Pedro Lins, apresentador do telejornal NE1, da TV Globo, foi vítima de racismo em uma loja do Shopping Recife, na Zona Sul da cidade.
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Pedro Lins, apresentador do telejornal NE1, da TV Globo, foi vítima de racismo em uma loja do Shopping Recife, na Zona Sul da cidade, na quarta-feira (4/1). Pedro relata que entrou em uma loja para comprar um presente para uma amiga e que foi confundido com um entregador de aplicativo por uma vendedora da loja.
Para o apresentador, não há problemas em ser confundido com um entregador de aplicativo, mas observou que a comparação faz parte de uma situação de racismo estrutural, que se configura quando se subtende que toda pessoa de cor de pele negra está em situação de vulnerabilidade.
Em nota a TV Globo lamentou o acontecido e disse “repudiar o racismo em todas as suas formas e manifestações e tem um firme compromisso com a diversidade e a inclusão”.
O Shopping Recife afirmou que o episódio “não condiz com os valores que defende e reafirmou seu compromisso de receber os clientes com respeito e igualdade”.
O #diversifica é um hub de conteúdo multiplataforma sobre Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) do Portal dos Jornalistas e da newsletter Jornalistas&Cia. Ele conta com os apoios institucionais da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), International Center for Journalists (ICFJ), Meta Journalism Project, Imagem Corporativa e Rádio Guarda–Chuva.
A jornalista chinesa Zhang Zhan, presa desde 2020 na China por cobrir de forma crítica o surto de Covid-19 e as condições do lockdown na cidade de Wuhan, enviou uma carta a familiares na qual detalha as condições de sua vida na cadeia.
Zhang foi condenada a quatro anos de prisão por “provocar brigas e problemas”. Segundo reportagem de William Yang, da Deutsche Welle (DW), esse tipo de acusação é frequentemente utilizado contra jornalistas e ativistas na China. Zhang criticou as medidas do governo para impedir a propagação do coronavírus e afirmou que as autoridades chinesas estavam sendo negligentes.
Na carta enviada a familiares, Zhang pergunta como está a família, e conta que a polícia a aconselhou a “ser mais forte” e “parar de se preocupar demais”, pois isso não a ajudaria em seu caso ou nas condições na prisão.
O irmão de Zhang, Ju Zhang, compartilhou imagens de uma carta da jornalista. Segundo ele, nos últimos meses, ela tem desenhado no papel, o que pode representar uma melhora em sua saúde mental: “Nossa mãe acha que, se Zhang é capaz de desenhar nos envelopes ou nas cartas, parece sugerir que seu estado mental mudou. Em uma carta, ela desenhou muitos pinguins, o que representa o número de vezes que ela pensa na mãe”.
A mãe de Zhang acredita que o tom de voz da filha mostrou-se mais otimista nos últimos telefonemas. Ela só pode ligar para a jornalista uma vez por mês, em conversas que duram de cinco a dez minutos. Desde setembro, não consegue contatá-la via videochamada, apenas por telefonemas ou cartas.
Apesar do otimismo em relação à saúde mental de Zhang, ativistas que acompanham o caso de perto preocupam-se com a saúde física da jornalista. Segundo o advogado de direitos humanos Li Dawei, na última vez que a mãe de Zhang fez uma vídeochamada com ela a jornalista pesava cerca de 40 quilos ou menos, “peso ainda longe do ideal para alguém de 1,77 metro”, explica.
Vale lembrar que, desde que foi presa, Zhang tem feito greves de fome, o que pode ter causado sérios danos em seu corpo. Fontes ouvidas pela DW em agosto de 2021 afirmaram que o peso de Zhang caiu para menos de 40 quilos depois que ela fez greves de fome de meses na prisão. Em novembro daquele ano, seu irmão expressou preocupação no Twitter com a possibilidade de Zhang estar prestes a morrer na prisão.
A Anistia Internacional, organização defensora dos direitos humanos, pede a libertação imediata da jornalista. Leia a reportagem da DW na íntegra.
Manifestantes bolsonaristas agrediram uma equipe do jornal O Tempo nesta sexta-feira (6/12), durante ação de desmonte de um acampamento em Belo Horizonte.
Imagens publicadas nas redes sociais mostram que um repórter e um cinegrafista estavam conversando com manifestantes, quando uma mulher, com uma bandeira do Brasil enrolada no pescoço, jogou parte do equipamento da imprensa no chão. Um dos jornalistas segurou o braço da mulher, e então teve início uma briga generalizada. Os comunicadores foram golpeados por socos e chutes, e um terceiro jornalista, da 98 FM, chegou a ser jogado no chão.
Após intervenção da Guarda Municipal, a confusão terminou. A equipe disse ao g1 que iria registrar boletim de ocorrência. Até a publicação deste texto, ninguém havia sido preso.
Em nota, a Sempre Editora, responsável pelo jornal, disse que “repudia qualquer tipo de agressão aos profissionais de imprensa em quaisquer situações” e que está estudando medidas judiciais cabíveis contra os agressores.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também repudiou o ocorrido, destacando que “o ano de 2023 já começou com uma onda de violência contra os profissionais da mídia, com o registro de agressões a equipes de reportagem em pelo menos seis estados: Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e, agora, o segundo caso em Minas Gerais”.
