Morreu nesta segunda-feira (17/10) o jornalista e escritor Ethevaldo Siqueira, aos 90 anos, em São Paulo. Ele sofria de leucemia. O velório será realizado em Ribeirão Preto, no interior do Estado, a 70 quilômetros de sua terra natal, Monte Alto. Deixa esposa, dois filhos, cinco netos e uma bisneta.

Conhecido como o pai do jornalismo de tecnologia no Brasil, Ethevaldo fez parte da primeira turma de jornalismo da Escola de Comunicação e Artes da USP, criada em 1966. Mais tarde, foi professor de tecnologia da informação e telemática na universidade.

Escreveu para o jornal O Estado de S. Paulo por 45 anos, de 1967 a 2012, como repórter, editor, repórter especial, colunista e blogueiro. Foi comentarista da Rádio CBN e colaborador da revista Veja. Nos últimos quatro anos, foi responsável pela coluna Mundo Digital na Rádio Eldorado FM.

Ao longo da carreira, Ethevaldo escreveu sobre o desenvolvimento de diversas tecnologias no Brasil e no mundo. Foi precursor na cobertura do tema, e pavimentou o caminho para a existência de editorias e veículos especializados, como o Link, do Estadão.

Venceu diversos prêmios em sua trajetória profissional, como dois Esso, em 1968 e 1978, o José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica do CNPQ, em 1985, o Prêmio Telesp de Comunicações, em 1979, e o Prêmio Ministério das Comunicações em 1974.

É autor de livros sobre comunicação e tecnologia, como A Sociedade Inteligente: Sobre a Revolução das Telecomunicações, dos Computadores e dos Robôs (Bandeirante, 1987), Três Momentos da História das Telecomunicações no Brasil (Dezembro Editorial, 1998) e Brasil: 500 anos de Comunicações – A eterna busca da liberdade (Dezembro Editorial, 2000).

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