O julgamento dos cinco réus acusados de matar o radialista esportivo Valério Luiz, em 2012, foi adiado nesta quarta-feira (14/6) pela quarta vez em Goiânia, após um dos jurados passar mal. O julgamento, que teve início na segunda-feira (13/6), foi remarcado para 5 de dezembro.

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que o julgamento nem havia começado quando o corpo do júri foi informado que um dos sete jurados sentiu-se mal. Em seguida, o juiz Lourival Machado anunciou que o júri foi dissolvido, ou seja, o julgamento foi encerrado sem um resultado devido a algum problema. Portanto, um novo julgamento deve ser realizado desde a fase inicial, com novos jurados e ouvindo novamente todas as testemunhas.

O jurado teria passado mal durante a madrugada e saiu do isolamento do hotel para ir até sua casa tomar um remédio por conta própria. Essa saída é proibida, pois ele não pode ter contato com ninguém que não seja do júri.

O promotor do Ministério Público Sebastião Marcos Martins disse que o ocorrido foi uma fatalidade e que não era possível uma substituição do jurado e, portanto, o conselho precisaria ser dissolvido: “Quando um jurado é sorteado, ele fica incomunicável. O jurado passou mal, teve um problema com alimentação e precisou de atendimento. O médico comprovou que ele não tem condições de continuar”.

O julgamento já havia sido adiado em maio, pela terceira vez, após a defesa de um dos acusados, Maurício Sampaio, ex-presidente do Atlético Goianiense, abandonar o plenário. Os advogados de Sampaio alegaram que o juiz Lourival Machado da Costa não é imparcial, destacando que o magistrado já deu declarações contra o cartola e já foi advogado em um processo contra ele.

Valério Luiz foi morto a tiros em 5 de julho de 2012, aos 49 anos, em Goiânia. Ele estava dentro do carro, saindo da rádio em que trabalhava, quando foi baleado por um motociclista. Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi motivado pelas críticas constantes de Valério Luiz à diretoria do Atlético Goianiense. Maurício Sampaio era vice-diretor na época. Atualmente, é vice-presidente do Conselho de Administração. Os outros quatro acusados do crime são: Urbano de Carvalho Malta, funcionário de Sampaio; os policiais militares Ademá Figueiredo e Djalma da Silva; e o açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier.

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