto e detalhamento, que demos esse passo. A cobertura da Lupa cresce, e a empresa se consolida como o maior hub de combate à desinformação do País”.