Morreu nesta quinta-feira (16/5) o narrador Silvio Luiz, grande ícone da locução esportiva brasileira, aos 89 anos. Ele estava em coma induzido e intubado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz após ter problemas nos rins. O narrador não pôde fazer hemodiálise devido à idade avançada. Em abril, ele teve um derrame ao vivo durante a transmissão da final do Campeonato Paulista, na Record. Luiz deixa a esposa Márcia e três filhos: Alexandre, Andréa e André.

Referência máxima na locução esportiva, Silvio Luiz foi uma das principais vozes do esporte brasileiro nas últimas décadas. Iniciou a trajetória no jornalismo esportivo na década de 1960. Pela Rádio Bandeirantes, cobriu as Copas de 1962, 1966, 1970 e 1974 como repórter. Em 1976, se tornou diretor esportivo da Record e assumiu a função de narrador pela primeira vez, após a morte de Geraldo José de Almeida.

A primeira Copa do Mundo como narrador foi em 1978. Dez anos depois, Luiz foi para a Bandeirantes, dividindo a narração esportiva com Luciano do Valle até 1996. Após passagem por três anos no SBT, retornou à Band e ajudou a criar o BandSports.

Em 2009, assinou com a RedeTV, onde atuou como comentarista. Também teve passagem pela Rádio Transamérica. Ultimamente, narrava jogos para as plataformas digitais da Record.

Luiz ficou marcado por suas narrações bem-humoradas, com bordões memoráveis como “foi, foi, foi, foi ele”, “acerta o seu daí que eu arredondo o meu daqui“, “olho no lance, éééé…“, “pelas barbas do profeta“, “o que eu vou dizer lá em casa?“, “pelo amor dos meus filhinhos” e “balançou o capim no fundo do gol“.

Antes do jornalismo, Luiz participou de duas novelas como ator (Éramos Seis e Cela da Morte), ao lado da irmã, a atriz Verinha Dercy, morta aos 32 anos, vítima de feminicídio. Luiz foi também árbitro de futebol entre o fim da década de 1960 e início dos anos 1970.

0 0 votes
Article Rating
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments