Morreu na madrugada desta quinta-feira (16/5) o jornalista esportivo Antero Greco, aos 69 anos, em São Paulo. Ele lutava desde junho de 2022 contra um tumor no cérebro e nos últimos dias estava internado e sedado no Hospital Beneficência Portuguesa Mirante. O velório será nesta quinta, às 12h, e o enterro às 16h, no Cemitério Redentor, no Sumaré.

A ESPN, veículo no qual Greco passou 30 anos de sua carreira, publicou uma homenagem ao jornalista: “O Jornalismo, assim mesmo, com J maiúsculo, está de luto. Antero Greco deixa não só o Jornalismo órfão neste dia, mas também o fã de esporte que se acostumou a assistir à extraordinária dupla com Amigão durante tantas e tantas noites de SportsCenter. A TV brasileira perde um dos maiores. E a nós, da família ESPN, ficará a saudade e as grandes memórias proporcionadas por Antero”.

Em 11/5, Paulo Soares, o Amigão, companheiro de bancada de Greco na ESPN, abordou o estado dele em texto publicado na coluna de Juca Kfouri no UOL. Soares tinha avisado que Greco estava “em seus dias finais”.

“Dorme um sono profundo, sereno. Não acorda e não fala mais. Se alimenta por sonda. Sinais vitais ainda respondem bem. Família presente, apenas Cris, que vive em Paris, ainda não está. Chega na terça. Hoje fui com Alex Tseng, João Simões e Roberto Salim, me despedir dele. Muito triste e difícil. Imaginávamos ainda voltar a bancada do SportsCenter. Nosso sonho acabou. Vamos enviar luz e paz para que seja uma passagem tranquila. Um amigo doce, querido, divertido e muito inteligente. Antero, my friend, seu cabeçudo, acorda!”.

Soares e Greco tornaram-se muito amigos e formaram durante anos uma das duplas mais icônicas da ESPN no comando do programa SportsCenter, com uma apresentação mais leve e descontraída. Diversos colegas do jornalismo prestaram homenagens a Greco nas redes sociais.

Referência no jornalismo esportivo, Antero Greco tinha mais de 40 anos de experiência na área. Formado pela ECA-USP, iniciou a carreira no Estadão, em meados da década de 1970. No jornal e na Agência Estado trabalhou como chefe de Reportagem, repórter especial e editor assistente, sempre focado na cobertura esportiva. Passou também por Diário Popular, Popular da Tarde e Folha de S.Paulo. Trabalhou ainda na Bandeirantes, em transmissões do Campeonato Italiano, na década de 1980. É autor dos livros Seleção Nunca Vista e A Goleada, e possuía uma coleção de mais de dez mil obras.

Chegou à ESPN em 1994, quando o canal ainda se chamava TVA Esportes. Era o mais antigo na casa. Fez parte da primeira equipe de transmissão da emissora, ao lado de nomes como o narrador Nivaldo Prieto e os repórteres Paulo Calçade e Gilvan Ribeiro.

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