O relatório de transição da área de comunicação revelou uma série de práticas do Governo Bolsonaro que incentivaram o desmonte do setor. Segundo informações do Congresso em Foco, o documento traz ainda indicações de medidas para recuperar o setor.
Uma das ideias, já colocada em prática, é a volta da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), um dos primeiros atos do presidente Lula após a posse. Outra proposta é a reformulação da política de publicidade.
O relatório aponta também medidas de médio e curto prazo a serem realizadas pelo “fortalecimento da liberdade de expressão e de imprensa” e o “fomento à diversidade, em especial étnico-racial, de gênero e regional, na produção de comunicação e nas políticas de publicidade e patrocínio”. O documento sugere ainda a análise de todos os contratos vigentes na administração federal no campo da comunicação.
O relatório aponta “barbaridades” feitas pelo Governo Bolsonaro no que se refere à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O antigo governo ameaçou extinguir e privatizar a empresa, além de terem sido constantes as denúncias de abusos, casos de censura, assédio e perseguição registrados nas TVs e nas rádios.
“A EBC adotou uma série de práticas antissindicais e chegou a ser condenada judicialmente por assédio moral coletivo, com geração de passivo de R$ 200 mil”, diz o relatório.
O documento propõe a estruturação de dois sistemas separados de comunicação, ambos liderados pela Secom: o primeiro seria dedicado à EBC e seus órgãos de deliberação, com a sugestão de retomar os conselhos com participação de representantes da população; no segundo, denominado Sicom, serão integrados os órgãos de comunicação da administração direta e indireta para fazer a divulgação de interesse do governo, por meio de comunicação digital, serviços de imprensa e campanhas publicitárias, entre outras ações.
A Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) lançou a exposição online LOVE: Pelé pelos craques do traço, que reúne mais de 100 obras de cartunistas em homenagem ao atleta, falecido em 29 de dezembro.
A exposição, abrigada no blog oficial do Troféu HQMIX, principal premiação de quadrinhos do Brasil, reúne obras de desenhistas como Dálcio, Mauricio de Sousa, Paffaro, Fernandes, Baptistão, Manga, entre outros. Sem data para terminar, será atualizada com mais obras em homenagem ao Rei.
Na abertura do livro Gol de Bico – Brasil nas Copas, publicado em 2013 por José Alberto Lovreto (JAL) e Gualberto Costa, Pelé fala sobre a importância das charges e caricaturas em sua carreira: “Um dia, já profissional e com um nome no Santos, ouvi um locutor dizer no rádio que eu desenhava bem as jogadas, os dribles e, principalmente, os gols. Então, de certa forma, cheguei à conclusão de que também sei desenhar. Só que com os pés. Isso só demonstra que as artes do futebol e do traço estão próximas. E que as caricaturas e charges que aparecem na imprensa, antes e depois dos jogos, são parte do espetáculo do futebol. Sem elas, ficaria tudo muito menos alegre e emocionante”.
Para JAL, curador da exposição e presidente da ACB, “a história do futebol passa pelas mãos desses cartunistas, e Pelé é um dos mais homenageados pelos artistas nesse esporte que é paixão entre os brasileiros”.
A comunicadora Lana Holanda entrou para o Programa de Proteção Legal para Jornalistas, da Associação de Jornalismo Investigativo (Abraji).
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), registrou, de 30/10/2022 a 1/1 deste ano, um aumento para 70 casos de agressões físicas, ofensas, impedimento de trabalho, assédio digital, entre outras modalidades de ataques a jornalistas. Os três estados que registram o maior número de casos são São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
O monitoramento, feito em parceria com a Federação Nacional de Jornalismo (Fenaj), evidenciou que a maioria desses ataques partiu de grupos bolsonaristas que, mesmo depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não se desmobilizaram totalmente no entorno de quartéis do Exército.
Para um melhor acompanhamento dos casos, as entidades mantém ativo um formulário online para que os jornalistas possam reportar situações de assédio, impedimento de trabalho e toda a violência política que tenham sofrido no exercício da profissão.
A TV TEM, afiliada da Globo no interior de São Paulo, completa em maio 20 anos de existência. Para celebrar o marco, a emissora promoverá a Caravana 20 anos, projeto no qual apresentará o telejornal TEM Notícias 1ª edição em 20 cidades de sua área de cobertura.
A apresentação ocorrerá em praças públicas, com a presença da audiência. A caravana começa nesta sexta-feira (6/12) em Tatuí (região de Sorocaba), a partir das 11h45. As outras primeiras cidades a serem visitadas são Potirendaba (região de São José do Rio Preto) e Jaú (região de Bauru). A iniciativa durará até 6 de maio, aniversário da TV TEM.
A emissora lançou também um vídeo/campanha sobre os 20 anos, com o slogan Junto com você, que mostra o cotidiano dos moradores da área de cobertura da TV TEM e como ela faz parte do dia a dia deles.
