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quarta-feira, junho 18, 2025

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O adeus a Emeri Loreto

Faleceu no último dia 30/9, em Salvador, vítima de câncer, Emeri Loreto, ex-executiva da Editora Abril e que há mais de dez anos convivia com as sequelas de um grave AVC que afetou de forma intensa seus movimentos e, por causa disso, sua própria vida.   Ela vivia sozinha na capital baiana, com a ajuda de amigos e tendo a companhia de sua empregada, Aline, e de um motorista de táxi, André. Pelo que se apurou, ela passou mal no Hospital Geral Roberto Santos, enquanto esperava o momento de fazer coleta de material para biópsia do câncer. Teve duas paradas cardiorrespiratórias, entrou em coma e faleceu. Era solteira e não deixou familiares.   Viveu grande parte de sua carreira à frente da revista Casa Claudia, quando de lá saiu após décadas de trabalho, amizades e reconhecimento, nunca voltou a ser a mesma. Veio a doença e com ela as agruras, sobretudo financeiras, o que a levou a depender da ajuda de amigos.   Quando ainda conseguia se locomover, chegou a visitar a equipe de Jornalistas&Cia para mostrar tanto a si mesma quanto para o mercado que ainda continuava apta para exercer o seu ofício, especialista que era em decoração e arquitetura, herança dos muitos anos à frente de Casa Claudia.   Mesmo com esforço, mas já debilitada, os trabalhos (aqueles que conseguia fazer, mesmo com as limitações impostas pela doença) foram rareando, o que a levou a mudar-se algum tempo depois para a Bahia. Foi com sua mãe, já idosa e que veio a falecer um pouco depois, e ali ficou até seus últimos dias, já presa a uma cadeira de rodas. Mas ainda assim, como relatam amigos, ajudava a empregada, o filho da empregada, lia muito, escrevia.   ?Era a personificação da fênix: renascia a cada queda, cada vez mais forte e mais lúcida, sem nunca reclamar ou se revoltar com a vida?, escreveu uma amiga, que a ajudava. Longe de tudo e de todos, já sem trabalho, viu a doença avançar ainda mais e desde maio sofria com um ?torcicolo?, que era, na verdade, um câncer, ou, nas palavras do motorista de táxi André, ?enfisema pulmonar; agravado por linfonodos nos pulmões; e por um tumor na região da garganta?.

Rodízio de âncoras na TV Globo

A TV Globo estreou no dia 26 de setembro as mudanças nas bancadas de dois de seus telejornais, confirmando a informação que já havia sido adiantada por Jornalistas&Cia em sua edição de número 800, em junho deste ano. No Bom Dia Brasil, Chico Pinheiro assumiu a ancoragem ao lado de Renata Vasconcellos, e Renato Machado, no posto havia 15 anos, seguirá em breve para Londres como repórter especial da emissora. De lá, ele também apresentará o noticiário internacional do telejornal e fará uma coluna semanal para o Jornal da Globo. No SPTV 1ª Edição, o até agora repórter César Tralli assumiu sozinho a bancada, que Chico Pinheiro dividia com Mariana Godoy. Esta passa a reforçar, de São Paulo, o time de apresentadores do Jornal das Dez na Globo News, ao lado de André Trigueiro (Rio) e João Borges (Brasília). Ainda no SPTV, estreou também nesta 2ª o Parceiro de SP, projeto que traz para o telejornal o olhar diferenciado de moradores de sete regiões da capital e da região metropolitana: os bairros de Freguesia do Ó, M?Boi Mirim e São Miguel Paulista, e os municípios de Diadema, Franco da Rocha, Guarulhos e Osasco.

Aydano Roriz, entre a história e a tecnologia

Aydano Roriz é um daqueles casos emblemáticos de profissionais oriundos da Editora Abril, que decidiu se aventurar em seu próprio negócio, a exemplo de Domingo Alzugaray (Editora Três) e  Mino Carta (Editora Confiança). Nascido em Juazeiro, na Bahia, em 15 anos no Grupo Abril, tanto em São Paulo, como no Nordeste, passou por importantes publicações como Playboy, Quatro Rodas, Cláudia, Nova e Capricho. Saiu da empresa em 1986 para realizar seu sonho de fundar a Editora Europa. Convidado a moderar, no V Fórum Aner de Revistas, o painel Tablets: novo modelo de negócios, sua participação não se resumiu ao papel original. Além de traçar um panorama sobre as inovações de sua editora, Roriz divertiu o público com uma fictícia troca de e-mails entre ele e John Lennon (john@lennon.ceu) sobre a melhor estratégia a ser traçada nesse momento de incerteza do mercado. Na resposta do e-mail, o ex-Beatle sugere um vídeo que supostamente estaria no Youtube onde exibia uma paródia de Imagine. Nela, a música começava com a seguinte frase: Imagine there?s no paper (imagine que não há papel) e encerrava com Imagine all the people with a tablet in their hands (imagine todas as pessoas com um tablet em suas mãos). Assim é Aydano. Ao mesmo tempo em que demonstra ser um profundo conhecedor e entusiasta dos romances históricos, foi o fundador e comanda até hoje a Editora Europa, pioneira no Brasil no mercado de tablet, e responsável pelo lançamento da primeira revista a explorar essa plataforma no Brasil. Em 5 de agosto de 2010, chegava ao mercado a versão de Natureza, com as 12 edições anteriores, no iPad da Apple, apenas quatro meses após o lançamento do aparelho nos EUA. A Europa atualmente edita vários títulos com foco no mercado de tecnologia, casos de 3D World Brasil, CD-ROM Fácil, Fotografe Melhor, PlayStation, Xbox 360 e VídeoSom, entre outras, e também outros em segmentos como o de Turismo, caso de Viaje Mais, e Meio Ambiente, como a Natureza. Terminado o ciclo de palestras do Fórum Aner, realizado nesta 2ª.feira (12/9), em São Paulo (ver J&Cia 811-A), Aydano (pronuncia-se Áydano) recebeu J&Cia para um descontraído bate-papo, em que falou do relançamento de seu livro O Fundador e dos desafios de dirigir sua empresa aqui no Brasil, vivendo na Ilha da Madeira, em Portugal, e também de seu instituto para crianças carentes na Bahia, e dos planos para o seu futuro e de sua editora. J&Cia ? O que o levou a reescrever essa nova edição de O Fundador?Aydano Roriz ? Os originais de O Fundador são de 1999, ou seja, do século, do milênio passado, e depois dele eu já lancei cinco outros livros, sempre na linha do romance histórico. Entre as pesquisas para produção das novas obras, sempre aparecem fatos interessantes que nos fazem lamentar já ter publicado um livro. Quando consegui, pela própria Editora Europa, comprar os direitos de O Fundador da Ediouro, responsável pelo lançamento da primeira edição, resolvi aproveitar não apenas para revisá-lo, mas praticamente reescrevê-lo, obviamente com os mesmos personagens e mantendo o enredo principal. J&Cia ? E por que o formato de romance histórico?Aydano ? Aprendemos na escola que Tomé de Souza (personagem central de O Fundador) era um fidalgo português que foi convocado pelo rei para ser o primeiro imperador geral do Brasil, mas esse cara não tinha mulher, filho, personalidade, não tinha amantes? Ele ficou três anos no Brasil, será que ele não arrumou nenhum caso por aqui? Esse é o sabor do romance histórico, porque ele não se atém apenas aos fatos já publicados, mas também a questões que são duvidosas. No caso de O Fundador, me aproveito de várias fontes para fazer minha própria interpretação e o fato de ser jornalista ajuda muito, pois nos leva a sempre descobrir coisas relevantes e às vezes muito interessantes por aí. Para se ter uma ideia, eu tenho livros do século XVII, que consegui comprar em sebos, com o carimbo da inquisição, autorizado pelo tribunal do Santo Ofício. Lá é que se percebe que a história conhecida é uma história censurada, sobretudo quando se trata de Portugal e Espanha. J&Cia ? Essas pesquisas já geraram a base para uma nova obra?Aydano ? No momento estou escrevendo meu oitavo livro. Será o quarto da série A saga da invasão holandesa ao Brasil, que até o momento já conta com O Livro dos Hereges (2004), Van Dorth (2006) e A Guerra dos Hereges (2010). Espero realmente que seja o último porque sinceramente já não aguento mais falar de holandês. Mais um pouco e vou falar holandês correntemente (risos).  Os dois primeiros foram sobre a invasão dos holandeses na Bahia, o terceiro sobre a invasão em Pernambuco e esse agora é sobre o governo de Maurício de Nassau em Pernambuco. J&Cia ?  De onde surgiu todo esse interesse pelos holandeses?Aydano ?  Na verdade foi o interesse dos holandeses pelas nossas terras que sempre me intrigou. Se você olhar o globo terrestre e analisar onde ficam Holanda e Brasil, vai ver que um país está realmente muito longe do outro. Aí eu me perguntava: ?por que diabos esses caras quiseram atravessar o oceano e enfrentar toda a série de contratempos para invadir a Bahia? Quais as razões para isso? Eu acabei descobrindo alguns desses motivos por acaso. Só que a história não é tão simples assim como se imagina. Tudo tem uma razão de ser. Por isso resolvi explorar o assunto e já estou chegando ao quarto livro. J&Cia ? Como você foi parar na Ilha da Madeira?Aydano ? Numa das muitas pesquisas de campo que realizei, sobre a produção de açúcar, descobri que antigamente essa era um tecnologia extremamente restrita, conhecida apenas por judeus. Era um segredo industrial guardado a sete chaves e os únicos produtores do mundo estavam na Sicília e na Ilha da Madeira. Fui à Ilha da Madeira, gostei, voltei, comecei a me identificar com o lugar e decidi que queria morar lá. Quando falei para minha mulher: vamos embora daqui (Brasil)?, ela achou que eu havia ficado louco, mas logo também acabou gostando da ideia. J&Cia ? Para as pesquisas de seus livros a mudança deve ter sido muito boa, mas o que ela representou na sua atuação direta na editora?Aydano ? A Editora Europa é minha vida. Eu trabalhei quinze anos na Abril pensando em montar minha própria editora e é natural que eu me preocupe com o que vai acontecer com ela. E se eu morrer, como é que fica? Eu percebi que se não me afastasse dela fisicamente, no dia que eu morresse a empresa talvez também desaparecesse. Precisava aproveitar essa oportunidade para profissionalizar ao máximo toda operação. Foi o que fiz e isso já dura seis anos. Felizmente tudo está indo muito bem. J&Cia ? E como fica esse legado daqui pra frente?Aydano ? Minha mulher e eu decidimos não ter filhos. Há doze anos montamos o Instituto Tânia & Aydano Roriz, que mantém um serviço social responsável pelo atendimento de cerca de 1.700 mil jovens no oeste da Bahia, aos quais são oferecidos desde cursos de eletricista até informática, inglês e espanhol. Nossa intenção com ele foi montar uma espécie de Centro Cultural, levando para lá um pouco do nosso sonho e de tudo aquilo porque tanto lutamos. * Coincidentemente, nesse momento da entrevista, quando já se passavam das 20h, toda estrutura do evento sendo desmontada, com poucas pessoas ainda por lá, fomos interrompidos por Luiz Siqueira, diretor executivo da Europa que pergunta em tom de brincadeira e amizade: E aí ?bicho?, vamos embora? Após pedir mais alguns minutos para terminar a conversa, Roriz continua: Aydano ? Certo dia cheguei para esse cara aí, o Luiz, que começou comigo ainda garoto, foi treinado e hoje está há 17 anos na casa, e fiz um acordo. Ano após ano eu repasso uma pequena porcentagem da empresa para ele. No prazo de 13 anos ele será o nosso segundo maior acionista, com 25% da empresa. Para ele é muito importante porque virou sócio e dá o sangue pela empresa, mas em troca vai ter que manter funcionando minha fundação e cuidar desse legado quando eu não estiver mais por aqui. Confesso que se tivesse um filho, gostaria que fosse alguém como ele, por isso acho que estamos em boas mãos. J&Cia ? Como é a relação com sua equipe à distância?Aydano ? Com todos os recursos existentes, consigo permanecer ainda muito presente, lógico que não fisicamente, mas eu reúno, por exemplo, todos meus funcionários uma vez por mês para uma conversa coletiva. Em vídeo conferência. Ela acontece sempre na primeira 4ª.feira do mês e mobiliza os mais de cem funcionários da empresa. Já com os demais diretores a conversa é diária. J&Cia ? E a essa distância como você o enxerga o mercado de revistas brasileiro?Aydano ? Você pode ver aí que o pessoal está bastante empolgado com todas as novas tecnologias que tem surgido. Rapidamente os resultados vão aparecendo. Hoje pela minha editora, por exemplo, já temos mais de 100 e-books publicados e cerca de 250 edições de revistas disponíveis nos aplicativos Europa para tablets. O grande barato é que facilmente rompemos barreiras antes impensáveis. Para se ter uma ideia, mais de 50% dos meus livros, por exemplo, são vendidos no exterior. Recentemente vendemos publicações nossa para alguém lá no Kuwait, isso é realmente incrível.

Patrick Cruz sucederá Ângela Pimenta na sucursal de Exame em Brasília

Patrick Cruz deixou o iG, onde esteve nos últimos dois anos como editor de Empresas e depois como repórter especial de Economia, e está a caminho de Brasília para chefiar a sucursal da Exame, em substituição a Ângela Pimenta, que saiu da publicação para comandar o Instituto Fernand Braudel, na capital paulista. Antes de assumir o cargo na Capital Federal, Patrick passará três semanas na sede da revista em São Paulo, sob o comando do editor-executivo José Roberto Caetano: ?Será minha primeira experiência profissional em Brasília, mas não a primeira em que trabalho de forma remota, já que fui, por três anos, correspondente do Valor Econômico em Salvador?. No Valor, onde esteve entre 2003 e 2009, também atuou como repórter de Finanças e de Agronegócios. Ele teve passagem pela Gazeta Mercantil, como repórter de Finanças e de Internacional. Paralelamente, mantém uma coluna “telepática” sobre o seu time, o Inter de Lages, de Santa Catarina (ver J&Cia 805), no portal FutebolSC.

Guia Melhores Empresas para Você Trabalhar completa 15 anos

Chegou às bancas em no último dia 15 de setembro a edição de 15 anos do guia Você S/A Exame As Melhores Empresas para Você Trabalhar. Com tiragem aproximada de 350 mil exemplares e 294 páginas, a edição deste ano apresentou um aumento de 19% em anúncios, comparado com a do ano anterior.

Ao todo, 15 profissionais, entre equipe fixa da Você S/A e frilas, estiveram envolvidos na produção do conteúdo, que teve coordenação da editora da Você RH Daniela Diniz e supervisão da diretora de Redação da Você S/A e Você RH Juliana De Mari. Para chegar nas 150 indicadas, a equipe visitou 243 empresas pré-classificadas e ouviu 4.860 funcionários operacionais, gestores e executivos de RH.

Segundo Juliana, “a participação dos jornalistas durante o processo, não só escrevendo, mas visitando as empresas e fazendo um trabalho, digamos, de auditoria, foi fundamental e contou como parte da nota da empresa”. A composição total das notas foi dividida da seguinte maneira: percepção dos funcionários (70%), avaliação das políticas e práticas de RH (20%) e nota dos jornalistas (10%). Outra novidade foi uma pesquisa sobre vagas com as empresas campeãs de 2011, que juntas devem oferecer mais de 27 mil vagas até o final do ano.

Tiago Paris deixa o Correio Braziliense e começa na Reuters

Tiago Paris deixou a equipe de Política do Correio Braziliense para atuar na Reuters. Seu posto foi ocupado por Karla Correa, ex-Agência Leia. Ela vai fazer a cobertura do Congresso Nacional, que também está sendo reforçada com a contratação de Paula Filizola. Ainda no Correio, Fábio Monteiro deixou a reportagem de Economia e está de mudança para a capital paulista. Para o lugar dele chegou Ana Carolina Dinardo, ex-estagiária de Cidades.

O adeus a Iara Rech

Faleceu na noite desta 2ª.feira (12/9), aos 67 anos, vítima de um incêndio em seu apartamento da av. Nilópolis, em Porto Alegre (de causas ainda desconhecidas), Maria Iara Rech, pioneira do Jornalismo de Economia no Rio Grande do Sul e que atuou, entre outros veículos, na Folha da Tarde (do Sul), nas revistas Veja e Exame, da qual foi editora, e na Gazeta Mercantil, onde ocupou o mesmo cargo na área de Projetos Especiais. Iara foi fundadora da Associação dos Jornalistas de Economia do Rio Grande do Sul e era ultimamente colunista do Coletiva.net. Deixa uma filha, Ana Paula, que mora na Austrália. Sobre ela, escreveu no Coletiva o amigo Arthur Monteiro, atualmente morando em Brasília: “Em menos de 20 dias, dois amigos queridos se vão. Por uma incrível coincidência, os dois, Riomar (Trindade) e Iara, me estenderam a mão, na mesma época, num momento difícil da minha vida em Porto Alegre: me ofereceram suas casas. Depois de uma semana no apartamento do gaudério, na rua da Praia, mudei para um hotelzinho da Acelino de Carvalho e foi lá mesmo pelo centro que dias depois cruzei com o Chico Pinedo, então marido da Iara, que me intimou a ir morar com eles. Lembro das manhãs, Chico saía para a MPM, ficávamos Iara e eu tomando chimarrão e batendo longos papos até quase meio-dia, quando ela saía para a Folha da Tarde e eu para a Folhinha. Cobríamos Economia juntos e ela, bonita, viva, rebelde, esperta, era a queridinha do setor formado apenas por marmanjos: Brenol, o Medina, o Ferreirinha, o João Paulo, Kolecza, o Xaxá. Nos finais de tarde nos reuníamos na Fiergs, para trocar figurinhas e ouvir as histórias do dia, que muitas vezes acabavam em sonoras gargalhadas. E que maravilhosa gargalhada tinha a nossa Iara. Quando ela e o Chico se mudaram me deixaram o apartamento, aliás meu último endereço em Porto Alegre. Nunca mais nos vimos, mas sua imagem continua pregada na retina, sua gargalhada ainda ressoa e seu gesto jamais será esquecido?. *Com a colaboração de Coletiva.net

Instituto Memória Brasil administrará acervo pessoal de Assis Ângelo

Um grupo de amigos reuniu-se no último mês com Assis Ângelo, em seu apartamento no bairro dos Campos Elíseos, em São Paulo, para com ele fundar o Instituto Memória Brasil, que terá a missão de administrar o seu precioso acervo de cultura popular brasileira, com nada menos do que 150 mil itens, entre discos (bolachões, CDs, DVDs etc.), livros, partituras, pinturas e fotos. É um dos maiores acervos pessoais do País, como algumas reportagens já mostraram ao longo dos anos. Próximo de completar 60 anos, Assis decidiu organizar seu ?museu pessoal? numa instituição formal, em condições de captar recursos e transformá-lo num museu de fato, aberto ao público, e de fomentar de forma mais intensa a disseminação da cultura popular no País. Coisa que, aliás, ele próprio tem feito ao longo de sua carreira, em programas de rádio (acaba de descontinuar o Brasil se encontra aqui, na Trianon), nos livros que escreve, edita ou produz, nos discos musicais e de poesias que edita, nas mostras de artes plásticas de que participa e nos jobs diversos que faz País afora. Na presença de amigos como o escritor Roniwalter Jatobá, as gêmeas cantoras Célia e Celma, o advogado e músico Jorge Mello, entre outros, e em meio a livros, discos e revistas espalhados pelos cômodos de seu apartamento-museu, Assis Ângelo anunciou, na noite de 9/9, a criação do Instituto Memória Brasil ? Acervo Assis Ângelo, para administrar os mais de 150 mil itens de seu acervo cultural, que montou com sacrifício pessoal e recursos próprios ao longo de décadas de pesquisas no Brasil e no exterior. Obviamente, a partir de agora ele deverá iniciar um périplo por empresas e instituições públicas e privadas buscando parcerias e recursos para dar a esse acervo a dimensão que merece. Assis concedeu a este J&Cia a entrevista que se segue: Jornalistas&Cia ? Por que razão você decidiu transformar um acervo pessoal num acervo institucional e de quem foi a ideia? Assis Ângelo ? Por entender que um acervo desse porte não deveria ficar o tempo todo apenas comigo. Acho que é preciso compartilhá-lo com outras pessoas, principalmente estudantes, professores, estudiosos e pesquisadores interessados no assunto Brasil, incluindo música. A ideia foi da produtora cultural paulistana Andrea Lago, com quem tenho trabalhado no desenvolvimento de projetos no campo da cultura popular, entre os quais alguns ao lado de profissionais como a cantora Inezita Barroso, sobre quem acabo de publicar o livro A Menina Inezita Barroso (Cortez Editora); e compositores e instrumentistas como Paulo Vanzolini, Osvaldinho da Cuíca, Téo Azevedo, Gereba, Tinoco (da dupla com Tonico), Vanja Orico, Carmélia Alves. J&Cia ? Como ficou composta a diretoria do Instituto Memória Brasil ? Acervo Assis Ângelo? Assis ? Eu serei o diretor-presidente e ao meu lado estarão o jornalista e escritor Roniwalter Jatobá, como diretor vice-presidente, e Andrea Lago, como diretora administrativa. J&Cia ? Qual é o tamanho aproximado de seu acervo? Assis ? É um acervo amplo e significativo, com cerca de 150 mil itens, incluindo discos de todos os formatos (78, 76, 45 e 33 1/3 rpm; compactos simples e duplos, LPs, CDs), mais de 20 mil fotos de artistas, milhares de partituras, folhetos de cordel e livros sobre música e folclore, centenas de fitas-cassete e MDs com entrevistas exclusivas com compositores e intérpretes (como Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Pedro Sertanejo, Antenógenes Silva, Manezinho Araújo, João Pacífico, Adauto Santos, Alberto Marino Jr., Mário Zan, Paulinho Nogueira, Waldir Azevedo, Carlos Poyares, Zica Bergami), poetas populares/repentistas como Patativa do Assaré, Diniz Vitorino, Otacílio Batista, e estudiosos como Luís da Câmara Cascudo e Paixão Cortes. Há também muitos jornais e revistas, como Careta, O Malho, O Mundo Ilustrado, Revista Ilustrada, que precisam ser digitalizados e catalogados. J&Cia ? Pode citar algumas preciosidades desse acervo? Assis ? Há muitas, como o primeiro disco produzido de forma independente no Brasil por Cornélio Pires, em 1929, e toda a sua série, além dos dois filmes que ele produziu, também no começo do século passado. J&Cia ? Quando você começou a organizá-lo e por quê? Assis ? Há mais de 40 anos, quando me apaixonei pela cultura popular e comecei a comprar discos, folhetos e livros sobre o tema. Eu sempre quis escrever a respeito, e isso fiz nos jornais e revistas por onde passei, entre os quais Diário Popular, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, entre outros. J&Cia ? Quanto imagina ter investido em recursos próprios ao longo desse período nesse acervo? Assis ? Impossível responder, porque nunca contabilizei isso. Aliás, continuo comprando e não contabilizando. Basta que julgue importante como objeto de pesquisa. J&Cia ? O que pretende exatamente com o Instituto? Assis ? Facilitar o acesso a pessoas interessadas em pesquisa sobre cultura brasileira a partir da cultura popular e viabilizar projetos na forma de livros, discos, programas de rádio e tevê, e um grande portal na internet, que poderá ter o nome de Memória Brasil etc.. J&Cia ? Que obras pessoais, de sua autoria, esse acervo já gerou e está gerando? Assis ? O Brasileiro Carlos Gomes (Ed. Nacional, 1987); Nordestindanados, Causos & Cousas de uma Raça de Cabras da Peste ? de Padre Cícero a Câmara Cascudo (RG Editores, 1987); A Presença dos Cordelistas e Cantadores Repentistas em São Paulo (Editora Ibrasa, 1996); Dicionário Catrumano, Pequeno Glossário de Locuções Regionais (Ed. Letras & Letras, 1996); O Poeta do Povo, Vida e Obra de Patativa do Assaré (Ed. CPC/Umes, 1999); Dicionário Gonzagueano, de A a Z (edição da Trends Engenharia, 2006); A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira (Ed. do autor, 2010); o áudio-livro O Poeta e o Jornalista (Universidade Falada/Editora Alyá, 2009); os CDs Assis Ângelo Interpreta Poetas Brasileiros (ao lado de Zé Ramalho, Elba Ramalho, Jackson Antunes e outros); e Poetas Nordestinos dos Séculos XIX e XX na voz de Assis Ângelo, entre outros. Do acervo, já foram extraídas exposições sobre o grupo musical Demônios da Garoa, numa estação do Metrô de São Paulo; outra sobre poeta Patativa do Assaré, na Casa das Rosas; e outra sobre a infância da cantora Inezita Barroso, no Parque da Água Branca; além de uma sobre o ano de 1968 no Centro Cultural Banco do Nordeste, com a presença dos compositores e instrumentistas Sérgio Ricardo e Théo de Barros, mais José Hamilton Ribeiro.  J&Cia ? Que outras poderiam ser produzidas? Assis ? Uma série de perfis biográficos sobre nossos grandes artistas; um livro sobre a música feita para São Paulo, Capital, junto com uma grande exposição; e outro sobre o hinário cívico nacional, destinado às escolas. Serão livros volumosos, que carecem de patrocínio. O livro sobre Sampa (Roteiro Musical da Cidade de São Paulo, Pequena Enciclopédia da Música Brasileira) está aprovado pela Lei Rouanet, mas ainda falta a captação dos recursos necessários. No momento, estou concluindo um livro infantojuvenil sobre Luiz Gonzaga e outro, em dois volumes, também aprovado pela Rouanet, sobre a vida e obra do mesmo artista. A exposição a respeito da música para Sampa está programada para janeiro do próximo ano, na unidade Sesc Santana.  Nota da Redação: Contatos com Assis podem ser feitos pelo e-mail assisangelo@uol.com.br.

Salão Duas Rodas reunirá 200 jornalistas no dia de imprensa

O Salão Duas Rodas começa no próximo dia 3 de outubro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, com uma programação totalmente dedicada à imprensa. A Reed Exhibitions Alcantara Machado, promotora do evento, organiza um pool para levar 60 profissionais de todo o Brasil e sua expectativa é reunir cerca de 200 colegas da mídia especializada no dia das coletivas. Até o o momento, conforme divulgado na edição 124 de J&Cia Imprensa Automotiva, oito marcas já confirmaram apresentações em seus estandes: BMW, Shineray, Traxx, Kasinski, Honda, Yamaha, Dafra e Harley-Davidson, além da Abraciclo, que vai divulgar os mais recentes números do setor e lançar o primeiro Anuário da Indústria Brasileira de Motociclos. Estrutura ? O salão terá ampla Sala de Imprensa, com computadores, espaço para notebooks e internet wi-fi. Anexo ao local haverá uma Sala de Coletivas, em que os expositores poderão fazer reuniões e encontros com os profissionais de mídia, sem custo adicional, mediante agendamento prévio. A agenda está sob responsabilidade da 2PRÓ, assessoria de imprensa oficial do evento, no telefone 11-3030-9463. Integram a equipe da agência Myrian Vallone (myrian.vallone@2pro.com.br), Teresa Silva (teresa.silva@2pro.com.br), Juliana Melo e Carolina Mendes. A Gerência de Comunicação da Reed tem à frente Antonio Alves (antonio.alves@reedalcantara.com.br) e apoio de Elaine Tessarolo, Monise Hernandez (monise.hernandez@reedalcantara.com.br) e Marcelle Rodrigues. Dados gerais ? A 11ª edição do Salão Duas Rodas abre ao público em 4/10 e se estende até o dia 9, com diversas atrações, entre elas, 450 expositores, test-drives e competições no Sambódromo, além do Arena Cross. A estimativa é receber 250 mil visitantes. Mais detalhes no site do Salão, ou ainda através do blog, Facebook e Twitter @salao2rodas.Coletiva ? Na próxima 4ª.feira (28/9), a Reed reúne a imprensa para apresentar as novidades da feira. Será no Hotel Renaissance (Sala Yukon), em São Paulo, às 11 horas. Confirmação de presença com a equipe da 2PRÓ, pelos 11-3030-9463 / 9462 / 9460 ou reed@2pro.com.br, com cópia para comunicacao@reedalcantara.com.br.

Novo endereço do Blog do Adonis

A partir desta 2ª.feira (19/9) o Blog do Adonis, de Adonis Alonso (alonso.adonis@gmail.com), estreia em novo endereço: www.blogdoadonis.com.br. Nascido em 2005, é dedicado a assuntos de marketing e comunicação publicitária. Além do novo endereço, o blog apresenta uma profunda mudança no seu visual promovido pela Woodycom, de Woody Gebara, coordenado pela diretora de Atendimento da agência, Erica Constantino, e realizado pelo diretor de arte Jota Mossadihj. Além de colunista, Alonso é coordenador de Conteúdo do Fórum de Marketing Empresarial e do Prêmio Lide de Marketing Empresarial e autor do livro Meus Amigos Publicitários.

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