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sexta-feira, março 29, 2024

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Emoção e descontração marcam cerimônia de entrega do Troféu Mulher Imprensa

Em noite de alegria, caracterizada pela descontração e emoção, revista e portal Imprensa realizaram a entrega dos prêmios às vencedoras da 10ª edição do Troféu Mulher Imprensa, que teve duas homenageadas especiais: Claudia Vassallo, diretora-superintendente da Unidade de Negócios e Tecnologia da Editora Abril, que recebeu o troféu de Contribuição à Imprensa; e Graça Foster, presidente da Petrobras, homenageada como Personalidade do Ano, comenda criada nesta edição da premiação. Claudia, ao receber seu troféu, homenageou os homens que considera relevantes para sua trajetória profissional, incluindo seu próprio pai, o marido e o filho, na esfera pessoal, além de Roberto Civita e José Roberto Guzzo, na área profissional. Graça Foster revelou sentir-se um peixe fora d’água numa premiação de jornalistas, mas rasgou elogios às jornalistas brasileiras e ao próprio jornalismo, do qual se diz consumidora compulsiva. E finalizou afirmando que, orgulhosa com a premiação, fazia ali uma profissão de fé na verdade, que sempre balizou e continuará balizando sua vida. Pouco antes, ao receber o seu troféu como Colunista/Comentarista de TV, por sua atuação na TV Globo e na Globonews, Miriam Leitão, que não poupa a Petrobras de críticas quando julga pertinente, aproveitou para elogiar Foster e sua trajetória profissional, que “foi integralmente construída por merecimento e dedicação”, mas não resistiu a fazer blague: “Graça, tenha a certeza de que aqui, nesta cerimônia, sua cotação está em alta!”. E brincou também com Eliane Brum, outra das premiadas: “Vocês repararam, gente, nos sapatos da Eliane Brum? Demais, não é mesmo? Eliane, depois você me passa o endereço da loja!”. A parte mais emocionante do discurso de Miriam, no entanto, foi quando se referiu à dura luta das mulheres para conquistar igualdade, reafirmando o que já havia dito em premiações anteriores, de que essa discriminação existe desde os primórdios da humanidade e certamente continuará existindo, razão pela qual a luta está muito longe de seu final. Falou da violência, que continua vitimando milhares de mulheres todos os anos em homicídios passionais, resultado de uma visão machista que considera a mulher propriedade do homem; e voltou a criticar a discriminação salarial, que ainda mostra as mulheres com salários cerca de 30% inferiores aos dos homens – e isso nas funções triviais, pois quanto mais graduada é a mulher, menos ela ganha proporcionalmente aos homens. Emocionada, Miriam finalizou sua exposição dizendo que essa luta, que ela leva consigo, começou em casa, em Caratinga (coincidentemente, a mesma cidade onde nasceu Graça Foster), com sua mãe Mariana, que preparou cada um dos filhos – e em especial as filhas – para essa dura realidade. E citou o nome de cada uma das irmãs, fazendo uma saudação especial a Simone, presente na premiação, pianista clássica que recentemente tocou no Carnigie Hall, em Nova York. Eliane Brum, vencedora na categoria Jornalista de Mídias Sociais, também emocionou a plateia ao dizer que, embora honrada com a premiação e o reconhecimento dos próprios jornalistas, não poderia deixar de denunciar a discriminação que vê em toda a sociedade e particularmente na própria atividade jornalística: “Nesses anos todos de carreira, primeiro em Porto Alegre, e depois em São Paulo, revendo minha trajetória descobri que só trabalhei nesse tempo todo com três jornalistas negras. E em cada ambiente que entro, com presença majoritariamente de brancos, não posso deixar de constatar que ainda não vivemos a plenitude da abolição”. Foi muito aplaudida. Maria Inês Nassif, do Jornal GGN, que ficou com o troféu de Repórter de Site de Notícias, relembrou o período em que estava começando, nos anos 1970, quando, além do preconceito contra a presença feminina na imprensa, o País sofria com uma ditadura; e como quem viveu aquele período sabe da importância que tem para um País a democracia, com todas as suas imperfeições e mazelas. Outro momento especial da cerimônia se deu quando Rosana Marchetti, da RBS TV, vencedora na categoria Repórter de Telejornal, revelou que esse era um dos momentos mais felizes da sua vida: “Venci um câncer no ano passado e este ano ganhei esse prêmio, que me deixou, como se diz lá no Sul, trifeliz. E mesmo tendo amanhã (4ª.feira) de viajar para o exterior, para uma reportagem de um mês para o Globo Repórter, não poderia deixar de vir a São Paulo para essa homenagem, sobretudo em respeito ao júri que me indicou e ao público que me elegeu”. Eduardo Ribeiro, diretor deste Portal dos Jornalistas, entregou os prêmios de Comentarista/Colunista de Rádio (pela BandNews FM) e Colunista de Jornalismo Impresso (pela Folha de S.Paulo) à Mônica Bergamo, a única a vencer em duas categorias e que, em viagem ao exterior a trabalho, foi representada por sua assistente Eliane Trindade. Também foram homenageadas Annaclarice Almeida, do Diário de Pernambuco, como Repórter Fotográfica de Jornal ou Revista; Cláudia Trevisan, de O Estado de S.Paulo, Repórter de Jornal (representada por Cleide Silva); Kiki Moretti, da In Press, Assessora de Imprensa de Agência; Renata Coltro, da Unilever, Assessora de Imprensa Corporativa; Michelle Trombelli, BandNews FM, Repórter de Rádio; Sandra Annenberg, do Jornal Hoje da TV Globo, Âncora de Jornal; Sheila Magalhães, da BandNews FM, Diretora/Editora de Redação; e Tatiana Vasconcellos, BandNews FM, Âncora de Rádio.   Leia mais + Cerimônia do Troféu Mulher Imprensa é nesta 3ª.feira (11/3) + Sai a lista de vencedoras do Troféu Mulher Imprensa + Ranking J&Cia 2013 traz os mais vitoriosos de todos os tempos por região  

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