Com o Twitter sob Musk alarmando muita gente e o TikTok na mira de legisladores, pelo temor de uso de dados pelo governo chinês, uma pergunta segue sem resposta: as redes sociais ajudam a construir ou a deteriorar a democracia?
Em dezembro, o think tank americano Pew Research Center fez uma análise sobre o tema com base em uma pesquisa em 19 países (o Brasil não está entre eles).
A média das opiniões foi favorável − mas não muito − para as redes: 57% dos entrevistados acham que elas são boas para a democracia, enquanto 35% acham que são ruins e o restante não soube dizer.
No entanto, olhando-se os resultados país a país, percebe-se como o tema é controverso. No mercado onde a maioria das redes nasceu e tem sede, os EUA, 64% dos pesquisados acham que elas são prejudiciais. Apenas 34% pensam o contrário.
A diferença de 30 pontos percentuais é expressiva em comparação à registrada nos demais países. Na Holanda, o segundo que mais vê as redes como negativas (54%), a diferença para os que acham que elas contribuem para a democracia é de 10 pontos. Em seguida aparecem França (51%) e Austrália (50%), como nações em que o público mais se preocupa com o impacto negativo das mídias sociais.
Provavelmente como efeito da era Trump, em que a polarização foi estimulada pelo ex-presidente pelas redes, 79% dos norte-americanos acham que as mídias digitais e o acesso à internet aumentaram as divisões políticas.
Os que mais pensam assim (74%) são os que votam no partido Republicano e os independentes. Entre que preferem o partido Democrata, a taxa cai para 57%, mas ainda assim é superior à metade dos entrevistados.
E 69% do público dos EUA acham que as pessoas ficaram menos civilizadas ao falarem de política. São as maiores taxas para essas perguntas entre os 19 países avaliados pelo estudo. A média dos que veem falta de civilidade nas redes nos 19 países é de 44%.
O país mais favorável a elas dentre os pesquisados é a Polônia, onde apenas 15% enxergam as redes como prejudiciais à democracia. O país que mais vê benefícios é Singapura, com 76% do público manifestando opinião favorável quanto ao papel das mídias digitais para um regime democrático.
Austrália, Reino Unido, Canadá e Bélgica ficaram em cima do muro, com diferenças de dois ou três pontos percentuais entre os favoráveis e os contrários.
Embora a média das opiniões seja favorável para a contribuição das redes, o estudo mostra o reconhecimento de efeitos negativos em vários países. O Pew ressalta que até nos mercados em que as avaliações são positivas a maioria do público vê consequências que os pesquisadores chamaram de “perniciosas”.
Em média, 84% dos entrevistados acham que o acesso à internet e às mídias sociais facilitou a manipulação das pessoas com informações falsas e boatos. E 65% acham que elas provocam a polarização. Apenas 23% acham que a forma como se discute política nas redes é “civilizada”.
O maior valor percebido é a informação, com 73% considerando que as redes contribuem para manter o público em dia com o que acontece em seus próprios países e no mundo.
E apesar de o problema de discurso de ódio contra imigrantes e minorias ser recorrente nas redes, 45% dos entrevistados acham que elas contribuem para a aceitação de pessoas de diferentes grupos étnicos, raciais e religiosos.
Como em qualquer pesquisa envolvendo redes sociais, há um abismo geracional. Segundo o Pew, adultos mais velhos em 12 países são menos propensos a dizer que elas são boas para a democracia em seu país quando comparados a pessoas jovens.
O estudo destaca Japão, França, Israel, Hungria, Reino Unido e Austrália como mercados onde a diferença entre os grupos etários mais jovens e mais velhos é de pelo menos 20 pontos percentuais. Na Polônia ela chega a 41 pontos, com quase nove em dez jovens aprovando a contribuição das mídias sociais para a democracia.
Se as redes conseguirem controlar melhor fake news, teorias conspiratórias e narrativas que incitam polarização, têm nas mãos a chance de se consolidarem como instrumentos de construção e não de deterioração das democracias. Hoje elas estão no meio do caminho.
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a suspensão dos perfis de Guilherme Fiuza, Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino nas redes sociais. Segundo informações da CNN Brasil, os comunicadores, assíduos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, estão sendo investigados por disseminação de discurso de ódio, atos antidemocráticos e fake news.
O objetivo da investigação, que está sob sigilo, é também descobrir quem está financiando os jornalistas. Até o momento da publicação deste texto, haviam sido suspensas as contas dos jornalistas em YouTube, Twitter, Facebook, Telegram e Instagram. Ao tentar acessar o perfil de um deles no Twitter aparece a mensagem “conta retida”.
No STF, tramitam em segredo inquéritos sobre divulgação de fake news, financiamento de milícias digitais e atos antidemocráticos. No ano passado, os três destacaram-se ao questionarem a eficácia e espalharem informações falsas sobre a vacina contra a Covid-19, defenderem Bolsonaro, questionarem a eficiência do sistema eleitoral brasileiro, e incentivarem ataques ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral.