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domingo, julho 27, 2025

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AI generativa, jornalismo e democracia: relatório levanta antigas e novas preocupações

AI generativa, jornalismo e democracia: relatório levanta antigas e novas preocupações

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O Oxford Internet Institute (OII), centro de pesquisas dedicado a estudar a influência da tecnologia na sociedade, publicou há duas semanas um relatório sobre inteligência artificial generativa, jornalismo e o futuro da democracia. O documento consolida os debates de um simpósio promovido pelo instituto em junho, reunindo acadêmicos do próprio OII, de outras instituições e jornalistas.

Parte do que foi discutido não é novidade: a IA  já estava no jornalismo há algum tempo, ainda que nem todos percebessem isso; o problema de direitos autorais é um risco para quem produz conteúdo; e os textos ou imagens produzidos pelos robôs não são confiáveis.

Saindo do óbvio, há reflexões interessantes − e preocupantes − levantadas pelos participantes do encontro sobre o uso da IA na mídia e seu efeito sobre a democracia por meio do jornalismo e da mídia de forma mais ampla, incluindo as sociais.

Uma delas é a personalização, que permite adaptar linguagem ou estilo na apresentação de informações para públicos de diferentes idades ou origens. Hanna Kirk, do OII, se disse “empolgada e assustada” com esse recurso.

Ela teme que os LLMs (Large Language Models) sejam usados para treinar modelos de linguagem radicais, que assumam narrativas anti-woke. Woke é o termo em inglês para depreciar o chamado comportamento politicamente correto, traduzindo-se em oposição à inclusão, à diversidade e à proteção do meio ambiente.

A pesquisadora apontou ainda o risco de a personalização tornar ainda mais difícil que as pessoas sejam expostas a pontos de vista diferentes dos seus, aprofundando o problema das bolhas de filtro das redes sociais.

Embora Kirk seja favorável a algum tipo de personalização, “dentro dos limites” − sejam eles quais forem ou quem os determine −, ela admite que é quase inevitável haver algum “esgarçamento ideológico”.

Outro risco debatido foi a falta de diversidade e de um processo democrático no treinamento dos LLMs, o que explica os preconceitos e a chamada hegemonia cultural do conteúdo gerado pelas IAs.

Hanna Kirk explicou que, apesar de revisores humanos darem feedback para melhorar a qualidade das respostas (o chamado  Feedback Learning ou RLHF, de reinforcement learning from human feedback), os dados coletados são geralmente de um número pequeno de pessoas. E “sob as especificações dos tecnocratas do Vale do Silício”. Isso significa que poucos seres humanos concentram o poder de moldar os modelos usados em todo o mundo, salientou. E preconceitos acabam sendo espelhados neles.

A pesquisadora criticou o que chamou de falsa suposição de universalidade desses modelos: a ideia de que o treinamento de um chatbot com base nas preferências e no feedback de cerca de 50 funcionários é generalizável para a diversidade de humanos que usarão a tecnologia.

Ela acredita que os vieses não são produto da arquitetura dos sistemas de IA generativa, mas da forma como eles são treinados.

Por isso, recomendou, é crucial refletir sobre a visão de mundo desejada para esses modelos − quais vozes serão incluídas e priorizadas − e sobre como eles podem ser ajustados de forma a se tornarem “inofensivos, prestativos e honestos”.

Jornalistas do Financial Times e da BBC falaram sobre as questões que enfrentam em suas redações, como a preocupação com deepfakes, que podem enganar tanto os profissionais quanto o público.

As ferramentas sofisticadas de criação de imagens e vídeos estão permitindo a disseminação de conteúdo falso atribuído a grandes veículos de mídia, servindo como instrumento para manipulação.

Outra ameaça associada ao jornalismo é a da perda do controle. Gemma Newlands, também pesquisadora do OII, comentou sobre o temor de que as redações se tornem extremamente dependentes de pouquíssimas empresas “com tendências monopolistas”. E falou sobre o risco de os chatbots substituirem as camadas humanas em processos que não possam ser revertidos futuramente.

Para equilibrar tudo isso, diz o relatório, a saída é uma regulamentação da IA que não fique nas mãos apenas de empresas privadas e reguladores do Norte Global e inclua o público na tomada de decisão − o que não parece nada fácil nem provável que aconteça.


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Policial aponta fuzil para repórter durante reportagem no Guarujá

Um policial militar apontou um fuzil para a repórter Danielle Zampollo, da equipe do Profissão Repórter, da TV Globo, enquanto ela fazia uma reportagem sobre a Operação Escudo na comunidade Prainha, em Guarujá (SP).

Durante o programa exibido em 15/8, Danielle revelou que havia acabado de chegar ao local quando notou a vinda de uma viatura do COI, da Polícia Militar. No vídeo gravado pela repórter, ela se apresenta como jornalista e questiona qual trabalho o policial realizaria, porém ele não responde.

A profissional permanece filmando a entrada dos policiais na comunidade, avisando que estava ali para registrar o trabalho deles, quando o policial apontou o fuzil para ela. Segundo o relato, o policial não usava nenhuma identificação na farda, o que é obrigatório.

“Quando ele começou a apontar o fuzil pra mim, e manteve a arma apontada, eu estranhei. Achei que estivesse acontecendo alguma coisa. Olho pra trás e não tem ninguém. Só eu, numa viela estreita. Aí que eu vi que era comigo. Ele ficou 17 segundos apontando o fuzil pra mim, sem parar”, relatou.

Ao perceber o perigo da ação, ela decidiu se esconder para se proteger: “Tinha uma casa em frente, me apresentei para o morador e pedi para ficar na porta dele, para sair da mira do policial. E esse mesmo policial que estava apontando o fuzil para mim decidiu me filmar. Pegou o celular dele e resolveu fazer um vídeo”, continuou.

Em entrevista a Caco Barcelos, o comandante geral da PM, Cássio Araújo de Freitas, afirmou que a postura cautelosa do policial se deve ao alto risco do local e que na ocasião o profissional não sabia da presença da jornalista.

O apresentador informou que ela havia se identificado e que o policial publicou na internet a filmagem dela, o comandante disse que até então não tinha recebido essas informações.

Leia também: Yoo Na Kim vem com jornalismo sobre a Coreia

Yoo Na Kim vem com jornalismo sobre a Coreia

Yoo Na Kim vem com jornalismo sobre a Coreia

O canal por assinatura Play TV – voltado para a cultura pop oriental e os games – lança nesta quarta-feira (16/8) o programa TV Clube Coreia. Com duração de meia hora, vai ao ar todas as quartas-feiras, às 20h, com reprise aos sábados, às 12 horas. Idealizado e apresentado pela jornalista Yoo Na Kim, aborda temas exclusivamente focados na Coreia do Sul, como cultura, gastronomia, comportamento, beleza e a música K-pop. Ela recebe convidados brasileiros, que trazem um mix de experiências entre coreanos e brasileiros.

Nascida em Seul, Yoo Na Kim mudou para São Paulo com a família aos seis anos de idade. Formada pela Anhembi Morumbi, já publicou oito livros como escritora e divulgadora da cultura coreana. É conhecida como embaixadora da Coreia no bairro do Bom Retiro, um polo cultural das tradições desse país.

A Play TV, uma parceria com a Band, está nos canais 122 da Claro, 143 da Oi, 161 da Sky e 574 na parabólica.

Decisão do STF pode ser desastrosa para a imprensa e levar à autocensura

Decisão do STF pode ser desastrosa para a imprensa e levar à autocensura
Decisão do STF pode ser desastrosa para a imprensa e levar à autocensura

A decisão do STF de responsabilizar os veículos de comunicação por declarações feitas por entrevistados e outras fontes tem sido vista como uma tragédia para o jornalismo brasileiro, e há, entre os jornalistas de um modo geral, o sentimento de repúdio contra ela, porque poderá afetar seriamente, como lembra Luiz Roberto de Souza Queiroz, tradicional colaborador do Jornalistas&Cia , “a capacidade de os jornais publicarem entrevistas denunciando crimes”, razão pela qual ele defende uma reação dos jornalistas e das entidades profissionais da categoria.

A decisão do STF abre caminho para que um jornal venha a ser condenado por divulgar, mesmo entre aspas, a declaração de um entrevistado que seja considerada crime de injúria, calúnia ou difamação. “Decisão gravíssima e totalmente contra a liberdade de imprensa”, diz Bebeto, como todos o conhecem, e que, “se não for contestada e derrubada, levará os jornais a adotarem a autocensura para não correrem o risco de serem condenados pelo que digam seus entrevistados”.

Ele lembra que quem levantou a questão foi a editorialista da Folha, Lygia Maria. “Ela conta”, diz Bebeto, “que há quase 20 anos o Diário de Pernambuco entrevistou o delegado Wandenkolk Wanderley, que disse que o atentado a bomba no aeroporto do Recife foi responsabilidade do então deputado Ricardo Zaratini (que por sinal já morreu). Inconformado, o deputado processou o delegado… e perdeu.

Zaratini resolveu então processar O MENSAGEIRO, isto é, o jornal que publicou a entrevista e que tinha publicado a afirmação do delegado, portanto A FONTE, e colocado a frase entre aspas. Dois ministros do STF, Rosa Weber e Celso de Mello, discordaram, dizendo que o jornal não podia ser responsabilizado pelo que disse o entrevistado, mas os demais deram ganho de causa a Zaratini. O jornal foi condenado. A editorialista lembra que fosse esse o entendimento do STF no passado, os jornais poderiam ser condenados por divulgarem a entrevista de Pedro Collor, que denunciou a corrupção do irmão, o presidente Collor, corrupção essa que levou ao impeachment.

A partir de hoje se o Lula ou um delegado da Polícia Federal fizer uma acusação a Bolsonaro por causa do relógio que ganhou de presente e vendeu nos EUA, o jornal pode ser condenado por ter publicado a denúncia, mesmo que citada a fonte. Entendo que ou o Sindicato e nós, jornalistas, reagimos contra essa decisão claramente errada ou os jornais deixarão de publicar notícias que possam resultar eventualmente em processos”.

Marcelo Rech, presidente da ANJ, vai na mesma direção: “A decisão afeta negativamente a liberdade de imprensa, porque pode levar ao crescimento da autocensura e a uma restrição ainda maior da difusão de conteúdos jornalísticos de interesse público.”

Para Juca Kfouri, colunista do UOL, essa é, “sem dúvida alguma, uma decisão desastrosa. Todos os veículos brasileiros terão receio, por exemplo, de publicar qualquer declaração do contrabandista de joias e genocida ex-presidente da República. O STF deve repensar. O ofendido tem como recorrer à Justiça contra quem ele julgar ser o ofensor. O meio é só a mensagem. O mensageiro é quem deve arcar com ela”.

 

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Agência Pública lança coluna com notas sobre política nacional

A sucursal da Agência Pública em Brasília estreou nessa terça-feira (15/8) a coluna Entrelinhas do Poder, que vai publicar notas sobre política a partir da capital federal, mas, segundo a agência, sem se restringir à “política palaciana”. Além dos parlamentares, a equipe da Pública vai colocar em pauta a atuação de outros grupos que movem a sociedade, como movimentos sociais e organizações da sociedade civil.

Editada pelo diretor da Pública e chefe da sucursal Thiago Domenici, com apoio dos repórteres Alice Maciel, Anna Beatriz Anjos, Caio de Freitas Paes, Laura Scofield, Rubens Valente e Vasconcelo Quadros, a coluna traz apurações de fatos e informações de interesse público, com textos curtos e notícias exclusivas. “A ideia da coluna é municiar o leitor com informações relevantes sobre os três poderes, passando pelos lobbies no governo, seus privilégios e eventuais impunidades, buscando entender como funcionam os interesses privados que prejudicam a gestão pública, e sempre monitorando os processos de implantação de políticas públicas que reduzam de fato a desigualdade e aumentem a participação política protegendo os direitos humanos e o meio ambiente, que é uma marca do nosso jornalismo investigativo há 12 anos”, explica Domenici.

A coluna também vai publicar com exclusividade documentos e relatórios inéditos. O conteúdo terá uma página especial no site da agência, sempre com destaque na home page, e nas redes sociais. Pautas e sugestões podem ser enviadas para sucursalbrasilia@apublica.org.

Confira os textos já publicados na coluna aqui.

Marcio Bernardes deixa a Transamérica após quase 23 anos; Debate Bola é descontinuado

Marcio Bernardes deixa a Transamérica após quase 23 anos; Debate Bola é descontinuado

A Rádio Transamérica anunciou que o programa Debate Bola, o pós-jogo da emissora, foi descontinuado desde 10 de agosto. Com isso, Marcio Bernardes, que comandava o programa, deixa a rádio após quase 23 anos de trabalho.

Em substituição ao Debate Bola, a Transamérica estreou Fim de Papo, também veiculado após as partidas de futebol, com apresentação de Márcio Spimpolo.

Ao Portal dos Jornalistas, Marcio Bernardes falou sobre a saída: “Quero tirar duas ou três semanas para descansar. Foram 22 anos e meio na Transamérica. Estou muito animado e motivado. Aliás, me sinto como um garotão. Vida que segue e eu não vou perder o próximo voo”. O jornalista informou que está conversando sobre dois ou três projetos em rádio e redes sociais, e que deve anunciar seus próximos passos em breve.

Natural de Ribeirão Preto, Marcio iniciou a carreira em veículos menores de sua cidade natal. Passou pelas rádios Jovem Pan, Cultura (Ribeirão Preto) e Globo; nesta última ficou por mais de 17 anos, como comentarista e apresentador. Cobriu várias edições de Olimpíadas e Copas do Mundo. Na televisão, atuou na TV Manchete e posteriormente na Gazeta-SP, onde participou dos programas Mesa Redonda e Gazeta Esportiva. Era âncora da rádio Transamérica desde 2000.

Atualmente, Marcio tem forte atuação em redes sociais, incluindo Instagram, Twitter e Facebook. Ele também escreve no site www.marciobernardes.com.br, no qual faz comentários sobre os principais assuntos do mundo do esporte. E toda segunda-feira, às 19h, vai ao ar o programa Resenha BamBamBam, live semanal de seu canal no YouTube, com convidados diversos. O último programa recebeu o narrador esportivo José Carlos Araújo. Confira!

CNN Brasil muda programação e faz demissões

CNN Brasil muda programação e faz demissões

A CNN Brasil promoveu uma série de mudanças em sua programação nos últimos dias. A grade do período da tarde foi alterada, a apresentação de programas sofreu mudanças e profissionais foram demitidos. As informações são do F5, da Folha de S.Paulo.

A emissora dispensou o apresentador Rafael Colombo, que estava na CNN desde maio de 2020. Nessa passagem, foi âncora do CNN Novo Dia, que passará a ser apresentado por Carol Nogueira. Também deixaram a emissora o comentarista Marco Antônio Villa, contratado em janeiro deste ano e que atuava no CNN Novo Dia; e a advogada Janaina Paschoal, que desde abril participava de O Grande Debate.

As saídas atingiram ainda o projeto de rádio da empresa: Roberto Nonato, vindo da CBN, foi desligado. No lugar dele assume o repórter Stêvão Clós, transferido de Porto Alegre.

No CNN 360, Raquel Landim passa a apresentar o programa de forma definitiva. O telejornal estava sem âncora titular desde a saída de Daniela Lima, em junho.

Outra novidade é a recontratação de Thaís Heredia, especializada na cobertura de economia, que volta à emissora após três meses. Ela apresentará o CNN Mercado e será analista no CNN Primetime e no jornal WW, apresentado por William Waack.

E ainda neste mês a CNN estreia o Bastidor CNN, primeiro telejornal da emissora 100% ancorado em Brasília. Com apresentação de Tainá Falcão e Gustavo Uribe, o programa irá ao ar no período vespertino, tomando parte do tempo de O Grande Debate. Tainá cobre a área de política e está na CNN Brasil desde 2020. Gustavo é analista de política da emissora desde 2021, e antes trabalhou nos jornais Folha de S.Paulo e O Globo.

Judiciário do Rio de Janeiro censura Intercept Brasil

Judiciário do Rio de Janeiro censura Intercept Brasil
Abraji e Transparência Brasil abrem inscrições para curso de investigação

O Intercept Brasil denunciou em 11/8 que sofreu censura do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por causa de uma reportagem sobre o próprio Judiciário do estado. A decisão proíbe o Intercept de sequer falar do assunto da reportagem, replicar trechos da matéria e citar o nome das magistradas e da promotora envolvidas, sob a justificativa de segredo de justiça e preservação da privacidade dos envolvidos.

“O que podemos dizer é que a reportagem é mais um exemplo do tratamento que mulheres rotineiramente recebem daqueles que deveriam proteger vítimas”, escreveu Flávio VM Costa, editor-chefe do Intercept Brasil. 

Sobre a justificativa de segredo de justiça e privacidade dos indivíduos, o Intercept explicou que em nenhum momento revelou os nomes dos participantes da audiência, e sim apenas dos membros do Judiciário envolvidos, da promotora e das juízas, ambas da 9ª Vara de Família da Comarca do Rio de Janeiro. A censura foi pedida pela própria promotora citada na reportagem. 

A manutenção da reportagem no ar custaria R$ 150 mil ao Intercept, além do risco de outras penas mais pesadas. O veículo declarou que vai respeitar a decisão, mas vai recorrer.  

