A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Fundação para a Liberdade de Imprensa (Flip) lançaram um relatório sobre os desafios enfrentados por jornalistas na cobertura das florestas amazônicas do Brasil e da Colômbia.

O estudo O papel do jornalismo na defesa da Amazônia: uma análise comparativa do Brasil e da Colômbia foi dividido em duas seções, uma dedicada à Amazônia brasileira e outra à colombiana, visando identificar os obstáculos específicos de cada região. Entre eles narcotráfico, mineração e tráfico de armas, que permeiam os dois territórios, ameaçam o equilíbrio e silenciam os jornalistas.

Segundo a análise mais recente da Global Witness, divulgada em 2023, dos 177 assassinatos de líderes ambientais registrados em todo o mundo em 2022, 60 aconteceram na Colômbia e 34 no Brasil. Desses casos, 36% envolviam membros de comunidades indígenas.

Nesse cenário, os dois países lideram em número de mortes. Diante disso, a análise examina as condições que influenciam a liberdade de imprensa de ambas as regiões, destacando a importância do jornalismo na produção de informações de interesse público. Em abril, o Instituto Vladimir Herzog também publicou um relatório analisando a relação de crimes contra o meio ambiente e a violência sofrida por comunicadores na Amazônia.

A Abraji e a Flip ressaltam que o objetivo do projeto não é impor um único ponto de vista sobre a situação no bioma, mas reconhecer suas nuances e debater maneiras de proteger os locais, os profissionais e garantir o acesso à informação para os cidadãos.

Confira o estudo aqui.

Leia também: Liberdade de imprensa: Brasil sobe no ranking RSF, mas Américas e jornalismo ambiental não vão nada bem

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