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segunda-feira, julho 28, 2025

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Intercept Brasil lança campanha para arrecadar fundos até fim de maio

O Intercept Brasil lançou a campanha S.O.S Intercept, com o objetivo de arrecadar R$ 250 mil até o final de maio para quitar dívidas, investir em projetos e continuar com seu trabalho de jornalismo investigativo e de denúncias de crimes.

Em texto publicado sobre o objetivo da campanha, o Intercept explicou que as mídias sociais e o Google reduziram o alcance de suas publicações, e o site enfrenta mais de duas dúzias de ações judiciai, que exigem muitos dos seus recursos. Além disso, as doações mensais de contribuidores reduziram-se significativamente. Como consequência, o Intercept está há meses com as receitas em queda.

“Imagine também quantos abusos, escândalos e crimes não serão denunciados e ficarão impunes se nosso orçamento continuar a diminuir ou, pior ainda, se o Intercept Brasil for forçado a fechar as portas?”, questiona a campanha. “O tipo de reportagem que fazemos é essencial para a democracia, mas não é fácil, nem barato. O Intercept Brasil é uma redação independente. Não temos sócios, anúncios ou patrocinadores corporativos. Sua colaboração é vital para continuar incomodando poderosos”.

Apoie o Intercept aqui.

A dor de cobrir a própria tragédia

A dor de cobrir a própria tragédia

Nas duas últimas semanas, em meio à tragédia que vive o Rio Grande do Sul, profissionais das mais diversas áreas têm se desdobrado para atender às necessidades de uma população atingida por um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil. O jornalismo, em seu papel social de levar informações precisas e de qualidade, e de acompanhar e cobrar um trabalho efetivo das autoridades, também vem merecendo destaque especial neste processo.

Porém, conviver e acompanhar uma tragédia tão próxima como essa, na qual muitos jornalistas e empresas também estão entre os atingidos, tem seu preço. Conciliar o dever profissional com o lado humano, de quem está convivendo 24 horas por dia com a dor e o sofrimento, sejam próprios ou dos outros, tem levado muitos profissionais ao esgotamento físico e mental.

O jornal Zero Hora, em sua Carta da Editora, publicada em 3 de maio, trouxe alguns relatos de profissionais do Grupo RBS que estão atuando diariamente na cobertura das inundações. Os depoimentos reunidos pela editora de Opinião Diane Kuhn, reproduzidos a seguir, dão uma amostra do que tem sido esse desafio para os jornalistas gaúchos.

“Mais uma vez, foi preciso sair do estúdio, calçar as galochas e segurar a emoção para informar os gaúchos sobre uma tragédia climática. Agora, ainda pior… e, de novo, só buscar e transmitir notícias não bastou, foi preciso abraçar, consolar, dar forças e incentivar a fé em dias melhores.” ­– Cristina Ranzolin, apresentadora do Jornal do Almoço

“Participar de uma cobertura como esta é estar próxima ao lado mais vulnerável do ser humano. Uma das coisas que mais me marcaram até agora foi o relato de uma mulher de São Vendelino que perdeu um filho e o marido soterrados. A angústia e o sofrimento eram nítidos, ao mesmo tempo que projetava um futuro incerto e a assistência aos outros três filhos.”Alana Fernandes, repórter da Redação Integrada de Caxias do Sul

“Impressionou-me o choro das pessoas. A prefeita de Sinimbu chorou enquanto eu a entrevistava. O mesmo aconteceu com uma agricultora que viu as vaquinhas, todas com nome, serem levadas pela água. As vítimas não sabem como recomeçar a vida, não veem perspectiva. É uma tristeza sem fim.”Humberto Trezzi, repórter da Redação Integrada de Zero Hora, GZH, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho

“Em Candelária, o que mais dói é ver o drama daqueles que não têm notícias de seus familiares, daqueles que permanecem de plantão no local onde pousa o helicóptero, esperando para que o resgate chegue até seus familiares. Uma cidade sitiada e clamando por ajuda, mas que encontra esperança na força do seu povo.”Vítor Rosa, repórter da RBS TV

“Às vezes tenho a sensação de que o tempo parou. Nada que veio antes e nada que ainda virá parecem fazer sentido. Estamos vivendo um minuto após o outro. Tudo muda a todo momento! Nesse momento de tanta dor, só nos resta não perder a esperança de que um dia isso tudo vai passar. E essa tragédia vai ficar para a história.”Shirlei Paravisi, editora-chefe da RBS TV Serra