“Segredo de justiça não significa o direito de decretar sigilo absoluto sobre a conduta dos nossos tribunais e a atuação dos servidores públicos”, declarou o Intercept. “Caso significasse, o Judiciário estaria livre do escrutínio da sociedade, agindo com liberdade para cometer todo tipo de abusos às sombras. O direito à privacidade e à imagem também não se aplica aos servidores públicos no exercício de funções oficiais. Isso é especialmente importante quando os fatos são noticiáveis e publicados com a devida precaução — exatamente como fizemos”.

O Intercept lançou uma campanha para arrecadar R$ 100 mil para seu Fundo de Defesa Legal. O dinheiro será utilizado para arcar com os custos de processos judiciais que o Intercept enfrenta. Interessados podem contribuir aqui

COB e Lance unem-se para a distribuição de conteúdos multiplataforma

Lance e COB unem-se para a distribuição de conteúdos multiplataforma
Lance e COB unem-se para a distribuição de conteúdos multiplataforma

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Lance uniram forças para impulsionar a divulgação das competições, equipes e atletas do esporte olímpico. A parceria visa a alcançar o objetivo através do canal multiplataforma Lance Olímpico, que vai se dedicar à criação matérias originais, transmissões ao vivo e conteúdos especiais sobre os Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 e os Jogos Olímpicos Paris 2024.

Segundo Marcos Moraes, CEO do grupo Lance, a meta é aumentar a capacidade de cobertura de diversas modalidades: “Esse acordo celebrado vai ao encontro da nova fase do Lance, que repaginou sua marca e investiu em tecnologia e estrutura para produzir conteúdo multimídia com qualidade e excelência”.

O acordo também possibilita ao COB oferecer pacotes de mídia no Lance aos seus patrocinadores, O site atualmente conta com mais de 15 milhões de visitantes mensais, incluindo mais de 8 milhões de seguidores nas redes sociais.

Paulo Wanderley, presidente do COB, ressaltou que divulgação do movimento olímpico é uma das missões do comitê e que a parceria com o portal Lance “será muito bem-sucedida e ajudará a dar visibilidade ao talento e aos feitos de atletas e equipes do Brasil, principalmente entre o público jovem”.

O comitê também fechou acordos de produção e distribuição de conteúdo com UOL, BandSports e a Cazé TV, ao mesmo tempo que tem investido nas plataformas de streaming. O Canal Olímpico ultrapassa 270 mil inscritos, já o Canal do Time Brasil no YouTube passou de cinco mil para mais de 85 mil inscritos em um ano e meio, contando com mais de dois mil vídeos postados.

A iniciativa estende-se ao podcast COBCast, com o fornecimento de cortes para as redes sociais e YouTube.

 

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Empresa francesa demite jornalistas no Brasil três meses após contratações

Empresa francesa North Star Network demite jornalistas no Brasil três meses após contratações

A empresa francesa North Star Network, que chegou ao Brasil no início de 2023 com planos para montar em São Paulo uma redação focada em cobertura esportiva, demitiu jornalistas contratados após somente três meses de trabalho.

A plataforma contaria com diferentes sites esportivos, como Superesportes e a Trivela. Cerca de 25 jornalistas foram contratados, com o objetivo de criar um grande projeto de jornalismo esportivo, nacionalizando sites focados em coberturas regionais e profissionalizando outros sites do grupo. Muitos desses profissionais contratados deixaram suas cidades pelo novo trabalho em São Paulo.

Porém, na última semana de julho, houve uma demissão coletiva. Ao menos dez jornalistas foram cortados, e o restante da redação tem futuro incerto. Os vínculos CLT foram encerrados e a empresa estabeleceu contratos PJ.

Em contato com o Sindicato dos Jornalistas de SP (SJSP), profissionais demitidos contaram que trabalharam cerca de um a dois meses sem carteira assinada. A North Star Network explicou que ainda estava regularizando sua situação no Brasil e iria contratá-los em regime CLT posteriormente, o que de fato aconteceu, mas os salários prometidos não correspondiam à realidade. Outro problema era que jornalistas não recebiam diversos direitos, como plano de saúde, além de várias promessas que não foram cumpridas.

A situação agravou-se pouco depois, quando a empresa parou de publicar notícias no site Superesportes. A North Star Network prometeu que, mesmo com o fim do site, não haveria cortes na empresa, mas as demissões ocorreram cerca de 20 dias depois, e o futuro dos profissionais que permaneceram segue incerto.

O SJSP repudiou as demissões dos jornalistas. A entidade está em contato com os profissionais demitidos, para que o vínculo empregatício seja reconhecido, e exige a abertura de negociações para discutir as demissões.

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