“O pavor de ter testemunhado uma mulher sendo levada pelo Rio Pardo, a alegria de saber que ela se salvou, poder lhe dar um abraço depois e ver o empenho do trabalho de bombeiros voluntários, da comunidade e de autoridades foram as coisas que mais me marcaram nesta cobertura em Candelária.”Paulo Rocha, repórter da Redação Integrada de Zero Hora, GZH, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho

Outro relato emocionante, este registrado ao vivo, foi do repórter Felipe Vieira, da Rádio Bandeirantes, que não conseguiu conter o choro ao relatar a abertura de um corredor humanitário para atender à população de Estrela, a 130 quilômetros de Porto Alegre: “Estão saindo um avião da GOL e um avião da Defesa Civil em São Paulo. Esses dois aviões vão descer em Caxias do Sul com alimentos, água, cobertores, colchões, medicamentos. Descem em Caxias, e está sendo aberto um corredor… (pausa com a voz embargada). Desculpem a emoção, mas é que a gente só ouve falar isso em guerra. Corredor humanitário. Está sendo aberto de Caxias até Estrela, no Vale do Taquari, porque não tem condições de acessar Estrela, que é um município a 130 quilômetros de Porto Alegre, estradas asfaltadas, duplicadas. As estradas estão interrompidas. Então a ajuda vai chegar via Caxias, em um corredor humanitário (nova pausa para choro). A gente se emociona, mas é desesperador…”

Leia a matéria completa na edição desta semana de Jornalistas&Cia.

Alexandra Moraes assume em junho o cargo de ombudsman da Folha

Alexandra Moraes (Crédito: Editora Lote 42)

Alexandra Moraes, atual secretária assistente de Redação da Folha de S.Paulo, assume em 3 de junho o cargo de ombudsman do jornal, em substituição a José Henrique Mariante. O mandato será de um ano, com possibilidade de renovação de um ano, em comum acordo com a direção de redação. Lívia Marra será a nova secretária assistente de Redação, em substituição a Alexandra.

Na Folha há 23 anos, Alexandra foi editora de Diversidade e Ilustríssima, editora adjunta de Especiais e Ilustrada e redatora da Primeira Página. Além de jornalista, é quadrinista, autora da tirinha O Pintinho, desenhada no Paintbrush, software da Microsoft. Os quadrinhos renderam três livros e têm mais de 40 mil seguidores nas redes sociais.

José Henrique Mariante passa a integrar a equipe de repórteres especiais da Folha, tendo como primeira tarefa a cobertura dos Jogos Olímpicos em Paris.

Foi dada a largada para a edição 2024 dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras

Eduardo Ribeiro, Oscar Luiz, a grafiteira Sheila Raiana, Marcelle Chagas e Rosenildo Ferreira (Foto: Fabio Risnic)

Celebrar a diversidade e a valorosa contribuição de homens e mulheres negras é sempre importante. Aliás, é vital. Afinal, apesar de este contingente representar cerca de 55% da população brasileira (segundo dados do IBGE), seu trabalho e sua trajetória nem sempre receberam o devido reconhecimento e valorização. Foi com este espírito que nasceu em 2023 o Prêmio + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, iniciativa conjunta da newsletter Jornalistas&Cia, do portal Neo Mondo, do site 1 Papo Reto e da Rede de Jornalistas Pretos Pela Diversidade na Comunicação (Rede JP).

Fazemos hoje (15/5/2024) o lançamento simbólico da edição 2024 do Prêmio + Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, cuja mecânica obedecerá ao mesmo ritual já consagrado em todas as iniciativas de Jornalistas&Cia/Portal dos Jornalistas. Avançar nesta iniciativa sempre foi nosso desejo e o maior desafio. Afinal, sabemos que a perenidade não é uma característica marcante dos projetos comandados ou direcionados aos afro-brasileiros. Boa parte dos prêmios e homenagens surgem e se apagam rapidamente, por falta de patrocínio ou apoio institucional.

Sabemos que para estes brasileiros a jornada é sempre mais difícil. Contudo, o sucesso obtido já na primeira edição do Prêmio nos enche de esperança e nos alimenta da força para seguir adiante. “Desde o início, observamos uma forte adesão tanto dos participantes quanto do público jornalístico, evidenciando a demanda significativa e a lacuna a ser preenchida no cenário”, diz Marcelle Chagas, coordenadora da Rede JP. “Para a segunda edição, nosso objetivo é garantir que consigamos manter a mesma beleza e impacto, de forma sustentável, como alcançamos na primeira edição. Ao longo da história, muitos prêmios semelhantes enfrentaram desafios de sustentabilidade devido à falta de apoio das grandes empresas, destacando a difícil realidade que os projetos destinados a destacar figuras negras enfrentam. Estamos comprometidos em superar esses obstáculos e continuar valorizando e reconhecendo a excelência dentro dessa comunidade”.

Evento reuniu cerca de 200 jornalistas em São Paulo (Foto: Fabio Risnic)

O empenho dos realizadores está amparado em valores institucionais e no compromisso com a luta antirracista, como destaca Eduardo Ribeiro, diretor de Jornalistas&Cia/Portal dos Jornalistas: “Desde 2021, quando tivemos a oportunidade de realizar o Censo Racial da Imprensa Brasileira, que constatou com evidências tudo aquilo que já intuíamos sobre a presença dos negros nas redações jornalísticas do País (ampla minoria), tínhamos a ideia de fazer uma ação ainda mais propositiva de realçar e valorizar a presença dos jornalistas negros e negras na imprensa brasileira”.

Eduardo conta que esse foi um dos mais concorridos prêmios organizados por Jornalistas&Cia/Portal dos Jornalistas, desde 2014, quando as premiações começaram a ser realizadas. Outro dado que merece destaque é que as mulheres ocuparam a dianteira em todas as categorias. Para chegar aos 117 jornalistas classificados, foi indicado um total de 347 profissionais. Entre os finalistas, a predominância foi das mulheres, com 73 classificadas. O Sudeste foi a região com maior número de representantes no geral, 84, seguido de Centro-Oeste (13), Nordeste (10), Sul (6) e Norte (4). Já entre os profissionais de imagem, foram 107 indicações para chegar aos 15 mais bem classificados. Na eleição dos veículos, foram lembradas 194 publicações diferentes na soma das duas categorias: mídia geral e mídia fundada ou comandada por afro-empreendedores.

Homenageados – Foto: Fabio Risnic

Como vimos, os números demonstram que tanto os jornalistas quanto o mercado receberam muito bem a iniciativa. E, da nossa parte, não envidaremos esforços para surpreender a audiência. “A premiação que confirma o trabalho de jornalistas negros(as) e mídias negras em um país onde o racismo estrutural tem raízes profundas é muito mais do que apenas uma celebração de conquistas individuais”, diz Oscar Luiz, publisher do portal Neo Mondo. “Ela carrega consigo um significado simbólico que transcende o mundo do jornalismo e alcança o cerne da luta por igualdade e justiça racial. Em um contexto onde o racismo sistêmico permeia todos os aspectos da sociedade, incluindo a mídia, a consideração e a celebração de jornalistas negros(as) e mídias negras é uma forma poderosa de desafiar e questionar o status quo. Essa premiação não apenas destaca o talento e a dedicação desses profissionais, mas também confronta a narrativa dominante que muitas vezes marginaliza as vozes e perspectivas da comunidade negra”.

Só com essa maior diversidade é que o jornalismo conseguirá ser também diverso em suas pautas, em suas equipes e em seu olhar da sociedade. Já podemos adiantar que, graças à parceria com a consultoria GSS Carbono, do Paraná, vamos mitigar todas as emissões geradas nas diversas etapas do Prêmio, tornando-o um evento carbono zero.

Eduardo Ribeiro, Oscar Luiz, a grafiteira Sheila Raiana, Marcelle Chagas e Rosenildo Ferreira (Foto: Fabio Risnic)

Esperamos encontrá-los novamente em novembro!

Agências de comunicação chegam ao seu primeiro bilhão de dólares e aos 20 mil empregos diretos

Agências de comunicação chegam ao seu primeiro bilhão de dólares e aos 20 mil empregos diretos

Foi lançada nesta quarta-feira (15/5), no programa Comunicação S/A, da Mega Brasil, ancorado por Marco Rossi, a versão digital do Anuário da Comunicação Corporativa, com 354 páginas e o apoio de perto de 80 organizações. Com ela o mercado celebra um feito histórico: pela primeira vez na história o segmento das agências de comunicação atingiu faturamento anual de1 bilhão de dólares. Em reais, as receitas de 2023 superaram os R$ 5,1 bilhões, com um crescimento nominal de 4,45% sobre 2022, desempenho ligeiramente abaixo da inflação oficial medida pelo IPCA, que foi de 4,62% no período.

Outro feito do setor deu-se na empregabilidade: as agências fecharam 2023 com praticamente 20 mil colaboradores diretos, atingindo também aí um patamar inédito na história da atividade.

Apoiada institucionalmente por Aberje e Abracom − entidades que, inclusive, assinam os editoriais ao lado dos editores −, a publicação reúne oito reportagens especiais:

  • Emergência socioambiental • COP30 já começou
  • Diversidade racial • O caminho é longo
  • Olhar comunitário • O ‘S’ do ESG
  • Fairplay em baixa • As concorrências multiplicam-se e desafiam o bom senso
  • Imprensa e RP • Bora lá fazer essa pauta?
  • Convergências e divergências • Relações públicas e marketing digital: unir para conquistar
  • A força do engajamento • Diz-me quem segues e eu te direi quem és
  • Desembarque programado • Expatriado sem romantismo

A reportagens são assinadas por Carlos Henrique Carvalho, Cristina Vaz de Carvalho, Fernando Soares, Lena Miessva, Martha Funke, Maysa Penna, Renato Acciarto e Rosenildo Ferreira. Adriana Teixeira, editora executiva, completa o time de profissionais convidados, que atuaram ao lado dos diretores da Mega Brasil Célia Radzvilaviez, Eduardo Ribeiro e Marco Rossi.

Ranking das Agências – quatro grupos superam os nove dígitos

O Ranking das Agências de Comunicação contou com a participação de 124 agências, 54 delas no segmento das grandes e médias e 70, no das agências-butique. A exemplo do ano anterior, quatro grupos superaram a marca dos R$ 100 milhões de faturamento, sendo que a agência líder pela primeira vez na história rompe o patamar dos R$ 500 milhões de receita.

Assessoria de imprensa continua o carro-chefe da atividade

Contando com a participação de 211 agências, a Pesquisa Mega Brasil, coordenada pelo Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, sob a supervisão do diretor Maurício Bandeira, traz novamente uma série de indicadores setoriais que contribuem para jogar luzes na atividade da comunicação corporativa brasileira. Entre os produtos mais comercializados pelas agências no mercado, o mais antigo, Relacionamento com a mídia, contou com 77,7% de citações. Curiosamente, ele convive com um dos mais novos, Gestão de redes sociais, que foi o segundo, citado por 45% das agências. Corrobora esse resultado a indicação das três principais áreas em que foram feitas inovações em 2023: Redes Sociais, Mídias So­ciais (54,9%), Produção de Conteúdo (52,5%) e Mídia Digital, Marketing Digital (48,8%).

Sobre os colaboradores: presença dos negros ainda não chega a 30%

As mulheres mantêm participação amplamente majoritária na composição da força de trabalho das agências no País, com 71,5% do total de empregados nelas. Na segmentação por raça/etnia, mulheres brancas predominam, com 50% de participação, seguidas por homens brancos, com 21,3%. Menos de 30% das vagas de traba­lho no setor são ocupadas por pessoas pretas ou pardas, que são maioria na população brasileira.

Jornalismo é a formação predominante entre os profissionais atuantes nas agências de comu­nicação corporativa, com 45,3% dos funcionários, sendo este, porém, o menor índice relativo já detectado na série histórica. Relações Públicas, com 11,2%, e Publicitários/Marketing, com 10,5%, são as duas formações que vêm a seguir.

Inteligência artificial chega quase como um tsunami no setor

Com apenas um ano de intervalo, a presença da inteligência artificial (IA) explodiu no segmento das agências de comunicação e o Anuário retrata de forma excepcional essa transformação − seja nos indicadores da Pesquisa, em que o tema já se mostra como um dos mais influentes na operação do dia a dia e no planejamento das agências, seja nos depoimentos e entrevistas, que acentuam a preocupação e os investimentos que já foram e continuarão a ser realizados com vistas a aprimorar, agilizar e melhorar a produtividade dessa cadeia.

Para se ter uma ideia, dentre as tendências tecnológicas e/ou de ne­gócios mais influentes no setor, a IA liderou a Pesquisa, com 73,9% de citações entre os entrevistados. As outras três indicações mais citadas foram Marketing de influência/Uso de redes sociais, com 36%; ESG/Pautas de sustentabilidade, com 28,9%; e BI/Análise de dados/Analytics/Big Data, com 25,1%. Esses re­sultados apontam para um setor que se mantém atualizado e participando do desenvolvimento de novíssimas tecnologias.

Confirmando essa perspectiva, 69% das agências pesquisadas indicaram ter feito uso de inteligência artificial nos seus processos de traba­lho no período. A área de Produção de conteú­do é a que mais demandou essa utilização: 77,9%. As outras áreas indicadas foram Relatórios, com 42,8%; Produção audiovisual, 32,4%; e Pesquisas sobre consumidores, 20,7%.

Vem aí também a edição impressa

Está marcado para 30 de maio o lançamento da edição impressa do Anuário da Comunicação Corporativa, em tiragem limitada, que poderá ser adquirida e retirada na Mega Brasil pelo valor de R$ 120. No caso de envio, o custo de postagem será de R$ 25,00. Informações com Bruna Valim (brunavalim@megabrasil.com.br) ou Clara Francisco (clarafrancisco@megabrasil.com.br).

Aqui o link para a versão digital, aberta e gratuita: https://www.virapagina.com.br/megabrasil/anuario2024/. Para consumir sem moderação.

Instituto do Coração lança prêmio de jornalismo de saúde

Instituto do Coração lança prêmio de jornalismo de saúde
Crédito: Lucas Vasques/Unsplash

Estão abertas até 16 de junho as inscrições para o 1° Prêmio InCor de Jornalismo em Saúde. A iniciativa do Instituto do Coração (InCor) valoriza reportagens que explorem avanços tecnológicos no campo da saúde, como inteligência artificial, telemedicina, dispositivos médicos conectados e análise de big data.

A premiação, com o tema Tecnologia na Área da Saúde: Avanços e Desafios, é dividida em quatro categorias: Texto, Áudio (rádio e podcast), Vídeo e Jornalismo Online. As produções submetidas devem ter sido veiculadas em canais e plataformas sediadas no estado de São Paulo.

Os finalistas serão anunciados em 2/8, e a cerimônia de premiação está programada para 29/8, no Anfiteatro do InCor. Interessados devem consultar o regulamento e realizar suas inscrições no site do prêmio.

Leia também: Jornalista guatemalteco José Rubén Zamora será homenageado com Prêmio Gabo de Excelência

Morre o narrador Silvio Luiz, aos 89 anos

Silvio Luiz (Crédito: Divulgação/RedeTV)

Morreu nesta quinta-feira (16/5) o narrador Silvio Luiz, grande ícone da locução esportiva brasileira, aos 89 anos. Ele estava em coma induzido e intubado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz após ter problemas nos rins. O narrador não pôde fazer hemodiálise devido à idade avançada. Em abril, ele teve um derrame ao vivo durante a transmissão da final do Campeonato Paulista, na Record. Luiz deixa a esposa Márcia e três filhos: Alexandre, Andréa e André.

Referência máxima na locução esportiva, Silvio Luiz foi uma das principais vozes do esporte brasileiro nas últimas décadas. Iniciou a trajetória no jornalismo esportivo na década de 1960. Pela Rádio Bandeirantes, cobriu as Copas de 1962, 1966, 1970 e 1974 como repórter. Em 1976, se tornou diretor esportivo da Record e assumiu a função de narrador pela primeira vez, após a morte de Geraldo José de Almeida.

A primeira Copa do Mundo como narrador foi em 1978. Dez anos depois, Luiz foi para a Bandeirantes, dividindo a narração esportiva com Luciano do Valle até 1996. Após passagem por três anos no SBT, retornou à Band e ajudou a criar o BandSports.

Em 2009, assinou com a RedeTV, onde atuou como comentarista. Também teve passagem pela Rádio Transamérica. Ultimamente, narrava jogos para as plataformas digitais da Record.

Luiz ficou marcado por suas narrações bem-humoradas, com bordões memoráveis como “foi, foi, foi, foi ele”, “acerta o seu daí que eu arredondo o meu daqui“, “olho no lance, éééé…“, “pelas barbas do profeta“, “o que eu vou dizer lá em casa?“, “pelo amor dos meus filhinhos” e “balançou o capim no fundo do gol“.

Antes do jornalismo, Luiz participou de duas novelas como ator (Éramos Seis e Cela da Morte), ao lado da irmã, a atriz Verinha Dercy, morta aos 32 anos, vítima de feminicídio. Luiz foi também árbitro de futebol entre o fim da década de 1960 e início dos anos 1970.

Morre Antero Greco, aos 69 anos, em São Paulo

Antero Greco (Crédito: Instagram)

Morreu na madrugada desta quinta-feira (16/5) o jornalista esportivo Antero Greco, aos 69 anos, em São Paulo. Ele lutava desde junho de 2022 contra um tumor no cérebro e nos últimos dias estava internado e sedado no Hospital Beneficência Portuguesa Mirante. O velório será nesta quinta, às 12h, e o enterro às 16h, no Cemitério Redentor, no Sumaré.

A ESPN, veículo no qual Greco passou 30 anos de sua carreira, publicou uma homenagem ao jornalista: “O Jornalismo, assim mesmo, com J maiúsculo, está de luto. Antero Greco deixa não só o Jornalismo órfão neste dia, mas também o fã de esporte que se acostumou a assistir à extraordinária dupla com Amigão durante tantas e tantas noites de SportsCenter. A TV brasileira perde um dos maiores. E a nós, da família ESPN, ficará a saudade e as grandes memórias proporcionadas por Antero”.

Em 11/5, Paulo Soares, o Amigão, companheiro de bancada de Greco na ESPN, abordou o estado dele em texto publicado na coluna de Juca Kfouri no UOL. Soares tinha avisado que Greco estava “em seus dias finais”.

“Dorme um sono profundo, sereno. Não acorda e não fala mais. Se alimenta por sonda. Sinais vitais ainda respondem bem. Família presente, apenas Cris, que vive em Paris, ainda não está. Chega na terça. Hoje fui com Alex Tseng, João Simões e Roberto Salim, me despedir dele. Muito triste e difícil. Imaginávamos ainda voltar a bancada do SportsCenter. Nosso sonho acabou. Vamos enviar luz e paz para que seja uma passagem tranquila. Um amigo doce, querido, divertido e muito inteligente. Antero, my friend, seu cabeçudo, acorda!”.

Soares e Greco tornaram-se muito amigos e formaram durante anos uma das duplas mais icônicas da ESPN no comando do programa SportsCenter, com uma apresentação mais leve e descontraída. Diversos colegas do jornalismo prestaram homenagens a Greco nas redes sociais.

Referência no jornalismo esportivo, Antero Greco tinha mais de 40 anos de experiência na área. Formado pela ECA-USP, iniciou a carreira no Estadão, em meados da década de 1970. No jornal e na Agência Estado trabalhou como chefe de Reportagem, repórter especial e editor assistente, sempre focado na cobertura esportiva. Passou também por Diário Popular, Popular da Tarde e Folha de S.Paulo. Trabalhou ainda na Bandeirantes, em transmissões do Campeonato Italiano, na década de 1980. É autor dos livros Seleção Nunca Vista e A Goleada, e possuía uma coleção de mais de dez mil obras.

Chegou à ESPN em 1994, quando o canal ainda se chamava TVA Esportes. Era o mais antigo na casa. Fez parte da primeira equipe de transmissão da emissora, ao lado de nomes como o narrador Nivaldo Prieto e os repórteres Paulo Calçade e Gilvan Ribeiro.

O adeus a Silvana Destro

O adeus a Silvana Destro
Crédito: Reprodução/Fala Carlão 2489/Youtube

Silvana Destro faleceu em 11/5, aos 65 anos, vítima de câncer. Paulistana de Vila Beatriz, no período em que atuou em redações cobriu sobretudo as áreas de propaganda e marketing para diversos veículos de São Paulo. No início da década de 1990 migrou para assessoria de imprensa, a convite da G&A, uma das pioneiras do setor, ali atendendo, entre outros clientes, à American Express. Em 1994 decidiu empreender e montou a SRD Comunicação, agência-butique que, no auge, teve como clientes Bombril, Disney Brasil, Parque da Xuxa, BIG Hipermercado e Picadilly Calçados. Um dado curioso é que esta última conta ela conquistou após enviar um e-mail para a diretora de marketing. Na época, as interlocuções ainda se limitavam ao telefone e ao fax, e a ousadia/inovação acabou sendo valorizada pela executiva.

Sobre ela, diz Agostinho Gaspar, sócio-fundador da G&A: “Silvana Destro era elétrica, repleta de entusiasmo e interesse no que fazia. Durante sua trajetória na G&A era querida por todos e chamava a atenção pela inteligência e dedicação, e fazia as coisas acontecerem. Uma pena a partida prematura dela”.

Silvana também participou de um momento marcante da cidade: o Réveillon do Milênio, na avenida Paulista, em que coordenou toda a área de comunicação. Nos últimos 15 anos, intensificou a atuação no segmento de gerenciamento de crises, inclusive em parcerias com agências de grande porte, como a Máquina da Notícia. Essa expertise a levou a passar períodos em Angola e Portugal. Aos interlocutores, costumava dizer que aprendeu muito de RP observando o trabalho da lendária Vera Giangrande, que por muitos anos cuidou da imagem do Pão de Açúcar.

Silvana deixa os filhos Pedro Paulo e João Paulo e muitas saudades para uma legião de amigas e amigos que conquistou no jornalismo, no mundo corporativo e na vida. A Missa de Sétimo dia está marcada para esta quinta-feira (16/5), às 20h, na Paróquia São Pedro Fourier (av.  Marechal Juarez Távora, 570, Super Quadra Morumbi).

Leia também: Morre o narrador Silvio Luiz, aos 89 anos

Jornalista guatemalteco José Rubén Zamora será homenageado com Prêmio Gabo de Excelência

Jornalista guatemalteco José Rubén Zamora será homenageado com Prêmio Gabo de Excelência
José Rubén Zamora (Crédito: Fundação Gabo)

A Fundação Gabo anunciou nessa terça-feira (14/5) que o jornalista guatemalteco José Rubén Zamora será homenageado no Prêmio Gabo 2024, que ocorrerá durante o 12º Festival Gabo, em 5 e 7 de julho, em Bogotá, na Colômbia. Zamora, que denunciou escândalos de corrupção no governo da Guatemala nos últimos anos, está preso desde 2022 sob falsas acusações de lavagem de dinheiro.

O jornalista receberá o Prêmio Gabo de Excelência “por suas mais de três décadas de trabalho profissional tenaz e corajoso dedicado a revelar a corrupção e os abusos dos direitos humanos que têm assolado Guatemala”, declarou a organização do prêmio.

Nos últimos anos, Zamora denunciou casos de corrupção envolvendo o governo do então presidente Alejandro Giammattei, que deixou o cargo em 2024. O jornalista foi acusado de tráfico de influência e chantagem, e foi preso no final de julho de 2022. Cerca de dez meses depois, em maio de 2023, o jornal El Periódico, fundado por Zamora em 1996, deixou de circular. A publicação recebeu o reconhecimento de Melhor Mídia no Prêmio Rei de Espanha de Jornalismo Internacional de 2021.

Em junho de 2023, Zamora foi absolvido das acusações de tráfico de influência e chantagem, mas foi condenado a seis anos de prisão por lavagem de dinheiro. O julgamento foi muito criticado pela comunidade internacional. Os promotores do Ministério Público e o juiz responsável pelo caso são considerados “corruptos” pelos Estados Unidos e pela União Europeia. A imprensa internacional classificou os processos contra Zamora como tentativas de silenciá-lo em decorrência de seu trabalho.

A sentença foi anulada quatro meses depois e o julgamento será realizado novamente, mas ainda não há data devido a recursos pendentes.

José Carlos Zamora, filho do jornalista, declarou em uma conferência de jornalismo que o pai acredita que sua prisão “faz parte do trabalho. Ele disse isso em algum momento durante os últimos 655 dias em que esteve preso. Ele vê a prisão como parte de seu trabalho e ajudou a expor os abusos de poder na Guatemala”. José Carlos mora em Miami, nos Estados Unidos, com a mãe e o irmão desde a prisão de seu pai.

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